A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 58
54


Notas iniciais do capítulo

Faz tempo né? AAAAAAAAH, EU LI TOOOODA A SÉRIE DE HP *-----* e eu estou arrasada D: ACABOU! COMO PODE TER ACABADO!???
pareeeei :**
Bem, eu não consegui parar de ler, entende? USAHUSAHSUAHSA
e tenho um bocaaado de livros maravilhosos pra ler *-*
os post não vão ser tão frequentes quanto antigamente, mas saibam que eu não abandonei*-*

:******



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54 – Demito meus baba-ovos;

- Eu tenho uma coisa á dizer. – falei e me levantei no canto da mesa do refeitório. – E quero que me escutem bem. Pois só vou dizer isso uma vez.

- Ela não vai fazer isso... Ela não pode! – Hope mastigava suas unhas curtas e mascadas.

Melanie deu um olhar contente para Laster que retribuiu – Tyler e Sharon não estavam á mesa – nada, nada mesmo ruim...

- Fale logo. – Joe disse, me olhando com os olhos de mosca sonsa ou peixe morto, o que preferir, companheiro...

Respirei fundo.

- Eu, Claire Gallatea Bennett, retiro de vós, Joseph Thompson e Laster Warring, que os cargos de Guardião e Protetor, respectivamente. Agradeço á ambos, pelo ótimo e exímio serviço prestado. Agora, tenham por consciência, de que estão livres de minha segurança. – me sentei novamente, e mordisquei meu sanduiche de peito de peru.

- Espera... O QUÊ?

- Está na hora de eu lutar minhas próprias batalhas. – suspirei, sem olhálo.

- Ou talvez alguém mais esteja querendo esse lugar... – ele disse, me olhando de esguelha, de um jeito que parecia que tentava engolir uma empada de corbileens.

- Ninguém vai ser meu Guardião. – bufei, engolindo meu sanduíche, em seco.

- E então, quem sabe o novo Protetor...

- Precisamos conversa. – falei e me levantei.

Mesmo meu dia estando prestes á enlouquecer – com humanos atirando para todo lado e as pessoas ficarem, sem dúvidas, em pânico, estava disposta á piorar...

- É. Precisamos mesmo. – Joe se levantou, e me seguiu pra longe de Fred, Hope, Mel e Laster, que nos olhavam, como se fôssemos bombas prestes á explodir. – E então?

- Eu acho que... já decidimos não é? – falei, olhando nos olhos de Joe... que não eram de um cachorrinho feliz, como costumava ser.

- Claro! – ele me agarrou, sua expressão, mudando da água para o vinho e dizendo em voz baixa – Eu sabia que as coisas iriam ficar bem... Eu sabia!

- Não... Não! – me desvencilhei dele e olhei-o nos olhos. – Você não vê? Como as coisas vão poder ficar bem, se bom uma coisinha mínima, acontece uma tempestade desse tamanho?

- Mas... mas...

- Não consegue sentir, Joe? Onde está a diversão entre nós? Parecemos... casados! – a palavra voou de minha boca, como um palavrão muito, muito ruim. – Podemos ser legais um com o outro... Mas talvez, isso seja um sinal Joe...

- Você quer dizer...?

- Acho que é melhor acabar por aqui, companheiro. E... eu não vou ficar com ninguém.

Os grandes olhos verdes, misturados com uma franja enorme de cachinhos, me fitaram com lamúria, tristeza e mágoa.

- Vamos, Joe... Você me entende... – meu pulso começou a pesar... Aquela pulseira... A que ele me dera...

Tirei a pulseira de diamantes de gelo, e devolvi á ele.

- Fiquei... Fique com ela.

- Desculpe. – coloquei-a em sua mão, e dei-lhe as costas. O peso entre meus ombros, e minhas lágrimas, não eram muito distantes...

Caminhei para longe de qualquer um. Não queria conversar com ninguém, companheiro. As pessoas sempre fazem as perguntas erradas nas horas erradas.

