Doce de Morango escrita por JaneLBlack


Capítulo 20
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

explicações no fim, agora aproveitem xD



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Capitulo 11

Albus POV

Estávamos todos na cozinha da Toca a almoçar. O barulho era imenso e isso deixava-me feliz. Percorri com o olhar a grande mesa.

O avô Weasley estava na ponta, sorrindo divertido como sempre, ao seu lado estava a avó Weasley. O tio Bill e a tia Fleur estavam sentados lado a lado e os seus filhos, Victorie, Dominique e Louis. A mais velha dos três brincava com a sua comida e mordia o lábio nervosamente, como se estivesse prestes a contar alguma coisa de que se arrependia no último segundo. O tio Percy conversava com a mulher Audrey e com o tio George e a tia Angelina. Fred, filho de George, Molly e Mary, filhas de Percy, e Hugo conversavam animados. O meu pai, a mãe e a Tia Hermione cochichavam entre si, enquanto o tio Ron ria juntamente com o Tio Charlie. Lily e Rose comiam com um sorriso no rosto e eu evitei pensar que elas estavam assim devido aos meus melhores amigos.

O meu melhor amigo namorava com a minha irmã. Fiz uma careta ao relembrar o beijo em que assistimos e senti uma mão sobre a minha coxa, que me fez suster a respiração.

Encarei a minha namorada e sorri forçadamente. Roxanne não tinha a noção o quanto me torturava daquela maneira. Tocar-me tão intimamente e passar a mão pelas minhas costas, sem eu puder beijá-la e colar o seu corpo no meu era demasiado para a minha insanidade.

- Algum problema, primo? – semicerrei os olhos perante a pergunta de Fred. Todos olhares estavam cravados em mim e Roxanne apertou a minha perna e começou a subir a mão em direcção a… bem, vocês perceberam! Tentei conter um gemido perante o seu toque, voltei a forçar um sorriso e, após ter a certeza que conseguiria falar, respondi:

- Tudo óptimo. Porquê? – ai Roxanne, Roxanne, estás a brincar com o fogo! Pensei. Preparava-me para contra atracar quando ela segurou a minha masculinidade. Dei um salto de surpresa e Hugo e Fred começaram a rir.

Meti uma garfada de arroz á boca e pouco a pouco os elementos da minha família voltaram para as conversas, enquanto os idiotas dos meus primos se continuavam a rir. Quando já ninguém nos prestava atenção, virei-me para Roxanne e a minha mão entrou pela sua camisola e subiu até aos seus seios, discretamente, e ela arfou. Agradeci a Merlim por estarmos no canto mais afastado e de estarem todos entretidos.

- Quando brincamos com o fogo, podemos nos queimar, Roxanne.

- Eu não tenho medo do fogo. Gryffindor, lembraste? A casa da coragem. – aproximei-me ainda mais dela.

- Então cuidado, porque da próxima vez que te encontrar sozinha vou fazer-te minha e tu vais gemer tanto e tão alto que vais ficar afónica. E quanto tremeres de prazer nem forças para pensar vais ter. – murmurei com voz rouca no seu ouvido. Ela soltou um gemido baixo e corou.

Afastei-me, sorrindo satisfeito e voltei a comer. Roxanne semicerrou os olhos, mas não voltou a tocar-me. Adorava as nossas pequenas discussões e a nossa sedução constante. Eu gostava de Roxanne e nunca seria capaz de atacar assim a meio de um corredor, a não ser que ela realmente quisesse.

Observei-a pelo canto do olho. Os cabelos castanhos já lhe chegavam pela cintura e agora não eram tão lisos, eram de um ondulado natural e brilhavam a cada movimento que ela fazia. Os seus olhos castanhos, cuidadosamente delineados, eram brilhantes e extremamente expressivos. Mas o que mais me fascinava eram os seus lábios rosados. Davam vontade de trincar. Sorri com o meu próprio pensamento.

- Potter. – uma voz desconhecida tirou-me dos meus pensamentos e eu virei a cabeça em direcção da porta, assim como a minha irmã e os meus pais. Um grande urso prateado olhava para nós. Um patrono. – Encontramo-los – desvaneceu-se. O meu pai levantou-se rapidamente.

- Tenho de ir até ao Ministério. – explicou.

- Harry, quem é que encontraram? – agora todos os olhares estavam cravados nele. O meu pai suspirou, percebendo que não podia fugir á pergunta.

- James e Teddy. Não podem vir muitos. – levantei-me ao mesmo tempo que todos os outros. Olhamos uns para os outros para ver quem cedia. Foi a avó Weasley que resolveu o problema, como sempre.

- Muito bem. Harry, Ginny, Albus e Lily, vocês vão. – a minha namorada segurou a minha mão, assim como Rose segurou a de Lily. Era uma mensagem silenciosa: nós não os abandonamos. - Roxanne e Rose vocês também. – a minha prima mais velha olhava nervosa para a avó, suplicando por esta a escolher. – Vic, Bill e Fleur, vocês também vão. Os outros ficam.

