Pokémon Shining Crystal - o Juízo Final escrita por Nandarazzi


Capítulo 3
Capítulo 2 - O Retorno da Equipe Rocket


Notas iniciais do capítulo

Os desenhos deste capítulo são todos antigos. Para ver meus novos desenhos, é só ver meu álbum no Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=ls&uid=7106160602203861896

Desenhos nesse capítulo:

http://i589.photobucket.com/albums/ss335/ananda_027/rescuing_bugsy.jpg?t=1255260715



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Eu, com dificuldades, transportei seu corpo para um local aberto, próximo a entrada da caverna. Ao encostá-lo numa rocha, notei o quanto seu peito também estava manchado de sangue. Por mais assustada que eu estivesse, era como se meu corpo respondesse bem aos terríveis estímulos e eu soubesse tudo o que deveria fazer e muito rapidamente, com a adrenalina martelando em minhas veias.

Ele gemia de dor constantemente, e grunhiu quando deitei seu corpo ferido próximo a rocha. Seus olhos cansados se fecharam, sua respiração era tão pesada e ofegante que pude ver o esforço que ele fazia ao notar seu peitoral subindo e descendo. Enquanto o analisava, notei que ele tinhas características muito particulares e familiares a mim... Os cabelos de tom aroxeado, o aspecto resistente, o rosto jovial e os relicalhos de caça de animais de pequeno porte...

- Aah, meu deus!! - exclamei - Você é Bugsy, o líder de ginásio?!
- Uuh... - franziu a testa - Sim, sou eu mesmo...
- Céus, o que aconteceu com você?!
- Eles... Eles voltaram. Estão, mais fortes!... - evitava falar, pois isso lhe causava dor. Mas eu precisava saber, ele precisava de ajuda, afinal!
- Eles quem?! Quem voltou?!
Ele deu uma pausa.
- A... Os... Os Rockets voltaram...

A Equipe Rocket era, para mim, um ícone familiar - mas como a maioria dos adolescentes de minha geração, eles não passavam de um mito contado por nossos pais. Era uma equipe terrorista liderada por um mafioso, que fazia os times agirem para promover projetos próprios. Sabia apenas que eram uma organização ilegal e criminosa, e que estava extinguida a mais de 20 anos... Mas tampouco esperava um dia encontrar com eles, assim como minha mãe - muito menos sob AQUELAS circustâncias!

- O que fizeram com você?! - exclamei, enquanto pensava no que fazer.
- O ataque começou muito cedo, não deveriam ser quatro horas da manhã... - pausa - Eu estava no meu ginásio, quando ouvi aquela gritaria do lado de fora...
- Sim...
- Eles eram muitos, muito mais do que a 20 anos atrás... - grunhiu de dor - Invadiram as casas, trancaram o mercado, saquearam tudo que tivesse uma porta para se entrar...

Fiquei em silêncio. Notei que Croconaw se aproximava, temeroso, e curiosamente cheirou as roupas do líder estirado sobre a rocha.

- Não podia permitir que fizessem aquilo, não novamente... Não poderia me tornar passivo, como o fiz a anos atrás!... - pausa. Ele parecia inconsolável - Tampouco pude envolver meus pupilos nisso... Eu peguei meus pokemons mais fortes e fomos enfrentá-los do lado de fora... Mas eles estavam preparados...
- Como assim?
- Ora, veja o estado do meu braço!... - quis rir de si mesmo - A bala não entrou, mas fez um grande estrago... Não doi, mas eu perdi muito sangue... E se eu não tratar logo, o ferimento pode infecionar...
- Mas e seus pokemons?!
- Não tive tempo para sequer ordenar um comando... Foi esperto da parte deles, atacando a mim, meus pokemons ficariam desorientados. - abriu os olhos castanho-claros - Quando caí no chão, ferido pela bala, eles vieram e começaram a me chutar. Quando vi, haviam levado meus pokemons com eles. Fiquei totalmente sem defesas... E vim a procura de ajuda.

