Down Goes Another One escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 14
Capítulo 12 - Meu Pior Pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa a demora, mas esse capítulo exigiu uma boa criatividade e acreditem ou não, escrevi ele todo essa tarde õ/ Ou melhor, essa noite e um pouco da tarde!

Espero que gostem gente, fiz com todo o meu coração! -q

Muitas surpresas, assim como o pai de Vittoria (lembram dela? Vai na missão com a nossa querida Jessica).
E outras coisas (66666666666)' Não tem cenas picantes não, a menos que queiram, posso mudar õ/

E olha que esse tá grande, viu?

E RECEBEMOS POUCOS REVIEWS NOS ULTIMOS CAPS! Magoeei ¬¬ Não HAUEHAUE Mas gente, deixem review õ/

ENJOY IT



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POV Jessica

Dois dias depois, as coisas melhoraram e pioraram. O Acampamento começou a se preparar para guerra, embora ainda ocorressem brincadeiras. Os irmãos Stoll fizeram algumas piadas pouco engraçadas e ninguém levou na esportiva. Todos os dias de manhã os líderes os chalés se reuniam para discutir estratégias. À tarde, para treinar e a noite, eu ficava com Lucas.

Ficávamos no meu chalé, que decididamente era mais tranqüilo. Às vezes conversávamos sobre o que estava acontecendo ou às vezes simplesmente ficávamos nos beijando.

Esse era um dos dias que ficávamos nos beijamos. Eu estava escorada em seu peito, enquanto ele acariciava meus cabelos.

-Isso não vai acabar bem.

-Por que acha isso?

-Sinto que vai acontecer algo errado – falei, enquanto brincava com a pele das costas da mão dele.

-Vai dar certo – falou e beijou meus cabelos.

Senti uma escuridão tomar conta. Parecia o sono. A ultima coisa que vi foram os olhos inexpressivos de Lucas. Acordei em um lugar que parecia bem diferente do Acampamento. Era um lago com uma pequena cachoeira de água cristalina, com pequenos peixes dourados. Sentado a beira do lago havia uma deusa.

Ela tinha longos cabelos negros caindo lisos até sua cintura, os olhos eram quase mais escuros que os cabelos e eram opacos. Os lábios estavam fechados em linhas finas de seriedade e o vestido preto estava desbotado.

-Pequena Jessica – disse a deusa, mostrando um sorriso.

-Olá, senhora – falei educada, fazendo uma pequena reverência. Era fez um pequeno gesto de despensa com a mão.

-Vamos direto ao assunto – falou, cruzando as pernas – Preciso da sua ajuda.

-Ajuda para quê? E desculpe, mas quem é a senhora?

Ela jogou os cabelos para trás e deu um sorriso desafiador.

-Eu sou Éris, deusa da discórida. E quero que você leve meu filho em segurança ao Acampamento.

-Seu... filho? – perguntei.

-Exatamente – ela disse – Joshua Nilton, mora no interior da Pensilvânia.

-Mas... Por quê? – perguntei e a face da deusa ficou dura.

-Isso não é do seu interesse, querida. Mas sinto que lhe levo um conselho. Nunca desista dos seus sonhos, embora pareçam impossíveis. E cuidado com aquele filho de Ares.

-Lucas? – perguntei, franzindo as sobrancelhas.

-Ele mesmo. Deves tomar cuidado!

-Por quê? – perguntei, sem entender.

-Na hora certa saberá – ela disse com um sorriso, e desapareceu. A névoa preta foi tomando conta, e novamente eu estava no meu chalé.

Dessa vez, sozinha.

Lucas havia saído, não sabia onde ele estava e quando olhei as horas, vi que já era quase hora do almoço. Suspirando, levantei da cama e fui tomar um banho bem demorado, o que foi bom, pois meus músculos estavam tensos.

Depois do banho, peguei algumas roupas e me troquei. Decidi ver se havia alguém circulando no Acampamento. Não vi ninguém, o que foi estranho. Saí caminhando entre os chalés, procurando algo. Nem mesmo os animais faziam barulhos. Era um silêncio profundo, o que fez minha pela ficar arrepiada.

