A Profetisa - Heroes Series escrita por AliceCriis


Capítulo 25
24




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24 – A vida é uma droga... Talvez nem tanto...


Já faziam meses que Zoe tinha morrido. Meses desde que eu e Joe nos pegamos pela primeira vez – e acredite, as coisas ficaram muuuuuuuitíssimo confusas entre nós! É uma droga, acredite; Meses desde que Ártemis partira e levara de nós duas de nossas amigas – Leslie e Harper. Meses que Brady, passou mais calado que de costume e passou a detestar a companhia feminina. Até mesmo eu. Pffft. Como o mundo está confuso!

E por que Brady está assim? Porque o Mrs. Escuridão, recebeu um pé na bunda de Leslie, para ser uma eterna Caçadora de Ártemis. Ainda o culpa? Naaah. Bom mesmo.

Fazia algum tempo que eu não praticava nenhum ato anti-vadia. Ou seja, não atacava Sharon de nenhuma forma. Que constrangedor, companheiro.

Minhas habilidades melhoravam consideravelmente e... – eu não sei se é bom ou ruim... mas Storm e Futurum... sumiram! É meio que inevitável que eu tenha criado uma boa amizade com aquelas duas Spaz’s, mas acho que não queria elas para sempre em minha cabeça... É realmente bizarro.

E sobre a Grande Profecia? Ahn, que droga. Eu ainda não sei nada – absolutamente nada – sobre isso. Frustrante. Passei horas de meus fins de semana – ao invés de eu sair com meu mentor/quase namorado/companheiro de quarto para a praia. E tudo porque? Para eu não descobrir nada, e minha pele detestar passar horas sob vigia da bibliotecária. Ótimos fins de semana...

Sei que devem estar se roendo para saber como as coisas estão confusas entre mim e Joe... mas não sei explicar. Simplesmente nos beijamos e falamos de muitas coisas sem sentido, sem sequer pensar que isso é muito idiota, mas estamos ali. Juntos. Sempre. Sempre tive uma aversão incrível pela palavra namorar e seus derivados, mas do quesito Claire + Joe, as coisas devem ser assim. Namorar, se encaixa perfeitamente nessa descrição. E por que eu digo que as coisas estão confusas? Bem, eu e Joe só falamos uma vez sobre o que faríamos... foi meio que assim.

- E agora? – Joe.

- E agora o que? – Claire.

- O que devemos fazer agora?

- Eu não sei. O que devemos fazer agora cubo de gelo?

- Você gosta de mim, Benny?

- Sim, eu gosto de você, cubo de gelo. – sorri – e você gosta de mim cubo de gelo?

- E você ainda pergunta? – ele sorriu e me apertou mais contra seu corpo fresquinho;

- E agora? – perguntei.

- E agora o que? – retrucou.

- O que devemos fazer agora?

Bem... E por aí vai. Passávamos horas nos fazendo – a droga – das mesmas perguntas. Aaah! FRUS-TRAN-TE!

Vamos mudar de assunto antes que eu encha sua cara com bifas, bolachas e outros derivados de “b”.

Eu estava tendo as seguintes aulas:

- Esgrima & Arco. – Minha tutora, Ariela.

- Atuação em campo de batalha. – Professor Lupinny – um lunático.

- Aulas de vôo – Professor Steban.

- Controle mental de dons – tutora de Joe: Cee Cee.

- Hipismo. – Professora Winnye e Professor Lukeer.

- Herbologia e Botânica. – Professora Twittie. Acredite, é a aula mais legal do mundo! Sem sarcasmo.

- PrismaBall, sobrevivência e campo de batalha. – Professor Steban. Atenção: você só pode empunhar uma faca! Não faz nada bem para as unhas... EEEEEEW!

- Teoria sobre monstros. – Cee Cee.

Bem, são oito matérias para eu freqüentar. Convenci Ariela que eu ainda não queria passar á uma classe avançada – como fez Sharon, eu posso detestá-la menos. Mais ainda a acho uma vagabunda – preferi, então, me manter na classe onde meus amigos e meu quase/muito provável namorado Joe, estão.

Laster é outro caso á parte. Ele diz não se importar com Joe e eu: - Hey, eu não tenho ciúmes. – levanta os óculos escuros e pisca pra mim com aqueles tentadores olhos violetas.

Mas Joe, muito pelo contrário. É um cara não completamente possessivo, mais quaaaase lá. Bem, ele não aprova os meio que beijos de saudação que Laster sempre me dá. Mas que se dane, posso viver sem o parrudão com traseiro legal.

Meu despertador tocou – cinco minutos depois que o de Joe. Por isso, ele tinha me deixado sozinha na cama, enrolada com um lençol e estava no banheiro tomando banho, como sempre.

