Capitulo 7.  Acidentes

Take me away, a secret place, a sweet scape, take me away, to better days, take me away....

Merda, merda, merda, xinguei mentalmente a mim mesma, embolando nos lençois, e me virando para o outro lado, mas o telefone não parava.

Take me away, a secret place, a sweet scape, take me away, to better days, take me away....

Abri os olhos lentamente, e notei que o dia já estava claro, olhei para o lado, meu celular estava em cima do móvel ao lado da cama, me espreguicei lentamente, e me sentei na cama, engatinhando para pegar o celular, me deitei me enrolando na cama novamente, estava bem frio.Olhei no visor. Merda era o James, meu empresário, porque o James tinha que me ligar a essa hora? Estrelas também precisam dormir, contra minha vontade, atendi ao telefone.

- O que você quer a essa hora James? - perguntei estressada.

- Calma Bellinha, já são 11 da manhã se você não sabe... Só queria saber se você já assinou os contratos, preciso dele ainda hoje, os produtores estão ansiosos para ter você no próximo filme - ele tagarelava empolgado.

Contratos? Mas do que merda ele tava falando... O sono estava me consumindo...

- Que contratos James? Olha nem sei do que você está falando, da licença que eu vou voltar para os meus belos sonhos ok?

Falei pronta pra desligar o telefone.

- Como que contratos? - ele gritou, retirei um pouco o telefone do ouvido - Isabella, o contrato que eu te mandei por E-mail, meu Deus você nem os leu, Isabella, você é uma irresponsável, seu prazo para resposta era até hoje, Deus, você vai perder, de fazer um dos maiores investimentos de Hollywood! - ele gritava estridente mente.

Levantei-me lentamente ficando sentada na cama.

- James, faz séculos que eu não abro meus e-mails ok? - falei irritada.

Pulei da cama, e peguei meu notebook que estava ao lado da TV, abri meus e-mails, e comecei a procurar o e-mail do James.

- Você está brincando Isabella? - ele gritou - Bella, eles querem isso assinado hoje, ai meu Deus, como eu vou dizer a eles isso? Você já devia ter assinado toda essa merda...

Eu já estava ficando irritada, com o James gritando ao meu pé do ouvido no telefone logo pela manhã.

- Fique calmo OK? - gritei - Ligue para eles, e peça um prazo maior, peça até amanhã tudo bem?

- Amanhã? - ele gritou - Imprima essa droga, e assine, e eu vou passar na sua casa em meia hora, e com sorte nós conseguimos esse filme.

Como o que?  Oh droga.

- Eu não estou em casa James, eu estou em Forks OK? - gritei - Ai Deus, o que fazemos agora? - perguntei andando de um lado para o outro.

- O que? O que é Forks? - ele gritou - Pelo amor de Deus Isabella, essa séria sua oportunidade de entrar para uma das maiores franquias de Hollywood....

- James fique calmo! - gritei.

Preciso dar um jeito, uma ideia, vamos Bella, uma ideia, você consegue! - falei andando de um lado para o outro. E então uma ideia brilhante veio comigo.

- James, fique calmo Ok? - falei calma - Eu vou imprimir toda essa droga, e vou assinar agora mesmo, vou enviar num daqueles correios que enviam num dia, e chega no outro, ouviu? Nem que eu frete um avião para mandar esses contratos. E você avise a eles, que eu estou fora da cidade, diga que os contratos estarão na mesa deles amanhã, e que eu aceito participar do filme!

- Ok, eu vou tentar falar com eles, agora vá rápido, e assine logo isso! - ele falou.

- Tudo bem eu já estou indo - desliguei o telefone.

Corri para o banheiro e tomei um banho rapidíssimo,fiz minhas higiene matinais, e me maquiei levemente, coloquei uma meia calça preta muito grossa, e um vestido também preto que vinha até o joelho, luvas pretas, peguei um sobretudo vermelho, e calcei uma sapatilha preta, peguei uma bolsa preta, desci as escadas, procurando por Esme, deveria ter alguma impressora nessa casa. Entrei na cozinha e havia uma mulher cozinhando.  Ela olhou para mim e sorriu, eu sorri de volta.

