Os Opostos também se Atraem Vol. Iii escrita por estherly


Capítulo 20
Capítulo 20




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4 de julho de 2026 * sábado

Casa de Marcelo Scarpari – 09:30 da manhã

POV Marcelo

 

- O quê? – exclamei chocado. – Como assim uma visão? Faz séculos que você não tem uma. – comentei. Ela estava... Diferente. – Você está bem?

- Não. – murmurou ela se sentando no sofá.

- Quer água?

- Com açúcar, por favor. – pediu ela olhando para baixo e respirando fundo. Tentando.

            Rapidamente fui e rapidamente voltei. Estava com tanta curiosidade de saber o que ela viu para deixar-la assim, que eu esqueci que era bruxo e que podia conjurar uma água com açúcar ali mesmo.

- Obrigada. – agradeceu ela pegando a água. Ela devia estar muito abalada. Sua mão tremia. Ela tomou tudo, respirou fundo e depositou o copo na mesa.

- O que você viu? – perguntei para ela, sentando no braço do sofá ao lado do qual ela estava.

- Uma pergunta. Medusas... – Medusas?O que isso tem haver com o assunto? ­– Elas existem?

- Medusas? – Medusas? Como assim medusas? Mas é claro que... – Não! São seres mitológicos. Imaginários. Por que a pergunta?

- Eu vi.

- O que você viu? – perguntei começando a ficar assustado.

- Medusas, ciclopes, dragões – ela começou a citar e ficar cada vez mais assustada. Acabei me assustando também. – Ninfas do mar, moiras, centauros, harpias... Era assustador! – exclamou ela assustada. Bebia o resto da água açucarada do copo. – E o pior de tudo é que tinha uma pessoa humana – disse ela enfatizando o ‘humana’ – no meio. Ela estava presa.

- Como ela era? – eu perguntei, mas vou ficar sabendo mais tarde.

A campainha tocou. Era ela. Olhei para Rose com um sorriso, uma parte de mim estava nervoso tanto pela visão da Rosa quanto pela chegada da Rafa, e a outra parte queria mandar ela esperar para eu saber quem era a pessoa. Abri a porta e vi Rafaela. Linda. Sorri. – Oi.

- Bom dia. – disse ela dando um selinho em mim. Minha vontade? Agarrar-la ali mesmo. Não fiz isso. Fechei a porta e ao me virar, as vi se encarando.

            Olhei para a Rafa. Ciúmes? Sorrindo por dentro, olhei para Rose. Medo e preocupação em seus olhos. Vi ela me olhar. Fiquei com mais medo.

- Rose, essa é a Rafaela. Rafa, essa é Rose. – apresentei ambas. Rafa simplesmente deu um sorriso simpático. Rose deu um amarelo. – Rosa?

- Eu tenho que ir. – lembrou ela. – Sua casa não tem proteção para apa...

- Rose! – chamei a atenção da morena, lembrando que Rafa era trouxa.

- Esquece. – Ela arrumou sua bolsa. – Rafaela, foi muito bom ti conhecer. Infelizmente, eu vou ter que sair. – disse Rose dando um abraço na Rafaela. – Mas, vocês podem ir almoçar lá em casa. – convidou Rose olhando para Rafa. – Adorei seus olhos.

- Obrigada. – agradeceu Rafa pomposa. – E iremos almoçar sim.

- Se importa se eu chamar o pessoal? – Rose me perguntou.

- Que isso. Claro que pode. – assegurei para ela. –Mandei um oi para eles.

- Tudo bem. – disse Rose. – Precisamos conversar. Sobre aquilo.

- Aquilo o quê? –perguntou Rafa com a sobrancelha erguida. Olhava para mim. Olhei para Rose pedindo ajuda e ela simplesmente deu os ombros, se aproximou de mim e me deu um beijo na bochecha e um sorriso para Rafa. Saiu pela porta me deixando sozinho.

            Olhei para ela com um sorriso divertido. Ela estava com a sobrancelha erguida.

- O quê? – perguntei para ela. Me aproximei dela e a segurei pela cintura.

- Quem era ela? – ela me perguntou, cruzando os braços na frente do peito.

- Com ciúmes? – perguntei para ela. Ergui uma sobrancelha. Suas bochechas ganharam uma leve coloração de rosa ou vermelho. Ela pode ter corado, mas não se deixou abalar.

- Eu fiz uma pergunta. – respondeu ela mudando de assunto. Sorri.

- Claro. Ela é minha noiva. – zombei. – Ela foi. Não. Nem chegou a ser. Fomos namorados e criamos um laço. Ela ama um amigo meu. Você verá isso no almoço de hoje. Ele a pediu em casamento, ela não aceitou. Ainda. Somos amigos.

- E por que ela dormiu aqui? Perto de você, para falar a verdade. – perguntou ela. Sua boca formava uma linha dura. Respirei fundo. Ainda era difícil para mim.

- Meus pais morreram. – desabafei e desabei. Ela ficou muda.

- Eu sinto muito. Vem cá. – pediu ela me abraçando. Ficamos um tempo abraçados.  

            Precisava dela. Me afastei dela e a beijei. Merlin! Como eu amava aquele beijo. Aqueles lábios sobre os meus e aquelas mãos que passeavam pelo meu corpo. Fui andando com ela para o meu quarto. Eu precisava dela. Apostava tudo o que tinha que ela precisava de mim.

- Eu quero ter você. - murmurou ela. Sorri durante o beijo.

- E terá. – eu disse, entramos no quarto.