Levantei da cama, com meus cabelos levantados como qualquer cabelo Black Power – naquele momento pensei que poderia fazer parte de uma banda de Soul, mas mudei de idéia, quando tentei cantar algo, e minha voz pareceu sendo um gato atropelado. Okay, eu posso ser linda, maravilhosa e um sexy simbol... mas minha voz não é muito boa para cantar soul. Menos uma profissão, para você Profetisa.

Nesse momento, Storm ou Futurum me retrucariam e diriam algo tremendamente idiota e spazástico. Mas elas e eu agora, somos uma. E eu não tenho nenhuma voz na minha cabeça. Ótimo – com e sem sarcasmo, companheiro.

Bocejei e Joe saiu do banheiro, só de toalha.

- Não tire a toalha! – gritei tapando os olhos – Meus olhos ainda são virgens!

Joe gargalhou. – Tudo bem, ó ser mais puro do universo. Já pro banho. Não quero levar mais uma advertência por minha aluna chegar atrasada.

- Sim, senhor mentor. – bati continência com meu cabelo Black Power.

Tomei banho e desembaracei meus cabelos louros com mechas rosa flamingo e lavei toda a meleca de meus olhos verdes. Vesti qualquer short que eu encontrei pendurado pelo banheiro, e qualquer camiseta que estivesse em condições usáveis. Passei um pouco de brilho labial e sorri para o espelho: - RAAWR!

Calcei meus tênis e saí do banheiro e Joe estava abotoando sua camisa.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – gritei, e agarrei Joe - Eu já disse que você fica melhor sem camisa.

Ele curvou as sobrancelhas: - Espero que Lupinny também ache isso.

Revirei os olhos e terminei de abotoá-lo. – Seu senso de humor está acabando comigo.

Ele sorriu e me apertou sem preocupação. – Quer ser minha namorada, ó grande Profetisa?

Bem... hã... Whaat?

- Desculpa, esqueci de limpar o ouvido. Eu devo ter ouvido errado. – estreitei os olhos e examinei seus olhos verdes e seus cabelos loiros caídos em cachinhos nas laterais.

- Eu disse: - ele revirou os olhos - Quer ser minha namorada, Benny?

Sorri. – Não, você disse: Quer ser minha namorada, ó grande Profetisa?

Ele segurou minhas bochechas. – Não vai me fazer falar de novo, nanica.

- Tudo bem. – resmunguei – Você venceu cubo de gelo. Eu sou sua.

Pisquei para ele, com minhas longas pestanas sem nada para cobri-las. FINALMENTE COMPANHEIROS! Aquela lesma – codinome Joseph Thompson – tinha me pedido em namoro. Não era a maior coisa do ano. Claro que não era... A maior coisa do ano seria quando eu descobrisse qual era a Grande Profecia. Mas essa é outra história.

Estiquei meus lábios cheios de gloss com gosto de morango e ele me beijou. Joe beija bem... AH, E COMO BEIJA... Acho que é o cara com o melhor beijo do muuuuuuundo inteeeeeeeeeeeeiro!

- Vamos, nanica. Lupinny não vai deixar a gente chegar atrasado.

Não foi a coisa mais romântica da minha vida. Mas pra quê? Que cara, afinal, pediria você em namoro em um dormitório, enquanto você abotoa sua camisa? Hã? Quantos? AH! Yeah... NENHUM! Mas Joe sim. Porque Joe é meu. Só e independentemente meu.

A coisa mais hilária do mundo pra mim – Yeaap! – foi que eu não saí correndo, e nem evitei Joe, como eu fiz com Gabe - meu amigo humano, do time de basebol – depois que me pediu em namoro. Eu estava aguardando ele fazer isso. E Bem... Que cara em sã consciência não quer uma Claire Gallatea Bennett em seu dormitório, como sua namorada? Quem? Hã? Yeap... você sabe a resposta companheiro.

- Profetisa e Iceberg! – Lupinny viu-nos entrando sorrateiramente... okay, cantando em alto e bom tom “ALELUIA, Ó IRMÃOS!” não é muito sorrateiro, para entrar escondido em um ginásio. – Atrasados.

- Desculpe professor. – resmunguei, batendo as sobrancelhas – É que... alguém largou uma lontra flamejante em nosso dormitório. – okay, essa não é a melhor desculpa que eu já inventei.

- A Academia, Gallatea, mantém as lontras flamejantes no depósito de criaturas. Acho que alguém deva tê-la soltado. – ele estreitou os olhos para mim. Todo mundo olhava para mim e, gargalhava... eu já tinha soltado uma lontra flamejante no dormitório dos calouros... Foi o dia mais hilário da minha vida... superou até o clássico das sanguessugas. – Sabe quem a soltou? – Lupinny é o professor mais bacana da Academia, mas ele detesta ter que usar seu dom de busca, para procurar as criaturas que eu solto por todo o canto.

- Não, não senhor.  – sorri com meu belo sorriso lustroso. – Mas acho que ela foi para a ala do refeitório, não teremos mais problemas com elas. Resolvido.