- Você deve ser Isabella, venha tomar café! - ela sorriu - Eu sou Evie.

- Só me chame de Bella, onde está a Esme? - perguntei.

- Oh, você acordou - Esme falou entrando na cozinha.

- Sim - corei, eu devia ter realmente dormido demais.

- Venha tomar café... - ela chamou.

- Desculpe Esme, não tenho tempo para isso, alias você tem uma impressora? Preciso imprimir um contrato, assinar, e mandar para Los Angeles ainda hoje, se não meu empresário me mata...  - falei aturdida.

- Tudo bem, mais você não vai sair sem comer... - ela falou.

- Eu realmente não tenho tempo Esme, preciso imprimir isso...

- Venha comigo até meu escritório.

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Segui-a, até um cômodo amplo com uma mesa e um computador e uma impressora no final da sala, próximo a grande janela, que mostrava o lago, era a mesma vista que a minha, a diferença era que era no andar de baixo.  Muito bem decorado, e uma estante, com muitos livros.

- Fique a vontade! - ela falou.

Abri meu e-mail, e imprimi o contrato, nem perdi tempo lendo, apenas assinei, e olhei revisando, Esme me deu uma pasta, e eu coloquei os papeis dentro.

- Eu tenho que ir, preciso deixar isso nos correios, você pode me levar? - perguntei.

- Você não quer mesmo comer? - ela perguntou.

- Eu prometo, que assim que enviar isso, nós paramos em algum café e comemos...

- Tudo bem, venha tenho uma surpresa para você...

Olhei-a sem entender, peguei minha bolsa e coloquei a pasta dentro, e a segui, quando passamos pela sala, peguei meu sobretudo, nós descemos umas escadas e paramos na garagem.

- Carlisle provavelmente queria ele mesmo dar a você, mas, eu tenho um compromisso agora, então, não posso levá-la e acompanhá-la, então, aqui esta - ela falou estendendo a capa de cima de um dos carros daquela imensa garagem.

Minha boca se abriu em um grande O, eu fiquei atônita, ele tava me dando mesmo Audi TT conversível? Eu podia não entender de carros, mas esse era impossível não saber qual era.

- Esme, eu... eu... não sei o que dizer... - falei emocionada.

- Não diga, vamos lá aproveite - ela tirou o resto da capa, e me jogou as chaves.

- Mas eu não sei andar na cidade - falei triste.

- Ah Bella, essa cidade é muito pequena, só siga a trilha, e estará na rodovia principal, depois é só seguir adiante, e estará na cidade.

- Obrigada Esme - abracei-a, e dei um beijo estalado.

Pulei dentro do conversível, e joguei meu casaco, e minha bolsa no banco do passageiro, liguei o carro, e fechei o capo, como estava frio, tinha que ligar o aquecedor, ela abriu a garagem, e eu então eu sai.

(...)

Foi muito fácil chegar até a cidade, enviei tudo para Los Angeles, e a mulher que me atendeu garantiu que chegaria lá amanha, pela manhã. Fiquei feliz, e aliviada. Parei na frente de uma cafeteria, todos estavam parados olhando o belo carro, que se estava estacionado ali, com exceção do meu carro, e de um volvo prateado que estava estacionado na frente do meu carro, todos os outros eram bem velhos, ou comuns, respirei fundo, peguei minha bolsa, e coloquei meu casaco no braço, sai do carro, bati a porta e lentamente a travei. Encarei a cafeteria, devia se a única na cidade, respirei fundo mais uma vez, e andei de cabeça baixa até a porta da cafeteria, evitando os olhares que me seguiam, quando eu estava chegando perto  da porta, meu telefone tocou estridente mente dentro de minha bolsa, todos pareciam me encarar, eu devia estar mais vermelha que um tomate, abri minha bolsa rapidamente, e comecei a procurar meu celular dentro dela, meu sobretudo caiu no chão, e minha bolsa também.E então tudo foi muito rápido, na mesma hora a porta da cafeteria se abriu, e um homem esbarrou em mim, e junto com ele, um café quente, que foi exatamente no meu vestido, e um monte de papeis foi ao chão.

