A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis
Notas iniciais do capítulo
Faz tempo né? AAAAAAAAH, EU LI TOOOODA A SÉRIE DE HP *-----* e eu estou arrasada D: ACABOU! COMO PODE TER ACABADO!???
pareeeei :**
Bem, eu não consegui parar de ler, entende? USAHUSAHSUAHSA
e tenho um bocaaado de livros maravilhosos pra ler *-*
os post não vão ser tão frequentes quanto antigamente, mas saibam que eu não abandonei*-*
:******
54 – Demito meus baba-ovos;
- Eu tenho uma coisa á dizer. – falei e me levantei no canto da mesa do refeitório. – E quero que me escutem bem. Pois só vou dizer isso uma vez.
- Ela não vai fazer isso... Ela não pode! – Hope mastigava suas unhas curtas e mascadas.
Melanie deu um olhar contente para Laster que retribuiu – Tyler e Sharon não estavam á mesa – nada, nada mesmo ruim...
- Fale logo. – Joe disse, me olhando com os olhos de mosca sonsa ou peixe morto, o que preferir, companheiro...
Respirei fundo.
- Eu, Claire Gallatea Bennett, retiro de vós, Joseph Thompson e Laster Warring, que os cargos de Guardião e Protetor, respectivamente. Agradeço á ambos, pelo ótimo e exímio serviço prestado. Agora, tenham por consciência, de que estão livres de minha segurança. – me sentei novamente, e mordisquei meu sanduiche de peito de peru.
- Espera... O QUÊ?
- Está na hora de eu lutar minhas próprias batalhas. – suspirei, sem olhálo.
- Ou talvez alguém mais esteja querendo esse lugar... – ele disse, me olhando de esguelha, de um jeito que parecia que tentava engolir uma empada de corbileens.
- Ninguém vai ser meu Guardião. – bufei, engolindo meu sanduíche, em seco.
- E então, quem sabe o novo Protetor...
- Precisamos conversa. – falei e me levantei.
Mesmo meu dia estando prestes á enlouquecer – com humanos atirando para todo lado e as pessoas ficarem, sem dúvidas, em pânico, estava disposta á piorar...
- É. Precisamos mesmo. – Joe se levantou, e me seguiu pra longe de Fred, Hope, Mel e Laster, que nos olhavam, como se fôssemos bombas prestes á explodir. – E então?
- Eu acho que... já decidimos não é? – falei, olhando nos olhos de Joe... que não eram de um cachorrinho feliz, como costumava ser.
- Claro! – ele me agarrou, sua expressão, mudando da água para o vinho e dizendo em voz baixa – Eu sabia que as coisas iriam ficar bem... Eu sabia!
- Não... Não! – me desvencilhei dele e olhei-o nos olhos. – Você não vê? Como as coisas vão poder ficar bem, se bom uma coisinha mínima, acontece uma tempestade desse tamanho?
- Mas... mas...
- Não consegue sentir, Joe? Onde está a diversão entre nós? Parecemos... casados! – a palavra voou de minha boca, como um palavrão muito, muito ruim. – Podemos ser legais um com o outro... Mas talvez, isso seja um sinal Joe...
- Você quer dizer...?
- Acho que é melhor acabar por aqui, companheiro. E... eu não vou ficar com ninguém.
Os grandes olhos verdes, misturados com uma franja enorme de cachinhos, me fitaram com lamúria, tristeza e mágoa.
- Vamos, Joe... Você me entende... – meu pulso começou a pesar... Aquela pulseira... A que ele me dera...
Tirei a pulseira de diamantes de gelo, e devolvi á ele.
- Fiquei... Fique com ela.
- Desculpe. – coloquei-a em sua mão, e dei-lhe as costas. O peso entre meus ombros, e minhas lágrimas, não eram muito distantes...
Caminhei para longe de qualquer um. Não queria conversar com ninguém, companheiro. As pessoas sempre fazem as perguntas erradas nas horas erradas.