Ohio – pensei. Minha égua, fazia tanto tempo que eu não sequer limpava aquela baia... ela merecia uma despedida bem digna... Afinal, neste mesmo dia, eu iria partir em missão de salvar a maior parte de meus colegas.

Caminhei secando as lágrimas, sem nem mesmo prestar á atenção por quem eu esbarrava. A academia estava ás moscas: os professores, levados até a embaixada Extradotada/Olimpiana – por motivos ainda não descobertos, os alunos completamente enlouquecidos de nervosismo e esperando para salvar a própria pele de humanos ensandecidos. Ah... tudo normal, hã?

Entrei no celeiro, olhando para todos os cavalos – que em breve seriam pégasos – e procurei pela baia de Ohio, e lá estava ela: nanica e se empanturrando de feno, com seu pelo castanho dourado, em sua costumeira baia.

- Você está mais gorda do que nunca, Ohio... – grunhi – Como vai honrar sua dona super linda e maravilhosa, com uma barriga desse tamanho?!

A égua fungou em minha cara, e voltou a mastigar seu feno.

- Acho que você não á adestrou muito bem, hãn? – Cedric riu, na porta da baia.

- Sabe como é... Com tantos deuses atrás de mim, fica simplesmente difícil adestrar um cavalo.

Ele riu, e seu aparelho metálico tintilou no sol. – Não parece muito excitada com a idéia de ser posta á prova pela primeira vez... – comentou, olhando pra minha cara extremamente chorosa.

- Ah... Não é nada disso. – me apressei – Quero dizer... é realmente ótimo, sair do campus... e quem sabe... estourar alguns crânios...

- Bem, parece que a futura Olimpiana andou chorando. – resmungou – Quebrou o sapatinho de cristal?

Olhei furtivamente para ele, com esforços para esganá-lo apenas com o olhar.

- Se está tão curioso... – gemi – Saiba que acabei de terminar com meu namorado... ou o idiota que eu pensei que fosse meu namorado.

Ele pareceu estranhamente nervoso, como se não soubesse o que dizer. Como se a situação fosse horrivelmente desesperadora.

- Puxa... – ele falou sem jeito, com alguma coisa entalada na garganta.

- Eu estou legal... Dá pra mudar de assunto? – grunhi irritadiça.

- Bem... Eu tenho algo legal que você deve querer ver... – alívio escorregou pelo seu rosto – Está afim?

Ele caminhou para os portões dourados no fim do estábulo dos calouros e esganicei: - Mas a ala dos pégasos é proibida para calouros!

- Mas você não é um calouro. – ele sorriu – Você é Gallatea.

E com um surto de selvageria, acompanhei-o, enquanto ele sacava o bracelete, e tal imediatamente se transformava em espada. Colocou a espada no lugar da chave, e o girou com simplicidade, e as portas se abriram.

Muitas baias, cheias de cavalos alados de beleza irredutível e asas enormes, repousavam em seus devidos lugares. Palhas trançadas juntamente com fios de ouro, eram os confortos.

- Nossa... Como você...?

- Ah, Eu posso entrar em qualquer lugar... Athena me dá essas liberdades. Éphira e Apollo não? – ele me olhou divertido, enquanto eu sacudia a cabeça de mau humor. – Está vendo aquele? – apontou para um cavalo negro com a crina trançada.

- O que tem ele?

- É o pégaso de Hermes.

- Está falando sério?

- Sim, ele deixa o pégaso dele para mim. Vim para cá com ele...

- Então... ele é seu?

- Nãh. – ele riu. – Eu tenho um cavalo, ainda. É... mesmo que eu tenha vivido muito tempo nesse mundo de Dots... não sou tão diferente de você.

- É... eu estou vendo. – resmunguei, olhando a magnificência de todos os pégasos do lugar.

- Quer dar uma volta? – ele perguntou me tirando do fascínio.

Olhei-o estupefata, sem nem mesmo conseguir falar: um sintoma bastante parecido com o que eu freqüentemente ficava, quando estava perto do senhor Demigood.

- Você está brincando.

