O Juramento Quebrado escrita por vivaopato


Capítulo 4
Sophia, a dona da verdade


Notas iniciais do capítulo

demorei, eu sei, me desculpem, mas a minha imaginação tah ruim pra caramba *-*



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                Encarei a tal “Sophia”, a vagabunda que estava fazendo meu irmão sofrer. Depois ela ia ver. Ela me olhou com uma sobrancelha erguida, a imitei. Dean pigarreou de leve, e eu notei que estávamos nos encarando. Sophia o olhou e disse:

                - Estava te procurando, Dean. Estão precisando de você na arena. E eu também.

                Ele corou e começou a se levantar, mas Sophia acrescentou:

                - Não vai nos apresentar, Dean? Onde estão seus modos?

                Ah, vagabunda impertinente, como se não bastasse existir, ela ainda é ousada. Vaca!

                - Cale a boca, filha de Zeus! – ela falou me olhando.

                Ah, vaca, você tava lendo minha mente, é? Então leia isso aqui: #$%@$#@*§^¨$#@&

                (PARTE CENSURADA POR PALAVREADO FEIO)

                Sophia fez uma careta. Então voltou sua atenção para Dean e lhe estendeu a mão. Ele a pegou e se levantou, completamente corado. Ri por dentro. Ele estendeu a mão para mim e eu a agarrei, me levantando e olhando feio Sophia.

                - Sophia, esta é Thalia, minha irmã, Thalia, esta é Sophia. – Dean nos apresentou.

                Sophia o ignorou. Ela o puxou para o lado dele e eu os segui, em silêncio, enquanto Sophia tagarelava sobre a incapacidade dos novatos, ou coisa parecida. Dean estava adorando aquilo. Saímos da floresta, indo em direção a arena. Eu olhava em volta, procurando detalhes que eu não tivesse notado.

                Focalizei a Casa Grande. Quíron jogava com alguém algo que eu não vi. Então eu reparei em quem estava jogando com ele. Eu reconheceria aquele cabelo loiro em qualquer lugar, mesmo que ele estivesse de costas para mim. Corei assim que olhei para ele. Ele era Luke. Agora, o que diabos Luke estava fazendo ali, eu não fazia a menor idéia. Eu é que não ia falar com ele.

                Entrei na arena, junto a Sophia e Dean, e as pessoas nos olharam. No canto da arena, eu vi duas caçadoras discutindo com um garoto. E acredite, se eu não interferisse logo, haveria um homicídio, e as vítimas não seriam as Caçadoras.

                Fui até eles, suspirando pesadamente, enquanto apartava a briga e mandava as garotas irem treinar em outro lugar, mas olhando feio para o garoto, que me lançou um olhar do tipo ‘O quê? Foram elas que começaram!’.

               

               

                Luke POV

                Eu estava entediado jogando pinochle com Quíron, me perguntando como alguém não se entedia por fazer a mesma coisa dia após dia. Eu tinha me tornado o novo diretor do acampamento depois que Dioniso cumpriu sua pena. Eu e Apolo éramos os únicos deuses que podiam ler pensamentos. Apolo por ser o deus clarividente. Eu por ser o deus dos pensamentos secretos.

                Como deus dos pensamentos secretos, eu não tinha muitas obrigações, mas eu sentia as mentes ao meu redor, ainda que não as estivesse lendo. Eu sentia algo como a ‘vibração’ dos pensamentos, e isso permitia que eu identificasse as mentes, e quem estava ao meu redor. É estranho, mas é legal.

                Eu sentia as mentes de Quíron e dos campistas ao meu redor. Mentes familiares. Então eu senti uma mente diferente. Não que não me fosse familiar. Ela era mais familiar que qualquer outra ali. Mas era uma mente de alguém que eu não via há 114 anos. Alguém que significava mais para mim do que eu mesmo. Era a mente de Thalia.

