Chocolate Derretido escrita por LyaraCR


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá! Isso já deveria ter sumido do meu computador há, pelo menos, oito meses, mas acontece que continuo escrevendo, escrevendo... E esse capítulo tá pronto há dois dias, mas só agora tomei vergonha pra sentar no pc grande e postar. Ah, e não esperem muita coisa. Não o achei muito bom. Só espero que se divirtam ao menos um pouquinho!
E perdoem quaisquer erros, ainda que absurdos, porque não foi betado.



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CD5

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Havia pouco tempo que começara a chover. Sam já o havia provocado de todos os modos, seus nervos a flor da pele. O medo de Bobby ou seu pai perceberem algo o estava estressando.

Todos haviam saído para comer num canto qualquer e agora, à mesa, sentia-se ainda pior. Sam havia pedido um “qualquer coisa doce” com calda de chocolate e o cheiro estava atormentando impiedosamente seus sensos.

— Parece bêbado.

John disse, atraindo sua atenção. Deu logo um sorriso amarelo e uma justificativa ainda mais falsa, tratando de parecer mais normal e deixar a terceira dose de Whiskey sobreviver um pouco mais. Era muito arriscado beber naquela situação, poderia dar mancada, mas para aguentar o jeito promíscuo dos lábios do mais novo ao redor do pobre doce só mesmo com um pouco de “combustível”.

Os olhos dele vieram em direção aos seus, e um sorriso sacana, dissimulado, fez-se tão presente no rosto dele quanto o problema que surgia entre suas pernas.

— Está comendo como uma prostituta.

Sussurrou ao mais novo enquanto os mais velhos pareciam discordar sobre algo em relação ao maldito caso. Ele sorriu descaradamente.

— Você gosta. E sei no que está pensando.

Sentiu um pé tocar sua perna, afastando-a da outra.

— Aposto que me queria bem aí, entre elas, com a boca ocupada com algo além desses doces.

Dean deu um soco na mesa atraindo atenção desnecessária.

— O que diabos está acontecendo?

Perguntou Bobby. John franziu o cenho antes de responder voltado aos filhos:

— Eu não faço ideia, mas acho que está na hora de pararem com a meninice. Que droga!

Praguejou, voltando-se ao amigo para continuarem debatendo inutilmente sobre o assunto anterior. Sam continuava com aquele sorriso debochado no rosto.

Levantou-se. Precisava ir até o banheiro, esfriar o rosto, que parecia queimar, dadas as provocações do outro, num misto de raiva, excitação e tantas outras coisas.

Abriu a porta de maneira estúpida e logo foi atrás de seu propósito. Quando sentiu a água contra seu rosto, relaxou minimamente, respirando fundo. Ouviu passos, mas não se importou. Não até ouvir a voz perto demais de seu ouvido, a respiração resvalando por sua pele.

— Estou te enlouquecendo?

Levantou-se um tanto quanto nervoso, tomando o outro pelo colarinho e estampando-o contra a parede, colando seu corpo ao dele.

— Você só pode estar louco, Sam! Está querendo que todos saibam? Enlouqueceu? Surtou?

— Você me provoca.

— Eu?

— Seus olhos. Pensa que não vejo o quanto olha e me deseja? O quanto repara? E pior, o quanto imagina?

Com isso, o mais velho afastou-se. Sam estava certo. Ele riu alto antes de se aproximar sorrateiramente e beijar o pescoço de Dean, promíscuo, tentado a provocar ainda mais.

— Eu sei que está louco para... — apertou-,lhe por sobre os jeans — devolver as provocações. Mas sabe, é tentador pensar que a gente poderia entrar pra uma dessas cabines e...

A porta abriu. Sam teve sorte de se afastar a tempo e colocar uma expressão de raiva em seu rosto.

— Já paguei a conta. Vamos embora. Não dá para ficar pela rua com vocês agindo feito dois animais.

John disse antes de desaparecer. Dean pensou, por um instante, que fosse se dar muito mal. Continuava corado, ofegante e encarando Sam pelo espelho.

— Vai me pagar mais tarde. Pode ir se preparando.

