Menina-mulher escrita por Caah_cherrybomb


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Era pra eu ter postado ontem, Mas nãod eu certo infelizmente. Esse capitulo ficou menor do que eu imaginava, Eu reescrevi ele tres vezes, e essa foi a versão mais aceitavel pra mim. Bom, espero que gostem!



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O clima não era dos melhores no momento. Estávamos Jasper, Charlie, Renne e eu sentados na enorme sala de estar. Orlando e Marcelo subiram rápido, querendo nos dar privacidade. Estávamos todos em silencio. As palavras não eram encontradas. Uma saudação não foi feita. Eu apenas encarei a mulher diante de mim,  e não disse nada. Jasper, provavelmente se sentindo meio deslocado, optou por me pegar pelo braço e me fazer sentar. Meus olhos, meus malditos olhos castanhos que neste momento provavelmente demonstravam  toda a raiva e o ódio que eu sentia seguia cada mínimo movimento daquela mulher. Sim. Eu me recuso chamar de mãe, alguém me negligenciou por tanto tempo.

Era estranho estar aqui, presenciando o momento, que há pouco tempo desejei que acontecesse. Era estranho ter diante de mim a mulher ao qual eu queria enfrentar, mas não conseguir nem sequer abrir meus lábios. Eu estava malditamente confusa. Essa mulher estragou a minha vida, e eu não conseguia nada, a não ser encará-la. França. Do outro lado do mundo era onde ela estava. Maldita seja quem a criou. Não. Vovó Marie não tem culpa da vadia que pôs no mundo.

Ela estava bem. Sua pele clara como a minha estava bonita, com certeza ela ficava malditas horas em um SPA, gastando o dinheiro de algum idiota qualquer. Ela estava com uma expressão jovial. Bom, sua cara neste momento estava estranha. Beirando o desconforto e a irritação. Ótimo vadia. Se sinta incomodada. Espere eu voltar pro meu corpo pra você ver. Sim, eu acredito que esteja tendo uma experiência extra corpórea. Só isso justificaria o estado não eu ao qual eu me encontrava.

Nossas respirações estavam arfantes. Era um momento tenso. Eu sabia disso. Se Edward estivesse aqui. Torci minhas mãos em meu colo, olhando para baixo. O que falar? Eu não podia simplesmente abrir a boca e xingar a mulher. Embora essa fosse a minha maior vontade. Cara. Me sinto tão impotente.

Era estranho estar diante de algo, ao qual suas vontades eram irrelevantes. Gritar com ela não mudaria nada, mas era tão difícil se controlar. Eu não era eu neste instante, e não sabia explicar como as coisas estavam acontecendo.

—Bella.— A voz de Renne soou no silencio. Eu levantei meus olhos e olhei para ela novamente. Suas mãos estavam entrelaçadas em seu colo, seus olhos nos meus e ela respirava mais tranqüila. —Sei que você tem perguntas. E sei que você tem muita raiva também. Eu entendo. Mas eu quero que você me escute, antes de fazer seu julgamento precipitado.

—Eu já te julguei a muito tempo Renne. Nada do que você disser vai mudar o fato de você ter sido uma vadia e ter ido embora, levando a grana do meu pai e deixando duas crianças inocentes pra trás. —Eu disse rudemente. Eu estava voltando a mim. E isso era bom. Eu acho.

—Isabella!— Meu pai me repreendeu pela grosseria. Apenas revirei os olhos e olhei para ela, incentivando-a a continuar.

—Eu sei que te magoou profundamente eu ter partido. Magoou a você e ao seu irmão também. Mas eu não estava pronta para ter uma família Bella. Eu não estava pronta para ser mãe. —Ela disse intercalando olhares entre Jasper e eu.

—Mantivesse suas malditas pernas fechadas então inferno.— Eu rugi me levantando.

—Isabella!— Meu pai me repreendeu novamente.