                Olhei para trás, a procura dela. Mas não a vi. Nem sinal dela. Mas não fora um engano, eu sabia disso. Meus poderes não se enganavam.

                Thalia POV

                Me sentei na arquibancada, olhando os campistas treinarem, mas sem um pingo de ânimo para levantar. Suspirei. Refleti sobre o fato de Luke estar ali. O que ele estaria fazendo?

                De repente, a costumeira trombeta de concha soou, e as pessoas se dirigiram ao refeitório. Eu fui lentamente atrás, onde não havia ninguém. Então ouvi uma voz atrás de mim que me fez pular de susto:

                - Como andam as Caçadoras? – era uma voz que eu não ouvia há muito tempo, mas que eu jamais me esqueceria. A voz do meu deus favorito, que estava atrás de mim. A voz de Luke.

                - Luke? Eu... vão... bem... O que você faz aqui? – perguntei, a voz trêmula, recomeçando a caminhada, mas com ele ao meu lado.

                - Sou o novo diretor do Acampamento. Sabe como é. Eles precisaram de alguém depois que Dioniso foi embora. Eu era a opção disponível.

                - Ah. – foi só o que pude dizer.

                Chegamos ao refeitório e todos se acomodavam. Me sentei ao lado de Dean, na mesa de Zeus e sorri para ele. Comi pouco, e falei menos ainda, enquanto Dean tagarelava sobre como havia sido bom o treino hoje à tarde. Eu não prestava atenção. Minha mente estava na mesa principal, não muito longe. Num certo deus loiro que lia pensamentos. E não era Apolo.

                Quando todos haviam acabado de comer, Luke se levantou e anunciou:

                - Campistas! – ele chamou – Como é costume, haverá um jogo de Captura à Bandeira, Campistas contra Caçadoras, já que temos hoje a honra de abrigá-las conosco.

                Todos reclamaram. As últimas vezes em que isso aconteceu, não foi legal. Dean me olhou triste, e eu retribuí e sussurrei para ele:

                - Você não vai vencer!

                Ele me olhou sorrindo desafiadoramente.

                - Nem você! – sussurrou também.

                - Vamos ver.

                Logo a vagabunda dona da verdade veio até nossa mesa e me olhou raivosa. De repente eu me lembrei do pedido de Atena. A bisneta dela. Claro, era a dona da verdade vaca.

                - Eu tenho nome, Caçadora. E controle sua mente. – ela me disse.

                - Saia dela, se não gosta dos meus pensamentos. – retruquei.

                - Posso extrair da sua mente o suficiente para você ser expulsa da Caçada e morta, filha de Zeus. E se você não se controlar, eu o farei.

                - Cale a boca, dona da verdade. Você não tem capacidade para extrair da minha mente informação necessária nem mesmo para bolar uma estratégia, quanto mais para formular um plano desses.

                - Claro, porque na sua mente não tem isso.

                - Ora, sua... sua... – eu hesitei. Então me lembrei de uma palavra estranha que Zöe havia usado na nossa missão juntas, e completei. – Desvalida! Sua desvalida!

                - Olha só quem fala.

                Provavelmente teríamos continuado até o fim do mundo, ou até nos matarmos. Mas Quíron veio até nós e disse:

                - Ora, garotas, se acalmem, guardem isso para a Captura da Bandeira.

                Nos fuzilamos com o olhar. Então ela disse:

                - É, tem razão! Vamos guardar isso para real disputa! E o melhor vencerá!

                - Ah, já venci. – retruquei.

                Ela se virou e saiu. Eu dei língua para suas costas. E olhei de relance para a mesa principal, para Luke. Ele me olhava divertido, parecendo prestes a explodir numa gargalhada. Dei língua para ele também e me virei na direção das Caçadoras. Teríamos que bolar um plano que vencesse a vagabunda. E eu ia vencer. Eu sempre venço.


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Notas finais do capítulo

beijos, deixem reviews e nao deixem de checar as fts dos personagens (primeiro cap)