Corri até o pavilhão, mas não encontrei ninguém. Nem mesmo a fogueira crepitava mais. Quando fui até o lago de canoagem, não vi nenhuma naiáde por perto. Nas florestas, nenhuma dríade. Em lugar algum, não havia nada.

-Olá – gritei o mais alto possível, ouvindo meus gritos escoarem – Alguém!

Balancei a cabeça, mas voltei a correr pelo Acampamento. Eu não via e nem ao menos ouvia ninguém! Era horrível todo aquele silêncio, até que uma risada quebrou a monotonia.

Virei para trás, onde ele estava. Era um homem alto, magro e de aparência frágil. Tinha uma barba branca mal feita que tapava todo o seu queixo. Os olhos eram escuros, mal pude distinguir a íris da pupila e os cabelos eram tais quais como a barba, brancos e caiam sobre os olhos, até os ombros.

-Quem é você? – perguntei desconfiada, apertando os olhos – E o que fez com todo mundo?

-Quem sou eu não é tão importante – ele deu uma risada sádica – E o que eu fiz com os outros? Eu não fiz nada, foi você que fez, filha de Macária.

-Eu... – comecei, mas ele me interrompeu.

-Você é tão idiota quanto pensávamos.

-Quem pensava?

-Boa – ele respondeu – Mas não sou tão idiota quanto você!

-O que quer? – perguntei, procurando minha faca. Não a encontrei, e o vi brincando com ela. Girando-a entre os dedos.

-Eu quero você morta – ele disse, com os olhos variando em uma tonalidade vermelha sangue.

-Você é maluco! – acusei, me afastando dele.

-Sou mesmo? – perguntou, caminhando na minha direção – Não sou eu que acabei com todos no Acampamento.

-Eu não fiz nada – gritei, com lágrimas teimando em escorrer dos meus olhos. Ele começou a caminhar mais rápido na minha direção e fui me afastando em direção a floresta.

-Você vai correr, mas não vai escapar – ele disse e pude senti-lo segurar meus cabelos e os puxar.

Gritei de dor. Meu couro cabeludo ardia com a força que ele segurava, como se estivesse em brasa. Comecei a me debater com força, soquei seu rosto e ele segurou minha garganta, me empurrando contra a árvore.

Comecei a ficar sem ar. Arranhava suas mãos com minhas unhas, chutava sua barriga, mas ele era mais forte do que aquele corpo fraco apresentava. Senti a pressão diminuir, até que ele me deixou cair no chão, onde bati a cabeça no tronco.

-O que você quer? – perguntei e ele sorriu.

-Eu já disse que quero você morta, mas eu gosto de brincar.

-Seu louco – gritei novamente, me apoiando no tronco para me levantar.

Senti meu pé arder, e vi sangue escorrendo.

Comecei a correr novamente entre as árvores. Corri tanto que meu abdômen doía até não poder mais agüentar, minha testa estava suada e meus cabelos grudavam nela. Meus braços estavam arranhados, meus pés com bolhas e minhas roupas rasgadas. Quando pensei que o havia despistado, ele apareceu na minha frente novamente, rindo como um idiota pervertido que gosta de jogos onde as pessoas envolvidas se machucam. A raiva ardeu em mim e eu comecei a gritar, e sentia as lágrimas escorrendo ao mesmo tempo.

-Você não tem mais o que fazer não? – cuspi as palavras, junto com um pouco de sangue, que notei que escorria abundantemente pelo meu corpo, embora não sentisse a falta dele.

-No momento, não – ele sorriu novamente, com aqueles dentes amarelos empodrecidos e sujos – No momento tenho ordens, e também quero ver você sorrir. A muitos éons atrás foi feita uma profecia sobre uma filha de um deus ou deusa menor. Você sabia disso?

-Não – falei com fôlego.

-Imaginei – falou – Retomando, essa criança seria filha de um deus que nunca teve filhos meio-sangues antes. Até pouco tempo atrás, ela se referia a minha filha, Vittoria van der Hoff.

-O quê? – gritei – Ela é sua filha?

-Não, do papai noel – ele respondeu rispidamente, ajeitando o manto ao redor do corpo magro – Não sei se você é tão surda quanto burra, mas foi o que eu disse.

-Por que não a reclamou?