—Não pai. Ela vai me escutar. Ela tem que me escutar. —Eu disse me aproximando dela. Jasper se levantou e me segurou, pensando que eu iria bater nela. Essa era a minha vontade, a minha maldita vontade. Mas não. Eu deveria me controlar, e não chegar tão baixo assim.—Ela precisa ouvir tudo o que eu tenho a dizer. Ai então ela poderá ir embora pra sempre. Estava entalado. Durante todos esses anos. Durante todos esses malditos anos eu esperei que você voltasse. Durante todos esses anos eu olhava pra aquela porta, esperando o momento em que você a abriria e voltaria para nos. Eu esperei um telefonema. No natal, no ano novo. No meu aniversario Renne. E nada. Nunca sequer um cartão postal você mandou. VOCE SE ESQUECEU QUE TINHA FILHOS!—Eu gritei, sentindo  lagrimas nos meus olhos. Os olhos dela estavam arregalados. Sua pele branca, ficou-se então meio translúcida.  Jasper se afastou de mim. Meu pai, apenas me olhava, os olhos inexpressivos.

—Bella, tente se acalmar. Por favor.— Jasper pediu baixinho. Eu olhei pra ele. Seus olhos estavam desfocados. Ele a perdoaria no final das contas. Caminhei pela sala, olhando todas as fotografias nos quadros enfeitando o cômodo. Não havia nenhuma dela. Me acalmar? Como eu poderia me acalmar, diante da mulher que me fez tanto mal?

—Você pegou e pensou. Oh, Charlie tem dinheiro. Porque não aproveitar disso? Você pegou e deu o golpe da barriga. A felicidade do meu pai quando soube que seria pai.  Então nascemos. Maravilha. Mais algum tempo e vou embora daqui. Então, um dia você resolve que cansou de brincar de casinha, que já tem seu porquinho cheio, e cai fora. Abandona a sua família. O seu marido, e os seus filhos.  Você nunca ligou. Nunca nos visitou. Então, você parte pra França. —Eu disse olhando as fotografias. Me virei pra Renne, que tinha seus olhos fixos em mim.— Quem é o imbecil ao qual você vai iludir com a Ideia de um futuro perfeito?

Caiu uma tensão entre nós. Todos em silencio. Meu coração martelava em meu peito. Minha respiração descompassada. Renne se levantou e caminhou pela sala, olhando a noite escura pela janela no fim das contas.

—As coisas mudam Bella. As pessoas mudam. Eu errei, e não nego. Assumo meus erros. Mas eu me arrependi. —Ela disse olhando pra mim. —Eu me arrependi do que fiz. De tê-los deixado. Eu era jovem Bella, estava assustada, amedrontada.

—Arrependimentos vem depois. O que você fez esta feito e não pode ser desfeito. —Eu disse. Seus olhos se focalizaram em Jasper, a figura bonita sentada ali, os olhos fixos na mãe. —Você não esteve presente Renne. Você não esteve presente para cuidar de nós. Para ensinar a mim e Jasper coisas essenciais que uma mãe deve ensinar aos seus filhos. Você não esteve aqui para nos auxiliar no caminho certo. Não esteve aqui para nos ver crescer e para nos encorajar.

—Mas sempre podemos recomeçar. —Ela caminhou ate Jasper e o acariciou os cabelos. Os olhos dele se banharam em lagrimas, que logo trataram de descer, molhando sua face. Eu já havia perdido essa batalha. Jasper a apoiaria, a daria outra chance. Me sentei no sofá, e cobri o rosto com a mãos. Estava pensando como seria as coisas agora, quando a voz de Jasper soou.

—Feridas cicatrizadas não deixam de ser feridas. —Ele se livrou das mãos de Renne e caminhou ate mim, sentando-se ao meu lado.—As coisas podem recomeçar sim Renne. Mas coisas que garantem um futuro e que não irão trazer dor. Você pode acreditar que pra você seria bom. Você se arrependeu? Ótimo, mas isso não importa mais. A sua chance de recomeçar já passou. —Ele disse. Jasper levantou e pegou minha mão. Estávamos na escada, subindo quando me lembrei de algo. Voltei, e parei de frente a mulher que dizia ser minha mãe.