- AI,AI,AI,AI,AI,AI,AI,AI,AI! - choraminguei batendo o pé no chão, e afastando o vestido, e soprando, contra o café quente que estava me queimando. - Seu estúpido olha o que você fez! - gritei.

Olhei para ele, e ele estava com uma cara surpresa, e gargalhando.

- Você ainda ri? - gritei - Olha para isso, você me queimou! - ainda puxando o vestido contra a minha pele.

- Eu não tenho culpa se você é desastrada, e não olha para onde anda! - ele falou se divertindo.

- Seu... Seu... - gritei - Você é que não olha para onde anda....  AI, AI, AI! - choraminguei.

- Ah, você que é fresca, olha para isso, só foi um pouco de café! - ele falou rindo.

Eu andava batendo os pés no chão de um lado para o outro, as lagrimas quase chegando, eu estava lutando para não bater nele, ali mesmo.

- Um pouco? Alguém me explica, porque você toma café tão quente? Olha para isso... Vai ficar vermelho por dias.... - gritei.

- E o que você quer que eu faça? - ele gritou - Dê beijinho para sarar? - ele perguntou irônico.

Eu o fulminei com os olhos. E pela primeira vez reparei nele, Alto, musculoso, cabelos acobreados, e dono de olhos verdes, olhos verdes que eram incomparáveis, chegavam a humilhar os meus.

- Você é ridículo, desprezível, e estúpido! - falei.

- Qual é o seu problema? - ele falou elevando o tom da voz.

- O meu problema? - gritei - Eu acordei com um idiota gritando comigo por causa de uma merda de papeis, sai disparado de casa, sem nem ao menos comer, o que poderia me fazer desmaiar, para apenas enviar uma coisa, quando estou pensando que está tudo bem, vem um idiota distraído, que não olha par onde anda, e joga um café pegando fogo em cima de mim, me queima, e o pior AINDA SE FAZ DE IRONICO, RIDICULO, ESTUPIDO, E AINDA TIRA UMA BRINCADEIRINHA COMIGO! - falei vermelha, andando de um lado para o outro.

Ele me olhou com os olhos arregalados, e então abriu a boca, mais depois fechou novamente.

Apanhei minha bolsa no chão com raiva, e meu sobretudo, e entrei no café bufando, precisava ir ao banheiro, e jogar um pouco de água fria nisso, ele ficou lá parado no meio da calçada.

Entrei no banheiro com muita raiva, e joguei meu sobretudo e minha bolsa em cima da pia, liguei a torneira, e peguei um pouco se papel higiênico, levantei meu vestido, e vi o que eu já imaginava, estava muito vermelho, comecei a passar o papel um pouco molhado, o que aliviou bastante.

- Estúpido, idiota, agrh, se ficar alguma marca, eu vou processá-lo, por danos ao meu corpo! - gritei.

Depois de algum tempo aliviou bastante, e eu abaixei o vestido, quando o olhei, ainda bem que ele era preto, e não daria pra perceber muito. Coloquei meu sobretudo, tentando cobrir aquela desgraça, e peguei minha bolsa, quando sai, do banheiro, o idiota tava lá parado na porta, e quase nos esbarramos de novo, eu o olhei querendo lhe matar vivo.

- Não basta uma. Você quer esbarrar em mim duas vezes? - falei irritada.

- Calma, só vim saber se você estava bem... - Ele falou erguendo as mãos para o alto.

- Eu estou bem! - bufei e andando para sair do café.

Ele veio atrás de mim, me acompanhando.

- Tem certeza? - ele perguntou - Eu tenho um amigo médico, eu posso pedir para dar uma olhada nisso ai....

- Eu não preciso da sua ajuda! - bufei enquanto abria a porta do café, e saia dali, em direção ao meu carro.

- Nossa você poderia ser mais educada! - ele falou com irritação na voz.

Parei em frente ao meu carro, e o virei para encarar, abri minha bolsa, e peguei minha chave.