Os hospitais mais próximos dali ficavam em Violet e em Goldenrod, e eu não poderia carregá-lo até lá. Resolvi então proceder com os Primeiros Socorros, uma das matérias fundamentais no curso avançado de Treinadores pokémon. Tirei seu casaco e levantei a manga de sua blusa - ambos estavam muito manchados de sangue. Ele estava ficando cada vez mais pálido, então teria que agir rapidamente. Usei um antibiotico-esterelizante natural naquela região do seu braço, depois apliquei algumas bandagens e, por fim, circundei a região com ataduras. O ferimento agora estava fechado, mas ele ainda precisaria de atendimento médico.

- Vocês não acionaram a Polícia Federal?
- Tente ligar para alguém daqui...

Estavámos sem sinal.

- Nenhum aparelho eletrônico funciona. Telefones, Internet... Creio que eles tenham implantado algum tipo de aparelho que cause muita interferência em algum lugar da cidade... - completou.
- Em algum lugar? Mas, e agora?!
- Eu o vi. Os Rockets estavam o carregando para dentro do poço dos Slowpokes... Mas, infelizmente, sequer tinha forças para me manter de pé...

Decidi então o que deveria fazer. Pedi que esperasse e que tentasse se manter imóvel. Corri para o interior da caverna, chamando por um nome em especial:

- Daniel!! Daniel, onde você está?
- OOOH, minha musa voltou!! - surgiu de trás de uma coluna de pedra, sentindo-se tão feliz que pude ver seu corpo se tornando uma pluma de tão leve - Minha graciosa rainha, como esperei seu chamado!!
- Só vou dizer uma vez. - séria - Sou uma garota, não um pokemon para atender chamados de machos no cio...
- Entendo. - cruzou os braços, concordando firmemente com a cabeça - ... Espera aí, quem é que tá no cio?! - esbravejou.
- Daniel, escute, eu preciso de sua ajuda. - ele começou a me ouvir com atenção - Esta é a hora de compensar o que você fez...
- Qualquer coisa, minha rainha!

Levei-o então até Bugsy do lado de fora. Ele encarou seu corpo machucado com os olhos arregalados, e se aproximou dele. Bugsy o olhou com o canto dos olhos, respirava pela boca agora, com os pulmões cobrando mais oxigênio. Olhei para Daniel, pedi para que ele o levasse até Violet o mais rápido possível - afinal, com um Golbat tão grande, não seria difícil carregar o ferido nas costas. Daniel aceitou sem relutar, e com cuidado, posicionamos seu corpo sobre as largas costas do morcego, que não teve dificuldades ao erguê-lo do chão.

- Mas e você, como fica? - perguntou Daniel, preocupado.
- Vou tentar contatar alguém, mesmo que pra isso eu precise ir até Golderod.
- Mas nós chegaremos até Violet mais rápido, lá poderemos contatar as autoridades-
- Daniel, não vamos discutir isso! Alguém precisa fazer alguma coisa!!
- Você já viu o estado dele? - apontou para Bugsy, caído nas costas de Golbat - Ele é um homem adulto, e olhe pelo que está passando! Não pense que eles vão pegar leve com você só porque somos adolescentes... Você não pode se arriscar assim!!

Fitei meus olhos no chão, pensando no que ele dizia. Mas minha mente teimosa, porém determinada, não processava aquelas palavras. Eu virei para ele e disse:

- Eu tentarei destruir o aparelho que está causando a interferência. Assim poderemos contatar o hospital e a Polícia Federal o quanto antes...
- Você escutou alguma coisa do que eu disse?!
- Deixe-a ir... - disse Bugsy, com a voz cansada.

Daniel e eu ficamos sem entender muita coisa.

- Deixe-a ir. - continuou - A última vez que conheci alguém tão determinado a arriscar a vida pelo bem estar do meu povo obteve muito sucesso... E isso foi a 20 anos atrás. - riu.
- sr. Bugsy... - suspirei.
- E, pra variar, eu não posso fazer nada... Vá, minha jovem. Vá, por mim... - seus olhos brilharam quando ele fez esse pedido - E, tenha cuidado...

Eu olhei em seus olhos por muito tempo. Olhei para Croconaw, que sorriu confiante e concordou com a cabeça. Eu sorri também... Olhei para Bugsy, e selei minha promessa de livrar sua vila daqueles criminosos, por mais perigoso que isso fosse. Meu espírito queimava como fogo, senti minha alma me energizando, e dando forças para prometer aquilo de todo o coração... Eu faria meu melhor, faria tudo que fosse possível para espanta-los dali!

