Ubl Unreachable escrita por JoongGuSeong


Capítulo 6
O Cômico Livro de Paco e Anita


Notas iniciais do capítulo

Acho que esse capítulo ficou bem mais interessante. Boa Leitura, amigos!



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Unreachable

06 – O Cômico Livro De Paco e Anita

Uma semana se passou desde que Nicky e eu tornamos-no grandes amigos. Aliás, um grande progresso desde o primeiro dia de aula, dentre eles uma pequena discussão, uma descoberta, e a união de dois seres que se odiavam desde infância – sim, a gente – .

Teria de ir à casa de Nicky para que pudéssemos dar início às pesquisas. Tivemos a preferência de deixá-la pronta o quanto antes, para depois termos bastante tempo de lazer. Nicky Robinson deixou o endereço de sua rua e explicitou a hora mais adequada para eu ir. Advinha? Sete da noite. Agora me pergunto: para quê um horário noturno e tão especificado como aquele? Não existe resposta, infelizmente. Hesitei de perguntar isso a ele quando me passou as coordenadas.

Deixei as diversas perguntas sob espera em minha mente e visei o meu relógio de pulso. Marcava Seis horas da tarde. Bom, hora de me arrumar! Saltei da cama alegremente e corri em direção ao chuveiro. Me banhei em vinte minutos e fui de toalha ao guarda-roupa. Resolvi ir com uma roupa larga e que não esquentasse muito. O termômetro marcava trinta graus, por isso fazia um calor imenso. Haviam pessoas que estavam se derretendo como um sorvete no fogo. Instigante.

Trajei uma bermuda jeans escura – porém, não preta – cheia de bolsos, uma camisa azul com estampa suave – deixei os botões da gola abertos –, um tênis branco junto de uma meia perceptível. Eu parecia até mais jovem vestido daquela maneira.

Antes de sair, a campainha soou e desci às escadas correndo para atender. Ao abrir a porta me deparei com Paco e Anita, estavam segurando um gibi bem colorido, ao meu ver parecia ser infantil.

Boa Noite, Galera! – Cumprimentei-os enquanto adentravam minha casa.

Oi! – Eles disseram em harmonia. Sorriam a toa, como se estivessem doentes. Fiz uma expressão debochada no rosto.

Vocês estão bem? Estão felizes demais! – Olhei para eles de uma maneira desigual estranhando tudo aquilo. Paco sorriu maliciosamente, o que me fez suspeitar. – Tá legal, Paco, quem você prendeu desta vez?

Calma, Guillermo. – Anita colocou o livro na mesa da sala e o abriu. – Este gibi é o motivo de nossa felicidade, além de diferente e bem humorístico é interessante.

Ah é? Posso saber do que se trata? – Um raio iluminou a janela por alguns segundos no exato momento da pergunta. Será que iria chover naquela noite?

Kama Sutra! Hahahahay! – Ok, essa risada do Paco me fez ficar com medo, fazendo-me dar um passo atrás.

É bem interessante, Guillermo, porém esta versão tem um humor e tanto. Mostra as posições e outras coisas. Deixa quieto. Não é o livro, mas fala sobre. – Anita disse, revelando sua face do mau. Nunca pensei que fosse pervertida ao ponto de se entreter com algo assim.

Ok, deixe-me ver isto. – Me aproximei da mesa e folheei o gibi até chegar na parte das posições e descrições. Arregalei os olhos extremamente ao ler a primeira frase. – Uau, esse livro é bonzinho, não é?

Paco e eu queremos lhe mostrar o que aprendemos. – Anita falou.

Mas o quê? Como assim mostrarem o que aprenderam? Iriam fazer algo pervertido na minha frente?

Vocês não irão fazer sexo na minha frente, não é? – Perguntei, focando os olhos no relógio, estava quase na hora.

Eu estava muito impaciente. Queria logo poder falar com Nicky, já faziam dois dias que não mantínhamos contato. Por motivos desconhecidos, ele não foi às últimas aulas. Em plena Segunda-Feira, estar com amigos malucos...

Bem que queríamos, mas não podemos. – Os dois disseram juntos, abaixando a cabeça. – Mas, ao menos, mostraremos as posições.

Sem o meu consentimento, eles tiraram duas peças de roupa e as jogaram no chão. Paco tirou apenas a camisa, deixando visualizar seu corpo esportivo. Anita, por sua vez, tirou a camisa – como Paco o fez –, deixando a mostra seu biquine e seus seios volumosos. Será que foram à praia antes de virem para cá? Não quis perguntar, apenas os observei.