- Me faça esquecer os meus problemas. Por favor. – pediu ela.

- Posso tentar. – disse para ela sorrindo marotamente. Ela me puxou para um outro beijo. Fechei a porta do quarto. De uma coisa eu tinha certeza: não sairíamos dali tão cedo.

 

-//- Enquanto isso -//-

 

POV Rose

4 de julho de 2026 * sábado

Casa dos Weasley.

 

- Oi mãe! – exclamei. Merlin, como era bom abraçar ela. Por um momento eu estava assustada. Medusas, ciclopes, minotauros, uma humana presa... Era de assustar qualquer um. No outro momento eu me relaxava nos braços da minha mãe.

- Querida. Que demora! – murmurou ela ainda me abraçando.

- Desculpe. Marcelo me apresentou uma pessoa e eu não podia aparatar lá. Desculpe. Mas eu estou aqui e pronta para ouvir a conversa. – disse.

- Ótimo. Sente-se. Vou lá em cima chamar seu pai. – disse ela subindo as escadas. Sentei no sofá e vi a velha prateleira com fotos. Adorava fotos. Tinha alguns porta retratos e álbuns. Um mais grosso que o outro. Peguei um álbum. Era o meu. Os meus pais tinham um álbum só deles. Eu só um e Hugo também. Agora, tinha outro incompleto. Elle. Sorri e abri o meu quando ouvi passos na escada.

- Filha! – gritou papai. Sorri para ele e fui abraçar-lo.

- Que saudades. – eu murmurei. Ele me apertou mais. – Pai. Eu não consigo respirar.

- Ah! Claro. Desculpe. – pediu ele vermelho me soltando. Sorri para ele e o puxei para outro abraço.

            Sentamos-nos e eles se olharam.

- Por favor. Vão direto ao assunto. – pedi para eles. Esperava o pior.

- Nós vamos nos separar. – disse mamãe. Aliviada que foi só isso, soltei um suspiro, que para mim foi de alivio. Para eles não. – Não está triste?

- Por que ficaria? Vocês são meus pais! Quero o melhor para vocês. Se o melhor para vocês é se separarem, por que impediria? É claro que estou um pouco chocada, vocês são meus pais e passei toda minha vida com vocês juntos, mas... Serão felizes. Isso compensa. – disse feliz. Mamãe sorriu e veio me abraçar.

- Obrigada por entender. – disse mamãe.

- Uma pergunta. Duas. Primeira: Hugo já sabe?

- Todos já sabem. – respondeu papai.

- Certo. E... Onde vão morar? – perguntei.

- Bom... De primeira pensamos em continuarmos morando aqui. Mas, quando conversamos com Molly sobre isso, ela disse que um de nós poderia morar com ela. E, como seu pai é filho dela, ele irá morar com ela até conseguir outra casa ou pessoa para morar. – responde Hermione. Ron ficou vermelho com as ultimas palavras.

- Mas, quando fomos contar para Harry e Gina, ela cismou da Mione ir morar com eles. Já que Harry trabalhava muito e ela ficava sozinha.

- E o que acontece com essa casa?

- Demos para Hugo e Eliza. – respondeu Hermione. – Já que eles dormiam na casa dos pais da Eliza.

- E quando vocês partem?

- Segunda. – responderam. Sorri.

- Eu espero que vocês sejam felizes, ok? – pedi para eles. Ambos sorriram e vieram me abraçar. Apertei eles. Não sabia quando teria um abraço assim novamente. Era tão bom sentir aquele abraço. Era tão...

“This time, this place...”

Merda.

            Me separei deles e fui buscar o celular. Vi no identificador de chamada “Scorpius”. Dei um sorriso.

- Oi.

- Onde você está?

- Bom dia para você também. – disse irônica.

- Bom dia. Onde você está?

- Na casa dos meus pais.

- Dormiu aí?

- Não. Eu dormi na casa do Marcelo.

- O QUÊ?! - gritou ele. Nesse momento eu podia assegurar que eu tinha ficado surda. Ouvi alguém do outro lado da linha. – Me dá isso. Oi Rose.

- Bom dia Jake.

- Como dormiu?

- Meio desconfortável. – falei meio emburrada. Lembrando da noite.

- Viu Scorpius. Eles não dormiram juntos. Se não ela estaria super feliz.

- Jake!

- Oi.

- Não dormimos juntos. Quer dizer, dormimos. Mas não dessa maneira que vocês estão pensando. Eu tava fazendo carinho no Marcelo quando ele dormiu.

- E por que você fazia carinho nele Srta. Rose Weasley? – era Scorpius. Revirei os olhos.

- Por que foi preciso.

- Me de um bom motivo.

- Ele perdeu os pais num acidente. – disse exasperada. O outro lado ficou mudo. – Alô?

- Que horas volta? – disse ele mudando de assunto.

- Daqui a pouco. Fique aí que eu aparato na casa deles. Quero falar com vocês.

- Tudo bem. Estaremos ti esperando. – assegurou Jake que pegou o celular de volta.

- Tudo bem. Tchau.

- Tchau. – e a linha ficou muda. Suspirei.

            Guardei o telefone e vi meus pais me encarando.

- Que?

- Nada. – disse papai dando ombros. – Acho melhor ir, antes que Scorpius fique careca.

            Dei um sorriso, pensando no Scorpius careca. Eca. Dei um abraço neles e aparatei. Mas não aparatei na casa dos Stone. Aparatei na casa da Isabelle.


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Notas finais do capítulo

E agora? Que visão foi essa? O que ela foi fazer na casa da Belle??



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