- Muito obrigada por me ajudar, Daniel... - virei para ele, agradecendo.
- Certo... Levarei-o para Violet o mais rápido possivel. Por favor, tome cuidado...
- Eu estarei bem, eu prometo.

Ele virou-se para entrar novamente na caverna, com passos largos, com seu Golbat o seguindo. Ele se virou pra mim:

- Aliás, qual é o seu nome?
- ... Juri.
- Certo, Juri... - corou - B-Boa sorte!

Olhei para Croconaw com uma das sobrancelhas erguidas. Ele não precisaria amadurecer mentalmente para perceber que Daniel não tinha muita habilidade em se comunicar com garotas. Por que outra razão perguntaria meu nome se não estivesse interessado em mim? Ajudar na identificação do cadáver?

Tinha plena ciência do perigo... Eles eram criminosos armados, perigosos, que não teriam piedade de mim por ser garota, jovem, ou atraente (e a modéstia...0). Eu teria que ser muito sorrateira, rápida e eficaz. Não poderia simplesmente me lançar diante deles e tentar usar meus pokemons - com Bugsy, isso não funcionou. Eu estava com medo, minhas mãos suavam frio, mal conseguia segurar minha pokebola. Mas eu precisava de um plano, e rápido, antes que minha bravura esgotasse...

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- E aí, cara, arranjou o bagulho?
- Foi moleza. É facil arranjar birita quando você rende todos no supermercado, velho!
- Da'í então, meu! Esperei o dia todo por isso...

Eu me escondia atrás dos arbustos, com Geodude a postos. Já tinha meu plano bem preparado na cabeça, e Geodude não era nada menos que o pokémon perfeito para executá-lo.

Eu os observava com atenção... O que havia chegado trazia consigo duas garrafas de uma bebida alcóolica bastante conhecida pelo continente, um destilado. Parecia sake... Abriram as tampas das garrafas e levaram-as ás bocas de forma rude, sem limpar o gargalo, porém se sentindo aliviados ao deliciar da bebida.

Seus trajes sujeriam mesmo bandidos. Boinas negras em suas cabeças cobriam boa parte do seu rosto com a sombra formada por elas, dando-lhes um aspecto sombrio para homens com aparência ordinária. Usavam um uniforme preto com um R vermelho bem destacado sobre a blusa, e um cinto firmemente preso na cintura, com uma pokebola segura em cada um deles. Usavam luvas e botas brancas, e armas grandes (maiores que revólveres, mas não eram grandes o bastante para serem metralhadoras) em punhos. Por muito fiquei com meus olhos fixos nelas, eram mesmo de meter medo no mais valentes dos homens - ou pokemons. Olhei para Geodude, então cochichei:

- Então, Geodude. É como eu expliquei pra você... Vai e arrasa, carinha!

Ele estava muito apreesivo, nervoso. Ele olhou para baixo, fechando os poderosos punhos. Tadinho, ele estava com tanto medo... Não o culpo.

- Oh, Geodude... Eu também estou com medo. - passei minha mão na parte inferior de sua estrutura rochosa, fazendo-o olhar para mim - Mas juntos, podemos superar isso. Precisamos trabalhar juntos! Eu estarei aqui... Não deixarei que façam nada de mal com você. Mas você precisa confiar em mim!

Ele me encarou por um tempo, depois sorriu. Eu havia dito a ele o que fazer, e se desse tudo certo, nossa invasão ao Poço dos Slowpokes seria um sucesso.

E lá foi ele. Lentamente se aproximou dos rapazes, entretidos demais para notar sua presença. Já a poucos metros, eles o observam "atentos". Seus olhos de pálpebras pesadas e bochechas lentamente adquirindo uma tonalidade avermelhada, resultado da ingestão do alcool e a baixa tolerancia a ele presente nos genes. Por alguma razão (que eu prefiro nem entender qual), eles começaram a rir e zombar de Geodude, que ficou surpreso. Eu já esperava essa reação deles... E ainda mais a de Geodude.