—Eu queria te agradecer. Queria te agradecer por me mostrar que no mundo existem pessoas vadias como você, que só se importam com dinheiro e acham que podem ser feitas as coisas ao seu tempo. Obrigada Renne, por ter sido o tipo de mãe ausente barata e filha da puta o suficiente para ter me feito tirar uma lição de tudo isso. —Eu disse com veneno na voz, me sentindo bem por ter falado o que eu sentia.

Eu vi nos olhos dela tudo. Ingratidão, raiva, magoa, desprezo e surpresa. Mas o que mais me surpreendeu foi a mão que se chocou contra o lado esquerdo de minha face. Fechei meus olhos, sentindo a ardência do tapa.

—Limpe sua boca pra falar mal de mim garota. —Renne rugiu. Eu sorri, e abri meus olhos, encarando a mulher que eu mais odiava na minha vida.

—Manda avisar quando você estiver morta. Eu quero ser a primeira a te enterrar, e ter o prazer de ver a terra te comer. Como pó, como uma nada, o que você realmente é. —Virei as costas e corri com Jasper escada acima. Chegamos em meu quarto e deitamos em minha cama. Jasper me abraçou e eu chorei, como nunca chorei em minha vida.

Eu me sentia fraca, impotente, oprimida. Não me arrependia do que havia dito. Mas enfrentar o passado, era algo absurdo, ao qual eu nunca poderia entender.

—Nós vamos ficar bem Bella. Eu prometo pra você.— Disse Jasper. meu pobre irmão, ao qual eu julguei prematuramente.

—Você foi tão corajoso. Estou tão orgulhosa de você. —Eu disse olhando pra ele, vendo seus olhos banhados de lagrimas. —Eu pensei que você iria a apoiar, iria me abandonar nessa batalha.

—Eu nunca vou te deixar Bella. Nunca. Independente de tudo, você é a minha irmã, e sempre vou estar com você. Sempre. —Ele disse segurando meu rosto.

—Eu te amo Jazz!— Eu disse o abraçando.

—Também Te Amo pequena. —Ele disse baixinho, me abraçando apertado. Nós ficaríamos bem. Nós tínhamos que ficar.

Edward PDV


Cheguei na casa de Bella meia hora depois do telefonema. Estacionei o carro ao lado do carro de Charlie e fui com Alice em direção a porta. Estava aberta então entramos. Charlie conversava com uma mulher de pele clara e cabelos castanhos claros. Ela tinha o rosto vermelho e Charlie respirava fundo. Pigarreei, chamando a atenção. Eles olharam para nos e Charlie deu um pequeno sorriso, nos indicando as escadas com a cabeça. Passamos por eles e subimos correndo, rumo ao quarto de minha garota e Alice ao de Jasper.

Abri a porta devagar e entrei, encontrando-a abraçada a Jasper. Ele olhou para mim e sorriu um sorriso pequeno, logo abaixando os lábios e falando no ouvido de Bella. ela levantou a cabeça de seu peito e olhou pra mim. seu rosto estava banhado em lagrimas, sua face vermelha e os lábios vermelhos com certeza por conta das mordidas. Ela soluçou e saiu da cama, pulando em meus braços. A apertei junto ao meu corpo e caminhei rumo a cama, sentindo suas lagrimas molharem minha camisa e seus soluços sacudirem meu corpo.

—Vou deixar vocês sozinhos. —Disse Jasper. os olhos vermelhos e o rosto molhado.

—Eu sinto muito. Alice esta em seu quarto. —Eu disse, sentindo Bella me apertar mais.

—Obrigada!— Ele disse, fechando a porta atrás de si. Eu me ajustei na cama de Bella, trazendo seu pequeno corpo para meu colo, sua cabeça em meu peito.

—Ed-Edward. Fo-foi tão ho- horrível. —Ela gaguejou, levantando a cabeça e me olhando. Partia meu coração ver minha garota neste estado. A sempre corajosa e      briguenta Bella, aos pedaços por causa de alguém que só a fez sofrer.

