Descobrindo o Amor escrita por bahevanspotter


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Uma fic bem fofa Scorpius/Rose. Espero que gostem...



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Esses dias, Rose andava muito estranha. Quase não andava mais comigo e com o Al, e parecia estar evitando qualquer contato comigo, mesmo que apenas uma simples conversa. Ah, aí vem ela, vou tirar essa história a limpo.

— Rose?

Ela continuava andando, parecia não ter me ouvido.

— Rose? — insisti.

— Sim? — ela respondeu solicita, quando me viu logo baixou o olhar — Ah é você Malfoy.

 Como é?

— Malfoy, Rose? Desde quando você me chama de Malfoy? E Rose eu apenas queria falar com você, não precisa me tratar assim, sabe disso.

— Desculpe-me Scorpius, mas ando um pouco estressada esses dias. — Ela disse ainda sem me olhar.

—Oh! Relaxa moreninha, nada que um abraço não resolva!

Eu disse abrindo os braços. Ela desviou e ainda sem me olhar perguntou.

— Quer mais alguma coisa Scorpius? Estou meio atrasada.

O que estava acontecendo com ela?

— Quero Rose. Quero saber o que está acontecendo com você, e também quero saber o porquê de você não andar mais comigo e com o Al, e de você estar me evitando e evitando qualquer contato comigo.

— Nada Scorpius, agora com licença.

Ela tentou sair, mas não ia ser tão fácil assim, eu a conheço e sei que tem algo errado. Puxei-a para mim e esperei ela se acalmar, ela tentou se soltar, mas eu estava pouco me importando. Depois de um tempo perguntei.

— Ta mais calma agora Rose?

Ela acenou com a cabeça.

— Ótimo, agora primeiro olhe para mim e depois me explique o porquê de estar me evitando.

Ela não fez nem uma coisa nem outra. Apenas ficou lá quieta pensando.

— Malfoy, me solte por favor eu estou atrasada para aula!

Eu não a soltei de imediato, mas já que ela não queria me responder acho que o jeito seria eu descobrir sozinho. Soltei-a e fui à torre de astronomia pensar.

- X -

Passaram-se umas duas semanas desde aquele acidente com a Rose e ela havia voltado um pouco ao normal com o Al, mas ainda estava um pouco estranha comigo, meio distante. Nesse meio tempo eu descobri que estava gostando mesmo da Rose e como sabia que isso seria impossível, comecei a namorar a Lucy Easter uma sonserina bem legal. Al achou bom eu estar saindo com uma garota, mas Rose se distanciou ainda mais de mim. Um dia desses vi Rose discutindo com Lucy.

— Você é uma Slytherin idiota, você não merece o Scorpius. Você o está afastando dos amigos!

— Larga de ser sínica garota, eu sei muito bem o porquê dessa sua ceninha.

E do nada eu só vi a Rose dando um belo tapa na Lucy.

— Você ficou louca? Por que me bateu?

— Nunca! Eu disse, NUNCA se atreva a insinuar nada disso Lucy Easter!

Rose saiu andando e quando passou por mim eu a puxei.

— Ficou louca Rose? Por que bateu na Lucy?

— Me. Solta. Scorpius!

De repente passou um pensamento muito conveniente na minha cabeça.

— Rose, você não estaria com ciúmes estaria? — eu disse com um sorriso de lado meio irônico, mas no fundo implorando a Merlin que essa possibilidade fosse verdadeira.

Ela baixou o olhar e por incrível que pareça corou.

— Rose olha pra mim.

Ela não olhou e começou a fazer força para se soltar. Vi que ela chorava e isso só me fez segura-la mais forte e abraçá-la. Ela recuou mas sabia que no fundo tudo que queria era continuar. E mais uma vez ela fugiu.

- X -

Passou-se uma semana nesse ritmo de choro e tristeza. Eu havia terminado com a Easter o que era bom, mas por outro lado Rose estava inconsolável e não deixava eu me aproximar dela de maneira nenhuma, e eu sabia que em parte a culpa era minha, mas ainda assim Rose precisava encarar seus sentimentos.     Como eu já estava me cansando disso, afinal eu sabia exatamente qual era o problema dela, resolvi questioná-la. A procurei pelo castelo e é claro que ela estava na biblioteca escolhendo um livro. Eu cheguei e a abracei por trás. Senti que ela ficou tensa, mas eu precisava fazer isso.

