II - Capitulo 1. Cannes

Cinco anos depois...

Fevereiro 2009.

Estados Unidos, Los Angeles.

          Isabella vistoriou as notícias do jornal rapidamente procurando algo interessante, balança comercial, queda da bolsa, acidente de carro mata duas pessoas

- Mesma coisa de sempre! – murmurou passando para a outra página.

Correu os olhou por mais algumas matérias, atrizes bêbadas, socialites armando  barracos em uma boate.

- Apelação de gente que quer aparecer! – disse sem paciência passando mais uma página.

- Oh My God! – ela murmurou pasma. Mas como? Se nem mesmo ela sabia dessa novidade.

O telefone dela tocou em cima da mesa e ela mal conseguiu raciocinar. 

- Bom dia filha! – Charlie murmurou sentando-se a mesa.

Ela mal conseguia abrir a boca.

- Filha você está bem?

Bella levantou o olhar pela primeira vez do jornal.

- Eu? É sim... Como? porque?

Ele soltou uma ligeira gargalhada.

Charlie embora aparentasse agora, uma idade mais avançada, não deixava de ser bonito, seus olhos castanhos chamativos, cabelos agora grisalhos, mas um ótimo físico, o deixava sempre um cinqüentão de fazer inveja. E Reené não ficava para menos, agora com seus 43 anos, fazia inveja a toda e qualquer mulher, seu porte atlético, cabelos sedosos, e a face sempre jovial, lhe manterá tão linda, quanto sempre fora.

- Bella? Seu celular! – ele chamou sua atenção.

- Oh sim, claro! – disse atrapalhada.

Pegou o celular ligeiramente, e o atendeu sem nem ao menos olhar quem lhe chamava.

- Alô? – disse ela.

- Bella, você viu? – gritou James - Oh meu Deus Bella! Melhor atriz, melhor atriz! – disse ele animado - Eu sabia, eu sabia que você tinha potencial garota, descobri isso no momento que pus os olhos em você!

- Mas então é verdade? – perguntou ela ainda abobalhada - Eu acabei de ver James! – disse ela estupefata. - Eu mal consigo acreditar! É Cannes James, Cannes! Meu Deus! – ela disse sem ar.

- Foi divulgada a lista de candidatos a premiação, ontem pela madrugada. Acabei de conferir – respondeu ele - É Cannes querida, e isso ainda é pouco! Você ainda vai levar o Oscar! – disse ele sonhador.

O telefone dela bipou, avisando que havia outra chamada em aguarde.

- James, tem mais alguém na linha, falo com você, mais tarde! – disse rapidamente.

- Até mais Bella, e prepare as malas! A premiação é em duas semanas! – ele disse.

Bella gargalhou.

- Ok James! – disse, antes de mudar de linha.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – o grito de Alice ecoou no seu ouvido, tão alto, que ela afastou rapidamente o celular.

- Oh My God Alice! – disse ela massageando as orelhas - Você pode falar mais baixo!

- Você está na premiação de Cannes! – Alice gritou animada.

Bella gargalhou.

- Oh meu Deus Alice! – Bella riu - Você está mais animada que eu.

Alice riu.

- É que isso é tão excitante! – ela disse animada. - O papai já sabe? Oh meu Deus! Preciso ligar para ele.

Bella poderia apostar que ela estava dando pulinhos.

- Eu acabei de saber Alice, ainda não pude dizer a ninguém.

- Pode deixar, eu falo com ele. – disse apressada - Oh meu Deus!  Você vai me deixar arrumar suas malas, certo?

Bella gargalhou.

- Tudo bem Alice, em falar nisso? Quando vem a L.A? – perguntou

Alice suspirou.

- Não sei, conclusão de faculdade é complicado, você sabe! – disse ela - E fazer estágio na Prada, está me esgotando. Sair de Nova York agora está praticamente impossível.

Alice estava se formando na Columbia, no fim desse semestre, estava cursando moda, e estagiando na Prada. Após algumas entrevistas, e algumas apresentações da parte de Bella, ela finalmente conseguiu estagiar, numa das melhores e mais caras marcas do mundo. Ela estava como assessora de uma das estilistas.

- Eu estou pensando em visita-la. – disse - Nova York me faz bem.

- Nossa, ia ser maravilhoso! Eu não vou poder ir a L.A. até pelo menos o final desse semestre. Eu irei amar sua companhia!

- Rosalie também! – Rose gritou ao fundo.

Rosalie e Alice dividiam um apartamento agora em Nova York, Rose, estava cursando artes cênicas em Juilliard, pretendia entrar para o ramo da atuação, e seu foco, era a Broadway.

