Down Goes Another One escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 5
Capítulo 3 - Capture a Bandeira ( Parte II)


Notas iniciais do capítulo

OOOI! Pessoal, voltei õ//
Vim postar mais um capítulo. Ele está maravilhoso na minha opinião. O final pode não ter muito sentido, mas faz parte da trama... Vai ser explicado nos próximos capítulos... ou não!

MUHAHAHAHA!

Então, aproveitem... *-*

PS: Obrigada a todos que deixaram um review no último capítulo *_*

GENTE, NOS FALAMOS NO FINAL *-*



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—Pronta, Jess? – perguntou Clarisse.

 

—Sim – falei, enquanto arrumava a armadura e sacava a espada.

 

—Comande.

 

—O que? – perguntei atordoada.

 

—Você criou a estratégia – ela sorriu torto – Comande.

 

—OK – falei nervosa, então falei mais alto – Jake, leve o Chalé de Hefesto e a Bandeira até o local combinado. Will, leve o chalé de Apolo até as árvores em um perímetro de vinte metros do riacho. Connor, você leva uma parte do chalé de Hermes até uma extremidade da floresta. Travis, você leva para o outro lado. Katie, leve seu chalé até as margens do riacho e faça as armadilhas que combinamos, depois recuem um pouco e fiquem cuidando da retaguarda do chalé de Apolo. Nico, Jenna e... – apontei para o irmão dela.

 

—Mason.

 

—E Mason vão atrás da bandeira. E o chalé de Ares ataca, distraindo o outro time. O chalé de Apolo e Deméter cuidam para ninguém chegar até a bandeira – falei olhando com os olhos brilhantes para os outros campistas, que pareciam inspirados. Ouvimos a voz de Quíron ecoar pela floresta.

 

— Heróis! - anunciou. - Vocês conhecem as regras. O riacho é o limite. A floresta inteira está valendo. Todos os itens mágicos são permitidos. A bandeira deve ser ostentada de modo destacado e não deve ter mais de dois guardas. Os prisioneiros podem ser desarmados, mas não podem ser amarrados ou amordaçados. Não é permitido matar nem aleijar. Servirei de juiz e médico do campo de batalha. Armem-se!

 

—Droga – murmurei – Não pode ter mais de dois guardas, hum... – fiquei falando sozinha enquanto seguia o chalé de Hefesto até a bandeira. Notei alguém caminhando atrás de mim. Virei e vi Lucas – O que está fazendo aqui?

 

—Vou ajuda-la a proteger a bandeira. O chalé de Hefesto fica ao redor, nós ficamos ao lado.

 

—Por que você?

 

—Não vamos perder – ele disse. Uma evasiva. Ótimo.

 

—Oh, ótimo – falei ironicamente.

 

—Vamos proteger essa bandeira. Esqueça que nos odiamos – ele disse,

enquanto olhava para os lados.

 

—Nos odiamos? – perguntei, fingindo não entender. Ele bufou.

 

—Cale a boca e vamos logo proteger essa bandeira.

 

—Claro – falei acidamente, enquanto me escorava em uma árvore próxima a bandeira.

 

Podia ouvir outras pessoas se movimentando pela floresta. O som do riacho correndo, alguns animais pequenos, arcos sendo disparados, espadas tocando-se e vários gritos vindos de todas as partes. Tanto de dor quanto de vitória. Quando ouvi um galho se quebrando perto de nós, segurei Morte com mais força. Lucas fez a mesma coisa com sua espada larga.

 

Caminhamos ao redor da bandeira, no exato momento que Jake Mason gritou:

 

—Quatro do time azul se aproximando!

 

Isso nos manteve em alerta. Olhei para todos os lados, mas não conseguia ver nada além das árvores e plantas da floresta. Joguei meus cabelos para e lado, enquanto continuava a me movimentar.

 

—Cuidado – sussurrou Lucas.

