De Repente Pais escrita por Mila Pink


Capítulo 4
Sorvete


Notas iniciais do capítulo

Lindas do meu coração -de-rosa!
Mais um capítulo fresquinho para vocês!



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Fui correndo falar com Lene, só ela vai me entender neste momento tão difícil da minha vida. Sirius olhava para mim atentamente. Não sei o que ele estava pensando, se é que bebês pensam em alguma coisa, e olhava para trás. Chegando a Hogwarts fui à busca da Lene. Levei meia hora, isso mesmo, meia hora para achar à bendita. Quando a achei, ela nem perguntou só com o meu olhar entendeu que precisávamos conversar.

Contei tudo a ela, do passeio, do beijo, de eu ter gostado, da duvida se é verdade tudo que sinto, senti-me aliviada, ao terminar meu desabafo, Lene apenas me encarava e disse simplesmente sorvete.

Quando ficávamos na duvida, tristes, ou estressadas, sempre íamos até uma praia perto de Hogwarts e tomávamos sorvete, e ficávamos por lá até as coisas melhorassem. Sorri. Ela era minha irmã gêmea. Fui até meu quarto pus o biquíni, arrumei uma bolsa com toalha, protetor, água, meu óculos super fashion, e iphone. Depois de pronta fui até o quarto do Six, arrumei sua bolsa com troca de roupas, mamadeiras, brinquedos, e fraldas. Coloquei a sunga e passei protetor.

Ao descer para a entrada Lene já nos esperava com dois potes de sorvete, menta e chocolate. Amamos essa combinação. Sempre perfeita. Fomos indo calmamente em direção a praia. Depois da floresta proibida tem uma praia espetacular, a areia é branca feita neve, a água sempre cristalina de um azul profundo.

Estendemos uma toalha pela areia. Lene pegou o guarda-sol e o abriu. Sentamos em baixo, e comemos o sorvete em silencio. Sirius brincava todo feliz na areia, com seus baldinhos. Lene acabando com seu sorvete foi brincar, com o Six, essa nunca me enganou, sempre teve um tombo pelo maroto e nunca admitiu. Fiquei ali pensando em tudo que aconteceu.

Será certo depois de anos me entregar para aquele que dizia odiar? Não será muito precipitado de minha parte fazer isso? Meu sorvete acabou logo, deitei na toalha e fechei os olhos. A brisa do mar, o cheiro, tudo me acalmava fazendo com que pensasse melhor. O Potter quando se conhece não parece tão ruim, mas continua galinha. Mas não vou negar que ele é lindo, todo gostoso, parece um deus. Será que posso confiar nele? Vou esperar mais um tempo para pensar nisso.

Saindo dos meus devaneios, vi Lene indo para a água com Six, vou aproveitar o dia com meus amigos. Fui correndo até eles, peguei o Six da Lene e sai correndo, e gritando que ela não nos pegava. Ela gritou comigo, e correu nos alcançando, entramos na água. Nunca vi o Sirius rir tanto, ele ria de tudo, a água estava morna. O sol estava saindo já quando decidimos ir embora.

- Lily quando seu coração e sua razão estiverem juntos, você poderá se entregar a sua escolha. – foi a única coisa que Lene me disse.

No caminho de volta Sirius foi dormindo no colo da Lene, e esta babava mais que cachorro vendo a carinha de anjo que ele tinha quando dormia. Ao chegar à porta peguei o Sirius da Lene e fui para o meu dormitório. Dei um banho no Six e o deixei dormindo no berço, esse só acordava amanhã. E fui tomar meu banho.

Não vi Potter em lugar nenhum, acho que ele não está por aqui, deixei minhas coisas perto da cama, e fui entrar no banheiro. Quando dou por mim, vejo um ser extremamente sexy cantando Hey, Soul Sister no chuveiro. Não pude fazer nada, babei litros. Potter estava de costas para mim, cantava a música enquanto a água escorria lentamente por seu corpo.

E que corpo, Jesus me abençoa! Ele tem todos os músculos definidos, TODOS, e que bunda maravilhosa, vontade de apertar. Mas o que chama mais atenção é a cor dourada da sua pele, tem cor de tentação. Esse homem se ensaboando é uma tentação enorme não pude fazer nada além de ficar ali parada olhando para ele.

Então Potter se vira para mim, mostrando toda sua gostosura, percorro seu corpo inteirinho, gota por gota, e subo, quando olho em seus olhos vejo apenas malicia. Volto a percorrer seu corpo e olho seu membro, e que membro, ele é enorme. Ai, difícil de resistir. 

Potter apenas me olha, e com uma mão me chama, penso em ir até ele, mas não sei se é aceitável. Quer saber, que se foda. Eu vou lá aproveitar esse deus. Fui andando calmamente até ele, e entrei na água que por sinal está gelada. Olho em seus olhos, e fico hipnotizada com sua beleza. Entro de baixo da água e começo lavando meus cabelos. Potter apenas fica olhando.

