My Life Upside Down escrita por GirlOfHypnos, Leneh-Jackson
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem!
[ANNABETH]
Acordei com a campainha tocando. Porra, tá de sacanagem, né?
— Já vai! — Calcei minha pantufa e fui de pijama atender a porta.
Abri-a meio sonolenta e piscando com força para me acostumar a claridade.
— Annabeth! Quanta demora para atender a porta! Tá quente pra caralho aqui. — Reclamou Thalia.
— Thalia. — Falei abrindo espaço para ela entrar.
— Achou que fosse quem? O Papai Noel trazendo seu presente adiantado? Por acaso está me chamando de gorda?
— Que horas são? — Perguntei, ignorando-a totalmente.
— Oito e meia.
Olhei assustada pra ela. Thalia. Acordada. No calor. Oito e meia da matina. Ah, tinha algo errado nessa história.
— Afinal, porque estava dormindo ainda? — Perguntou
Tentei me manter calma.
— São oito e meia. — Falei, travando o maxilar.
— E o que tem? Esqueceu do nosso passeio? — Encheu a última palavra de sarcasmo.
— Que mané passeio? O que você veio fazer aqui e de que Hades você surgiu?
— É bom saber que é assim que você recebe os amigos de manhã. Vim te buscar pra irmos ao shopping, com Claire e Silena, na busca infinita e ensolarada pelas roupas mais purpurinadas e unicórnias das vitrines — Imitou a voz de Silena.
— Mas por que? Nossos guarda-roupas estão cheios!
— Primeiro: Já esqueceu do show que a Claire está morrendo pra ir? — A morena ergueu uma sobrencelha — Segundo: Cheio? Silena não sabe o que significa cheio.
Mordi o lábio inferior.
— É amanhã, não é? — Perguntei — O show?
— Como você esquece, Annabeth? Claire passou a semana toda falando nisso! O que ouve?
— Ah, Thalia, você sabe.O mesmo de sempre. — Agitei a mão em sinal de desprezo.
— Bom, achei que morar sozinha iria resolver o seu problema... Acho que você deve falar com a sua mãe.”
Respirei fundo.
— Como se falasse com a Senhorita Ocupada fosse ajudar. E nem fale do meu pai.
— Eu meio que te entendo. Vai tomar um banho antes que eu seja obrigad a quebrar todas as unhas da Silena porque ela me liga de minuto em minuto.
Escorreguei pro banheiro e vesti qualquer roupa após o banho. Prendi o cabelo num rado de cavalo.
— Porque demorou tanto?
— Mas eu não...
— Anda, nerd, vai ficar aí o dia inteiro?
Chegamos à garagem. Acionei o portão e puxei a chave do carro do bolso dos jeans.
— Eu amo o seu carro. — A morena suspirou.
— Por que não compra um igual? — Perguntei abrindo a porta do motorista.
— Sei lá. Acho que ia detonar logo que meu pé encostasse no acelerador.
Liguei a chave na inguinição e revirei os olhos, rindo.
— Para o shopping e avante
— Algumas horas de tortura matinal são essenciais para uma vida saudável.
Manhattan é um caos. O trânsito é uma merda. Íamos demorar dez milênios pra chegar no maldito shopping.
— Ah, pisa fundo nisso — Resmungou pela 575874587 vez uma impaciente Thalia.
Foi entrando nessa onda que um Porshe azul me deu uma fechada, amassando toda a frente do meu carro.
— FALA SÉRIO — Gritei, apertando o volante e afundando a cabeça no mesmo. — Cara, meu carro.
Thalia abriu a porta num empurrão e se jogou pra fora do carro.
— QUE FOI O RETARDADO QUE FEZ ISSO COM O MEU BEBÊ?
— Meu carro — Choramenguei lá de dentro.
Ela se aproximou, com seus olhos azuis desafiando o motorista. Parou na frente do carro, em cima de suas botas de salto alto, pronta pra dar um soco na cara do primeiro otário que se atrevesse a sair do veículo.
Uma porta do se abriu.
— Eu disse, velho, você não devia deixar o Luke dirigir.
— Cara, você bateu o meu carro! — Gritou um garoto de cabelos castanhos e olhos verdes.
— Calma, Percy, foi sem querer. — Disse um loiro que saiu pela porta do motorista.
— Desculpa não vão consertar isto! — O moreno gesticulava que nem um louco.
Thalia pigarreou.
Andou ameaçadoramente pra cima do loiro e o agarrou pelo colarinho.
— Onde você tirou carta de motorista? — Grunhiu — É melhor nem responder porque senão eu vou fazer o favor de tirar esses dentes da sua boca. Cara. VocÊ amassou toda a frente do meu bebê.
Eu saí do carro e examinei a batida.
— Não acredito, eu economizei por cinco anos pra conseguir um desses — Lamentei.
— Já disse que foi um acidente, sério!
— Você! — Apontei, irada, para o garoto de olhos verdes — Sim, você, seu viadinho — Andei até ele com o dedo apontando para seu nariz. — Porque você deixou esse otério dirigir? Olha a cagada que ele fez!
