Doce de Morango escrita por JaneLBlack


Capítulo 17
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

FELIZ NATAL ATRASADO :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/101578/chapter/17

Capitulo 8

Lily POV

Querida Lily,

Como andam por aí as coisas? Por estes lados anda tudo um bocado estranho. Apesar do bom humor, da diversão e dos dias incríveis, as coisas não parecem as mesmas sem vocês por perto.

Albus anda de um lado para o outro com algo que eu já vi no cabelo de Roxanne. Uma pequena fita roxa. Scorpius não larga a única carta que a Rose lhe enviou. O tio Draco sente-se deprimido com tanta saudade e com o facto, como é óbvio, de o seu filho se estar a apaixonar por uma Weasley. Mas a tia Astória parece achar tudo extremamente divertido. 

Quanto a mim, bem, sinto muito a tua falta. Como já disse, sem vocês as coisas não são iguais. Dava tudo para que pudesses estar aqui connosco, mas compreendo que sintas saudades dos teus pais e que queiras passar algum tempo com eles.

Daqui a dois dias eu e os rapazes vamos até a Beco Diagonal, que tal aparecerem por lá também? Sei que vão ao baile e sei que a Roxie está ansiosa por comprar um vestido novo. Como sei isto? Eu e o Scorpius ficamos um bocado curiosos.

Espero ver-te em breve.

Com amor,

Andrew Jones

- Lily! Estamos prontos! – desci da janela aonde estava a ler, pela enésima vez, a carta de Andrew. Dobrei-a e guardei-a numa pequena caixa de madeira. Quando cheguei á sala, Roxie, Rose, Hugo e os meus pais já estavam á minha espera.

- O James? – perguntei.

- Está no quarto. Diz que tem mais do que fazer do que ir ao beco. – respondeu o meu pai. – Acho que ele e a Anne se chatearam. – olhei para ele confusa.

- Tio, o James e Anne nunca foram um casal. – explicou Rose que parecia tão confusa como eu.

- Oh, eu pensei que… ele tinha aquela foto dela e agora já não tem eu… Pensei que… - agora era o meu pai que estava completamente confuso. – Bem, vamos lá. Ginny, vais na frente? – a minha mãe sorriu e beijou-lhe rapidamente os lábios, antes de entrar na lareira.

- O teu irmão tinha uma foto de Anne? – perguntou-me Roxanne.

- Não que eu tenha reparado. – respirei fundo e entrei na lareira. Quando tudo começou a girar, fechei os olhos e esperei que parasse.

Ao sair no beco algumas pessoas olharam-me de lado, talvez devido á minha aparecia esverdeada. De todas as coisas que podia ter herdado do meu pai, fiquei logo com a pior. Não suportava viajar através da lareira e a minha mãe imediatamente percebeu a minha situação e retirou uma garrafa de água da carteira. Bebi com vontade e quando o meu pai chegou ao pé de mim, passei-a para ele, que estava tão esverdeado como eu estivera.

- Detesto isto. Mal posso esperar que vocês possam aparatar. – ele confessou. Não pude conter um sorriso. Ele dizia aquilo desde sempre.

- Lily, vamos. Eles estão á nossa espera! – exclamou Rose, enquanto Roxanne a puxava pela mão. Abanei a cabeça e corri atrás delas.

- Às quatro horas no Caldeirão Furado para irmos comprar os vestidos! – acenei-lhe positivamente enquanto perseguia as minhas melhores amigas.

Paramos junto de Gringotts, o ponto de encontro. Os rapazes ainda não tinham chegado, então sentamo-nos nas escadas á espera. Perto de nós estavam a Melanie Thomas e as suas amigas. Elas olhavam para nós e riam-se. Eu estava prestes a perder a paciência e batia com o pé no chão, quando eles apareceram.

Scorpius beijou de leve a bochecha de Rose, que lhe sorriu. Andrew abraçou-me levemente e beijou o topo da minha cabeça. Mas, como é obvio, Roxanne estava demasiado ansiosa para esperar que Albus chegasse até ela, por isso correu até ele, saltou para o seu colo e beijou-o.

Todos nós rimos, mas o que me deu mais gozo foi a cara da Melanie quando Andrew me puxou para o seu colo.

- Então, nós fazemos falta? – perguntei-lhe em surdina.

- Muita. – ele murmurou.

- Sabem o que eu costumava fazer no mundo dos muggles quando não tinha dinheiro?  - questionou Roxie, observando a multidão.

- O quê? – Albus estava verdadeiramente curioso. Sempre que a minha melhor amiga se referia ao seu passado ele ficava atento esperando descobrir qual o seu grande segredo.

- Cantava nas ruas. – eu e Andrew trocamos um sorriso.

Musica: Natal em todo o lado dos Morangos com Açúcar

Link: http://www.youtube.com/watch?v=sHffAoZnjN0&feature=player_embedded

- Amor à minha volta,
Eu sinto já no ar,
Eu vejo nos sorrisos,
eu tenho no olhar.

Ao meu lado, Albus puxou Roxie para perto de si, e ambos começaram a acompanhar-nos.

- Há cor em cada rua
Há música a soar
É natal em todo o lado
Eu quero abraçar

Scorpius e Rose trocaram um olhar e seguiram um nosso exemplo.

- Melhor ainda é ter-te aqui
Este natal só te quero para mim
Entre os presentes e o festejar
É o nosso amor que vou celebrar

As pessoas começavam a parar e olhar para nós, mas ninguém ligava. No meio da multidão reconheci Taylor e chamei-a. Com um sorriso nos lábios rapidamente se juntou a nós.