 

—Estou cuidando – resmunguei de volta.

 

Ouvi mais uns barulhos nas árvores. Pássaros voaram e nós dois ficamos mais alertas que nunca. Uma pequena sombra se movimentou por trás de Lucas, e quando se materializou, notei que era Percy.

 

—Lucas – gritei e apontei para as costas dele, iria ajuda-lo, mas a garota loira, Annabeth, pulou em mim gritando.

 

Virei na hora exata de me proteger da sua adaga com minha própria espada. Cambaleei para trás, tropeçando na raiz de uma árvore e caindo no chão. A mão de Lucas puxou meu braço para cima, enquanto se defendia de Percy.

 

—Obrigada – gritei, enquanto batia o lado da minha espada no lado esquerdo do corpo dela.

 

Annabeth gritou e Percy veio furioso para cima de mim, mas foi interceptado por Lucas, que se jogou contra ele e ambos bateram no tronco de uma árvore. Annie veio para cima de mim novamente e conseguiu me cortar, usando a adaga em uma fresta da minha armadura. Gemi de dor, enquanto o sangue descia do meu joelho e ia até meus pés. Com raiva, bati minha espada no capacete dela. Annabeth caiu no chão e não se mexeu. Tirei as armas dela, a adaga e o escudo, e a arrastei para longe da bandeira, no meio da floresta.

 

Quando voltei, Lucas e Percy ainda duelavam. Pulei nas costas de Percy, usando minha força para procurar o lugar na sua nuca onde ele poderia desmaiar apenas com um pequeno aperto. Ele me jogou para o lado e eu bati numa árvore. Lucas caiu também, com o sangue escorrendo da testa, pois estivera sem o capacete. Percy correu vitorioso até a bandeira, mas eu usei meu chicote para prender seus pés e desajeitado, ele tropeçou e caiu. Comecei a puxar, como se fosse um anzol. Eu estava rindo.

 

—Não é tão fácil, Jackson – eu ri, enquanto tirava Contracorrente dele e colocava no meu bolso.

 

—Jessica – ele falou, enquanto eu tirava meu chicote dos pés dele e o socava com a intenção de deixá-lo inconsciente. Consegui.

 

Corri até onde Lucas estava estirado no chão. Ele estava arfando, o peito subia e descia enquanto respirava ruidosamente. O sangue formava uma poça ao seu redor. Ajudei-o a se levar e mancando levei-o até uma árvore.

 

—Obrigada – falou, cuspindo sangue.

 

—Fraco – zombei, enquanto amarrava um pano na minha perna. Ele bufou – Consegui derrubar os dois.

 

—Não tão fácil, garotinha – ele exclamou, ficando de pé, ignorando o sangue.

 

Garotinha? – perguntei com as mãos nos quadris. Ele sorriu vitorioso.

 

—Toquei seu ponto fraco.

 

—Ponto fraco é o cara... A BANDEIRA – gritei, enquanto corria até uma garota que carregava a bandeira. Me joguei para cima dela, e juntas caímos no chão rolando.

 

Comecei a distribuir socos, sentindo uma estranha sensação de prazer quando sentia minhas mãos tocarem a carne da minha oponente. Arranquei a bandeira das mãos dela e a joguei na direção de Lucas, usando o impulso das minhas mãos para socá-la no rosto. Ouvi um som fraco de ossos se quebrando e a garota gemeu. Murmurei um desculpe enquanto jogava a espada dela para longe. Corri até a bandeira novamente, peguei minha espada no caminho e fiquei de prontidão.

 

—Vamos lá – falei impaciente – Vamos Clarisse, traga a bandeira...

 

—Ela vai – falou Lucas, enquanto se arrastava para o meu lado – Você se saiu muito bem com Percy e Annabeth.

 

—Obrigada – falei, não imaginava que aquela boca pudesse soltar algum elogio – Mas já fiz melhor.

