Apaixonada por Um Fantasma escrita por Gibs
Notas iniciais do capítulo
oi meninas, como vocês estão? espero que bem.. obrigada de coração por cada comentario, sei que tá um cadin confuso e tal.. mas vou tentar lhes explicar tudo..
nefim, boa leitura
A aula acabou, arrumei minhas coisas e voltei para casa. Ao chegar, minha mãe fazia o almoço.
– Victoria? - chamou-me ela.
– Sim.
– Não deixe mais suas coisas espalhadas pela casa. - falou ela, apontando para a cadeira. Minhas cartas, e algumas letras de músicas escritas por mim, estavam arrumadas em cima da cadeira. As peguei e fitei minha mãe.
– Onde estavam?
– Nas escadas, espalhadas. – falou, sem emoção alguma na voz. Subi correndo para o meu quarto e bati com a porta.
– Sebastian! Apareça agora! Apareça! - mandei, olhando ao redor do quarto. Sentado em minha cama, Sebastian me fitava. - Quem lhe autorizou a pegar minhas cartas, ou minhas letras?
– São boas. - disse ele, não se importando com meu tom de voz e muito menos respondendo minha pergunta.
– O que? – perguntei, o olhando confusa.
– Suas músicas. São boas. Você canta?
– Não. - lhe dei as costas e guardei as cartas e as letras em minha gaveta.
– Toca? - perguntou, aparecendo ao meu lado, enquanto eu escondia meus papéis.
– Não.
– Então, porque as escreve?
– É um jeito de liberar tudo que penso, ta legal? Agora pare de fazer perguntas! Eu é que deveria fazer isso. - o fitei de braços cruzados. Ele baixou os olhos e depois olhou para fora da janela. Começara a chover uma chuva fina, parecia neve.
– Não acha que a chuva parece neve quando cai assim? - perguntou ele, voltando a me olhar.
– Sim, acho.
– Seria excepcional se conseguíssemos fazer bonecos de neve com ela. - suspirou e sorriu.
– Da onde você é?
– Canadá. – disse ele, ainda olhando para fora da janela.
– E o que faz aqui na Florida?
– Vim visitar minha família. – respondeu. Ele franziu a testa, em duvida. - Eu acho.
– Sua mãe?
– Minha irmã. – ele me olhou.
– Veio visitá-la?
– Minha irmã... Eu... Vim vê-la. - ele falava mais consigo mesmo do que comigo.
– Aquela mulher no carro, quem era?
– Mulher? – ele pressionou a têmpora e bufou. - Sim, tinha uma mulher - ele se levantou e caminhou até a janela. - Eu não a encontro por aqui.
– Ela pode já ter atravessado, já pode ter ido pra luz.
– Não! Se ela foi eu também teria ido. – senti um cheiro estranho de borracha queimada.
– Tudo bem, vamos encontrá-la. – eu precisava fazê-lo se acalmar. - Você se lembra do nome dela?
– Janny. Acho que é isso.
– Você lembrará, só precisamos saber de alguém que a conhecesse. Conte-me o dia do acidente, o que você fez?
– Tinha acabado de chegar de viagem. Ficaria uma semana com minha mãe e ia conhecer minha irmã. Eu fui morar fora quando ela ainda era pequena, não deve se lembrar de mim. Estávamos a caminho de uma apresentação dela. Ela é dançarina numa escola que tem aqui. – Sebastian sumiu e reapareceu perto do meu mural, olhava minhas fotos. - Disse que ia me apresentar uma amiga, não entendi bem. Ela ia ver a apresentação também. Então, quando estávamos chegando, um caminhão veio pra cima de nós, tentei desviar, mas... - ele parou, suspirando. - Eu perdi o controle, saindo da estrada. O carro capotou. Pude ver fogo, alguns carros tinham batido também. E, no final, eu só via carros, fogo, e centenas de pessoas machucadas e outras seguindo para uma luz estranha. E então, eu vi seu rosto.
– O que?! - exclamei.
– Você. Lembro-me de ter visto seu rosto.
– Isso é um pouco impossível. Quanto tempo deve fazer seu acidente?
– Não sei. Estou aqui há algum tempo. – deu de ombros.
– Há algum tempo? - isso não é possível. - Temos que descobrir. Saber se alguém lembra. Não vi nada no jornal.
– Como você vai saber o que procurar? – ele olhava enquanto eu andava de um lado para o outro no quarto.
– Eu sonhei com você. - confessei.
– Como é? - eu o olhei e ela me fitava, como se eu fosse... Maluca!
– Sonhei que estava na noite do acidente, eu vi uma mulher, o local e você.
– Então você estava mesmo lá! – disse exaltado.
– Mas isso é impossível.
– Olha, quem vê fantasmas aqui é você, então quem tem que entender dessas coisas é você.
– Isso ajuda muito. - me sentei em minha cama. Ele apareceu de pé frente à janela. - Vou encontrar sua irmã. É o que posso fazer. Sua mãe, eu não a vi. Mesmo que estivesse viva, teria saído algo no jornal. Tem certeza que era sua mãe no carro com você?
– Tenho. Ela estava comigo. – disse ele, cocando a cabeça. - Olha, Vic, eu não lembro bem quem era.
– Certo. Tudo bem.
– E se ela se foi sem você ver? – perguntou ele, encolhendo os braços.
– Eu os vejo de alguma forma. - levantei da cama e fui até a janela, fitar a chuva. - Qual o nome da sua irmã?
– Annie.
– Annie. - eu conheço uma Annie. E ela estava bem pra baixo mês passado, fiquei sabendo que ela está na casa da avó e... Meu Deus. - Annie?!
– Você a conhece?
– Eu faço aula de dança com ela! Fazia - ele me olhou como se entendesse algo. - O que foi?
– Você é a garota que ela queria me apresentar.
– O que? - ela queria me apresentar a alguém? Por que? - Não, que isso... Annie não me disse que tinha um irmão mais velho.
– Ela era pequena quando eu fui morar fora. Não deve se lembrar, e minha mãe não é... Era ... Era de falar muito sobre mim. - Sebastian baixou os olhos, corrigindo-se.
– Eu vou falar com ela.
– Obrigado Victoria. Não sabe como é bom falar com você. - ele disse, sumindo. Sorri feito boba para o nada, olhei para fora da janela e a chuva havia parado. Deitei-me na cama e adormeci. Sonhei com carros, fogo, gritos. Rostos indistintos. Nenhum tinha forma, mas eu sabia quem era. Eu tentava agarrá-los, mas era impossível.
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