Doce de Morango escrita por JaneLBlack


Capítulo 24
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

nova capitulo rapidinho ;)



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Capitulo 15

Música: Tudo de novo dos Klepth

Link: http://www.youtube.com/watch?v=GpsCjd4jaZU&feature=relmfu

Rose POV

- Aonde vamos, Scorpius? – ele riu-se com a minha impaciência.

- Já vais ver. – bufei irritada e continuei a correr puxada por ele. Foi quando chegamos a um sítio muito familiar para mim.

- A casa de banho dos monitores? – perguntei confusa. Ele sorriu de lado e disse a palavra passe para a porta se abrir. Fiquei boquiaberta ao ver a água límpida a correr da banheira, tudo iluminado por velas e num dos cantos uma manta e uma cesta de piquenique. Ergui a sobrancelha. – Que sitio romântico para um piquenique. Uma casa de banho.

- É o único em que podes dar um mergulho depois. – ele piscou o olho e abraçou-me, colando os nossos corpos. – Acho que temos andado muito tensos. Primeiro o James e a Anne, agora o Albus e a Roxie. Precisamos de um tempo só para nós. – eu sorri e ele beijou-me.

E como acontecia de todas as vezes que ele me beijava, as minhas pernas perdiam as forças e se não fosse ele a sustentar-me eu tinha ido directamente ao chão. Os meus dedos embrenharam-se no seu cabelo e as suas mãos apertaram a minha cintura. Suspirei por entre o beijo. Cada um era como se fosse o primeiro. Como se tivéssemos todo o tempo do mundo.

- Vamos. Tenho uma surpresa para ti. – afastei-me tonta e sem forma de raciocinar. Ele sentou-se junto do cesto e começou a mexer no interior deste, para de seguida me mostrar algo de vidro com uma espécie de líquido espesso e vermelho no seu interior. Os meus sentidos ficaram alerta.

- DOCE DE MORANGO! – exclamei e arranquei o frasco das mãos dele. Ouvi a sua gargalhada, mas não me importei. Procurei uma colher no interior do cesto e quando a encontrei comecei a comer o doce com satisfação.

- Como é que consegues? – ele perguntou, confuso. Eu dei de ombros e depois de o olhar por uns segundos, estendi-lhe uma colher cheia de doce. Se Albus e Lily me vissem agora morriam. Eu nunca partilhava o meu doce de morango. – Realmente é muito bom. – ele comentou enquanto lambia os lábios, limpando os vestígios de doce. A minha boca ficou seca, aquele movimento fora muito, mas mesmo muito, sexy.

Ele riu-se da minha expressão, mas não fez nenhum comentário.

Ficamos ali na manta deitados a comer e falar de banalidades como há muito tempo não fazíamos. Só naquele momento é que percebi que sentia falta de estar assim com Scorpius sem nada a atormentar-nos. Só de pensar que no inicio do ano o mandei para a enfermaria inconsciente após lhe ter atirado com o livro á testa…

E é claro que nenhum piquenique romântico é bom sem uma sessão de amassos, este não podia deixar de ser diferente.

Estávamos deitados na manta, o Scorpius a beijar-me o pescoço, quando murmurou.

- Hora do banho? – e fintou-me com um sorriso maroto nos lábios.

- Assim? – perguntei apontando para o meu uniforme.

- Por mim, podes ir de roupa interior, ou até mesmo sem nada. – bati-lhe no braço e ele riu-se. – Qual é o problema, Rose? Não tens coragem?

Semicerrei os olhos. Podia não ser uma Gryffindor, mas ainda eram uma Weasley e ninguém diz a uma Weasley que ele não tem coragem.

Empurrei Scorpius e levantei-me. Desabotoei a minha camisa e atirei-a para a cara dele, que quando se desenvencilhou dela já eu tinha tirado a minha saia. Perante o seu olhar boquiaberto tirei as meias e encaminhei-me para a grande banheira. Estava mesmo a entrar quando me virei, fingindo-me esquecida.

- É verdade! – disse com um sorriso. Levei a mão ás minhas costas e ele arregalou os olhos enquanto eu desapertava o soutien e o deixava cair no chão. Inspirei fundo. Não era hora para me envergonhar. Abaixei as cuecas e atirei-as para um quanto qualquer. De seguida, com um salto gracioso, entrei na água. 