 

—Convencida – falou, enquanto tirava o sangue da testa e jogava a cabeça para trás para estancar o sangramento do nariz quebrado. Com um barulho quase inaudível, ele pos o nariz de volta no lugar. Estremeci.

 

—Tomara que tenhamos ganhado... É meu primeiro Capture a Bandeira – falei, olhando para os lados.

 

—No meu primeiro, um campista do chalé de Hermes quase quebrou minha perna. E é a segunda vez que quebram meu nariz só nesse verão.

 

—Hum – foi só o que consegui dizer – Minha mãe não gostava de me ensinar a lutar, ela preferia que as ninfas fizessem isso e meu pai, bem... O conheci apenas na manhã que vim para o Acampamento. Convenci minha mãe, mas ela disse que eu teria de vir para cá.

 

—Bem – ele disse – Como estamos falando de nossas vidas... Eu vim para o Acampamento quando tinha treze anos... Fui reconhecido assim que cheguei, no inicio eu achei difícil sabe? Chato, porque meu pai engravidou minha mãe e foi embora. Fiquei ressentido por isso por um bom tempo, mas resolvi esquecer. Minha mãe continua lá, volto durante os anos escolares...

 

—Onde ela mora?

 

—No norte do Oregon, em Portland.

 

—Hum – falei – Meu pai mora em Helena, Montana. Nunca tinha ido lá fora... Foi sempre minha mãe e eu... Uma vez conheci minha er, avó – ri – Perséfone. Nunca quis conhecer Hades. Eu era pequena e ele me dava medo... Desde pequena minha mãe me ensinou a controlar meus poderes...

 

—Poderes? – ele perguntou. Droga, não deveria ter dito isso.

 

—Bem – falei desconfortável – Minha mãe é a deusa da boa morte. Posso levar a morte até aqueles que estão em paz, ou que querem morrer... É complicado.

 

—Sinistro – ele disse, mas riu. Até que estamos conseguindo conversar sem querer no estrangular. Obrigada, deuses.

 

—E você, o que faz o ano todo? Estuda, arranja briga...

 

Ele riu novamente.

 

—Um pouco de tudo, mas no último ano era um monstro a cada semana...

Quase um tédio.

 

Tédio? – perguntei.

 

—É – ele disse – Antes eram vários por semana... Se não notou, adoro guerra – disse com olhos brilhantes.

 

—É, percebi – falei.

 

Travis apareceu em um lugar a minha frente, com o rosto intacto, mas segurando o braço que estava ensopado de sangue.

 

—Jess – ele disse – Cuide da patrulha, por favor?

 

—Claro – falei, enquanto corria de onde ele tinha vindo.

 

Na verdade, eu não queria ficar cuidando da bandeira, era tão... chato. Corri livremente pela floresta até o riacho. Não encontrei ninguém, o que achei estranho. Me escondi em alguns arbustos e me agachei, esperando alguém passar. Estava esperando os minutos passarem quando senti uma sensação estranha na boca do estômago. Era como se eu tivesse vontade de vomitar, mas nada aconteceu. Me segurei em uma raiz da árvore mais próxima para poder me recuperar. Uma sensação de paz me invadiu e eu suspirei aliviada.

 

Não entendi o que realmente foi aquilo.

 

Levantei, um pouco tonta. Tudo girava ao meu redor. A sensação era esquisita. Uma mistura de cores se contorcia na frente dos meus olhos. Passando do cinza para rosa, e do rosa para verde e seguia. Caminhei um pouco que lentamente na direção onde eu sabia que Quíron estaria cuidando.

Eu sentia tontura. Me segurava em galhos de árvores no meu caminho, mas eles quebravam e me faziam cair no chão. Eu estava horrível. Havia tirado metade da minha armadura no caminho, meus cabelos estavam grudando no meu rosto e minhas roupas estavam quase que completamente rasgadas. Ah, minha mãe. Estou parecendo uma filha de Afrodite. Soltei um pequeno riso, que me causou uma dor excruciante perpassando todo o meu corpo, da coluna vertebral até a ponta dos pés. 