— Rose preciso falar com você.

— Fale Scorpius, mas primeiro poderia me soltar por favor?

— Não Rose.

Ela tentou se soltar e como não conseguiu apenas esperou que eu falasse.

— Rose, eu sei o que está acontecendo com você.

— O QUE?

— É sério Rose, eu sei e te entendo meu anjo. Você parece não estar decidida sobre isso e então resolvi lhe mostrar a verdade está bem? Apenas me escute.

Ela concordou receosa, e então achei melhor solta-la.

— Rose, há algum tempo eu venho percebendo que tem algo diferente em você, e que você estava estranha comigo. E houve tudo aquilo que você se lembra, e nesse meio tempo eu decidi pensar sobre o porque de você estar assim, e eu juntei alguns fatos. Você andava me evitando, não me olhava mais nos olhos —  eu levantei seu rosto até me encarar — , parece ter medo que eu te toque — passei a mão de leve sobre seu rosto e vi que estava corada — , mal fala comigo, e esses dias tem chorado tanto...

A esse ponto ela já tinha percebido que eu sabia do que estava falando.

— Então eu pense no que poderia estar acontecendo com você, e algumas coisas me ocorreram. Rose, eu realmente gostaria que fosse de outra forma, e que eu não precisasse fazer isso assim, mas não vejo outro jeito de resolver. Rose, você gosta de mim não é?

Ela ficou muda, calada, e se eu não soubesse o que estava acontecendo diria que estava petrificada. De repente ela saiu correndo e eu sabia que se a seguisse eu ia acabar brigando com ela. Ela ainda não havia aceitado seus sentimentos. Resolvi tentar uma abordagem diferente e alguns dias depois escrevi um bilhete para ela e mandei pela minha coruja.

“Querida Rose,

Não tenha medo ou vergonha do que sente. Aceite seus sentimentos como são, e não tente mudá-los, é assim que você é. Espero sinceramente que essa complicação logo passe e lembre-se estarei sempre aqui para você. Não espero uma resposta a esse bilhete, apenas quero que pense sobre isso está bem?

Carinhosamente,

Scorpius Malfoy.”

Para minha surpresa, uma meia-hora depois minha coruja voltou trazendo outro bilhete.

“Scorpius, acho que já está na hora de eu enfrentar as coisas como são. Me encontre na sala precisa assim que ler esse bilhete.”

Nem pensei duas vezes, apenas sai em disparada para a sala precisa.  Assim que cheguei ao local da sala uma porta foi aparecendo e quando abri vi Rose sentada em um sofá toda encolhida. Ela não me viu entrar então a chamei.

— Rose?

Vi que ela chorava silenciosamente então fui até ela e a abracei. Para minha surpresa ela não recuou, apenas se apertou mais em mim e deixou as lágrimas rolarem. Eu não a culpava por isso, sentimentos podem ser realmente muito confusos. Algum tempo depois ela parou de chorar e escondeu seu rosto em minha camisa.

—Desculpe-me por isso. Molhei sua camisa toda.

— Não tem problema.

Eu não poderia mais forçar, agora ela teria que se abrir um pouco para o que ela sentia, por isso esperei ela falar.

— Bom, se você está aqui, obviamente sabe o porque. — Ela disse corada. 

— Não Rose, eu não sei.

Ficamos em silencio novamente, ela parecia travar uma batalha interior se mostrando forte mas ao mesmo tempo era tão ingênua e estava tão envergonhada de tudo aquilo que se mostrava frágil. Era isso que eu amava na Rose, ela era uma mulher forte e corajosa – uma verdadeira gryffindor – mas ao mesmo tempo era apenas uma menina frágil que precisava de amor. Ela pareceu tomar coragem e começou a falar.

— Scorpius, como você deve ter reparado, isso é... Complicado pra mim, então peço por favor que me deixe falar tudo que eu tenho que falar e não me interrompa.

