Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs


Capítulo 5
Capitulo 4 -Eu sonhei com você


Notas iniciais do capítulo

oi meninas, como vocês estão? espero que bem.. obrigada de coração por cada comentario, sei que tá um cadin confuso e tal.. mas vou tentar lhes explicar tudo..
nefim, boa leitura



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A aula acabou, arrumei minhas coisas e voltei para casa. Ao chegar, minha mãe fazia o almoço.

– Victoria? - chamou-me ela.

– Sim.

– Não deixe mais suas coisas espalhadas pela casa. - falou ela, apontando para a cadeira. Minhas cartas, e algumas letras de músicas escritas por mim, estavam arrumadas em cima da cadeira. As peguei e fitei minha mãe.

– Onde estavam?

– Nas escadas, espalhadas. – falou, sem emoção alguma na voz. Subi correndo para o meu quarto e bati com a porta.

– Sebastian! Apareça agora! Apareça! - mandei, olhando ao redor do quarto. Sentado em minha cama, Sebastian me fitava. - Quem lhe autorizou a pegar minhas cartas, ou minhas letras?

– São boas. - disse ele, não se importando com meu tom de voz e muito menos respondendo minha pergunta.

– O que? – perguntei, o olhando confusa.

– Suas músicas. São boas. Você canta?

– Não. - lhe dei as costas e guardei as cartas e as letras em minha gaveta.

– Toca? - perguntou, aparecendo ao meu lado, enquanto eu escondia meus papéis.

– Não.

– Então, porque as escreve?

– É um jeito de liberar tudo que penso, ta legal? Agora pare de fazer perguntas! Eu é que deveria fazer isso. - o fitei de braços cruzados. Ele baixou os olhos e depois olhou para fora da janela. Começara a chover uma chuva fina, parecia neve.

– Não acha que a chuva parece neve quando cai assim? - perguntou ele, voltando a me olhar.

– Sim, acho.

– Seria excepcional se conseguíssemos fazer bonecos de neve com ela. - suspirou e sorriu.

– Da onde você é?

– Canadá. – disse ele, ainda olhando para fora da janela.

– E o que faz aqui na Florida?

– Vim visitar minha família. – respondeu. Ele franziu a testa, em duvida. - Eu acho.

– Sua mãe?

– Minha irmã. – ele me olhou.

– Veio visitá-la?

– Minha irmã... Eu... Vim vê-la. - ele falava mais consigo mesmo do que comigo.

– Aquela mulher no carro, quem era?

– Mulher? – ele pressionou a têmpora e bufou. - Sim, tinha uma mulher - ele se levantou e caminhou até a janela. - Eu não a encontro por aqui.

– Ela pode já ter atravessado, já pode ter ido pra luz.

– Não! Se ela foi eu também teria ido. – senti um cheiro estranho de borracha queimada.

– Tudo bem, vamos encontrá-la. – eu precisava fazê-lo se acalmar. - Você se lembra do nome dela?

– Janny. Acho que é isso.

– Você lembrará, só precisamos saber de alguém que a conhecesse. Conte-me o dia do acidente, o que você fez?

– Tinha acabado de chegar de viagem. Ficaria uma semana com minha mãe e ia conhecer minha irmã. Eu fui morar fora quando ela ainda era pequena, não deve se lembrar de mim. Estávamos a caminho de uma apresentação dela. Ela é dançarina numa escola que tem aqui. – Sebastian sumiu e reapareceu perto do meu mural, olhava minhas fotos. - Disse que ia me apresentar uma amiga, não entendi bem. Ela ia ver a apresentação também. Então, quando estávamos chegando, um caminhão veio pra cima de nós, tentei desviar, mas... - ele parou, suspirando. - Eu perdi o controle, saindo da estrada. O carro capotou. Pude ver fogo, alguns carros tinham batido também. E, no final, eu só via carros, fogo, e centenas de pessoas machucadas e outras seguindo para uma luz estranha. E então, eu vi seu rosto.

– O que?! - exclamei.

– Você. Lembro-me de ter visto seu rosto.

– Isso é um pouco impossível. Quanto tempo deve fazer seu acidente?

– Não sei. Estou aqui há algum tempo. – deu de ombros.

– Há algum tempo? - isso não é possível. - Temos que descobrir. Saber se alguém lembra. Não vi nada no jornal.

– Como você vai saber o que procurar? – ele olhava enquanto eu andava de um lado para o outro no quarto.

– Eu sonhei com você. - confessei.


– Como é? - eu o olhei e ela me fitava, como se eu fosse... Maluca!

– Sonhei que estava na noite do acidente, eu vi uma mulher, o local e você.

– Então você estava mesmo lá! – disse exaltado.

– Mas isso é impossível.

– Olha, quem vê fantasmas aqui é você, então quem tem que entender dessas coisas é você.

– Isso ajuda muito. - me sentei em minha cama. Ele apareceu de pé frente à janela. - Vou encontrar sua irmã. É o que posso fazer. Sua mãe, eu não a vi. Mesmo que estivesse viva, teria saído algo no jornal. Tem certeza que era sua mãe no carro com você?

– Tenho. Ela estava comigo. – disse ele, cocando a cabeça. - Olha, Vic, eu não lembro bem quem era.

– Certo. Tudo bem.

– E se ela se foi sem você ver? – perguntou ele, encolhendo os braços.

– Eu os vejo de alguma forma. - levantei da cama e fui até a janela, fitar a chuva. - Qual o nome da sua irmã?

– Annie.

– Annie. - eu conheço uma Annie. E ela estava bem pra baixo mês passado, fiquei sabendo que ela está na casa da avó e... Meu Deus. - Annie?!

– Você a conhece?

– Eu faço aula de dança com ela! Fazia - ele me olhou como se entendesse algo. - O que foi?

– Você é a garota que ela queria me apresentar.

– O que? - ela queria me apresentar a alguém? Por que? - Não, que isso... Annie não me disse que tinha um irmão mais velho.

– Ela era pequena quando eu fui morar fora. Não deve se lembrar, e minha mãe não é... Era ... Era de falar muito sobre mim. - Sebastian baixou os olhos, corrigindo-se.

– Eu vou falar com ela.

– Obrigado Victoria. Não sabe como é bom falar com você. - ele disse, sumindo. Sorri feito boba para o nada, olhei para fora da janela e a chuva havia parado. Deitei-me na cama e adormeci. Sonhei com carros, fogo, gritos. Rostos indistintos. Nenhum tinha forma, mas eu sabia quem era. Eu tentava agarrá-los, mas era impossível.



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Notas finais do capítulo

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