- Eu e a Rose iremos amar sua companhia! – corrigiu rindo.

- E como você está? – Bella perguntou.

- Louca! – ela gargalhou - E morrendo de saudades do Jasper.

Jasper e Emmett agora estudavam em Yale, Jasper terminando o curso de Direito, fazendo estágio numa das maiores agências de Advocacia do país, Emmett fazia administração, era ele que iria assumir os negócios deixados pelos pais.

- Só do Jasper? – perguntou Bella magoada.

- Sua também sua boba! – ela riu - Mas dês das minhas férias de inverno, eu não vi o Jasper. Ele em New Haven, e eu em Nova York, e os dois em conclusão de curso, é complicado.

- Eu sei, Alice...

- Mas enfim, quando pretende vim? – perguntou animada.

- Próxima semana, talvez. Não sei. Preciso resolver algumas coisas aqui em L.A. primeiro.

- Ótimo, Jasper, e Emmett virão para Nova York, o dia dos namorados está chegando! – ela disse animada - Podemos, nos reunir como nos velhos tempos!

Gargalhei.

- Para mim está ótimo, mato a saudade de todos de uma só vez, e depois viajo para Canes.

Meu celular bipou outra vez, e meu pai rolou os olhos.

- Alice, mas alguém na linha, falo com você depois.

- Tudo bem, sinto sua falta! – disse ela.

- Também pequena.

- Tchau! – disse.

Mudei para a próxima chamada.

- Você está em Cannes? – indagou Jacob - Porque não me contou?

- Nem eu mesma sabia! Oh Jake, isso é tão...

- Maravilhoso! – exclamou ele - Merece uma comemoração! Janta comigo?

- Claro que sim!

- Te pego as 7h. Te amo Bells!  – disse brincalhão.

- Te amo também.

Desliguei.

Olhei para Charlie sugestivamente.

- Cannes, huh? – indagou sorridente - Parece que minha garotinha cresceu!

Gargalhou ela.

- Parece que sim. - sorriu ligeiramente.

Tomei meu café lentamente, e subi para tomar meu banho.

Jogou-se na banheira quente, aliviando um pouco o frio que sentia. Afundou-se lentamente, e emergiu. Apoiou sua cabeça, fechando os olhos.

Jacob agora era oficialmente noivo de Bella. Depois de todas as coisas que aconteceram naquele ano, ficaram muito próximos. Ele cuidou dela, como muitas pessoas não foram capazes em toda sua vida. Ele sarou parte da ferida que ficou aberta, quando ela e Edward se separaram. Apesar desses sentimentos não terem ido embora completamente com o tempo. Jacob a fez bem, a fez feliz, a fez amá-lo. Não como Edward. Nunca. Jake era a parte que curava o seu coração. Era como meu sol, que estava ali para me mostrar quão boas as coisas ainda pode ser. Edward foi a paixão dela. Sua perda. Seu amor. Edward a mostrou que o amor existe, e que ele pode doer, que ele pode te fazer perder a respiração. Edward foi seu ar. Mas ele foi embora, e nunca mais, depois do ultimo adeus naquele aeroporto, ele não voltou a procurá-la, um telefonema, um e-mail. Nada. Ela pensou em procurá-lo, mas eu sabia que não podia. Ele a pediu para seguir em frente. Era o que ela estava tentando fazer... Ela sabia o quão famoso ele estava ficando, ela sabia. E era impossível deixar de sorrir com isso. Ele agora era um dos pianistas mais famosos do momento. Ele realizou os sonhos dele.

Mas depois de um tempo, ela cansou de esperá-lo, cansou de um dia, esperar que pudessem se ver novamente. Ela sonhou tanto com esse dia. Mas ele não aconteceria. Alice e qualquer outro evitavam falar do Edward em sua frente. Ele agora estava namorando. Namorando. Eu não sabia quem era, mas era quase impossível tentar evitar notícias deles, quando os Jornais e revistas só falavam do mais novo talento musical. Ela tentava não saber. As coisas parecem mais fáceis quando você as evitam.

E quanto a Bella e Jacob, aconteceu há alguns anos. Eles começaram a namorar novamente, ele tinha definitivamente tinha a feito amá-lo. Mesmo que não era aquele amor avassalador de homem e mulher, e sim um amor mais fraterno, de amigo. Mas você diz, não é possível amar duas pessoas. E Bella poderia dizer. Sim. Era possível. Você ama duas pessoas de jeitos diferentes, às vezes uma é sua cura, e a outra sua doença. Era o tipo de amor certo e errado. O que ela podia ter, e o que ela não poderia. Bella não tinha escolhas agora, como há anos atrás. Mas ela sabia que Jacob fora o certo. E não se arrependia de ter aceitado o pedido de casamento, há um mês.