Geodude era um pokemon tranquilo e centrado - apesar de um pouco medroso e ás vezes subestimar sua própria força e resistência. Mas não o revolte... Ele pegou uma pedra pequena próxima de seu corpo levitante, a pouco centímetros do chão; e a atirou com força em direção de um dos rockets. Era pequena, mas o impacto ardeu em seu rosto inchado de tanto rir. O outro ficou sobresaltado mas, excitado pela droga (ou não), mirou sua arma na direção de Geodude e atirou várias vezes, logo acompanhado pelo seu colega.

Geodude cobriu-se com os braços, protegendo seu corpo de pedra. Sem necessidade: grande parte das balas ricochetearam de sua pele rija e dura, poucas chegaram a arrancar minúsculas partículas de rocha. Os rockets ficaram com cara de paisagem, tive que tomar cuidado para que não escutassem minhas risadas causadas pelas suas expressões catatônicas. Geodude olhou seu corpo intacto, e ficou bem mais confiante. Foi em direção de ambos, que assustados, encostaram os corpos nas bordas de pedra do poço, que era na verdade uma passagem para a parte subterrânea. Arrancou as armas de suas mãos trêmulas e, uma a uma, segurou-as em ambas as mãos e as quebrou ao meio, como se fossem feitas de LEGO (c). Atirou-as no chão, deixando-os indefesos. Contra humanos...

- Sua porcaria marombada!! Vai pagar por isso! - disse o primeiro, sacando sua única pokebola.
- Vai virar areia, seu lixo! - disse o outro, também tirando a sua.

Ambos tinham Koffings. As bolas orgânicas inchadas de gases naturais, porém letais, flutuavam quase que magicamente no ar, com seus olhos revirados fazendo-os parecerem tão afetados pela droga quanto seus treinadores. Geodude recuou quando as bolas de gases vinham em sua direção simultaneamente, prontas para investirem sobre ele. Nada mais fez que correr um pouco e abrir bem os braços fortes para os lados, atingindo cada uma com força e usando da propria ação do inimigo para atingi-lo.

O impacto fez com que elas fossem atiradas para longe. Antes que caíssem no chão, eles se recuperam do golpe em pleno ar e ascendem seus corpos. Fecham os olhos e as bocas, forçando seus corpos esféricos e expelindo os gases tóxicos de seus corpos imunes à própria imundice. Sendo um ataque pouco prático, a fumaça envolveu os corpos dos rockets e os fez tossir muito. Aproveitei a deixa para efetuar a minha parte do plano.

Quando a fumaça abaixou, eles puderam ver o quão estavam encurralados. Surgem eu e Croconaw, rosnando furioso ao ver os homens que provavelmente machucaram Bugsy diante dele. Se eram eles ou não, tanto faz: todos deveriam ser "corrigidos" do mesmo jeito. Sob meu comando, Croconaw lançou uma potente Rajada D'água em ambos os Koffings, e Geodude finalizou com seu ataque RockThrow, lançando pedras na direção dos dois e os nocauteando.

Os pokemons desmaiados caíram aos pés dos Rockets. Eles os recolheram e olharam irados para nós. Eu recuei um pouco, temerosa, afinal, eram dois humanos contra uma. Croconaw recuou um passo para trás, pronto para atacar quando necessário, quando tive um flash de idéia...

Peguei o sino em meu colar e o balancei com firmeza entre os dedos. Cerrei os olhos, implorando para que minha idéia desse certo... Então, ouve-se o arrulhar de aves. Em questão de segundos, Spearows selvagens da região surgiram dentre as árvores, enquanto que o meu Pidgey, que os observava empoleirado numa árvore próxima; soube fazer uma manobra no ar para inserir os Rockets na mira deles. Os Pidgeys e Spearows são inimigos naturais e, sendo mais treinado que os pokemons selvagens, escapar foi fácil para ele.

Eles então se atiraram com tudo sobre os peões, e, sendo pokemons facilmente provocados, começaram a bicá-los sem dó ou piedade. Procurei distanciar-me para evitar ser atacada também, enquanto via os rockets sumindo no horizonte, rumando em direção a cidade, na tentativa de escapar do ataque inesperado das aves irritadas.