    Eu concordei.

— Bem, lembra-se daqueles dias que eu comecei a ficar estranha contigo? Então, eu estava começando a te ver como homem. Alguns dias antes eu tinha te visto saindo do vestiário da sonserina depois de um treino e fiquei literalmente encantada pois te vi pela primeira vez como um garoto da minha idade muito bonito – e gostoso diga-se de passagem –  e eu fiquei assustada com isso. Você era meu melhor amigo, não era para eu te ver assim. Nos dias que se seguiram eu tentava a todo tirar aquelas imagens da minha cabeça e parar de ver você como homem e voltar a vê-lo como meu melhor amigo mas estava impossível. Você foi me questionar sobre tudo isso e quando me abraçou eu desabei. Estava quase começando a chorar lá e a falar um monte mas me agüentei e te tratei com frieza, que era o único jeito que eu sabia lidar com aquele momento. Você começou a namorar a vagabunda da Easter e eu fiquei possessa, mas não podia fazer nada, e acima de tudo não queria porque isso seria admitir que havia algo errado. Até que um dia Lucy cruzou comigo no corredor e começamos a discutir. Ela insinuou que eu gostava de você e que era por isso minha implicância com ela mas eu negava veementemente, até que não me agüentei e dei um tapa na cara dela. Você aparentemente havia visto a cena e me parou perguntando o que tinha acontecido. Você disse que eu estava com ciúmes e estava certo, mas eu não conseguia admitir isso nem pra mim mesma, quem dera a você. Fiquei com vergonha pois no fundo sabia que era a verdade, e simplesmente não conseguia reagir, comecei a chorar pois estava começando a perceber a verdade, e quando me abraçou não me agüentei e fugi. Eu estava começando a ver a verdade, começando a entender tudo isso. Ainda é tão difícil... — ela respirou fundo e continuou — Eu ainda não entendia muito bem mas você parecia já ter entendido e foi falar comigo naquele dia. Você me mostrou a verdade, e mesmo doendo eu sabia que você estava certo mas não conseguia admitir, eu não aceitava a realidade. Nesses dias que ficamos afastados eu pensei realmente sobre tudo o que estava acontecendo e estava realmente começando a me abrir para os meus sentimentos, quando seu bilhete chegou. “Querida Rose. Não tenha medo ou vergonha do que sente. Aceite seus sentimentos como são, e não tente mudá-los, é assim que você é. Espero sinceramente que essa complicação logo passe e lembre-se estarei sempre aqui para você. Não espero uma resposta a esse bilhete, apenas quero que pense sobre isso está bem? Carinhosamente, Scorpius Malfoy.” — ela citou meu bilhete com exatidão — e ele me fez pensar. Você esteve o tempo todo certo e resolvi que estava em tempo de aceitar meus sentimentos por você, e não ficar renegando-os por medo.

Nessa hora não me agüentei e perguntei.

— Medo do que Rose?

Ela me olhou feio, mas respondeu.

— Medo do desconhecido, medo de amar, medo de me machucar, medo de perder sua amizade, medo de não saber o que fazer, medo de tudo. Continuando, então respondi seu bilhete e tomei coragem para dizer o que vou dizer agora: Eu te amo, Scorpius Malfoy. Estou completamente apaixonada pelo meu melhor amigo e não posso mais segurar isso dentro de mim, e mesmo que você n...

Eu a calei com um beijo. Não era muito mais que um roçar de lábios, mas foi suficiente para ela entender o que eu sentia nesse momento.

— Ah Scorpius, eu sou tão boba, tentei fingir que nada acontecia, tentei lutar contra esse sentimento. — ela havia recomeçado a chorar — me desculpe por tudo isso Scorpius!

— Rose, você não é boba, sentimentos são complicados e só de você corresponder meu amor por você já é tão maravilhoso! Eu te amo, Rose.

— Eu também te amo, Scorpius.

E ficamos no beijando por um bom tempo naquela sala. Quem diria que toda aquela inquietação e distancia da Rose no final, ia resultar nesse amor.

“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão...”


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da fic. Reviews?