- Me desculpe, mas não costumo ser educada com quem derruba café quente em mim! - falei ironicamente.

Ele bufou e rolou os olhos, então ele se virou e saiu andando, eu fiquei observando estática, então ele abriu a porta do volvo que estava parado a minha frente e se virou pra mim.

- Morra então! - e então ele entrou no carro, dando partida, e indo embora.

Fiquei de olhos arregalados observando aquela cena, ele simplesmente havia me ignorado, e ido embora, ninguém ignora ISABELLA SWAN! Eu estava com muita raiva daquele estranho estúpido.

Abri a porta do carro e joguei minha bolsa no banco passageiro, dei partida e sai muito, mais muito irritada dali.

Cheguei em casa, e parei o carro na frente, caminhei batendo com muita força nos pés, quando entrei em casa, Esme falava ao telefone, e olhou diretamente para mim, bufei com raiva, e subi o mais rápido possível, precisava trocar de roupa, e ainda comer alguma coisa, eu iria buscar a Alice na escola, droga, se desse tempo. já devia ser mais de uma hora da tarde, ela não teria o ultimo horário, isso significa, que ela sairia as 2h. Tirei a minha roupa rapidamente, e joguei no chão, entrei no banheiro, e tomei uma ducha quente molhando meu cabelo, demorei em torno de meia hora para sair do banho. Enrolei-me numa toalha, e entrei no quarto, escolhi uma meia calça branca, um vestido azul escuro, e coloquei meu sobretudo preto por cima, um sapato alto preto, e uma bolsa vermelha. Sequei a frente do meu cabelo com o secador, deixando ele um pouco ondulado, e atrás, apenas passei a escova, para fazer ele secar mais rápido. Resolvi me maquiar levemente.

Toc, toc, toc (n/a: ignorem o som, era pra ser uma batida na porta)

- Bella? - Esme perguntou - Posso entrar?

- Claro Esme! - falei colocando meu celular na bolsa, junto com minha carteira.

Ela entrou, e olhou aquela bagunça, com as roupas jogadas no chão, e meu vestido melado.

- Aconteceu algo?

- Um idiota esbarrou em mim com café, quando eu estava entrando no café.

- Nossa. Você está bem? - ela perguntou.

- Estou. Só uma queimadura na barriga, e um vestido maravilhoso estragado, não precisa se preocupar, mas se eu o ver, juro que eu o mato com minhas próprias mãos! - falei irritada.

- Acho melhor ligar para o Carlisle, ele pode dá uma olhada, e passar uma pomada!

- Não Esme, está tudo bem com minha barriga, só está um pouco vermelho, mas agora, eu preciso encontrar Alice, eu disse que iria pega-la na Escola.

- Tem certeza? - ela perguntou.

- Claro... - sorri - Quer dizer... Tem um problema... Com minha barriga...

- O que? Diga, está doendo muito? Vou ligar para o Carlisle agora mesmo...

- Calma Esme, o meu problema é só que com essa pressa toda que eu sai, e depois com o banho de café quente que eu levei, eu não comi nada, e minha barriga está quase implorando comida! - fiz biquinho.

Ela gargalhou, e me puxou pela mão levando até a cozinha, o cheiro estava maravilhoso.

- Venha, vou fazer um café da manhã reforçado pra você! - ela sorriu.

- Não, não! - pedi - Eu como uma maçã, e segura minha fome até o almoço, provavelmente Alice, vai me fazer almoçar com ela...

- Sim, ela vai, ela falou algo sobre ir a casa de Rosalie, para um almoço com todos...  - ela pausou e colocou a mao na boca - Era pra ser surpresa, por favor, não conte nada a Alice....

- Tudo bem Esme, não irei contar nada - falei pegando uma maçã.

- Agora deixe me ir, porque se não Alice vai comer meu fígado!

- Então, já percebeu como a baixinha é não foi? - ela perguntou rindo.

- Impossível não perceber... - falei dando uma mordida na maçã.

Então, nós gargalhamos.

- Impossível, essa palavra define bem a Alice, minha filha é impossível! - ela sorriu.

- Demasiadamente! - respondi.