Ela não poderia dizer que o havia esquecido totalmente, por que ao fechar os olhos, era ele que vinha a sua mente. Todas às vezes. Mas ela sabia que já estava na hora de seguir em frente.

Fevereiro, 2009.

Milão, Itália.

          Edward fechou os olhos mais uma vez, tentando formar a harmonia perfeita para aquela nota. Respirou profundamente. E dedilhou novamente o piano de calda que estava naquela grande sala. As notas não soaram como pretendia ele.

- Merda! – gritou ele, antes de socar com força as teclas.

Ele fechou os olhos raivosamente os esfregando, fazia duas semanas que ele não conseguia criar uma única música. Duas semanas. Desde que ele soube que ela iria se casar. Casar. Ele sabia que agora era o ponto final para eles. Casamento. Edward puxou seus cabelos com raiva. Ele agora sabia que não podia ligar, dizer um "oi". Estava definitivamente acabado.

A inspiração dele havia acabado. Ela havia sido sua inspiração todo esse tempo no qual estivera na Volturi. Todas as belas músicas que escrevera, fora demonstrando o quanto sentia sua falta, o quanto a queria consigo. O quanto a amava.

Agora, tudo estava por água abaixo. Porque depois que leu no jornal, anunciando o seu casamento com Jacob Black. Sabia que não seria mais resgatado. Sabia que seria agora um fim definitivo, para eles. Isabella jamais seria sua novamente.

Seu telefone tocou histericamente em cima da grande mesa de jantar.

Ele esfregou os olhos com força antes de criar coragem, e se levantar.

Caminhou lentamente até a mesa de jantar, e o pegou.

- Alô? – disse entediado.

- Olá querido! – Victoria zombou.

Victoria era sua agente. Ela é uma ótima pessoa. Se não fosse seu ótimo bom humor. Ele não estava reclamando dela ser bem humorada. Mas quando isso é toda hora. Pode ter certeza, tem horas que ele pensava seriamente em matá-la.

- Victoria. Não estou muito bem hoje para aguentar você e seu ótimo bom humor! – cortou ele.

Ela riu.

- Você, sempre tão doce! – disse ela - Mas então, já sabe das boas novas? – indagou ela.

- Que boas novas? – perguntou - Olha Victoria, vou desligar. Sabe? Eu ainda nem tomei café da manhã, e não dormi muito bem a noite.

Ela riu.

- Tudo bem Edward, não vai nem ouvir as novidades que tenho pra você? – perguntou.

Ele respirou fundo.

- Diga!

Ela gargalhou.

- A curiosidade sempre vence! – ela riu.

Rolei os olhos.

- Pois bem, aqui vai. Você. Está. Em. Cannes! – ela falou pausadamente.

Minha boca abriu em um "O".

- Oh! – soltei sem pensar.

Ela gargalhou.

- Pois é querido Edward.  Está concorrendo a "Melhor jovem talento musical" – ela disse animada - E isso querido, é só um passo para o Oscar!

Rolei os olhos. Victoria era sempre tão exagerada.

- Você sempre tão exagerada! – disse.

- Você sempre tão chato, você está em Cannes! – ela protestou - O que é isso Edward? Falta de sexo? – indagou - Onde está sua querida namorada a essas horas? – indagou sarcástica.

Victória não se dava muito bem com Jane, bastavam ficarem as duas no mesmo lugar, que a gritaria começava. Segundo a Victória, a Jane era uma vadia aproveitadora, que só estava comigo atrás do sucesso. Segundo Jane, Victória era uma vadia, louca pra fazer sexo comigo.

- Já você teve uma ótima noite não? Quem foi a vítima da vez? – ralhou.

- Eu não faço vítimas! – disse irritada - Vá a merda Edward! Não vai conseguir estragar o meu dia! Tchau.

Tudo que se pode ouvir, foi  o baque do telefone, e que ela havia desligado. Edward gargalhou. Era necessário de muito para tirar Victória do sério.

O caso dele com Jane, começou a alguns anos atrás, Jane é uma das alunas da Volturi, uma das melhores, pode-se dizer. Conheceu a Jane, no seu segundo ano na Volturi, linda, loira, e com a face mais angelical que você pode encontrar, morava em Milão, antes de entrar lá. Chamava atenção por onde passava, mas não a de Edward. Apesar de achar ela deslumbrante, não era aqueles grandes olhos azuis que ele amava numa mulher, e sim os singelos verdes de Isabella.