Contei mentalmente até dez e sorri ao ouvir Scorpius entrar na água. Senti os seus braços rodearem a minha cintura e arregalei os olhos quando ele se encostou a mim.

- Não devias tomar esse tipo de atitudes, ruiva. Sabes o que faz comigo? – supirei ao sentir os seus lábios no meu pescoço. Calmamente, virei-me para ele e rodeei a sua cintura com as minhas pernas. Ele conteve a expressão de surpresa e sorriu. Olhei-o nos olhos e percebi que, de certa maneira, eu sempre soube que a noite ia terminar assim e não parecia, de maneira nenhuma, errado.

- E tu? Sabes o que fazes comigo? – ele capturou os meus lábios num beijo selvagem e eu deixei-me levar. Os seus toques eram rápidos e precisos, duravam apenas o suficiente para eu saber o que aconteceu e para ficarem marcados a minha pele a ferro e fogo.

Eu pertencia a Scorpius. Estava nas mãos deles e nem que me oferecessem um sinal de errado naquele momento eu ia parar. Porque eu sabia que aquilo era errado. Estávamos na escola, a meio da noite. Ambos monitores que deveriam dar o exemplo. Éramos uma Ravenclaw e um Slytherin. Uma Weasley e um Malfoy. Era simplesmente errado. Contra as leis sociais e naturais do mundo mágico.

Mas quando Scorpius me possuiu eu soube que não existia outra maneira de ser. Aqueles movimentos, aqueles beijos, aqueles toques, aquele gemidos… era tudo real. Estava tudo destinado a acontecer.

Eu e ele era o certo. Mexíamo-nos em sintonia, como duas metades de um só.

Estou a exagerar? Talvez. Mas que rapariga não embeleza a sua primeira vez? O importante era que eu estava com a pessoa certa.

Albus POV

 Suspirei aborrecido. Sentia uma falta absurda de Roxanne. Parecia um toxicodependente e ela era a minha droga. 

- Albus, é a tua vez. – disse Andrew e eu ignorei. – Escusas de estar assim! Tu é que não quiseste voltar para ela. – semicerrei os olhos para ele.

- A esta hora o Scorpius e a Rose devem estar a fazer sexo selvagem e eu aqui! A jogar xadrez! Desde quando nós ficamos a jogar xadrez e deixamos Scorpius passar-nos a perna? – ele riu-se divertido e eu revirei os olhos.

- Desde que nos apaixonamos. – comentou, enquanto derrubava um dos meus cavaleiros.

- E tu? Porque é que estás aqui e não a abusar da minha irmãzinha?

- És o meu melhor amigo, Albus! Achas que me ia divertir enquanto tu estavas na fossa? – ele disse-me, fazendo-se indignado.

- A Lily deixou-te para ficar com Roxie não foi? – ele suspirou derrotado.

- Foi. – comecei a rir-me e ele semicerrou os olhos na minha direcção. – E a culpa é tua Albus.

- De certa forma sim. – dei de ombros, atacando o seu bispo. – Mas não foi nada planeado.

- Eu sei que não. Eu sei que não. – olhamos um para o outro e sorrimos, antes de ele me atirar com uma almofada e começar uma guerra que só terminou quando Scorpius chegou e soltou um berro assustado com o estado do quarto. Eu e Andrew trocamos um olhar e depois atacamos o nosso melhor amigo.

Victorie POV

Eu estava a tomar um chá quente com a minha avó num dos mais requisitados cafés na zona bruxa de Paris. Era um sítio agradável e fazia-me bem. Sorri ao ver umas crianças a correrem e acariciei a minha grande barriga de sete meses.

Suspirei.

- Sentes a falta dele, não é? – olhei para a minha avó. Ela conhecia-me tão bem.

- É o pai do meu filho. É de certa forma especial para mim. – ela ergueu a sobrancelha.

- Minha querida, podes mentir para todos os Weasley. Apesar de gostar muito deles, são todos um bocado cegos no que toca a sentimentos. Mas não podes mentir para mim. Sou a tua avó. – ela sorriu e eu suspirei novamente.

- Cada vez que ele sorri faz uma covinha bem perto do lado direito do lábio. Ele pensava que eu não reparava, mas cada vez que estávamos juntos tornava-se difícil para ele mudar a aparência. E se ele não alterasse a sua aparência ele era igualzinho ao pai e, meu merlin, ele seria lindo na mesma. Eu quero tanto que este filho seja igualzinho a ele.