- A chama da lareira
Convida a ficar
Sapatinho à espera
Dinheiro a enfeitar

Os meus pais apareceram e sorriram para nós. Disse-lhes adeus e eles retribuíram. Ao seu lado o tio Ron olhava surpreendido para nós. Hugo deixou o pai e correu para junto de nós. Rose abraçou o irmão, que fez uma pequena careta.

- Família por perto
Calor a embalar
Estamos todos juntos
A noite é de encantar

Melhor ainda é ter-te aqui
Este natal só te quero para mim
Entre os presentes e o festejar
É o nosso amor que vou celebrar

Vou celebrar

O pai de Scorpius furou a multidão e encarou o filho, que abraçava Rose com um sorriso. Taylor deu um encontrão a Hugo que sorriu e a abraçou, apesar de esta fazer uma careta.

- Em todo o lado
Em todo o lado
Quero-te abraçar

Em todo o lado
Em todo o lado
Quero-te abraçar

Em todo o lado
Em todo o lado
Quero-te abraçar

Em todo o lado
Em todo o lado
Quero-te abraçar

Quando a música acabou, todos bateram palmas e eu ri do rosto corado de Rose. Andrew abraçou-me e Albus beijou o rosto de Roxie. Pouco a pouco a multidão dispersou-se e os nossos pais aproximaram-se.

O meu pai cumprimentou o pai de Scorpius com um sorriso, mas o tio Ron fê-lo um pouco contrariado.

- Olá, Mr Malfoy. – disse Rose com um sorriso. Ele olhou para ele e estendeu-lhe a mão. Um bocado surpreendida, ela aceitou o cumprimento e depois trocou um olhar com Scorpius que sorria satisfeito.

- Pai… - começou Albus com aquele olhar matreiro que eu já conhecia. – Será que podíamos ir ao mundo Muggle?

- Porque? – perguntou-lhe o tio Ron, desconfiado como sempre.

- Ora, vamos ter de lá ir de qualquer maneira. Comprar os vestidos. – disse-lhe. – Além disso, o Scorpius e o Andrew nunca estiveram no mundo Muggle. Vai ser divertido.

- Pode ser. Mas não se esqueçam. Às quatro horas no Caldeirão Furado. – já vos disse que adoro a minha mãe? Corri para ela e beijei o seu rosto. – Até logo Lily.

Fui saltitante até á entrada do Caldeirão e quando me vi no meio da multidão ri divertida. Estava a nevar! Virei-me para os meus amigos e percebi que Andrew estava nervoso. Nunca tinha estado no mundo não-mágico e sentia-se um peixe fora de água. Peguei na sua mão e comecei a puxa-lo pelas ruas movimentadas.

Estava-lhe a explicar como funcionava um telemóvel em frente de uma loja quando um homem se aproximou de nós.

- Roxanne? – tinha umas roupas velhas e esfarrapadas, a barba estava por fazer e tinha os olhos injectados de sangue. Conseguia sentir o seu hálito e o seu cheiro a quilómetros. Albus puxou Roxanne para mais perto de si, assim como Andrew fez comigo. Os rapazes olhavam para o homem, atentos, e percebi que Scorpius levou discretamente a mão ao bolso do casaco. A minha melhor amiga estava mais pálida do que nunca e tremia ligeiramente. – Sua diabinha! És mesmo tu. – esticou as mãos sujas para lhe tocar, mas o meu irmão colocou-se no seu caminho. – Sai da frente, pirralho! – olhei de um para outro, assustada e agarrei no casaco de Andrew para o impedir de se meter na confusão.

- Não toques nela! – ameaçou o meu irmão.

- E vais fazer-me o quê? Cócegas? – Albus deu um passo para a frente, mas Scorpius segurou-o pelo braço.

- Tem calma, meu!

- Vai-te embora, Bill! – ela pediu, num tom de suplica.

- Mas tu vens comigo. – Roxanne afastou-se. – Oh oh! Agora que tens uma casa, uma cama onde de dormir e uns quantos putos a defender-te já não te posso tocar? Á uns anos atrás não agias assim. – Albus ergueu a sobrancelha e olhou para Roxanne, que já chorava.

- Vai-te embora! – este berro atraiu a atenção das pessoas e o homem afastou-se um pouco.

- Isto não vai ficar assim. Nós vamos ajustar contas, Roxanne. – e desapareceu. Larguei Andrew e corri para a minha melhor amiga. Ela afastou-me e cravou o olhar em Albus, que a encarava sério.

- Albus, eu…

- Acho que chegou a hora de me contares a verdade, Roxanne. – abri a boca para o mandar calar, mas ela colocou a mão no meu ombros.

- Tens razão, Albus. Eu vou contar-te tudo.

- Talvez seja melhor irmos até ao Caldeirão Escoante. – sugeriu Rose. Tal como eu, ela temia a reacção de Albus.

- Não. Só vamos nós os dois. – afirmou Roxanne. Olhou para mim e abraçou-me. – Eu vou ficar bem. – e, seguida de Albus, refez o caminho que havíamos percorrido em direcção à entrada do mundo mágico. Olhei para Rose e suspirei. Agora só nos restava esperar.

Continua…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem e que tenham tido um Natal optimo :D Demorei a postar porque com as festas e as prendas, etc, etc, não tive tempo nenhum :x
No próximo capitulo vamos ter a revelação sobre o passado de Roxanne :s
Bem, até lá, beijinhos :D



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Doce de Morango" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.