Dona de um grande talento, Jane não demorou muito para se destacar. Ela começou a dar em cima de Edward a uns dois anos atrás, e ele a levou para a cama algumas vezes. Ela não era sua namorada. Mas era, o que todos os jornais diziam, e o que a própria se considerava. De uns meses para cá, eles se viam mais frequentemente, ela vinha sempre a Milão nos finais de semanas, e os encontros, e o sexo entre eles ficaram mais frequentes. Afinal, apesar de tudo, Edward ainda era homem.

Jane tinha grandes ciúmes de Victória, pois já haviam ido para a cama, certa vez, uma noite, muita bebida, e um beijo, acabaram levando os dois a um ponto que não puderam recuar. Mas Victória era uma mulher de sexo casual, e de nenhum compromisso, ela nunca ia para a cama mais de duas vezes com alguém, era seu lema. Na cama de todos, nenhum na sua. Apesar de não se abrir ao amor, Victória era maravilhosa, dizia isso com frequencia a ela. Ruiva, olhos azuis brilhantes, e um corpo escutural, chamava a atenção por onde passava. Tão linda por fora quanto por dentro, um sorriso sempre aberto, um humor maravilhoso, e sua simpatia, jogavam sempre ao seu favor.

E isso Jane temia, pois perto de Victória, ela não era muita coisa. Mas nenhuma delas, seria tão linda, quanto Isabella era para ele.

Edward voltou a se sentar no piano, tocando as teclas com levezas, mas sem emitir nenhum som. Respirando fundo. Ele dedilhou as teclas. O som não saia como ele queria novamente. Segurou seus cabelos com força, e fechou os olhos, encostando sua cabeça no piano.

Mãos desceram por seu peitoral, e subiram devagar. Beijos foram intercalados no seu pescoço, e as mãos continuaram as alisar seus braços.

- Jane... – repreendeu.

- Você me excita tocando piano. Sabia? – disse em seu ouvido, e logo após mordeu. - E com essa calça de moletom... – gemeu, arranhando as unhas vermelhas em suas costas - Me deixa molhada.

Edward não aguentou, virou se rapidamente, e a puxou para o seu colo, a beijando com fúria, Jane prontamente entrelaçou suas pernas na cintura de Edward, ela sentiu o volume, pronto para ela.

Ele tirou a blusa dela rapidamente, e ela gemeu, voltando a beijá-lo com desejo, as línguas deles dançavam com fúria, e ela já se sentia totalmente molhada.

Ela tateou a calça dele, e tentou puxá-la com violência, mas ele segurou sua mão, antes disso.

- Não aqui. – repreendeu.

- Isso não é excitante pra você? – perguntou ela com malícia.

Ela passou as mãos por o peito nu de Edward, fazendo alguns arranhões.

- Vamos para o meu quarto. – ele disse.

Jane bufou.

- Não fique com raiva – disse voltando a beijá-la.

Ela amoleceu no mesmo momento, e juntou-se mais a ele, o pressionando junto a ela, esfregando suas intimidades com força. Ambos gemeram.

Ele se levantou do piano, segurando ela pela bunda, e ela se apertou ainda mais em volta dele.

Caminhou rapidamente para o quarto, abriu a porta com violência, e a jogou em cima da cama com violência.

Ela gargalhou.

- Adoro quando faz isso! Me excita! – disse ela mordendo os lábios.

Ele gargalhou. E ela se livrou rapidamente da calça que usava, já que a blusa já havia sido retirada, e jogada na sala. Vestindo seu conjunto de lingerie vermelho.

- Você gosta cagna*? – perguntou se aproximando lentamente.

––––––

Cagna* = vadia em italiano.

––––––

Jane mordeu o lábio sensualmente em cima da cama.

Sexy. Pensou ele, quando viu a lingerie vermelha que ela usava. Parecia um anjo, falava como um anjo. Mas era o diabo disfarçado.

Ele parou em frente a cama, na qual ela estava deitada. Ela se pôs de joelhos rapidamente.

Ele subiu na cama, a pegou com força pelo braço, e a fez cair deitada, olhando para ele novamente.

- Edward... – ela gemeu.

- Tá pronta para mim não é cagna*? – perguntou ao tocar por cima da calcinha, e senti-la molhada, e pronta para ele.

- Hm... – ela gemeu - Por favor..

Ele, caiu por cima dela a beijando com fúria, a mordendo com força, Jane gemia loucamente, e ele deixou marcas espalhadas pelo corpo branco dela.