Ohio – pensei. Minha égua, fazia tanto tempo que eu não sequer limpava aquela baia... ela merecia uma despedida bem digna... Afinal, neste mesmo dia, eu iria partir em missão de salvar a maior parte de meus colegas.
Caminhei secando as lágrimas, sem nem mesmo prestar á atenção por quem eu esbarrava. A academia estava ás moscas: os professores, levados até a embaixada Extradotada/Olimpiana – por motivos ainda não descobertos, os alunos completamente enlouquecidos de nervosismo e esperando para salvar a própria pele de humanos ensandecidos. Ah... tudo normal, hã?
Entrei no celeiro, olhando para todos os cavalos – que em breve seriam pégasos – e procurei pela baia de Ohio, e lá estava ela: nanica e se empanturrando de feno, com seu pelo castanho dourado, em sua costumeira baia.
- Você está mais gorda do que nunca, Ohio... – grunhi – Como vai honrar sua dona super linda e maravilhosa, com uma barriga desse tamanho?!
A égua fungou em minha cara, e voltou a mastigar seu feno.
- Acho que você não á adestrou muito bem, hãn? – Cedric riu, na porta da baia.
- Sabe como é... Com tantos deuses atrás de mim, fica simplesmente difícil adestrar um cavalo.
Ele riu, e seu aparelho metálico tintilou no sol. – Não parece muito excitada com a idéia de ser posta á prova pela primeira vez... – comentou, olhando pra minha cara extremamente chorosa.
- Ah... Não é nada disso. – me apressei – Quero dizer... é realmente ótimo, sair do campus... e quem sabe... estourar alguns crânios...
- Bem, parece que a futura Olimpiana andou chorando. – resmungou – Quebrou o sapatinho de cristal?
Olhei furtivamente para ele, com esforços para esganá-lo apenas com o olhar.
- Se está tão curioso... – gemi – Saiba que acabei de terminar com meu namorado... ou o idiota que eu pensei que fosse meu namorado.
Ele pareceu estranhamente nervoso, como se não soubesse o que dizer. Como se a situação fosse horrivelmente desesperadora.
- Puxa... – ele falou sem jeito, com alguma coisa entalada na garganta.
- Eu estou legal... Dá pra mudar de assunto? – grunhi irritadiça.
- Bem... Eu tenho algo legal que você deve querer ver... – alívio escorregou pelo seu rosto – Está afim?
Ele caminhou para os portões dourados no fim do estábulo dos calouros e esganicei: - Mas a ala dos pégasos é proibida para calouros!
- Mas você não é um calouro. – ele sorriu – Você é Gallatea.
E com um surto de selvageria, acompanhei-o, enquanto ele sacava o bracelete, e tal imediatamente se transformava em espada. Colocou a espada no lugar da chave, e o girou com simplicidade, e as portas se abriram.
Muitas baias, cheias de cavalos alados de beleza irredutível e asas enormes, repousavam em seus devidos lugares. Palhas trançadas juntamente com fios de ouro, eram os confortos.
- Nossa... Como você...?
- Ah, Eu posso entrar em qualquer lugar... Athena me dá essas liberdades. Éphira e Apollo não? – ele me olhou divertido, enquanto eu sacudia a cabeça de mau humor. – Está vendo aquele? – apontou para um cavalo negro com a crina trançada.
- O que tem ele?
- É o pégaso de Hermes.
- Está falando sério?
- Sim, ele deixa o pégaso dele para mim. Vim para cá com ele...
- Então... ele é seu?
- Nãh. – ele riu. – Eu tenho um cavalo, ainda. É... mesmo que eu tenha vivido muito tempo nesse mundo de Dots... não sou tão diferente de você.
- É... eu estou vendo. – resmunguei, olhando a magnificência de todos os pégasos do lugar.
- Quer dar uma volta? – ele perguntou me tirando do fascínio.
Olhei-o estupefata, sem nem mesmo conseguir falar: um sintoma bastante parecido com o que eu freqüentemente ficava, quando estava perto do senhor Demigood.
- Você está brincando.
