Mudança de Vida escrita por pfvjuju


Capítulo 4
Capítulo 3




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               Ele me olhou com desespero.

               - É... como eu havia pensado, vocês os viu. Olhe essa matéria. - ele me entregou um jornal.

               Na primeira folha em letras grandes dizia “Assassinato de família e filha desaparecida."

               Eu procurei a página mencionada. Lá falava da minha família. Havia fotos das cabeças decapitadas. Era horrível. Eu não aguentei caí no choro. Peter me abraçou e tentou me consolar

               - Precisamos ir- ele disse sussurrando e deixando de me abraçar. 

               Ele retirou de seu corpo o jaleco e ficou apenas de blusa gola pólo branca e calça jeans de lavagem escura que vestia por de baixo do jaleco.

               -Tome! - ele disse e jogou um vestido vermelho, um cardigan preto e uma sapatilha preta.

               Fui para o banheiro e me vesti, era muito bom tirar a camisola de hospital, mas vou admitir que senti falta do ventinho no bumbum. A roupa ficara simplesmente perfeita. Penteei o meu cabelo e sai do banheiro.

               - Ficou lindo!

               -Obrigada. - respondi sem graça

               -Vamos.

               Saímos do quarto e fomos para o estacionamento. Entramos no carro de Peter.

               Estávamos saindo da cidade, para um local onde eu não sabia qual era. Tentei segurar a curiosidade, mas ela me saiu pela boca.

               - Para onde vamos?

               - Iremos para um lugar onde podemos fugir deles e ainda nos divertir. – ele soltou um riso safado.

               Ficamos quase toda a viagem em silêncio, quando me lembrei de uma coisa que ele havia dito no hospital.

               -Porque você disse aquilo? – eu disse olhando para o nada.

               - Disse o que? – me perguntou curioso.

               - Sobre ser como você havia pensado. O que você havia pensado

               - Eu sei por que eles não te mataram.

               - Então por que é?

               - Você é diferente. – ele disse com muita naturalidade.

               Eu o encarei sem entender a situação.

               Como assim diferente? Pensei. O pensamento me escapou pela boca.

               - Como assim?

               - Você...

               De repente meu ouvido ficou tampado, não conseguia ouvir nada. Minha cabeça começou a arder e soltei um grito.

               A imagem dos mesmos homens que mataram meus pais, agora virá na minha cabeça matando Peter.

               Eu não agüentei, comecei a chorar. Eu já ia perdê-lo. Tão pouco tempo eu o tive para mim. Tão pouco tempo... e eu já o amava. Por que tinham que matá-lo?

               - O que foi?- Peter parecia preocupado.

               - Eu não quero te perder- falei, secando as lágrimas.

               -Você não vai me perder, vamos ficar juntos.

               -Eles vão te matar.

               - Então você já descobriu o que são as imagens? – perguntou curioso.

               Fiquei em silêncio sem responder... Eu não queria falar mais nada. Me virei para o lado e fiquei quieta.

               De repente paramos no meio da estrada, apenas árvores dos dois lados.

               - Temos que parar aqui, precisamos continuar andando.

               Saímos do carro, lá fora estava fora estava frio. Peter me jogou um casaco para colocar por cima do cardigan. Ele pegou algumas malas na mala do carro.

               - Comprei algumas coisa.

               -Percebe-se.

               Começamos a andar pelo bosque. Paramos em frente a um portão de uma casa simples, mas tinha um jardim lindo.  As paredes do lado de fora da casa eram brancas e as janelas feitas de madeira escura, o que fazia um contraste lindo. Havia um caminho de pedras para chegar na casa e em volta desse caminho havia lindos arbustos com flores rosas claras, também havia várias árvores de tamanho mediano e com as folhas bem verdes. A casa era linda!

               -Você gostou?- perguntou Peter me fitando.

               -Se eu gostei? Muito! É linda!

               -Quer entrar?

               - Claro.

               -Antonieta.

               - Sim?

               -Saiba que eu sempre te amarei, sempre. Por favor me perdooe. – ele me beijou, não era um beijo comum, era um beijo de despedida, era um beijo cuidadoso.            

               Eu parei... Fiquei pensando nas palavras dele “Saiba que eu sempre te amarei, sempre. Por favor me perdooe”. Eu não havia entendido por que ele e havia falado aquilo...

               -Vamos entrar?- ele me tirou do transe.

               -Claro...

               Eu aindei na frente dele, estava curiosa para ver a casa. Abri a porta e aqueles caras... os mesmos caras que mataram meus pais. Eu queria sair correndo dali. Um dos cara se aproximou de mim. Ele era loiro, olhos negros e pele clara. Poderia ser considerado um rapaz bonito.

               -Desculpe. – ele sussurrou e pegou uma arma e atirou em mim.

               Eu caí ainda consciente. Doía muito, eu não sabia exatamente de onde vinha a dor, mas doía demais...

               Peter chegou perto de mim e beijou minha testa.

               - Me perdooe. – ele sibilou.

               Um lágrima escapou de meus olhos.

               - Eu te amo tanto, que te perdooarei eternamente.- eu sussurei.

               Peter sacou uma arma de seu casaco. E atirou repetidas vezes em mim . Eu gritava e sentia uma dor horrível. Eu consegui ver ele chorando. Consegui também ver a hora que os caras mataram ele com tiros por vários lados. Ele caiu ao meu lado... Meu olhos foram se fechando, meu coração foi parando de bater. Eu percebi que eu já não pertencia mais a esse mundo


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Notas finais do capítulo

Desculpem-me por eu estar postando esse como o último capítulo. É que estou sem expiração. Sei que o capítulo demorou, mas chegou.



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