- Não... Mas se a senhorita Bennett tem medo de altura... é melhor desistir. – ele sorriu desafiador. Meu estopim começou a queimar em segundos.

- Como eu faço?

E em segundos, ele montou no pégaso de Hermes, e me ajudou a montar. O cavalo alado, trepidou e levantou vôo, e foi uma das sensações mais maravilhosas que eu senti. Não era nem de perto, como voar de avião... Não tinha nenhuma proteção que me agarrasse, ou sequer me protegesse – era o que ajudava á em sentir livre – e o fato de ter aprendido á voar, não era nem um pouco ruim.

- É melhor segurar em mim, Bree. – ele gargalhou.

- Bree?

- Sim... Você tem cara de Bree.

- Bree?

- Isso! Segura! – o cavalo relinchou, e mergulhou, passamos á poucos metros do arranha céu, onde minha mãe e meu pai habitavam.

Minha única saída, foi me agarrar á cintura de Cedric, que ria como um demente, enquanto o cavalo levantava pouco á pouco e as nuvens ficavam enlaçadas em nossas cabeças.

- ISSO É DEMAIS! – eu gritei sentido a energia das nuvens se anexando ao Dot dentro de mim.

O pegaso voou por cima das nuvens, e eu reconheci aquele lugar de meus sonhos: onde nuvens eram de algodão doce... e logo Joe apareceria dançando “single ladies”... e o Michael Jackson logo estaria comendo uma banana grelhada... e Ariela fazendo malabarismo de pratos... enquanto meu Hyperion cantava “Billy Jean”.

- Hora de descer! – Ced gritou, e o pégaso mergulhou, voltando para o estábulo.

O pégaso voltou para sua baia, e começou a beber de uma água cristalina, que repousava em seu bebedouro. Escorreguei de suas costas: meus cabelos louros com lindas mechas rosa flamingo, estavam absurdamente embaraçados.

- O que achou? – perguntou Ced, enquanto saíamos do lindo abrigo dos pégasos.

- Bem... Não sei o que dizer. Mas... Mal posso esperar que minha Ohio se transforme!

Depois de meu curto comentário, não falamos mais até sair dos estábulos.

- Está sabendo que esta escola está sofrendo um inquérito? – me fitou sério, sentando-se em um dos bancos. Sentei-me ao lado dele, e balancei a cabeça. – Yeep, todos os professores foram levados para a embaixada.

- Mas... Por quê?

- A escola está dando ás costas á muitos costumes dos Extradotados, entende? – ele me fitou sério – Amentia foi descoberta vendendo informações aos Lugros!

- Que diabos são Lugros?

- Pessoas que não são... nada.

- Humanos?

- Você é humana. Eu sou humano.

- Okay... Pessoas normais?

- É. Ela estava colaborando para que a própria espécie fosse devastada pelo governo.

- Mas... isso é loucura.

- Concordo.

- E... os outros professores?

- Estavam cooperando. Ao menos a maioria deles. Apenas Gerolia Twittie, não estava no esquema. – ele pausou e olhou para o arranha céu – Me surpreende que não tenham vindo logo até aqui...

- O que quer dizer?

- Aqui... ESTÁ TUDO ERRADO! – bradou indignado – As aulas... Os livros... Os costumes... Tudo isso está errado!  Acho definitivamente que tem de aceitar o meu convite.

- Ah... o convite.

- A resposta é não, não é?

- Eu não tive tempo para pensar nisso com calma, Cedric, as coisas estão bem tumultuadas... Athena me ensinando coisas... logo, você me mostrando pégasos e eu e Joe... – sacudi a cabeça.

- Se sobrevivermos, vai ter tempo para pensar. – ele falou sorrindo.

E um som. Um guincho alto e alarmante, vibrou para dentro de nossos ouvidos. O ataque começara...

- Boa sorte, Bree. – falou ele, sorrindo encorajador. – Desejo furtivamente que sobreviva!

E assim, me dei conta que era hora de agir como uma heroína. Assenti para Ced, e corri para meus amigos. Agora... é vida ou morte.


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