- A aparência não é tudo, minha querida. – a minha avó continuou enquanto sorria.

- Ele fala enquanto dorme. Ele não sabe que eu sei. Mas ele diz o meu nome. Constantemente. E quando ele está irritado começa a morder o lábio. Quando ele me chama a voz dele fica mais rouca e é tão bom. Mas a melhor coisa do mundo é quando acordo e a primeira coisa que ouço é a sua voz. – ela olhava um ponto atrás de mim. Parecia perdida em memórias. – Eu amo-o tanto, grand-mère. Eu só queria que ele percebesse que tudo que fizeram, foi para o proteger. Que os pais dele se foram para que ele pudesse viver num mundo em paz. Eu queria que ele estivesse aqui comigo. Eu queria que ele compreende-se que eu o amo. – ela inclinou-se para a frente e segurou a minha mão, sorrindo.

- Eu acho que ele compreende. – e apontou para trás de mim. Virei-me de sobrancelha erguida e o meu queixo caiu ao ver Teddy, vestido com o seu velho uniforme escolar. A gravata vermelha ficava-lhe ligeiramente mais pequena e tinha a certeza que aquela camisa e aquelas calças já não lhe deviam servir. Sorri involuntariamente ao perceber que ele estava com o seu “aspecto original”. Os cabelos castanhos a caírem-lhe sobre os olhos dourados e o sorriso sincero no rosto. Tentei levantar-me, mas ele aproximou-se e tocou suavemente no meu ombro, impedindo-me de o fazer. Ele olhava deliciado para a minha barriga e eu não pude deixar de corar.

Foi então que a realidade caiu sobre as minhas costas.

- Que estás aqui a fazer? – perguntei bruscamente, levantando-me como se tivesse levando uma choque. Ele engoliu em seco e fintou-me.

- Tu sorris enquanto dormes. Não sei se o fazes sempre, mas quando dormes perto de mim sorris sempre durante o sono. Quando estás irritada a tua voz treme e começas a murmurar coisas desconexas. Sempre que ficas nervosa começas a implicar com o teu cabelo, mesmo o pobre coitado não tendo culpa de nada. – ele sorriu e estendeu a mão, como se o fosse tocar, mas desistiu á última da hora. – E por isso eu estou aqui. Neste uniforme velho. – ergui a sobrancelha confusa. – Foi neste uniforme que me apaixonei por ti. Que te convidei para sair inúmeras vezes até o sim. Que te beijei pela primeira vez. Que te pedi em namoro. Que me apaixonei e apaixonei cada vez mais. E é neste uniforme que eu tenho que fazer isto. – ele ajoelhou-se e segurou a minha mão. Abri a boca espantada. Ele vai mesmo fazer isto? – Eu amo-te Victorie Weasley. Desde o primeiro momento em que percebi que eras a garota mais perfeita do mundo para mim. E eu quero cuidar de ti como tu mereces. Por isso, aceitas casar comigo? – abri e fechei a boca várias vezes, incrédula.

- Acho que este é o momento que dizes que sim. – lancei um olhar feio á minha avó, mas sorri em seguida. Virei-me para Teddy e revirei os olhos.

- És um imbecil. – ele abriu a boca para reclamar. – Mas eu amo-te mesmo com esse defeito. E por isso: sim, eu aceito. – ele soltou um grito de felicidade, fazendo-me rir. Mas depressa se levantou e beijou os meus lábios. Ouvimos palmas e, ao olhar á nossa volta, percebemos que todos no café nos observavam. Rimos levemente e voltamos a concentrar a atenção um no outro.

- Eu amo-te tanto. Vou-te fazer a mulher mais feliz do mundo. – depois abaixou-se e tocou a minha barriga. – E a ti também bebé.

- É um menino. – informei. Os seus olhos brilharam ainda mais e ele voltou-me a beijar. E ainda me perguntam porque é que eu me apaixonei por este idiota.


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Notas finais do capítulo

este é, minha gente, o penúltimo capitulo :o o próximo não sei o quão grande ficará porque nem sequer pensei nisso, mas se ficar basta dividir x)
como já disse anteriormente estou a planear uma continuação. irei postar a prévia mal possa (:
e minha gente, com tantos leitores como é possível existirem tão poucos comentário? :o partem-me o coração :x
obrigada Jacih pelo apoio incansável :D algum pedido para a continuação sobre as personagens? mereces depois de todo o apoio flor (:
beijinhos a todos e inté ;)



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