— Eeeei, ele bateu o MEU carro, se você não entendeu isso ainda. O MEU carro, não o dele. Tem noção do que é isso?
— Ei, vão demorar muito aí? — Disse um garoto de cabelos pretos desgrenhados, saindo do carro.
— Vamos demorar mais se você entrar na briga também, emo. — Disse, de braços cruzados.
— Heey, emo não, assim você me ofende.
— Ooown, vai fazer o que? Cortar os pulsos? — Ameaçou Thalia.
— Quer saber? Não vamos perder tempo com isso, Thalia, vamos encontrar a Claire logo.
— Claire? Clair Greenson?
— Conheçe? — Falou Thalia, entredentes.
— Hã, não. Vamos embora galera.
— Não é aquela Claire? — Disse um cara musculoso, que observava tudo de dentro do carro.
— Cale a boca — Sussurou
— De onde você a conheçe? — Perguntei, mas ele se enfiou no carro e fechou a porta na minha cara.
Thalia avançou alguns passos, pronta pra estilhaçar a janela e puxar aquele emo pra fora quando o loiro, segurou sua mão.
— Você não pode só bater a frente do carro, precisa fazer o serviço completo?
— Por acaso está me chamando de descontrolada?
Vish.
Empurrei Thalia pra dentro do carro e a tranquei lá dentro.
— Ok, sem escândalos. — Me virei pra eles — Desculpem pelo... imprevisto, mas a gente tem que ir. Cada um paga pelo seu, certo?
Thalia gritava algo que podia ser tanto "Abre essa porta" quanto "Minha vó é uma torta".
— Certo. — Falou o de olhos verdes. — Já tentou Gardenal? — Perguntou apontndo para o carro e sorrindo.
Sorri de volta.
— Não ligue pra ela, sério. Tô atrasada, desculpa.
— Meu carro... — Sussurei, no meio do caminho, quebrando o silêncio.
— Cala a boca, sua cdf dos infernos.
— Vishe, TPM já?
— Cala a boca — Repetiu
— Hun, eu sei o que é isso.
Ela arqueou uma sobrancelha pra mim.
— Amor não-correspondido. Sério, você gamou naquele loiro.
Ela desviou o olhar.
— Tá maluca? Ele não faz o meu tipo.
— Nãaaao, por isso que fui eu que fiquei babando nele né?
— Se você gosta do seu rostinho do jeito que ele é, é melhor parar com isso.
Estacionei o carro em silêncio na frente do shopping.
Não pude evitar de lançar um olhar de pena pro meu tesouro nocauteado ao sair do veículo. Tanquei-o, ainda abalada e nós saímos correndo em direção ao shopping, sorrindo ao imaginar o discurso sobre horário da Claire.
Estvam lá, sobre seus meia-patas e dentro de seus vestidos, esperando impacientemente. Quando nos viram, fizeram uma comemoração silenciosa e acenaram.
— Vocês não vão acreditar! — Gritei, a uns cinco metros de distância — A Thalia tá apaixonada por um loirinho!
— Mentira! Eu odeio aquele muleque.
— HAHAHA, ela ama ele!
Ela corria atrás de mim enquanto eu passava correndo no meio das duas. Todos no shopping nos encaravam. Então eu senti um baque nas costas e fui em direção ao chão.
Thalia se sentou em cima de mim, segurando meus pulsos atrás do meu corpo.
— Retire o que disse — Falou, com uma voz sinistra.
— Tá, agora sai de cima de mim e para com essa voz assustadora.
— Retire. O. Que. Disse.
— Você vai arrancar minha mão! Solta!
— The fuck tá acontecendo aqui? — Uma voz vagamente familiar perguntou.
Olhei pra cima. Quatro meninos conhecidos estavam de pé, olhando pra gente.
— Tem uma maníaca em cima de mim!
Todos abriram um sorriso. Me aproveitei do fato que Thalia estava com o olhar fixo no loiro e a empurrei de cima de mim.
— Vocês estão nos seguindo, é isso?
—Talvez — Disse o grandalhão.
— Thalia gosta de ser perseguida, não é? — Olhei para ela, que encarava o loiro.
Comecei a rir e ela saiu do transe, me dando um soco no ombro.
— O que vocês querem?
— Nada — O de olhos verdes disse, na maior cara de pau.
— Nós só...
Ele foi interrompido por umas um grupo adolescentes que andavam por ali
Uma delas gritou:
— AHH, MEU DEUS! AQUELES SÃO OS HEROES OF ROCK!!!
Minha mandíbula quase se soltou tamanho o meu espanto.
— Vocês são a banda que a Claire falou a semana inteira?
Lógico que eram. Eu não podia acreditar, nós batemos no carro de uma banda famosa de rock?
Cutuquei Thalia e apontei pra trás. Ela concordou que as garotas deviam estar esperando. Demos meia volta e fomos pra nossa infinita busca pelo sei lá o que.
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