When love goes wrong
Nothing goes right
This one thing I know
When love goes wrong
A man takes flight
And women get uppity-oh

Moru POV

—C-como? Toru, não estou entendendo...

Maru POV

Moru me entregou o telefone, ela nem tinha entendido o que acabara de dizer. Então, comecei:

—É claro! Se eu dissesse antes que você é uma putinha que anda por aí dando mole pro primeiro que aparece...

— O QUÊ? PUTINHA?

Moru POV

Agora eu queria falar! Ia ser bastante ofensiva:

—É! Ouviu bem! Você é uma galinha! Você deve fazer tudo direitinho com os garotos que encontra por aí, devem até te pagar bem... Mas eu era seu namorado, e namorado não precisa pagar nada!

Maru POV

A Moru começou a rir, e eu tive que ser rápida, para a “putinha” não desconfiar:

—Na verdade, é você quem devia pagar unzinho pra mim decentemente, pelo menos uma vez na vida!

Ela ficou muda! Nossa, nem acredito que consegui calar a boca dela!

Moru POV

Consegui segurar o riso, e a Maru me entregou rapidamente o telefone:

—O que foi, ficou sem palavras? É porque você sabe que é verdade!

Maru POV

Tive uma boa idéia, e peguei o telefone:

—Isso porque aqueles orais que você fazia eram muitos ruins!

Moru POV

Lembrei-me do cachorrinho que o Toru teve quando criança, e despejei:

—Eu nunca tive prazer! Transar com você era o mesmo que com um sofá! Ou melhor, até meu cachorro tinha mais prazer com o sofá do que eu com você!

A Maru teve que tapar a boca para não cair na gargalhada. Percebi que Yuri estava mesmo muda, e senti a respiração ofegante dela no telefone. Devia estar esperando o momento certo para gritar e xingar a gente, ou melhor, o Toru.

—Além do mais, tem muita mulher querendo que eu transe com elas... Quer saber, é o que vou fazer! Transar com elas todas, para descontar os 7 meses perdidos!

—Filho da puta! Você quer transar com as piranhas das suas primas?

Eu não esperava por essa:

—E daí se eu transar com elas?

—Como é que é??

Falei besteira! Vou ter que agir como o Toru agiria:

—Elas são duas piranhas mesmo, mas fazem o serviço mais bem-feito que o seu!

—Você já transou com elas, seu puto?

Maru POV

Eu estava ouvindo tudo do lado da Moru, e tive que pegar o telefone rápido para corrigir o que Yuri falou, senão ia sobrar pra gente depois!

—Não, mas neste momento eu estou com uma gostosa da Yugakure na cama.

—Seu filho da puta, degraçado, cretino, covarde que não quer terminar comigo falando na minha cara.--

Quer saber? Não estamos aqui para ouvir desaforo de uma patricinha que gosta de apanhar. O que queríamos já foi feito.

—Tchau.

Maru/Moru POV

Hahaha... Foi tão engraçado! E ela caiu como uma patinha!

Toru POV

É tão bom voltar à Konoha. Depois da missão na vila das Fontes Termais, estou exausto. Isso porque a única coisa que fiz foi trabalhar, nenhum horário para dar um mergulhozinho nas termas. Bem, vou para casa relaxar um pouco, depois entrego o relatório para o Rokudaime.

Cadê minha chave? Ah, tá aqui. Meu apê tá uma zona, mas depois eu arrumo. Agora a cama me parece tão atraente... Caio de bruços nela e fecho meus olhos... Como é boa essa cama!

De repente, eu sinto alguém me cutucar. Me viro, e vejo a Yuri bem séria.

—Oi, Yuri, por que está tão séria?

—Não se faça de besta. Você sabe.

—Não sei mesmo. Esqueci que é o aniversário de namoro?

—Que namoro? Com a puta da Yugakure?

—Não estou entendendo...

E aí ela começou a dar um ataque. Ela gritou e jogou tudo que viu pela frente em mim. Eu só vi voando um vaso de porcelana, um potinho de ramém, e até um aquário (eu não tenho um aquário). Ela me chamava de viado para baixo. E aí ela tentou me bater. Eu a segurei forte pelo braço e a trouxe para perto do meu corpo.