-Você não ouviu uma palavra do que eu disse ou o que? – perguntou irritada.

-Você... – comecei – Não a reclamou, pois saberiam que se tratava daquela certa profecia, acertei?

-Parabéns – ele disse batendo palmas fracamente – Você descobriu meu plano maligno.

-Não – falei, sentando em uma pedra e escorregando minha mão levemente a barra da minha calça – Você não seria tão esperto assim! – respirei – Alguém acima de você armou isso!

Ele estava vermelho, seu rosto inchado e seu olho esquerdo começou a tremer. Notei que ele ficou altamente furioso com o que eu disse. Descobri pelos piores meios que irritar um deus que já está irritado, quando está prestes a morrer não é a coisa mais sensata a se fazer.

Avançou em mim, tentando atingir meu rosto. Nessa hora puxei minha faca reserva e finquei no seu peito. Ele urrou de raiva e de dor, enquanto o ícor dourado jorrava do ferimento. Soltei a adaga, entorpecida, observando aquela cena. Ele puxou meu pulso e me trouxe para perto dele. Senti seu hálito no meu pescoço.

-Você não vai escapar impune, garotinha – disse e me deu um tapa no rosto.

Caí no chão de dor, enquanto ele fazia aparecer uma pedra do tamanho de uma bola de futebol americano na sua mão. Com um sorriso sádico, ele a deixou cair sobre meu tornozelo. Encolhi meu pé, me preparando pelo choque e pela dor que a pedra causaria se caísse sobre o tornozelo. Mas a queda não aconteceu, pois uma mão me puxou para longe do deus.

Quem me puxou era uma deusa, tinha cabelos negros cacheados caindo arrumados por suas costas, até a cintura. O vestido preto estava apertado na cintura, caindo leve até os pés descalços. Os olhos verdes contrastavam com a pele clara e ela me olhava com compaixão.

-Mãe – comecei a soluçar baixinho, enquanto ela me agarrava em uma abraço apertado, lançando um olhar mortal ao deus. O calor de seu corpo começou a me esquentar e notei que meus cortes começavam a cicatrizar lentamente, como que se revertessem. Ela podia fazer aquilo, afinal era minha mãe. E era uma deusa.

-Macária querida – disse o deus – Você acabou com minha brincadeira. Já disse que se comportou como uma garotinha muito má?

-Você estava machucando minha filha – ela disse, soltando levemente o aperto. Me pus ao lado dela, ainda abraçadas – Não vou deixar que a machuque mais.

-Você não pode interferir – ele avisou, fazendo uma cara de indignado pelo que acabara de ver. Como uma criança desobedecendo aos pais.

-Eu não me importo com as regras. Você fez a mesma coisa, atacando minha filha. Não deveriam te deixar vagar por aí. Devia estar no Tártaro. Eu devia dizer para meu pai joga-lo naquelas profundezas horripilantes.

-Como se aquele idiota do Hades ainda mandassem em alguma coisa lá embaixo – ele disse com nojo – Ele apenas está lá para dizer que está pondo ordem nas circunstâncias, mas nem tem o controle sobre a própria mulher.

-O que quer dizer com isso? – perguntei e ele deu outro sorriso sádico.

-Você não sabia, semideusa? – perguntou e eu balancei a cabeça, olhando para minha mãe que permanecia com o olhar calmo, mas cauteloso – Não sabia que sua querida avó Perséfone por outro par de chifres em Hades?

-Vá para o Tártaro – falei acidamente, enquanto continuava com aquele sorriso cínico.

-É verdade, semideusa – falou com orgulho – Talvez devesse ter mais cuidado a partir de agora, pois continuaremos de olho e espero com todas as minhas forças que você não sobreviva.

-Nunca virá a tocar na minha filha novamente, seu nojento – disse minha mãe, enquanto me escondia atrás dela.

-Veremos – ele disse e sumiu em um monte de fumaça cinzenta, que veio com o vento em nossos rostos.

-Mãe – solucei novamente e ela me abraçou mais fortemente – Estou com medo.

-Não se preocupe querida – ela disse afetuosamente – Não se preocupe com aquele babaca, você vai ficar bem.

-Quem era ele? – perguntei amedrontada, com um estremecimento.

