A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 27
26




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26 – Ganho um presente suspeito – e com asas.

 - Tudo bem aí, já podem se levantar, pessoal. – resmunguei enquanto aqueles medrosos começavam a se mexer por debaixo de suas mesas.

- Gallatea, quantas vezes tenho que dizer que não pode soltar algum animal ou criatura pela sala? – Twittie apertou a ponte do nariz. Okay, ela tinha razão companheiro... mas... qual a aventura em sua vida, se você não solta um blueberry em uma sala de aula?! ZERO.

- Desculpe professora, não resisti. – sorri, e como sempre, ela não falou mais nada.

- E... a branca de neve aqui? – Melanie apontou para Aaron caído no chão, com a testa fumegando.

  - Kent? – a professora resmungou – Leve-o até Ariela.

Kent resmungou sozinho, e pegou Aaron desmaiado nas costas e o levou para fora.

- Estão todos bem? – Twittie sacudiu a poeira de seus cabelos – Quero dizer... Fora Aaron.

- Acho que sim, mas eu estou soterrada em pó de ferimentos. – Hope se queixou, tirando seus cabelos com mechas azuis, do pó.

- Vá se lavar, Hope. – acrescentou – Os demais, continuem com a atividade.

E assim, acabou a diversão, só começamos a escrever alguns relatórios sobre blueberrys ladrões completamente surtados. Graças á mim. Hmpff.

A aula tinha acabado, e Melanie – muito provavelmente – queria colocar uma bomba eletrostática em minha cabeça. AAAH, O QUE A INVEJA NÃO FAZ? Hã? Falar sobre Joe, enquanto eu escrevia algumas baboseiras sobre blueberrys furtadores de celulares, deviam tê-la feito endoidecer. Seu namorado não é a pessoa mais falante do mundo – e pelo que minha visão de um tempo atrás me disse... ele não vai ficar para sempre com ela.

Você deve estar se perguntando se eu contei á ela que vi Brady e Denny indo embora em um carro completamente suspeito... Não. Eu não contei. Algo me diz que Eu não deveria fazer isso. E eu aposto meus lápis de olhos e curvex, que meus instintos estão sempre certos.

Bem, acredite: para mim apostar meu curvex com minhas iniciais, eu preciso MESMO ter razão. Então, não discuta, babaca;

Mas, eu contei á Amentia. Amentia e Ariela são as professoras que eu mais confio aqui... é inútil dizer que eu iria resolver qualquer problema com sumiço de alunos sozinha – mesmo eu sendo a super garota Bennett – eu tinha, necessariamente que avisar Ariela e Amentia sobre isso, e elas que se virassem. Só queria uma coisa: Melanie não me explodisse com uma de suas bombas eletromagnéticas. E eu estava me saindo bem nisso, afinal, eu me dava mal em algo? NAAAH!

- Gallatea? – Twittie me acordou dos meus longooooos e longooooos pensamentos.

- Eu já pedi desculpas, sobre o endiabrado. – estiquei os lábios e puis uma mecha de cabelo em cima.

- Está bem – ela riu – Mas vejo que você tem um interesse e gigantesco sobre criaturas.

- Yeep. – estreitei os olhos – Mas se você está pensando em me dar um trabalho escrito ou coisa assim... eu ODEIO criaturas.

Ela gargalhou baixo, sacudindo seus cabelos azul escuro... tão... ESCUUUUUROS. – Eu acho que tenho alguma coisa pra você, aqui comigo. Quer dar uma olhada?

Ela me desafiou a olhar. CLAIRE NUNCA RECUA EM UM DESAFIO, TÁ PENSADO O QUE, MANOLO?!

- Claro, contanto que isso não me devore... Sabe, muco estomacal não é muito bom para os cabelos...

- Venha.

Ela abriu uma porta do lado direito da sala, e eu a segui. O túnel, era abafado e úmido, e minha claustrofobia começou a gritar: BIIIIIP! SINAL VERMELHO!

Mantive a respiração regular, mas nem isso estava ajudando. Concentre-se, Claire beleza-divina, tudo isso por uma criaturinha... Concentre-se.

Gaiolas, plantas e tudo mais estavam enfileirados em uma sala. Animais que eu nem sabia que minha imaginação poderia criar... plantas com pernas e olhos... tudo FANTÁSTICO, demais.

- Onde é aqui? – perguntei, cheia de Fascínio pela magnitude do lugar.

- É o deposito de criaturas. Ninguém a não ser eu, Lupinny e Ariela vem aqui.

- E o que eu estou fazendo aqui?

- Acho que tenho alguma coisa pra você... por aqui... – ela olhou em várias gaiolas, caminhou pela sala e eu estava prestes á dar adubo á uma planta que pulava desenfreadamente quando ela berrou: AQUI!

Larguei o adubo e fui até a mulher de cabelos azuis escuros. Olhei para uma gaiola que ela segurava. Era... o animal mais... AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIN! Que eu já tinha visto em toda minha vida. Tinha olhos enormes e quatro patas, coberto por um pêlo caramelo, duas asinhas saiam de suas costas nanicas, duas orelhas em pé em sua cabeça e apenas uma bolinha como nariz e... cadê a boca?! Bem... era com toda  certeza o animal mais maravilhoso do universo.

- Este é um...?

- Hyperion, Gallatea. – assentiu Twittie. – É um dos últimos no mundo. Todo mundo acha que Hyperions realizam desejos, quando os sacrificam... e, por isso esse garotinho aqui é o ultimo.

- Quem é o maldito, capaz de fazer mal é esses naniquinhos tão... fofos?

- Você joga pimenta nos mirtilos corredores e roncadores. – ela revirou os olhos.

- Mas eles não são tão fofos como esse menininho, aqui!

- A questão é: este Hyperion chegou aqui á meses... e Hyperions não gostam de maneira alguma de gaiolas... Acho que você pode cuidar bem dele, Gallatea.

Espera... WHAAAT?! Eu estava ganhando um Hyperion? PELOS OLIMPIANOS!

- Ele... é meu? – arregalei os olhos e faíscas e pequenos raios escaparam de minha pele.

- Só se você quiser... – Twittie abriu a portinha da gaiola – E me prometa que não vai jogar pimenta nele.

- EU PROMETO! – gritei, histérica.

O que mais poderia acontecer de melhor, naquele dia?! Hã?!

- Venha, garoto. Veja se gosta dessa garota.

Hyperion levantou-se e se espreguiçou. Caminhou calmamente para fora de sua gaiola e me analisou, como se eu fosse um pedaço de carne. Suas asinhas, se moveram e ele flutuou calmamente até meu ombro e voltou a cochilar.

- Eu acho que...

- Ele gostou de você. – pronunciou, Twittie satisfeita. – Como vai chamá-lo?

Pensei um pouco... Tennessee já estava sendo usado pelo serial killer de meio centímetro... minha égua se chamava Ohio... Que tal Manhattan? Não... Nova York? Nova Jersey? Naaah!

- ARKANSAS! – gritei – Ark!

- Arkansas? – Twittie me olhou como se eu tivesse enlouquecido. – Que tal Miphron?

- ARK! – gritei pra ela, mostrando a língua. – Ele é meu Ark!

Ela escondeu o rosto com a mão, e eu saltitei para fora do túnel, com meu Hyperion adormecido, em meu ombro.


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