Ele ficou apavorado quando ouviu que a lontra flamejante foi para o refeitório. – Vou falar com Cee Cee, ela vai capturar a criatura. – estreitou os olhos para mim. – Profetisa, você luta com Sharon. Agora!

Respirei fundo. Sharon + Gallatea = luta clássica.

- Professor... acho realmente que eu poderia lutar com outra pessoa... seria um – ele me cortou.

- AS DUAS, PRO RINGUE!

Resmunguei dizendo que eu não gostava do penteado do Professor Lupinny.

Caminhei para o centro do ginásio, onde um vidro forte revestia-o para que a platéia não ficasse torrada – e nem participasse da luta.

- Estou pronta. – revirei os olhos e senti a tempestade que residia em mim, se agitar nervosa para se libertar. Calminha aí, garota... Já vamos fazer uma seção de despache-a-raiva-na-vadia...

Sharon caminhou sem muita animação para meu outro lado, nos olhando frente a frente, sem graça alguma, já tínhamos repetido aquela aula tipo... um milhão de vezes? Yeep Yeep.

- Vocês conhecem as regras: Sem matar e aleijar. Ferimentos são permitidos. – Lupinny bradou, com sua voz lunática. – Jurem pelos deuses.

- Eu juro por todos os deuses Olimpianos, residentes do monte Olimpo, que estou ciente deste combate. – respondi bocejando junto com Sharon vadia Louis.

- Comecem!

Soltei tudo o que eu reprimia – o que não é pouco companheiro. Sempre uma tempestade louca querendo explodir em torno de você... não é a coisa mais fácil de se controlar... Agora entendo bem porque Storm ficava sempre tãããão mau humorada.

Sharon não demorou muito, e seu corpo estava coberto por chamas. Ela estava esperando que eu atacasse... eu podia ver – as profecias que eu tenho por dom... podem ser pressentimentos, ou coisas simples... como simplesmente saber o que irá acontecer... meio como um dejavú.

Minhas mãos se espalmaram e nuvens fortes e tempestuosas encheram de neblina a parte superior do campo de combate. Raios e trovões escapavam de meu corpo, ventos e tornados me protegiam como uma barreira... um pequeno truque que Steban me ensinou.

Vi a raiva e a impaciência crescendo nos olhos da vadia Louis e ela atacou. Todo o fogo que você imagina companheiro, é apenas uma fagulha, da explosão que a Chama pode causar. Seus membros não eram sólidos, apenas fogo. E como eu descobri isso? Tentando atingi-la com um raio inofensivo... Tudo bem... não tão inofensivo.

Ela atacou. Desviei dela com facilidade, enquanto bolas de fogo eram apagadas como nada, pelos ventos que me protegiam. Sorri para ela, com deboche. Ela mandou mais uma saraivada de mísseis de fogo mais não adiantou. Ela não podia me atacar... mas se eu baixasse a guarda... ela simplesmente me torraria como um amendoim muito sexy.

Tentei fazer com que algumas gotas de chuva caíssem sobre o corpo da Chama, para que ela se apagasse, mas seria um esforço inútil – completamente... vago. Ela poderia escapar tranquilamente de minhas gotas, e me atacar quando eu estivesse me concentrando para produzir gotículas de água, tradução: inútil.

Sharon me olhava por detrás de seus olhos em chamas, com superioridade, como se ela pudesse ficar ali o dia todo, me atacando, até que eu baixasse a guarda – o que não iria acontecer tão cedo, minha cara...

Eu... Só precisava de um minuto para poder tirar todo o seu poder... Mas ela poderia ser mais rápida. Era uma questão de sorte – eu tinha que admitir, Sharon lutava bem, estava bem superior á mim em quesito de ataques... Já eu, não conseguiria manter um tornado em torno de mim por muito tempo, antes que eu caísse de cara no chão, desmaiada de fraqueza.

Trinquei os dentes e arisquei tudo. Tirei o tornado de minha proteção, e lancei-o em direção á uma Sharon confusa – pegando fogo. Logo o vento começou a engolir o fogo que ela estava flamejando. Desta vez, eu tive sorte... Talvez nem tanta... senti meus braços em cãibra, AAAARG! Soube bem o que estava acontecendo... eu estava esgotada. Muito esgotada... logo eu cessaria e talvez, Sharon me incinerasse – isso, se seu tivesse sorte.

O fogo foi sumindo do corpo de Sharon e sua expressão só mostrava fraqueza, como se tivesse sido atropelada por uma manada de andrômedas-com-casco. Sharon estava no chão... isso era um colírio para meus olhos, mas as coisas não ficaram tããããããão bem como eu as queria... Minhas pernas fraquearam e a tempestade voltou para dentro de mim. Enquanto eu caia de joelhos em fraqueza;

- E a vencedora é: Gallatea! – gritou Lupinny.

- Ah é? Maravilha... Agora vê se me deixa tirar um cochilo, tá bem, mãe? Só cinco minutinhos...


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