Corremos todos em direcção á sala sem pensar duas vezes e, enquanto pegava no pó de Flu, dei por mim demasiado ansioso. Sabia que isto não ia acabar bem e que James iria ser castigado. Suspirei e entrei na lareira, pedindo a Merlin que tudo corresse bem.

Lily POV

Ao ver o meu irmão paralisei em choque.

Estava muito mais magro com grandes olheiras debaixo dos seus olhos. Tinha uma grande corte no lábio superior e inúmeras nódoas negras no pescoço, como se alguém o tivesse tentado sufocar. As suas roupas estavam num estado miserável e o cabelo ruivo mais desarrumado que o habitual.

Ao ver as suas mãos tremer ligeiramente, corri até ele e segurei-as. Ele ergueu o seu olhar e eu não contive as lágrimas ao notar o quão perdido ele parecia. Grossas lágrimas começaram a correr pelo seu rosto e eu abracei-o como se a minha vida dependesse disso. Senti as suas mãos nas minhas costas a puxar-me contra ele.

Outros braços nos rodearam e eu percebi que Albus se juntava ao nosso abraço emocionado. Não sei por quanto tempo ficamos assim, mas á medida que as minhas lágrimas e os meus soluços foram diminuindo, eu fui-me afastando de James, apenas para encarar o seu rosto.

- Promete-me que nunca mais te vais embora. – pedi. Ele sorriu fracamente para mim.

- Prometo.

Olhei pela primeira vez para Teddy, apesar de estar furiosa com ele, não contive um sorriso ao vê-lo. Os seus cabelos estavam castanhos-claros, assim como os seus olhos. Presumi que fosse aquele o seu aspecto normal. Tinha um olho negro e um curativo na face direita, de resto parecia estar tudo no sítio. Ouvi passos e olhei para a Victorie, que se aproximava decidida, com os pais logo atrás de si.

Teddy levantou-se e a minha prima ergueu a mão de encontro ao rosto dele. O choque ecoou pela sala e ficamos todos em silêncio, sem saber o que fazer, ou dizer.

- Victorie… - ela voltou a erguer a mão, mas deixou a cair, mordendo o lábio inferior. – Perdoa-me. Eu fiquei em pânico e não sabia o que fazer. Mas eu agora sei o que quero Vicky, eu sempre soube, só não tinha coragem para admitir. – a minha prima fechou os olhos e suspirou. Quando os voltou a abrir, parecia-me mais decidida que nunca e isso assustou-me.

- Eu disse-te que estava grávida. – ok, o meu queixo caiu. - De um filho teu, uma parte de ti, um pequeno e indefeso ser que nós criamos. E tu fugiste. Deixaste-me aqui só, sem rumo. – ela voltou a suspirar. – Eu vou-me embora, Lupin. Vou criar esta criança longe daqui e principalmente longe de ti. – Victorie olhou para o meu irmão, que ainda chorava e sorriu tristemente. – Olha o que levaste o James a fazer e ele é um adulto. Imagina o que poderás fazer um bebé. És um irresponsável, Ted e eu não te quero mais perto de mim e do meu filho. – ela encarou-o uma última vez e virou costas. A tia Fluer e o tio Bill ainda demoraram um pouco a reagir, mas rapidamente correram atrás da filha.

Ted deixou-se cair novamente na cadeira e escondeu o rosto nas mãos. Rose tentou aproximar-se dele, mas ele afastou-a. Os seus ombros começaram a tremer e eu percebi que ele chorava. Olhei assustada para os meus pais. O meu pai tinha uma expressão igual á minha e a minha mãe tentava conter as lágrimas. Albus apertou o meu ombro e Rose e Roxanne apoiaram-se uma na outra.

Após uns minutos em silêncio, a minha mãe aproximou-se de Ted e apesar deste a tentar afastar, ela segurou o seu rosto e olhou bem fundo nos seus olhos.

- Vai ficar tudo bem. Nos vamos procurar ajuda para ti e vamos ficar ao teu lado. – ele abraçou-a e escondeu o rosto no seu pescoço, enquanto chorava. – Vai ficar tudo bem, Teddy.

Voltei a abraçar James e comecei a chorar novamente. Quando é que aquele pesadelo ia terminar?

Andrew POV

Ver Lily sorrir foi um alívio enorme para mim.

Depois de receber a carta que Albus me enviou onde contava como a irmã tinha ficado quando James e Teddy foram encontrados, fiquei em pânico, mas a minha mãe aconselhou-me a ficar em casa e deixá-los descansar apenas em família. Apesar do sacrifício, acatei o seu conselho.