- Muito bom, Pidgey! - estiquei meu indicador para que o pequeno pousasse em meu dedo.

O passarinho esfregou seu rostinho coberto de penugens em minha bochecha, mostrando afeto. Sua coragem e esperteza me deu forças para prosseguir. A minha ação fez confirmar meus esboços em minha mente: aquele sino, de alguma forma e por alguma razao desconhecia, atraia pokemons selvagens até mim. Dependia de mim fazer bom uso dele - e comprar bons repelentes, uma vez que seria dificil manter criaturas indesejadas longe de mim...

Descendo a escada localizada na pequena e molhada passagem do poço, pude sentir a atmosfera sendo lentamente alterada. O clima úmido de terra fofa e ensopada faria aquele lugar o perfeito ecossistema para pokemons como os Slowpokes. No fim do escuro poço, havia uma passagem que levaria para o interior de uma pequena caverna, onde estariam localizadas as criaturas rosadas de lento metabolismo.

Esgueirando-me de forma furtiava como a de uma raposa, escondi-me entre os obstaculos disponiveis. Estava numa parte elevada do terreno, que precendia o lago onde os Slowpokes se banhariam. Ouvia constantemente o som de pessoas trabalhando e falando, e uma voz masculina lhe dando ordens. Supostamente o líder... Quando pude me aproximar bastante, pude então observar a crueldade com a qual eles estavam a tratar os pobres pokemons...

O lago estava pouco cheio, e todos os Slowpokes estavam atirados lá, se amontoando um sobre os outros, chorando e chamando de forma desesperadora, chegando a, sem querer, poder machucar em estivesse sob sua insana agitação no lado. Um Slowpoke grande, porém já idoso, permaneciar fime diante do lago, sem mostrar sinal de que deixaria de resistir.

- Está tudo correndo de acordo com o plano?
- Sim senhor, na mais perfeita ordem!
- Já bloquearam as estradas e outras rotas de acesso para a cidade?
- Huum, ainda não, senhor.
- Ooh, céus, quanta incompetência... - levou a mão ao rosto, balançando-o negativamente - Providencie isso logo! Tudo tem que correr perfeitamente...

Este rocket mandão tinha um visual diferente. Seus trajes sugeriam que ele fosse o líder daquela operação... Tinha cabelos esverdeados cortornando sua boina pelo lado de fora, e um olhar jovial porém confiante e arrogante. Aproximou-se do Slowpoke e olhou com pena... Com a sola do seu sapato suja de areia, apoiou o pé sobre sua avantajada barriga, dizendo:

- Seu caco velho e insignificante, saia já do caminho!

E ajudado por outros rockets, eles empurraram o Slowpoke idoso de cima de uma inclinação próxima ao lago, fazendo-o rolar de forma violenta e provavelmente machucando seu corpo pesado e idoso. Ele causou um grande impacto ao cair na água, atingindo os Slowpokes sob ele, fazendo os rockets rirem e rirem da cena. O líder posou de herói, quando deveria se envergonhar de sua covardia. Era muita crueldade com aquelas pobres criaturas!

Enquanto minha cabeça fervia com a raiva, meus olhos bateram rapidamente numa grande máquina localizada no canto inferior do lago. Combinei o plano entre meus pokemons, então, cumpririamos a parte mais importante da Operação Anti-Rocket!

O líder ouve um barulho estranho. Uma enorme quantidade de água cai sobre a máquina, fazendo-a emitir ruídos estranhos, como se tivesse entrando em curto, com pequenas faíscas sendo emitidas dela.

- Mas que diabos?! - exclamou - Minha máquina de interferência eletrônica!! De onde veio isso, afinal?!
- Não se exalte, senhor!! - interveio um Rocket com óculos de espessas lentes - Dá pra consertar...

Sim, daria, até meu Geodude esmigalhar o que sobrara da máquina com uma pedra enorme, maior do que o próprio pokemon. O líder gritou desesperado, e olhou na direção de onde a pedra havia sido jogada.

Geodude e Croconaw urraram triunfantes sob uma pedra. Mais exatamente a qual eu me escondia atrás... Vários tiros foram disparados em sua direção. Croconaw abaixou-se a tempo, e Geodude dera uma amostra de seu recém-aprendido ataque.