- Não... Mas se a senhorita Bennett tem medo de altura... é melhor desistir. – ele sorriu desafiador. Meu estopim começou a queimar em segundos.
- Como eu faço?
E em segundos, ele montou no pégaso de Hermes, e me ajudou a montar. O cavalo alado, trepidou e levantou vôo, e foi uma das sensações mais maravilhosas que eu senti. Não era nem de perto, como voar de avião... Não tinha nenhuma proteção que me agarrasse, ou sequer me protegesse – era o que ajudava á em sentir livre – e o fato de ter aprendido á voar, não era nem um pouco ruim.
- É melhor segurar em mim, Bree. – ele gargalhou.
- Bree?
- Sim... Você tem cara de Bree.
- Bree?
- Isso! Segura! – o cavalo relinchou, e mergulhou, passamos á poucos metros do arranha céu, onde minha mãe e meu pai habitavam.
Minha única saída, foi me agarrar á cintura de Cedric, que ria como um demente, enquanto o cavalo levantava pouco á pouco e as nuvens ficavam enlaçadas em nossas cabeças.
- ISSO É DEMAIS! – eu gritei sentido a energia das nuvens se anexando ao Dot dentro de mim.
O pegaso voou por cima das nuvens, e eu reconheci aquele lugar de meus sonhos: onde nuvens eram de algodão doce... e logo Joe apareceria dançando “single ladies”... e o Michael Jackson logo estaria comendo uma banana grelhada... e Ariela fazendo malabarismo de pratos... enquanto meu Hyperion cantava “Billy Jean”.
- Hora de descer! – Ced gritou, e o pégaso mergulhou, voltando para o estábulo.
O pégaso voltou para sua baia, e começou a beber de uma água cristalina, que repousava em seu bebedouro. Escorreguei de suas costas: meus cabelos louros com lindas mechas rosa flamingo, estavam absurdamente embaraçados.
- O que achou? – perguntou Ced, enquanto saíamos do lindo abrigo dos pégasos.
- Bem... Não sei o que dizer. Mas... Mal posso esperar que minha Ohio se transforme!
Depois de meu curto comentário, não falamos mais até sair dos estábulos.
- Está sabendo que esta escola está sofrendo um inquérito? – me fitou sério, sentando-se em um dos bancos. Sentei-me ao lado dele, e balancei a cabeça. – Yeep, todos os professores foram levados para a embaixada.
- Mas... Por quê?
- A escola está dando ás costas á muitos costumes dos Extradotados, entende? – ele me fitou sério – Amentia foi descoberta vendendo informações aos Lugros!
- Que diabos são Lugros?
- Pessoas que não são... nada.
- Humanos?
- Você é humana. Eu sou humano.
- Okay... Pessoas normais?
- É. Ela estava colaborando para que a própria espécie fosse devastada pelo governo.
- Mas... isso é loucura.
- Concordo.
- E... os outros professores?
- Estavam cooperando. Ao menos a maioria deles. Apenas Gerolia Twittie, não estava no esquema. – ele pausou e olhou para o arranha céu – Me surpreende que não tenham vindo logo até aqui...
- O que quer dizer?
- Aqui... ESTÁ TUDO ERRADO! – bradou indignado – As aulas... Os livros... Os costumes... Tudo isso está errado! Acho definitivamente que tem de aceitar o meu convite.
- Ah... o convite.
- A resposta é não, não é?
- Eu não tive tempo para pensar nisso com calma, Cedric, as coisas estão bem tumultuadas... Athena me ensinando coisas... logo, você me mostrando pégasos e eu e Joe... – sacudi a cabeça.
- Se sobrevivermos, vai ter tempo para pensar. – ele falou sorrindo.
E um som. Um guincho alto e alarmante, vibrou para dentro de nossos ouvidos. O ataque começara...
- Boa sorte, Bree. – falou ele, sorrindo encorajador. – Desejo furtivamente que sobreviva!
E assim, me dei conta que era hora de agir como uma heroína. Assenti para Ced, e corri para meus amigos. Agora... é vida ou morte.
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