Não estava realmente entendendo coisa alguma do que acontecia. Yuri estava se debatendo contra meu tórax, e gritava feito louca. Percebi que seu abalo era forte, e sua voz, que me pedia “Me solta, filho da puta!”, estava ficando rouca.

—Cala a boca, Yuri, e me diz por que você está agindo assim?!

—Seu cretino, cínico, você terminou comigo pelo telefone, me chamou de coisas horríveis e ainda por cima está se fingindo de desentendido?

—Eu não te liguei, muito menos terminei com você!

—Mentiroso!

Achei isso tão estranho, como foi que eu terminei com ela, digo, quem foi que terminou com ela alegando ser eu? Tinha que descobrir. Nesse momento de distração, ela conseguiu se desvencilhar de mim e me deu um soco na cara. Saiu correndo, batendo porta. Ai, meu nariz tá sangrando, é melhor eu lavar.

—-------

Saí de casa nervoso, com medo de não descobrir quem foi que fez essa sacanagem comigo. Foi aí que surgiu o Kiohei.

—Oi, Toru, tudo bem?

—Oi, Kiohei.

—Cara, seu nariz tá...

—...sangrando, eu sei.

— O que houve?

—A Yuri, ela me bateu, dizendo que eu tinha terminado com ela, mas eu não terminei!

—Se a Yuri disse que você terminou e você diz que não, ou ela está louca, ou é você quem está.

—Ou alguém fez um henge e ligou para ela, terminando.

—Ligou? Estranho você falar isso...

—Como assim? Você sabe quem foi?

—Não, não, eu me lembrei que a Moru pediu seu telefone, só isso.

—Meu telefone? Ela por acaso mencionou a Yuri?

—Bem, ela queria seu telefone para te chamar pra uma reunião familiar com o Hokage-sama... Mas, sim, acho que ela disse alguma coisa... que o namoro de vocês não ia durar muito...

Como foi que eu não percebi isso antes? É claro que foram as gêmeas-maravilha que armaram isso tudo! Aquelas pestes, querem se vingar por eu não ter aceitado que elas me manipulassem só para me transformarem em brinquedinho sexual delas!

Agradeci ao Kiohei (que não entendeu direito), e procurei as gêmeas na vila toda. Acabei achando as duas sentadas num barzinho, tomando suco. Elas me cumprimentaram como se nada tivesse acontecido, e eu fui curto e grosso: perguntei se elas ligaram para a minha namorada terminando com ela. E como era de se esperar, mentiram. Disseram até que estavam ofendidas!

Fui embora com muita raiva. O que elas pensam que são para interferirem assim na vida dos outros? Mas não desisti, vou confirmar a culpa dessas duas endemoniadas! Vou vigiá-las 24 horas por dia, até descobrir algum podre delas.

Maru/Moru POV

Só se passaram dois dias, e o Toru já é todo nosso! Olha só esse bilhetinho que ele deixou para a gente: “me encontrem às 9 em minha casa.” Que sensação boa de dever cumprido! Será que ele faz o tipo romântico ou garanhão? Arrumamo-nos todas, ficamos lindas e fatais, e seguimos para o apê do priminho!

Tocamos a campainha do apartamento do Toru, e ele abriu a porta. Estava todo bonito, com uma camisa daquelas rendadas de shinobi, e com uma calça de tactel. O perfume dele contagiava nossas narinas, aquele cheiro de homem...

Entramos, e o Toru nos ofereceu uma água. Recusamos, e perguntamos se ele não tinha algo como sakê. Ele ficou meio sem jeito, não dá para negar, pois nós somos menores de idade. Mas pelo menos o Toru não se ofendeu com nossa pergunta.

Mesmo sem o Toru não nos ter convidado para entrar em seu quarto, entramos. Estava em meia luz, e nós ficamos ainda mais animadas. Era hoje que ele finalmente iria nos recompensar por todo o nosso trabalho tentando conquistá-lo! Sentamo-nos na cama e Toru entrou, com um papel na mão.

—Maru e Moru, vocês são más, e ao mesmo tempo são meio toupeiras....*

Toru nos mostrou a folha que segurava na mão. Kami-sama! Era uma foto nossa fazendo...

—Vocês duas agora vão ter que fazer o que eu quiser, senão essa linda fotinho vai parar nas mãos do Hokage-sama, ou melhor, do pai de vocês...

E agora? O que nós faremos?