- Lily! – ela virou-se na minha direcção e sorriu ainda mais. Corri até ela e abracei-a, colando os nossos lábios. – Que saudades! – ela deixou escapar uma risinho e afastou-se de mim, afagando o meu rosto.

- Está tudo bem, não precisas de te preocupar.

- Eu vou sempre preocupar-me contigo, sua  anã de circo. – ela abriu a boca, surpresa, e, depois de sair do meu abraço, bateu no meu braço. Eu comecei a rir-me e foi então que reparei pela primeira vez no rapaz que estava ao lado dela.

- James! – eu não esperava que ele voltasse para a escola!

- Andrew… - a sua voz era calma e contida. Não pude deixar de reparar nas suas feridas. Apesar das loucuras dele, nós tínhamos pertencido á mesma banda e existem amizades que não desaparecem do dia para a noite. Esqueci-me que estava no meio da plataforma e abracei-o. Uma abraço de irmão.

- É bom ter-te de volta, mano. – afastamo-nos e ele sorriu.

- É bom estar de volta. Ah! E se fazes a minha princesinha sofrer faço questão de te torturar em pessoa! – começamos ambos a rir, mas ele parou de repente e segurou no meu ombro com força. – Estou a falar a sério. Não me queiras por á prova.

Engoli em seco e a Lily veio em meu socorro.

- Meninos, meninos, vamos a acalmar! Que tal procurarmos o resto do grupo? – ambos acenamos positivamente e entramos no comboio.

Lily foi a primeira a entrar na cabine e eu segui-a rapidamente. Scorpius e Rose estavam sentados juntos da janela e conversavam em voz baixa, do outro lado estava Kristen que ignorava as piadas de Hugo ao seu lado. Ainda junto deles os dois estava Anne e Jackson. Ele afagava o rosto dela e ela sorria tristemente. Procurei por James e este estava paralisado a olhar para os dois amigos. O seu rosto estava contorcido em dor e eu rapidamente percebi tudo.

A relação entre Anne e Jackson fora o motivo da quebra de James. Ele estava apaixonado por ela e quando os dois amigos começaram a sair juntos ele perdeu toda a esperança. A esperança que a amizade dela lhe tinha oferecido pouco depois da primeira fuga dele.

Ninguém, além de mim, percebeu o estado do Potter mais velho e eu apressei-me a tirá-lo dali. Entramos numa cabine vazia e ele sentou-se num dos bancos e escondeu o rosto nas mãos.

- Podes ir ter com Lily, Andrew. – considerei essa possibilidade, mas ao olhar o rapaz completamente derrotado, mudei de ideias. Além de ser meu cunhado, James também era meu amigo e eu sei que se precisasse poderia contar com ele, por isso sentei-me no bando em frente dele.

- Eu estou bem aqui. – James olhou para mim confuso. – Estava a pensar que já não pomos a conversa em dia há muito tempo. – ele sorriu.

- Sinceramente, gostava muito que me explicasses como é que a minha irmã conseguiu conquistar o inconquistável Andrew. – eu comecei a rir e ele também. Ainda existia vida em James para recuperar e eu iria encarregar-me disso. Ele merecia, apesar de tudo.

James POV

Saber que ainda podia contar com Andrew fez-me bem. Apesar de a nossa amizade nunca ter sido muito forte, ele era um bom confidente e conselheiro. Conversar com ele durante a viagem serviu para afastar dos meus pensamentos Anne.

Descobrir que ela e Jackson tinham levado o relacionamento deles para a frente foi como uma facada no meu coração, mas saber que ainda existiam pessoas dispostas a lutar por mim, a acreditar em mim, levou-me a desvalorizar o relacionamento deles. Andrew, Lily e Albus pareciam determinados em apoiar-me e eu só tinha agradecer e a lutar pela minha recuperação.

Eu não sabia até que ponto o meu regresso a Hogwarts ia ser benéfico. Já todos sabiam da minha fantástica fuga devido às notícias que tinham saído em todas as revistas e jornais do nosso mundo. Era neste momento que a fama da minha família se tornava um fardo.

Ao sair do Expresso as pessoas começaram a olhar e a comentar e eu senti a raiva chegar, mas uma mão suave segurou a minha e eu sorri confiante para a minha irmã. Atrás dela, Anne cravou os seus olhos nos meus e, após uma pequena batalha interior, decidi desviar o olhar e enfrentar os meus colegas.

O meu pai tinha razão. Eu tinha feito as asneiras, agora era hora de arcar com as consequências.


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Notas finais do capítulo

minha gente, perdoem a demora e o capitulo fraco, mas a minha vida anda uma confusão.
como já tinha prometido antes, vou tentar reduzir no drama e já estou a fazer um esforço nesse sentido.
espero reviews, apesar do capitulo fraco *.* ( uma pessoa tem o direito a sonhar +65 )
beijinhos meus lindos (:



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