Ela o puxou com força, o arranhando loucamente, enquanto ele arrancava seu sutiã fora, junto com sua calcinha. Ele chupou seu mamilo com força, e ela gemeu alto. Brincou com eles, e abocanhou ele, o chupando com força. Jane gritou de dor. Mas ele sabia o quanto ela amava isso.

Ela puxou a calça dele abaixo, e ele a chutou com força para fora da cama, enquanto voltava a beijá-la com furor. Ela subia as mãos pelas costas dele, enquanto ele a beijava, ela esfregava as intimidades um do outro com força. O pau duro de Edward, e a vagina molhada de Jane, demonstravam o desejo. A pura luxúria, que existia ali.

...

Jane se levantou nua enquanto Edward estava no banho, depois de tanto sexo, ela precisava relaxar, desceu as escadas do apartamento indo para o andar de baixo, procurando a sua bolsa, ela precisava de um cigarro. Achou a bolsa jogada no chão, se agachou e tateou o maço de cigarros dentro da bolsa. Sorriu quando encontrou. Pegando o maço, precisava vestir alguma coisa, encontrou uma blusa de Edward no sofá, e vestiu rapidamente.

Edward desceu as escadas com gotas de água ainda descendo pelo corpo dele, apenas com uma calça moletom, e seus cabelos molhados. Jane mordeu o lábio ao ver o Deus grego que estava na sua frente.

- Fume lá fora! – disse grosso.

Só então se deu conta que ainda segurava o maço de cigarros. Edward odiava quando ela fumava.

- Sei que não gosta – disse com sua cara de anjo - Mas vou para a varanda...

Ele apenas assentiu, e foi para a cozinha.

Jane abriu a varanda do apartamento em Milão, e o vento frio rapidamente a cercou. Acendeu o cigarro, e tragou, soltando a fumaça rapidamente. A calma a tomou levemente, e ela repetiu o ritual mas algumas vezes.

Canes. Ela sorriu. Era o primeiro passo para o sucesso de Edward. E então para ela se introduzir nesse mundo como desejava, não precisaria de mais nada, pois com seu talento e namorando Edward...

Ela gargalhou profundamente, ouvindo o som da sua própria voz ecoar.

Tragou mais uma vez o cigarro, e o apagou jogando num vaso qualquer que estava na varanda.

Entrou no apartamento, e foi para a cozinha onde viu Edward lendo o jornal que ela trouxera, onde a manchete era "Edward Masen, concorre como revelação do ano". Ela passou as mãos pelas costas dele, e ele a olhou curioso.

- Você já sabia? – perguntou desconfiado.

- Soube quando vi o jornal – disse cínica, beijando as costas nuas dele.

- Porque não me contou? – indagou ele.

Ela sorriu. Idiota. Estava apaixonado por ela como todos os outros. Cairia como um patinho em qualquer coisa que ela dissesse.

- Você também não me contou... – argumentou.

Ele arqueou as sobrancelhas.

- Ah Edward! Como se eu ligasse para essas coisas – sorriu - Obvio que estou feliz por você...

- Okay Jane, vamos deixar de conversa...  – ele sorriu malicioso - Sabemos que não gosta de muita conversa... – mordeu o lábio a puxando para mais perto.

Jane mordeu o lábio sensualmente, apesar de não amar Edward. Edward era muito sexy aos olhos dela, e o sexo com ele. Era o melhor que ela já havia tido na vida. A diversão não faltava com eles juntos.

Ele a puxou para o colo, e ela tomou os lábios dele com força, o jornal caiu no chão, e eles continuaram a dança sensual com as línguas.

O que ambos não viram, quando o jornal caiu no chão, foi a manchete que tomava grande espaço do outro lado do jornal.

"Isabella Swan, concorre a melhor atriz em Canes".

Derrubando alguns copos e xícaras. Edward levou Jane, para seu quarto, iniciando o segundo round.

Longe um do outro, esperando desesperadamente por uma intervenção divina para que pudessem se encontrar, Isabella e Edward estavam tentando prosseguir com suas vidas, tentando encontrar uma razão para prosseguir. Sem dor, sem mágoas. Eles tentavam continuar tentar a viver. Mas suas feridas ainda não cicatrizadas totalmente continuavam com ambos, os fazendo pensar no passado. Edward ainda via o sorriso de Isabella sempre que fechava os olhos, Isabella ainda via o verde dos olhos de Edward. O sentimento que nutriam um pelo outro, os consumiam por dentro. Mas na tentativa enlouquecida de apenas esquecer, eles esqueceram que a vida é cheia de novos acidentes, e que o futuro sempre está a espreita com novas surpresas.

Mas o que Isabella e Edward ainda não sabiam, era que o passado está sempre conosco, apenas esperando para bagunçar seu presente.