UMA PESSOA MORRE, E UM MONSTRO NASCE

   POV Lindsay

   Eu estava andando pelo subterrâneo, vi pessoas chegando para nos ajudar na luta com o lobisomem, olhei para o chão e vi meu próprio corpo desmaiado, o lobisomem avançou em mim, mas uma garota me salvou, pulando em cima dele. Esse feito custou sua vida.

   Acordei na escuridão, estava sendo levada por Nico, todos já haviam saído do estado paralisado do feitiço de Clarisse, isso mesmo, Clarisse passou para o outro lado e ainda tentou nos matar, e seu amor Chris, se é que se pode chamar isso de amor, ele deixou ele para ser devorado por um lobisomem! E, mesmo depois de Annabeth ter, heroicamente, matado a fera, eu sabia que o pior ainda estava por vir, as sereias. Em geral qualquer que ouvisse falar das sereis não se assustaria, a maioria das pessoas da atualidade mudou a definição de sereia, acham que é apenas uma mulher parte peixe, outro erro,já que elas são parte aves.

    Mas o seu principal poder é o canto, e dele não há como escapar, Percy e Annabeth já haviam passado por elas, quando tinham 13 anos e estavam a procura de Grover e do Velocino de ouro no Mar de Monstros.

   Assim que Nico percebeu que eu estava acordada, eu pedi que me botasse no chão por que estava quente demais para ficar perto dele. Lembrando, estamos no subterrâneo da cidade de Atenas, e, embora lá na superfície esteja muito frio, aqui estava fervendo. Olhei para todos os rostos e percebi que havia um grandão cujo os olhos eu, não sabia por que, mas não conseguia vê-los exatamente e mais 11 meio-sangues que não estavam com a gente antes, reconheci dez deles, que eram aqueles novatos que levamos para o Olimpo, Sofia também os reconheceu. Um deles perguntou por Gabriel e foi preciso me segurarem para eu não voar no pescoço do infeliz. Fora esses dez, o outro eu nunca tinha visto, era um menino, aparentemente filho de Apolo, Gbriel, que chorava ao lado de uma maca improvisada com uma garota morta em cima, que parecia ser sua irmã. Reconheci a garota que deu sua vida para salvar a minha.

   Eu resolvi me aproximar do corpo e vi que ele estava detonado. O lobisomem fez vários estragos, mas já estavam todos cicatrizados e sumindo, mas ninguém pareceu perceber isso. Coloquei a mão em seu peito e quase morro do coração ao ver que ainda batia, era diferente de como o meu batia, mas ainda assim batia e ela respirava sem que ninguém ouvisse, estava viva, por algum milagre sobreviveu. Ou – tremi e lagrimas saíram de meu rosto só de pensar – ela se transformou, quer dizer, o único meio é se, de alguma forma, o sangue do monstro fosse injetado em seu corpo, mas pensando bem isso aconteceu sim, tive uma vaga lembrança.

   - Acho que ela está viva – falei e todos me olharam como louca, menos Nico.

   - Claro que está, só está repousando, teve graves ferimentos – disse Nico.

   - Vocês estão doidos ou estão zombando? – disse Gbriel chorando de raiva.

   - É obvio que está viva! – eu disse – o coração bate e ela respira.

   Todos chegaram mais perto para confirmar, e ao verem que eu estava certa ficaram pasmos.

   - Ela foi contaminada pelo lobisomem – disse Annabeth.

   - É claro – disse Gbriel alegre – se ele a mordeu ela sobreviveu – ele estava alegre até encontrar o rosto de Nico e perceber o que estava prestes a acontecer.

   - Primeiro – começou Nico, enquanto isso Thalia acordava a garota, se chamava Luna – o único jeito de o lobisomem ter contaminado ela, é se de algum jeito o sangue da fera fosse injetado em seu corpo, o que, aparentemente, aconteceu – Gbriel ainda estava feliz – Mas – Nico era tão sombrio que me dava cala frios – se ela se transformar vai ser um perigo, um monstro...

   - Não! – Gbriel já havia entendido – deixem ela viver! Não é culpa dela.

   - Também não foi culpa daquele lobisomem – disse Nico.

   - Podemos achar uma cura – Gbriel insistia.

   - Não há cur... – Nico foi interrompido.

   - Sim, há uma cura – era Annabeth e com ela não se discute – o veneno que invade seu corpo quando é possuído demora para sair, mas quando saí, deixa o paciente em condições de saúde melhores do que ás de antes.

   - Isso é verdade – eu disse, me arrependendo por que todos olharam para mim, odeio chamar atenção – você... se senti... melhor, mais ágil... – me sentia atordoada com todos me olhando, Nico me abraçou e se estivéssemos a sós, agradeceria a ele por ter me livrado dos olhares que se voltaram para Annabeth, que junto com Percy, Nico e Thalia, mandava no grupo.

   - Mas ainda assim, ela é perigosa – disse Annabeth, já ela gostava da atenção – teremos que ficar viajando de olho nela e quando alguém for possuído, vamos salvá-lo e pegar um pouco de seu sangue envenenado para Luna, até lá, Gbriel você é responsável por ela – ele não pareceu se incomodar.

   - Te devo uma – ele murmurou em meu ouvido.