—Eu sinto tanto meu amor. Tanto. —Eu disse passando a mão em seu rosto. Vi com pesar uma marca de tapa em sua bochecha, e acariciei. —E ela ainda teve coragem de batê-la. Me perdoe por não ter vindo com você amor. Desculpe.—Eu disse lhe beijando a bochecha, ao qual a mulher louca lá embaixo havia ferido.

—Não. Isso era algo que eu deveria enfrentar. Sozinha. Mas é tão estranho, depois de tudo. —Ela disse baixinho, a cabeça em meu pescoço. —É que. Eu não sei. Depois de todos esses anos. Ela é a minha mãe, afinal de contas. Mas eu não consigo perdoá-la. Eu não me arrependo, mas. Eu não sei como explicar. —Ela fungou, os braços me apertando mais junto de ti.

Deitei na cama, trazendo seu corpo junto, a modo que ela ainda ficasse sobre meu peito.

—Descanse meu amor. Descanse, e tudo vai ficar bem. —Beijei seus cabelos, e passei a os acariciar. Bella ainda chorou bastante, mas finalmente caiu no sono. Seus sonhos provavelmente foram povoados de Renne, e a situação que acontecera antes. Durante o tempo em que esteve adormecida, Bella chorava e xingava. Eu a apertava mais e mais junto de mim, tentando acalmá-la. Eu acabei adormecendo ali, com Bella em meus braços. No meu sonho, ela estava feliz, e sorria alegremente pra mim.

Algo suave passava por meu corpo, fazendo com que eu me arrepiasse. Me remexi na cama, e senti a ausência de um certo peso em meus braços. Abri meus olhos de imediato e vi o sorriso que eu tanto amava.

—Pensei que havia me deixado. —Ela disse. Sua voz estava rouca e seus olhos estavam inchados. Sorri, e puxei seu rosto junto ao meu, beijando seus lábios docemente.

—EU nunca deixaria você. —Eu disse, a voz rouca do sono. Os olhos se encheram de lagrimas, e a puxei pra mim.

—Desculpe.

—Bella, bobinha. Você não tem que se desculpar. Não tem. Não sei o que você esta sentindo amor, mas sei que dói. Eu vou estar aqui, com você pra sempre. —Eu disse lhe abraçando.

—Promete?— Ela perguntou olhando pra cima. Eu sorri, e a fiz se sentar. Ela olhou pra mim, enquanto eu colocava a mão no bolso e tirava uma caixinha preta. —Edward, nem pense nisso. —Ela disse, vendo eu abrir a caixinha.

—Não é um pedido de casamento boba. —Eu sorri, colocando o anel em seu dedo. —Eu iria te levar há um lugar especial hoje, fazer direito, mas acho que essa é a ocasião perfeita. — Ela me olhou, depois viu o pequeno anel em seu dedo. Era simples, apenas uma pequena pedra de diamante em cima do anel de ouro branco.— Isabella Swan, essa é uma pequena promessa. Uma promessa de que eu Te Amo, e que eu sempre estarei contigo. Aceite este anel, como prova do meu amor, e como prova de que você é minha, e apenas minha, para Sempre?— Perguntei. Seus olhos se encheram de lagrimas e ela mordeu o lábio inferior, antes de me abraçar e sussurrar em meu ouvido.

—Pra sempre. Eu Te Amo!— Ela disse.

—Como Eu Te Amo!

Não era um pedido, de fato. Era só um passo. O começo, para algo grandioso, ao qual o futuro não tinha Ideia, e o destino, ainda não  havia escrito. Eu não sabia como as coisas seriam a partir de agora. Não imaginava como seria daqui pra frente. A única certeza que eu tinha era a que eu amava a mulher que tinha nos braços, e faria o impossível para sempre vê-la sorrir.

                                          Fim!


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que Gostem. Comentem e encontro voces no Epilogo, que sai sabado! Beijos e Obrigada por Tudo!