-Era Morfeu – ela disse e eu finalmente percebi o que estava acontecendo realmente naquela hora.

-Isso... – comecei, sem coragem de continuar – Isso tudo foi só um sonho, não é mesmo?

Ela sorriu, mas assentiu suavemente com o rosto. Com isso, voltei meu rosto para as árvores, que não pareciam tão ameaçadoras.

-Quer dizer que tudo aquilo que passei era só uma droga de sonho? – explodi, e ela pareceu me compreender.

-Jessica, controle-se.

-Mãe... – comecei.

-Sim, querida?

-Isso tudo que ele falou... Era verdade?

Ela crispou os lábios.

-Boa parte sim.

-Vai me contar?

-Provavelmente não – ela respondeu com a voz implorando – Não me culpe, mas não posso falar nada disso com ninguém.

-Claro, mãe – falei. Afinal, eu a entendia.- Mas o que aconteceu enquanto estava aqui?

-Bem, você continuou na sua cama – ela disse com a voz levemente acusativa – Junto com aquele filho de Ares.

-Mãe... – comecei e ela me cortou.

-Olhe, Jessica. Sei que o que vou dizer não terá nenhum efeito sobre suas escolhas, mas em uma coisa aquela deusa idiota do caos estava certa. Tome cuidado com ele. Falando nisso...

-Mãe – murmurei vermelha e ela pareceu entender o recado.

-Tome cuidado, minha filha – ela falou, com um sorriso nos lábios – Não quero que se decepcione.

-Terei.

-Por um infortúnio, eu preciso ir agora – ela disse – Mas saiba que sempre estarei com você.

-Obrigada – falei e comecei a sentir a escuridão me engolir.

Acordei com um leve ressonar sobre meu rosto. A respiração de Lucas era a única coisa que fazia um leve barulho no quarto. Eu continuava abraçada a ele e sorri com isso. Um pouco de luz se infiltrava pelas cortinas das janelas, e que batia no meu rosto. Me virei na cama, tentando achar uma posição mais confortável. Como não consegui, resolvi tomar um banho. A água escorria quente por meu corpo, o que ajudava bastante. Aquilo parecia com o sonho, mas eu esperava que não acontecesse. Depois que saí do chuveiro, peguei uma blusa de mangas compridas preta e pus junto com um short.

Pegaria roupas melhores no quarto.

Assim que saí do banheiro, vi que Lucas ainda estava deitado na cama, mas podia notar que a respiração dele estava mais rápida. Ele estava acordado. Dei um pequeno sorrisinho.

-Sei que está acordado! – falei enquanto secava meus cabelos com a toalha.

-Cara – ele disse – Não consigo nem mais fingir que estou dormindo.

-É só manter sua respiração mais calma – comentei.

-Meio impossível – falou no meu ouvido e eu me arrepiei.

-Ah, é? – perguntei – Por quê?

-Quer mesmo que eu responda? – perguntou olhando para minhas pernas, mas logo em seguida me beijou.

Seus lábios estavam gelados quando tocaram os meus, mas sua língua estava quente quando tocou os meus lábios, pedindo permissão. Meio que involuntariamente entreabri minha boca, permitindo sua passagem. Passei meus braços por seu pescoço, enquanto ele passeava suas mãos pela minha cintura. Interrompi o beijo apenas para poder sentar na cama e voltar a secar meus cabelos.

Ele sentou do meu lado e tirou as toalhas das minhas mãos. Começou a me beijar novamente e dessa vez não hesitei. Com um movimento meio gentil, ele me deitou na cama por baixo dele.

-Aqui estamos nós de novo – falei entre os beijos.

-E é verdade – falou, se apoiando nos cotovelos para poder encarar meus olhos.

Voltou a me beijar, mas dessa vez rolei para ficar por cima dele na cama. Sentei sobre sua barriga, enquanto tocava seus lábios levemente com os meus.

Sorrindo, levantei e voltei a procurar umas roupas. Ele parecia atordoado enquanto sentava na cama, mas me lançou um olhar malicioso.

Já disse que adoro provoca-lo?!


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Notas finais do capítulo

E aí pessoal? O que acharam? gostaram?

O que acharam do Joshua? *mesmo ele nem tendo aparecido ú_u*