Saiu do banheiro, seguido por ele, quem ria escarninho, desafiando, afrontando sem medo. Em sua mente, um plano perfeito, que ensinaria ao mais novo a se comportar e não subestimar os outros.

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A porta se fechou. Do lado de fora o mundo ameaçava desabar. John e Bobby foram direto aos mapas e livros. Aquele caso os estava ocupando demais, surtando. Precisavam de ajuda de outros caçadores, portanto era fato que passariam as próximas três horas bem ocupados.

Isso, definitivamente, dava tempo à Dean de traçar o início de seu plano e atormentar o mais novo do melhor modo possível. Por hora, apenas recolheu uma garrafa do que bebera no bar, um pouco de gelo e sua toalha. Foi em direção ao banheiro.

— Não acabe com toda a água quente.

Alfinetou Sam. Os olhos esverdeados do mais velho foram em sua direção enquanto um sorriso escarninho adornava a face. 

— Já que está tão preocupado, por que não vem junto? Assim não vai te faltar água. Nem água, nem nada.

Sam hesitou. Não queria se deixar levar, sabendo que qualquer um poderia entrar no quarto e notar o que estavam fazendo, já que não era de todo usual dois irmãos tomarem banho juntos. Viu Dean sorrir mais uma vez, viu que ele mordiscava o lábio inferior. Viu também que seria incapaz de negar, de não querer, de tentar não atender àquela sugestão.

Sorriu, trancando a porta do quarto silenciosamente, despretensioso. Alcançou sua toalha e seguiu o mais velho. A penumbra confortável do banheiro os fazia sentir-se seguros. O som que desprendia de um bar no fim da rua ainda podia ser ouvido, e a garrafa da qual Dean sorvia alguns goles logo parou nas mãos do mais novo, quem o imitara.

Sam o viu afastar-se, encher a banheira, e estavam demorando demais, sabia. Temia que John ou Bobby precisassem de algo, temia que viessem ao quarto por qualquer coisa e acabassem descobrindo alguns “detalhes”. Mesmo assim, quando Dean se aproximou e o estampou contra a bancada da pia, tomando seus lábios de assalto, não pôde relutar. Sentiu as mãos contra seu corpo, acariciando, provocando. Sentiu a boca marcando seu pescoço, e sorriu. Sorriu antes de juntar suas poucas forças e advertir o irmão:

— Isso não é certo.

— Eu sei. — Dean também riu — A gente precisa parar.

— Eu não disse nada sobre parar.

Estavam roucos e pareciam tentados a quebrar o banheiro, porque se não estivesse confuso, esta já era a terceira parede na qual estampava Dean ou era estampado por ele. Os jeans de ambos já estavam em algum lugar longe dos corpos, e as únicas coisas que os cobria além da falta de vergonha, eram as roupas íntimas.

— Acho que já podemos entrar.

— Quer mesmo que eu entre em uma banheira com você? Sabe... somos bem grandes, não sei se terá espaço.

— Se ficar no meu colo, garanto que terá de sobra.

Alfinetou Dean. Sam sorriu e logo estavam se amassando dentre a água quente, o cheiro de shampoo adocicado embriagando seus sensos assim como os movimentos e toques do mais velho. Sabiam estar arriscando demais, não podiam se conter, então precisavam ser rápidos.

Dean alcançou um cubo de gelo que jazia no copo, na borda da banheira. Tocou os lábios de Sam com ele, vendo o mais novo fechar os olhos, perdido, adoravelmente perdido. Foi trilhando caminho abaixo, até os mamilos. Sam se ajoelhou dando mais território ao outro e quando achou não mais suficiente, assentou-se à borda. Dean olhou de baixo, dentro de seus olhos tão similares. Sorriu de canto, tocando-o, vendo o quão alterado estava. Levou o gelo até a ponta do membro enrijecido. O coração de Sam falhou uma batida enquanto prendera a respiração. Fazia todo o esforço do mundo para manter seus olhos abertos, continuar vendo o que o outro fazia, continuar perdido no momento, sentindo-se no paraíso. E então, apertou a borda da banheira com uma força descomunal quando a língua quente e rosada do outro trilhou o mesmo caminho do gelo, um choque térmico que o fez gemer alto, de modo incontido. Seu coração estava disparado, num ritmo sobre-humano. Dean olhou em seus olhos.

