Kallen acordou aflita aquela noite, ela agora era Knight of One, o supremo cargo do exercito britânico, sendo assim, qualquer ameaça era momentaneamente passada por ela. Como era japonesa, ficou encarregada do país.

Rin rin... rin rin... O telefone continuava a tocar, ela então atendeu, ainda com sono que logo desapareceria por completo.

- Kallen-sama, Toudou-sama está lhe chamando.

- Já estou indo.

Ela desligou o telefone, trocou de roupa rápido e correu para a ponte de comando.

Nos últimos dias fora encontrado uma ilha não mapeada com uma enorme quantidade de sakuradite, sendo assim, foi dado a Toudou, general das forças especiais, a missão de ir até a ilha e fazer o reconhecimento.

- Knight of One se apresentando.

- Kallen, venha até aqui, olhe isso.

Kallen olhou para algo que a assustou, o mapa digital na mesa de comando da nave mostrava a ilha e uma enorme formação de calor, era tão grande que um vulcão pareceria uma fagulha.

- Olhe isso agora.

Na tela principal agora aparecia uma imagem real da ilha, um canhão enorme saia da ilha e apontava para fora, ele tinha cerca de cem metros de comprimento e parecia que estava pronto para disparar.

- Toudou-san, isso é...

- Eu acho que esse superaquecimento é um sinal de que estão prontos para disparar.

- Disparar aonde?

- De acordo com nossos cálculos, o canhão está apontado para o Japão.

Kallen ficou atônita, fazia tempo que uma ameaça se revelara depois da união da Britannia com o Japão e a pacificação do mundo.

- Kallen vá se preparar, a operação vai começar mais cedo do que esperávamos.

Alguns instantes depois uma frota de vinte Knightmares lideradas pela Kallen saiu para fazer o reconhecimento, a uns quinze metros de pousarem na ilha o canhão disparou.

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Suzaku, que agora respondia por Zero estava olhando fixamente para as janelas da mansão imperial do Japão. Estava já há alguns dias com o pressentimento de que algo estava errado, pensava todo dia em Euphie e no Lellouch, discutia internamente todos os dias sobre seu amor e ódio em relação ao amigo, não o perdoava, mas também não o odiava, não conseguia chegar a uma conclusão. Nesse dia, enquanto estava ali, pensando sobre isso, foi interrompido pela Imperatriz.

- Zero-sama. Tudo bem com você?

- Sim, tudo. Estou só...

- Pensando novamente.

- Exato.

Nunnaly não sabia como falar com Suzaku, ela sabia que era ele, mas nunca mencionara isso e nem ela sabia do por que.

Nada mais foi dito antes da chegada do cônsul chinês, Xingke entrou e quebrou a paz da noite.

- Vossa magestade! O palácio está sendo atacado, Zero, leve a imperatriz daqui, meus homens cuidarão de ganhar tempo.

- Mas como? – Zero perguntou. – A guarda do castelo devia ter nos protegido, onde eles estão?

- Eu não sei, pelo que parece todos sumiram.

Alguns homens entraram com o uniforme da guarda chinesa e logo começaram a entrar homens de preto, estavam atirando e pareciam ser muitos.

- Zero! Proteja vossa majestade!

Suzaku pegou Nunnaly no colo e saiu correndo para fora do castelo, no caminho percebeu que os knightmares que estavam os atacando eram de um modelo que ele nunca vira. Chegaram a um barco que somente alguns sabiam a localização e sua função era exatamente a de fugir caso algo acontecesse.

- Zero, o que está acontecendo? Quem são os homens que estão nos atacando?

- Não sei, mas pretendo descobrir.

Ele então estabeleceu uma conexão com a central da Ordem dos Cavaleiros Negros, Ougi atendeu do outro lado parecendo bem desesperado.

- Ougi! Preciso de suporte!

- Zero, bem na hora, estamos com problemas, nosso sistema foi invadido por alguém que ainda não identificamos, os knightmares estão inoperantes e os radares estão loucos!

- Droga! Escute, estou com a imperatriz! Não direi as coordenadas para onde vou levá-la, pois sua comunicação pode estar comprometida. Falarei com você mais tarde, Xingke está no castelo, concentre-se em resgatá-lo, sem a liderança de um de nós, a situação ficara muito mais complicada.

- Sim senhor, farei o possível.

- Ougi, não se esqueça de se proteger.

- Sim senhor, desligo.

Suzaku estava perdido em seus pensamentos. “Se Lellouch estivesse aqui...” ele pensou, mas logo percebeu que esse pensamento não o levaria a lugar algum, e que a Nunnaly estava totalmente em suas mãos.

Abriu então outra conexão com uma nave de Toudou.

- Toudou está ai?

Nada.

- Toudou! É de extrema urgência, atenda!

- Zer... Zero. Está me ouvindo?

- Sim estou, Toudou preciso que me resgate.

- Vai ser difícil, encontramos uma ilha com um enorme canhão que...

Suzaku então olhou para cima e viu um raio de luz viajar em direção ao centro do continente, e lá no horizonte um enorme clarão.

- Mas o que?

- Zero!

- O que foi aquilo? Acabou de atingir um centro urbano!

- Encontramos o canhão na ilha que encontramos a algumas semanas, tínhamos acabado de começar o reconhecimento e ele então disparou, o canhão se destruiu no processo.

- Recolha as tropas e então me encontre nas coordenadas que eu estou enviando.

- Certo, desligando.

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Algumas horas depois a nave de Toudou chegou ao local marcado, era uma ilha que pertencia ao império japonês e que era usada apenas como ponto turístico. Após embarcarem na nave foram chamados para ver algo na televisão.

Era um pronunciamento, um homem, aparentemente velho, japonês, olhos e cabelos pretos, com uma farda da antiga nação do Japão.

- População do Japão! Essa aliança com o povo britânico é ridícula e eu estou aqui para reverter essa situação! Falo do castelo Imperial, e eu digo que daqui em diante, o Japão está de relações cortadas com a Britannia e somente serão considerados integrantes dessa nação aqueles nascidos no país, aqueles que não são serão terminantemente eliminados!

Zero ficou parado ali olhando para aquele absurdo assim como todos os outros. Mas o que estava acontecendo? Como ele tinha se infiltrado no castelo? Feito um canhão daquele poder? E como faria para restabelecer a paz? Uma nova guerra estava começando e ninguém tinha previsto isso.

- Meu nome é Ken Zun-tse-jung, meio chinês, meio japonês, e estou aqui para defender meu povo, e nossos princípios, não perdoaremos os britânicos só com um tratado de paz totalmente covarde! Depois de todas as mortes que eles causaram, somente com sangue é que teremos justiça!

- Zero... – Nunnaly segurava a manga da blusa de Suzaku. – o que faremos?

- Não sei...

Suzaku começou a pensar em um plano para recuperar o império, e não gostava nem um pouco disso.

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Em outro lugar há alguns anos atrás

Lá estava eu, deitada enquanto ia para um lugar que ninguém nos conhecia, mas que com certeza seria o lugar para onde eu sempre sonhei ir.

- O poder dos reis, chamado geass, isola as pessoas. Hum... Ou talvez não seja bem assim não é? Lellouch...

- Talvez C.C...