~ Capítulo 2: Revelações ~

Foi tudo muito rápido. Eu não consegui pensar em mais nada a não ser no jovem Sasori durante aqueles mágicos segundos que se passaram.

- Oh! Desculpe, Deidara, eu não acho qu... - Não hesitei em retribuir o seu beijo. Dessa vez o beijo durou mais algum tempo. Meu coração havia disparado e quando coloquei minha mão sobre seu peito senti que ele estava na mesma situação.

- S-Sasori... - Eu podia sentir um calor envolver meu corpo. Aposto que estava com as bochechas nitidamente rosadas por causa da minha pele branca.

- Deidara, - Ele falou. - Nunca, em hipótese alguma, conte isso a ninguém! - Ele colocou as mãos no rosto, como se pensasse em algo.

- Desculpe, Sasori. - Ele levantou o rosto olhando para a cerejeira. - Você sabe como funciona a Akatsuki. Lá tudo deve ser perfeito, nada além disso é aceito.

- S-sim, eu... - Eu tentei desviar o olhar de seu rosto. - Eu entendo... ou pelo menos, tento.

- Me desculpe, Deidara. - Ele disse, catando algumas frutinhas e se levantando.

Ele se levantou por completo e me deu o braço para que eu me levantasse. Eu me apoiei nele e me levantei.

Caminhamos por muito tempo, muito tempo mesmo! Passamos por algumas vilas de pouca relevância, nenhuma delas tinha ponto marcado para a Akatsuki, deveriam ser simplismente ignoradas. Esse é o preço do poder, aldeias mais fortes são as mais cobiçadas pelos inimigos.

Olhei para o meu anel da Akatsuki que tinha a inscrição (青), significa "cor azul" ou até "cor esverdeada". Eu nunca entendi o real significado, mas isso não importa.

Estávamos correndo sobre as árvores, pulando em uma velocidade enorme, de galho em galho. Era emocionante sentir aquele vento no rosto.

Fui surpreendido por um ninja que me atravessou a frente. Sasori friamente acertou uma kunai em seu peito e sorriu para mim, pouco ligando para o corpo do ninja caindo por mais de cinco metros de altura. Ele piscou para mim e continuou seu caminho, sem olhar para trás ou para os lados.

Seguimos assim até encontrarmos uma vila perto do próximo ponto da missão, onde receberíamos ordens de para onde ir. Ficamos hospedados em um enorme campo de grama fina e aparada.

- Dormiremos aqui, Sasori-kun? - Perguntei para ele, olhando para os lados, vendo o dia escurecer.

- Sim, pelos meus cálculos, minhas marionetes poderão sentir qualquer inimigo por um raio de três quilômetros. Poderemos dormir tranquilos, e ao menor vestígio de chakra, poderemos fugir por qualquer lado, já que os obstáculos aqui são poucos. - Ele parou de falar e olhou para mim. - Boa noite, Deidara.

- Boa noite, Saso... - Ele chegou mais perto de mim até com que seus lábios se encostassem nos meus. - Sasori... você... você enlouqueceu? - Eu disse, colocando a mão sobre a boca, depois do beijo.

- Sim... eu realmente enlouqueci, Deidara.

- Você sabe que isso não deve acontecer, Sasori-kun! É contra as regras da Akatsuki, você mesmo me disse e... - Percebi que ele havia dormido. Cubro-o com o cobertor e o beijo no rosto. - Boa noite, Sasori-kun.