— Contenha-se, ou vão vir ver o que está acontecendo.

Sorria de canto. Sam não teve nem ao menos tempo de argumentar. Logo foi envolvido por aqueles lábios, ficando tonto, sabendo que duraria pouco, sem fazer questão de se conter em relação a isso. Uma de suas mãos estava atada aos fios curtos do irmão mais velho, a outra contra a própria boca, fazendo de tudo para se conter, tentar evitar problemas, ou até mesmo adiá-los.

Deixou-se dizer alguns impropérios ao mais velho, arrancando um gemido do mesmo que reverberou mais uma vez por todo o seu corpo, fazendo com que jogasse a cabeça para trás, mordendo o lábio inferior, tremendo nas bases, e por pouco não se deixando levar. O afastou, olhos nos olhos, perigoso. O empurrou para longe, adentrando a água, resolvendo acabar com aquilo de uma só vez, deixando-se agir como uma meretriz. Nada mais realmente importava. Podia sentir a necessidade correndo-lhe por dentro,. Já bastava, precisava avançar o último limite, perder-se agora ou não mais. Porque sim, era fato que enlouqueceria.

Suas pernas acabaram por ficar ao redor dos quadris de Dean, enquanto seus lábios colaram-se ao pescoço alvo, mordendo, marcando, fazendo-o sentir-se à mercê de sua vontade predatória.

— Sammy, não!

Dean exclamou sem querer realmente conter o mais novo. Aquilo parecia tão promissor!

— Só um pouco, não me faça parar agora, não...

Estava fora de controle assim como o mais velho, quem segurava seus quadris com força, sem saber se puxava para mais perto ou se afastava, sem saber se deixava ou se fazia continuar.

— Dean, só um pouco, juro, não peço mais nada...

Sussurrou, o rosto escondido ao pescoço do outro, voz rouca, tão evidente quanto seu desespero.

— Não... por favor Sammy, me ajuda...

— Não quero. Sabe que quero algo bem diferente de te ajudar...

Dito isso, com uma de suas mãos, posicionou o outro, deslizando apenas um pouco, apenas o bastante para sentir a resistência de seu corpo contra o dele, recebendo, querendo receber... O ouvir deixar-se expressar através de um grunhido, como se brigasse por sua teimosia. Riu, gemendo baixo, soltando algumas palavras que Dean de fato duvidara um dia que viriam de Sam para sua pessoa, mas que adorava ouvi-las.

Tentou contê-lo quando sentiu-se deslizando para dentro do corpo intocado, tentou fazê-lo parar com tudo aquilo, mas era inútil, era um esforço em vão.

— Sammy!

Exclamou , fazendo certo esforço para tirá-lo de seu colo, e ele veio mais uma vez, estando por cima, forçando a barra. Dean fechou os olhos, mordiscando o lábio inferior para conter quaisquer sons suspeitos que pudessem sair altos demais. Sua mente parou de funcionar. Sam, por sua vez, não descumpria o que dissera, e deixava apenas um pouco do irmão invadir seu corpo. Era delicioso, queria mais, fato, mas não poderia quebrar sua palavra com ele, não. Tinha que se contentar, aproveitar ao máximo.

Se moveu na mesma intensidade, a água da banheira espalhando-se por todo o chão do banheiro, seus gemidos contidos pelos lábios do mais velho... Se perdeu. Infelizmente não durou o quanto realmente queria. Claro, seria impossível, dada a intensidade da coisa toda. Aquilo pareceu surtir um efeito dominó, levando Dean ao ápice em instantes.

Ainda ofegantes, permaneceram juntos, calados, mais míseros instantes. Sam se tocou depois de sair de cima do irmão. Sentia a semente dele, assim como a dor sutil daquele início de invasão. Sorriu de canto ao outro enquanto deixava o banheiro.

Dean, por sua vez, só teve uma certeza: Aquilo estava indo longe demais. Não podia negar, estava gostando, mesmo que soubesse que não teria volta.


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Notas finais do capítulo

Continua...