29 – Sharon vadia Louis me endoidece.

O elevador subia e uma manada de nerds adoradores da deusa, me olhavam irritados – como se eu quisesse entrar num elevador para ver uma deusa que me deixava confusa e faziam minha marca arder. Como se eu estivesse sequer gostado da intromissão dos meus amigos, num dos momentos mais... marcantes da minha vida. Ótimo. AAAAH! O fato de eu ser uma completa gata e ser um super descolada, não significariam para esse bando de chatos – então, eu não teria escolha a não ser ignorá-los. Hmpff – ignorar é uma arte, colegas. E eu sou completamente profissional nela, vai nessa.

- Ah, olhem pra outro lado, seus malas. Eu tenho mais o que fazer. – revirei os olhos. Tive que deixar meu Hyperion com Joe. Ninguém achou que ele tivesse trinado o suficiente, depois que eu o mandei atacar Sharon. HELLO?! Isso é mais que uma prova que ele é otimamente beeeeem treinado. Tudo bem, eu só tenho ele á menos de um dia... mas que diferença faz? Porcaria nenhuma, bléééeh!

O elevador parou – eu já disse que me sinto uma sanguessuga enlatada em um elevador, companheiros? Ótimo, agora vocês sabem. Ariela sorriu e a porta de abriu. Nunca tinha ficado – com meu magnífico corpinho – dentro desse elevador por tanto tempo, mããããs dessa vez e ainda contra minha vontade, eu tinha ficado.

Um corredor longo – que eu nunca tinha visto, tinha desenhos beeeem fora de moda. Diga-se velhos... antigos... coisas que se fizeram quando o diabo era bebê. Diga-se de passagem... Hades. Tá... piadinha infame a minha, deixa pra lá antes de o deus dos mortos me dê um chega-pra-cá-minha-nega...

Em todos os desenhos, tinha uma mulher com armadura e duas facas nas mãos. Alguns cordeiros estavam á sua volta. Outras imagens mostravam batalhas e tudo o que um deus faz. Tudo aquilo fazia minha tatuagem arder mais. Minhas pernas sentiram vertigem e eu cedi, ficando para trás.

- Como você é molenga, spaz. – Sharon estava lá. Ás minhas costas e puxou meu braço me ajudando á levantar.

- Que, diabos, está fazendo aqui, torrada? – puxei meu braço, irritada. Eu não queria que Sharon me ajudasse, muito menos ficar devendo algo á ela. Claire Bennett não se permitiria. JAMAIS!

- Eu não devo satisfação pra você. Não importa o quanto a deusa se importe com você!

Franzi o cenho e percebi que tinha ficado para trás dos demais nerds.

- Onde estamos? – grunhi perguntando de má vontade. Nem minha mente diabólicamente sagaz era capaz de superar minha crise de claustrofobia.

- Na casa de Éphira. – ela revirou os olhos – Você é mais lenta do que parece, garota.

Me impedi de torá-la aqui mesmo – por dentro eu estava meio de... estranha em relação á Sharon vadia Louis, ela não tinha culpa de ser tããããão ressequida – PS: Lembrar de pesquisar o que significa ressequida e incluir ao Dicionário segundo Claire Bennett.

- Aqui é o caminho para a sala comunal. Venho aqui com muita freqüência – ela revirou os olhos em impaciência – Ser uma protetora não é a coisa mais legal do mundo.

Ela bufou em nervos, enquanto ajeitava seu cabelo em um rabo de cavalo. Como eu conseguiria deixar de detestar tanto, Sharon? Que era tão... AAAAA-VOCÊ-ME-ESTRESSA-E-EU-VOU-DECAPTAR-VOCÊÊÊ!

- Espera... Um segundinho. – espremi os olhos pra ela. – Uma protetora?

Ela apertou a testa e a ponte do nariz. Ah, como ela podia me irritar tanto...? quem sabe... só um raiozinho...

- Gallatea. Por mais que eu odeie você, e queira arrancar sua cabeça. – ela grunhiu – Eu sou sua protetora. E por azar... eu tenho que te manter viva.

E uma voz irritante na minha cabeça resmungou: - Estamos apresentando: CLAIRE ENDOIDECE!