Tá legal, Guillermo. – Paco soltou algumas palavras, antes de se ajeitar. – Iremos lhe mostrar uma bem simples.

Apenas assenti com a cabeça e cruzei os braços. Isso é algo que eu sempre tive curiosidade de ver. E com meus próprios amigos então... Seria algo, realmente, muito engraçado.

Anita fez uma expressão sensual, passando a mão por todo o seu corpo, deixando sua sensualidade explícita, apanhou-me pela camisa brutalmente e me puxou para perto deles . Provavelmente teria aprendido aquilo no gibi. Por incrível que pareça, pois é raro eu sentir isso, fiquei excitado com o que eu via. O cheiro de excitação no ar... uma sensação gostosa circulou por todo o meu corpo.

A posição foi a seguinte: Anita deitou-se no chão e Paco em cima dela, depois ela levantou as pernas dando espaço para Paco “se encaixar nele”. Já tinha visto aquela posição em algum lugar – suspiro – . Oooops! Não era para eu ter dito isso! É confidencial. Agora vocês já devem saber. Agora podem sentar-se novamente após este susto, respirar fundo e continuar lendo a história. Adiante, Paco fez movimentos muito quentes proporcionando sua própria excitação. Anita mordeu os lábios. Logo mais, eles se levantaram e disseram:

Pretendemos ter nossa primeira vez com essa posição. Vai ser picante! – E eles se beijaram intensamente.

Aham, muito legal isso, gente! Mas não se esqueçam do preservativo, ele é essencial para uma relação saudável, tranquila e prazerosa. E ah, obrigado por terem me deixado com tesão. Que droga, agora não vou conseguir estudar direito.

Ah, desculpa, Guillermo. – Anita disse, sorrindo.

Preciso ir agora. – Eu disse.

Irá aonde? – Paco perguntou, vestindo a camisa. Anita fez o mesmo.

À casa de Nicky, faremos a pesquisa juntos.

Ah tá, lembramos que vocês estão de bem. Quem diria, heim? – Anita se espantou.

Me despedi deles, os deixando em casa. Minha mãe estava em seu quarto. Fariam companhia para ela. Com a mochila nas costas e uma boa alta-estima, eu saí em direção à casa de meu amigo. O trajeto até lá era curto como uma salsicha ou outra coisa, enfim, uns dez minutos de ônibus.

Quando desembarquei, tive uma boa vista esverdeada do bairro em que ele morava. Era muito ambiental, várias árvores preenchendo o vazio do local. É verdade que, segundo Nicky, boa parte dele é formado pelas árvores, poucas casas habitavam por ali.

Caminhei até sua porta, atravessando o quintal, e pressionei o botão da campainha. Fizera um som irritante, semelhante ao da família Adams. – Ok, sem exagero – .

Escutei o barulho da tranca ecoar e a porta se abrir:

Olá, Guillermo! – Nicky me cumprimentou dando-me um abraço. Neste mesmo momento, senti a mesma sensação agradável desde que selamos a paz.

Ele trajava uma camisa social branca, com alguns botões desabotoados, semelhante a mim; uma calça jeans mais escura e um tênis branco idêntico ao meu. O cabelo estava devidamente penteado, ao contrário do meu, que fiz de uma maneira “meio-certa”, digamos que desajeitada.

Trouxe algumas anotações que peguei da internet, talvez seja útil, mesmo não sendo de grande importância. – Eu disse, abrindo a mochila, ainda na porta.

Entre, não vá abrir a mochila aí fora, não é? – Observou ele.

Ah, claro.

Adentrei sua casa e, antes que pudesse ter a primeira visão sobre ela, Nicky me pegou pelos ombros, dizendo:

Tudo o que você fizer, já está perfeito. – Pude sentir sua respiração no meu rosto, fazendo eu olhar diferente para ele.

Depois de dito aquilo, fiquei sem reação. Apenas deixei que o mesmo me guiasse. Meus olhos brilhavam como o Sol.

Nicky?

Sim?

Por Que escolheu esse horário para estudarmos? – Indaguei, abrindo a mochila.

Para termos mais tranquilidade. Meus pais só voltarão em dois dias, podemos usar esse tempo para estudar. – Replicou Nicky.

Ah, e onde iremos começar a trabalhar? – Perguntei, estalando todos os dedos da mão.

No meu quarto.

Então aquela noite seria de estudos. Espero que possamos fazer um bom trabalho. Uma coisa eu poderia ter um mínimo de certeza: aquela noite seria muito divertida. Não sei porquê, mas algo me diz que será. Um sentimento indecifrável sobre mim, que até hoje não soube identificar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Agradeço sua leitura! Ficou melhor esse?