Retiro meu biquíni, situação que deixou Potter surpreso e me viro de costas, esfregando a bucha, lavando-me. Ao terminar sinto um corpo prensando o meu. Arrepios foram sentidos. Já não saberia como parar, quando mãos fortes e grandes percorrem meu corpo inteiro. Arrepiei. Potter me virou e me prensou na parede. Pude ver desejo e amor em seus olhos, mas talvez seja apenas o brilho que a água faz.

E me beijou, e que beijo, pai amado! Nunca me beijaram tão bem quanto ele, tive que responder a altura, ficamos o que pareceu horas nos beijando, até que as coisas esquentaram, e tive que sair dali. Não me matem, não sou virgem, mas também não sou dada, qual é estamos ficando, ao que tudo indica apenas a dois dias, não vou me dar ao desfrute antes de saber qual a dele.

Sai do chuveiro o empurrando e fui ao quarto colocar meu pijama. Tínhamos comida na geladeira, não desceria mais. Coloquei meu pijama de abelhinha, é assim tem um short até metade da coxa marrom, a blusa de alçinha branca tem uma abelha sorrindo e no pote de mel tem os dizeres: “doce como mel!” Fiz uma trança embutida e desci para a cozinha.

Depois de meia hora Potter desce apenas com uma calça e toda sua gostosura. Pega um pote de sorvete de morango e leite condensado e me pergunta se quero. Ri muito com isso. E ele fez cara de duvida. Acenti e fomos até a sala, sentamos no sofá e, cada um com sua colher, começamos a comer.

- Onde você foi hoje?

- Fui com a Lene e o Six num lugar nosso.

- E eu posso saber onde é?

- Talvez!

- Hmm, é. E como posso te convencer?

- Hmm não sei.

- Será que assim te convence? – e o infeliz me beijou. E que beijo, vou acabar viciando. E não terá mais volta.

- Hmm... não!

- E assim? – me puxou para mais perto, colando mais nossos corpos e me beijando mais profundamente, se é que é possível.

- Quase. – ele então me sentou em seu colo, e deu AQUELE beijo, que você perde o ar, tudo treme e não esquece nunca mais.

- É me convenceu. Fomos a uma praia que tem aqui perto.

- Hmm, não sabia que tinha uma praia por aqui.

- Pois é, descobrimos no nosso primeiro ano, e a partir daí vamos frequentemente.

- Legal. Qualquer dia me mostra?

- Sim. – e ficamos conversando por horas. Num determinado momento, deitei em seu colo, e ele passou a mão em meu cabelo-trança fazendo com que aos pouco dormisse. Seu carinho, calor eram tão gostosos que me davam uma sensação de ternura, amor, proteção. Só senti quando ele me pegou e levou até o quarto. Deitando-me. Aconcheguei-me em seu peito e me entreguei ao mundo dos sonhos.

Acordei com um choro incessante. Fui andando até o quarto do Six e fui ver o porquê de tanto choro. Ao olhá-lo quase cai, ele estava chorando, se contorcendo, parecia com dor, todo vermelho e suado. Peguei-o, e neste momento me arrependi por ter acordado com tanto mal humor. Dei um banho nele para ver se a febre abaixava e nada. Fiz um feitiço para ver com quanto de febre ele estava, e quase enfartei, ele estava com quase quarenta graus.

Corri para o quarto e acordei o Potter, de primeiro momento ele não quis acordar, mas Six chorava e eu gritava. Ele acordou e se assustou com nosso estado. Quando nos viu seus olhos se arregalaram e veio até mim, amparando-me e perguntando o que aconteceu, expliquei.

Ele nem ao menos se trocou, desceu correndo em busca da Madame Lupe, enfermeira da escola. Voltando com ela em sua cola, Madame Lupe pediu que eu colocasse o Sirius deitado na cama. Ela fez um feitiço onde mostra exatamente o que a pessoa tem. Six fora envenenado, não se sabe como nem onde, mas fora.

Meu mundo caiu, eu estou como guardiã dele e nem posso o manter em segurança, sendo que ele apesar de tudo é uma boa pessoa. Sentindo-me a ultima das criaturas fui escorregando até o chão, enquanto via James e Lupe ministrando a cura para o Six Baby.

Passamos um dia terrível, Six tinha surtos de febre, crises de vômito, choros constantes, e minha consciência caindo cada vez mais. Nunca me senti tão impotente na minha vida. Passamos a noite em claro, olhando o Six que há esta hora já estava dormindo tranquilamente. Pude finalmente ceder a todo o desespero que sentia e chorar, James apenas me abraçava.  


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Notas finais do capítulo

Reviews são sempre bem vindos!