A luz me cegou e vários policiais entraram no recinto. Meus olhos estavam fracos, assim como o meu corpo, mas eu só pensava em uma coisa: matar o FILHO DA PUTA, CRETINO, CORNO, VIADO, VAGABUNDO E MALAMADO que havia me sequestrado! Ah, se ódio matasse aquele ali já estaria enterrado! Viado, viado, viado! É, eu sei, você deve estar se perguntando: "Me Deus, porque diabos a doida não está no hospício?" Te digo duas coisas: Primeira: Decida entre Deus e Diabos, por favor, não é legal citar os dois juntos. Segunda: Não sou louca não! Eu havia sido sequestrada na terça-feira, desde quinta estão fazendo um acordo com esses filhos-da-puta pra eles me soltarem. Eles querem me negociar. É, me trocar tipo carcaça velha. Eles queriam me trocar - VIIIIVA, não citaram o inteira - pelo companheiro deles que havia sido condenado a pena de morte. Eles eram uma gangue de quatro no total, contando com o bandido já preso, e o histórico deles era mais sujo que lixo. Esse daí, que havia sido preso, já havia cometido três homicídios qualificados e era suspeito de pedofilia. "Bella? Ah, Bella!" me pai exclamou, aliviado. "Graças a Deus!" "Graças a Deus é o caralho!" eu comentei, puta da cara, enquanto ele me desamarrava "Cadê o vagabundo? Cadê?" perguntei, saindo do cubículo que era meu cativeiro. Eu queria achar o James. Era só ele que eu queria. só ele. Não foi difícil achar aquele cabelo loiro comprido por entre os outros. Aquela aparência suja dele ainda me causava náuseas. Ele estava saindo, já algemado e carregado por dois policiais, se debatia feito um porco indo pra forca. Eu fui até ele, destemida e determinada. "Filho-da-puta!" exclamei, lhe chutando com força nas bolas. "Vadia!" ele gritou, furioso tentando me bater. Foi parado, óbvio. "Você vai morrer! Eu juro! Eu vou te catar até no quinto dos Infernos! Mas você vai morrer! Morrer!" ameaçou. "Isso se tu não morrer primeiro! Vai virar prostituta de bandido de três metros de altura! Vai, vai lá!" eu gritei. "Barbie Malibu!" Ele continuou gritando feito um louco no banco traseiro de uma viatura e eu sorri, abanando. Cretino! "Isabella!" Charlie veio até mim, furioso. "Você é louca?" perguntou, indignado. "Tem noção do que você fez?" "Claro que tenho!" eu disse, séria, sendo carregada pra uma ambulânciia. "E foi bem feito." "Ai, Bella, que eu faço com você?" perguntou, retoricamente. Eu não respondi. Não ousei. Eu já havia sido sequestrada uma vez assim como já havia sido ameaçada milhares de vezes, nunca me importei com isso, realmente. Ok, eu me importei muito em ser sequestrada, mas eu não tinha medo, sabe? Era como se isso tudo fosse surreal. Mas Charlie insistia que não era seguro pra mim, que ser filha de delegado era terrível e que me mandaria pra Forks, pra morar com vovó Swan, se eu fosse sequestrada ou ameaçada de morte mais uma vez. Eu agora estava preocupada, eu havia sido sequestrada e ameaçada de morte. Num dia só e pelo cara mais perigiso do Costa Oeste. Droga! Eu acho que vou... - engoli seco antes de prosseguir - pra Forks.