 

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Era estranho. Rezei para minha mãe para que ela pudesse me explicar, mas não recebi nenhuma resposta. Ao longe eu podia distinguir formas de campistas duelando. Também sentia alguns me atacarem. Eu revidava, mas continuava caminhando. Não controlava mais o meu corpo. Senti algo escorrendo pelo lado do meu corpo e notei que era sangue. Era um corte abaixo do meu braço, do lado do meu quadril. O sangue era abundante e o cheiro estava fazendo minhas pernas bambearem.

 

Corri. Lembro que corri. Até que minhas pernas reclamassem com a dor, até que o lado do meu corpo estivesse dormente e meus pés, machucados. Estava escuro. Não ouvia mais nenhum grito, nenhuma exclamação nem som de batalha. Me escorei em uma árvore para descansar e fui escorrendo até cair sentada. Estava doendo. Tudo, não sentia mais meu corpo. Era agonizante.

 

Me arrastei até uma planta que achei que estava coberta de água. Balancei suas folhas, o que fez com que os pingos caíssem sobre minha cabeça. Gemi de alívio. Como aquela sensação era maravilhosa. Deitei no chão duro, fechei os olhos e comecei a rezar para minha mãe.

 

A sensação de mal estar foi passando pouco a pouco. Parecia que várias horas tinham se passado, mas notei que eram apenas alguns minutos quando vocês se aproximaram. Ou eu me aproximei das vozes. Não entendi o que estava acontecendo. Queria gritar, mas nada saia da minha garganta. Alguém fez uma exclamação abafada e ouvi o bater de cascos na minha direção.

 

—Jessica? – ouvi a voz de Quíron, que pos a mão sobre minha testa.

 

Gemi incomodada. Aquilo doía. Ele rapidamente tirou a mão, e com a voz preocupada, perguntou novamente:

 

—Jessica, o que aconteceu com você?

 

—Eu... – consegui falar, mas algo trancou na minha garganta e eu comecei a arfar, em busca de ar – Eu... não sei. Foi... horrível...

 

Tossi. Ouvi alguém correndo. Eram vários passos. Parecia que várias pessoas se reuniam ao nosso redor.

 

—Ela está bem? – ouvi a voz de Lucas perguntar.

 

—Ela parece estar bem? – perguntou uma Clarisse irada para o irmão – Claro que não, idiota.

 

—Ela precisa de cuidados médicos – ouvi a voz de Will perto do meu ouvido – Quíron, ela está mal...

 

—Eu sei – ele disse – O que está sentindo, Jessica?

 

—Tudo... dói... Não... consigo respirar... Dor...

 

—Alguém pode me explicar o que aconteceu? – perguntou Quíron zangado – Isso parece que foi com uma espada envenenada...

 

—Na verdade – ouvi a voz de Annabeth – Passamos um tipo de veneno que paralisa o corpo nas árvores do território deles... Mas não sei como isso aconteceu...

 

—Morte – foi o que consegui dizer – Foi o que aconteceu... – tossi – Alguém... morte...

 

—Acalme-se, Jessica – disse Quíron.

 

—Quem... ganhou? – perguntei e ouvi risadinhas dos campistas, mesmo que um pouco preocupadas.

 

—O time vencedor foi o...

 

Apaguei.


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Notas finais do capítulo

E AÍÍÍ? Consegui deixar vocês curiosos? *----*
Gostaram? Odiaram? Deixem review *______*

QUESTÃO 1: Estou com uma dúvida. Estou adorando escrever o POV Jessica, mas queria saber a opinião de vocês.

( ) Continua POV Jessica.
( ) Volta POV 3ª pessoa

Obrigada por lerem, e... até a próxima!
MUHAHAHAH!

XoXo Ditte :*