Abraçou o proprio corpo e saiu rolando na direção dos homens numa velocidade alucinante, tornando até dificil de acreditar que aquele era o meu lento Geodude. Ele saiu quebrando tudo que estava em sua frente: aparelhos eletrônicos, jaulas, armas que os rockets deixavam cair - e a cada curva que fazia, seu ataque se tornava mais poderoso. Seu Rollout, com certeza, seria um dos ataques mais importantes que ele aprenderia em sua vida!

- M*rda!! - exclamou o lider, muito irritado - Meu plano perfeito!! QUEM É O RESPONSÁVEL POR ISTO?!

Minha resposta foi o tremular do meu sino.

Todos os Slopokes viraram na direção do barulho. Alinhados e organizados, cantando alegremente junto à canção do meu sino, vieram marchando em minha direção. Eram muitos, e unidos, e GRANDES. Não pensariam duas vezes em pisotear quem fosse necessário para seguir a canção do sino. Os rockets entraram em parafuso! Ficaram desesperadíssimos, subindo para a seção mais elevada do terreno, seguidos pelos determinados Slowpokes.

- Voltem, seus covarde inúteis!! - gritou o líder, encurralado na pequena porção elevada de terra onde estava sua máquina.

Na confusão, poucos notaram minha presença. Movida pela adrenalina em meu sangue, corri para fora do poço, rapidamente subindo as escadas, seguida pelos meus pokemons. A primeira coisa que fiz foi conttar o celular, que funcionou efetivamente. Digitei rapidamente os 3 números vitais, e sorrir ao ouvir:

- Não se preocupe, senhora, a Polícia Federal está à caminho da sua localização.

---

Os Rockets, infelizmente, haviam fugido a tempo. A cidade de se recuperava com os danos causados às casas e centros comerciais, mas com todos sorrindo aliviados, uma vez que ninguém haveria se ferido gravemente com o transtorno. As pessoas iam às ruas felizes, e, incrivelmente, os rockets haviam deixado uma pista:

- Vamos rastrear as informações genéticas presentes na saliva ao redor da boca dessas garrafas de sake. - me explicou a policial, exibindo as provas dentro de sacos lacrados - Não será difícil encontrá-los.
- Que bom que vocês vieram. O povo se sentir mais confortavel ao lado de suas autoridades, policial.
- Você foi muito valente, minha jovem... A Polícia Federal agradece MUITO a sua cooperação. Por isso, decidi-mos recompensa-la.
- Aah, que isso...

Achei que ela fosse tirar dinheiro de seu bolso, mas era uma pokebola. O pokemon que saiu de lá estava saltitante e feliz ao me ver, tagarelando em seu jeito de fazer barulho:

- Um Weepinbell? - me surpreendi.
- Foi encontrado abandonado na estrada por algum treinador irresponsavel... - ficou seria - Mas será muito util na sua jornada daqui em diante. Espero que esteja satisfeita...
- Se estou! Ele será mais um membro da família... - me agachei e abracei sua estrutura vegetal escorregadia.
- Muito bem. Mais uma vez, agradecemos sua ajuda!
- Oh! - havia me lembrando - E o sr. Bugsy?
- Ele está bem, mas deverá passar um tempo longe das batalhas. - disse tristemente - Deveria prosseguir sua jornada, querida. Isso pode demorar...
- Eu compreendo...

Assim, com o mais novo membro do grupo, caminhamos em direção da Floresta Ilex, minha ponte para a nova parte de minha jornada... Mas quem disse que foi fácil?
Repórteres do radio e TV voaram para cima de mim com suas câmeras e microfones. Tive meus 15 minutos de fama como a "heroina de Azalea" - apesar da Policia ter levado quase todo o crédito. Mas não me importava... O caso Rocket repercutiu em todo o continente. O importante era que, agora, todos estavam alarmados para outros ataques. E eu cumpri com minha parte nesta missão...


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Notas finais do capítulo

Essa fanfic já foi publicada no fórum do site Pokémon Mythology. Visualise o tópico aqui: http://www.pokemonmythology.org/fanfics-pokemon-f28/pokemon-ominous-onix-a-testemunha-corrompida-t5224.htm



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