   POV Clarisse   

   Será que eu fiz a escolha errada? Deveria ter continuado com eles? Mas, a essa hora eles já deveriam estar mortos, o lobisomem deu um jeito neles enquanto estavam paralisados, então ele apareceu:

   - Temos um trabalho a fazer – disse meu novo aliado – parece que seus amigos sobreviveram – mas com? – nenhuma morte, só uma contaminação, parece que duas garotas não foram afetadas pelo feitiço e mataram ele, e agora tem o menino ciclope e mais 11 meio-sangues, ah, e mais uma meio-sangue filha de Apolo contaminada, eles ainda não á mataram, como são estúpidos.

   - Quando partimos? – perguntei.

   - Depois da minha diversão... – ele sorriu malicioso – eu não me esqueci e já tem um bom tempo que não me divirto.

   Eu tremi, seria divertido para ele, não para mim.

   Ele me agarrou e tirou minhas roupas, depois tirou as deles e sussurrou ao meu ouvido:

   - Você, não vai sentir prazer.

   Era assim para ele, sexo não era um momento que os dois tinham prazer, ele achava que o homem devia ter sexo quando e com quem quisesse e só ele teria prazer, sendo doloroso para a mulher, sem duvida, um machista. Mas eu não queria fazer isso, ele me obrigou e eu tive que aceitar.

   A tortura começou. O submundo subiu á terra.

   Sem que eu esperasse, ele me penetrou violentamente, eu tentava não ser pega de surpresa, mas ele era esperto. Senti uma dor terrivelmente grande, comecei – pela primeira vez na minha vida – a chorar – sim, eu também choro – ele sentiu pena?

   Não.

   Isso só o deixou exitado e mais violento, ele não tinha receio em me machucar. Enquanto me penetrava por trás – isso mesmo, e eu já tinha trauma desse tipo de sexo – penetrava com o dedo na frente, enquanto se exitava, as vezes batia com a outra mão em mim para arrancar choros e ficar ainda mais exitado.

   Eu estava soluçando mais.

   - A festa ainda nem começou – provocou ele – agora que meus amigos chegaram.

   Amigos?

   Agora f****.

Depois de uma hora de tortura com os três me penetrando por todos os lados ( anus, vagina e boca ), os três masturbaram na mesma hora. Isso foi quase um alivio.

   Quase.

   Ainda haviam mais três amigos para me saborear.

   E era isso, eu estava ali, desprezada, humilhada, nem mesmo camisinha eles usaram. Não tinha dignidade.

Depois que tudo acabou eu me vesti enquanto os garotos se vestiam e fziam piadas sobre mim, eu fitava o chão, ai ele apareceu, meu novo aliado. Me puxou a forca e penetrou a boca violentamente. Os outros deram risada.

   Eu sei, por que larguei meus amigos, por isso?

   Não.

   Por meu pai.

  Não poderia matá-lo ou ajudar alguém fazer, por mais que ele não ligasse para mim, por mais que não se importasse comigo. Não podia fazer isso.

   Agora nós íamos partir e destruir meus antigos amigos, eles fizeram questão de eu mesma matar Chris, só para provar minha lealdade.

   - A essa altura a garota lobo já deve ter feito uma parte do serviço, mas ainda tem muito para frente. Tragam os monstros e o Ash também.

   - O que? – perguntei indignada – é muito perigoso! Ash está fora de controle!

   - É por isso que vai ser interessante.

   Ash era um monstro moderno, o mais perigoso e descontrolado que tínhamos.

   Nós partimos para matar meus antigos amigos. Éramos oito meio-sangues que passamos para o lado de Cronos, eu era a única garota, por isso quando os garotos queriam sexo, sobrava para mim.

   POV Luna

   Eu acordei, depois do que pareceu um grande sono sem sonho. Eu me sentia diferente, me sentia forte, com fome e chia de energia, mas uma coisa me assustou, eu podia ouvir vários corações batendo. O som molhado do bombardeio do coração, podia ouvir o meu também, mas era diferente, o som não era molhado, era seco, chegava a irritar. Resolvi levantar, estava em uma espécie de maca improvisada. Todos olhavam para mim, uma garota loira de olhos cinzentos que eu reconheci na luta contra o lobisomem segurava a espada de um metro prata da garota de olhos verdes pronta para me matar. Entendi o que havia acontecido. Eu havia sido contaminada pelo lobisomem.

   - O que aconteceu?

   Eles me explicaram, mas eu interrompi quando eu ouvi mais 8 corações batendo molhados e sentia o cheiro delicioso de carne, mas havia outros, 15 monstros comuns e um que tinha um cheiro repugnante, e desprezível, quase vomitei.

   - Olá pessoal – um garoto de 14 anos apareceu, seu cheiro era horrível, mas não era tão horrível quanto o outro – lembram de mim? Lucas.

   Não fazia idéia de quem fosse, mas todos reconheceram, menos eu e Gbriel, éramos os mais novos. Preparamos para defesa. Eu, Gbriel, Percy, Annabeth, Thalia, Grover, Lindsay, Nico, Rex, Gabriela, Chris, Joana, Tyson, Camilo, Gerson, Nicole, Ana, Débora, Marcus, Jake, Matheus, Elisabeth e May iríamos lutar contra os outros.

   - Ash... – disse o garoto Lucas – avance, hora do lanche.

   A sombra fria e sem vida – que tinha aquele cheiro desprezível que falei – avançou e ficou visível, dentes caninos arreganhados, olhos vermelhos cintilantes, pele pálida.

   - Contemple – disse o garoto – um vampiro.

Continua...