Magnum escrita por Miss Black_Rose


Capítulo 19
Capítulo 19




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* * *
Ada se sentou na frente de um computador em uma pequena sala de análise. De lá, imprimiu relatórios de experiências e até colheu algumas amostras que poderia vender não só para Wesker, mas também para seus outros contatos. Imaginou ter sido uma sorte muito grande que aquela sala estivesse intacta. Aliás, havia reparado que do abismo até ali, nada havia sido destruído ou movido do lugar. Não haviam zumbis ou criaturas mórbidas. Havia apenas um grande complexo abandonado.

Da sala de análise avistou alguma espécie de laboratório, vazio e bem iluminado, onde tanques com cobaias ainda permaneciam inteiros e uma lousa se destacava um pouco mais adiante, com algo escrito. Ada resolveu procurar por alguma coisa ali também. Viu um pequeno elevador dentro da sala de análise por onde poderia descer, mas aparentemente ele estava quebrado. Seguindo então por uma escadaria em forma de leque, o que achou demasiado formal para uma área tão isolada do laboratório, chegou a um local de recepção e percebeu que em seu mapa não havia nada daquilo. Do balcão de segurança no centro do pátio observou o monitoramento de cada uma das dezenas de salas de armazenamento de cobaias, salas de usinas, o refeitório e os quartos dos cientistas través de pequenas televisões. Todas vazias.

Olhando ao seu redor viu três caminhos diferentes. À sua frente havia uma grande porta de vidro, que provavelmente daria para a saída. À sua direita o caminho de onde viera e à sua esquerda, o quarto dos cientistas, a sala de refeitório e todas as áreas de lazer que possuíam. Um pouco mais à frente havia outra passagem, onde estava o caminho para o laboratório que viu da sala de análise e também o acesso até as usinas.

Ada percebeu que ainda havia muito que explorar. Seguiu para o laboratório onde se impressionou com as criaturas depositadas nos tanques. Haviam Tyrants, Hunters, linckers, zumbis bem conservados, mais experiências com o AG-64 vírus, com o TG- vírus e com outras variações do T-vírus. Mas o que tocou a espiã foi ver os fetos contaminados dentro das incubadoras. E lamentou, afastando qualquer emoção de tudo aquilo. Era aquele seu mundo. Não havia limites para pessoas como Wesker. Pessoas para quem trabalhava.
Seguindo em direção à lousa percebeu que haviam anotações sobre a mistura genética com os vírus. Estavam trabalhando com um novo projeto. Ada utilizou uma pequena máquina digital para fotografar as anotações. Também guardando a imagem de algumas das cobaias.
Voltando para o pátio, aproveitou as câmeras de segurança e buscou por algo mais interessante na área de lazer. Chegando à conclusão de que não havia nada por ali, procurou uma maneira de abrir a porta de vidro. Entrou por um dos computadores no sistema a fim de encontrar alguma senha, contudo, foi surpreendida por uma imagem que se espalhou por todas as telas de monitoramento, inclusive, as grandes telas de aviso espalhadas em algumas paredes do local. Era uma gravação de uma das salas de armazenamento há 48 horas atrás, onde um homem era transferido para um dos laboratórios do setor 7. O homem, em alto estado de mutação tentava se libertar da sala, esmurrando as paredes e as reduzindo à uma grande maçaroca de ferro. Do outro lado os cientistas tentavam impedir sua fuga, junto com homens armados. Dr. Ford se destacava apreensivo na imagem, tendo estabelecer um diálogo com o mutante, mas em vão. A criatura rompeu um grande buraco na parede, esparramou os seguranças com um só golpe e ergueu Ford para cima. Não havia som, mesmo assim era fácil reconhecer que Dr. Ford dissera algo que convenceu a criatura a soltá-lo e recuar de volta para a sala. Ford tratou de lacrá-lo, mas quase que imediatamente uma nova confusão recomeçou. Ouvindo os alarmes, Ford se voltou apreensivo para o homem, que sorria cruelmente.

Por causa da mutação Ada não conseguia ter certeza, mas havia algo de familiar naquele homem. Algo que a intrigou e que por um momento fez seu coração palpitar pesadamente. Com as mãos trêmulas digitou alguns códigos, parando a imagem, aumentando o zoom e a resolução. Então se manteve atônita em frente ao monitor. Completamente paralisada e descrente, fixando o olhar naquele semblante inumano e maligno, de onde veias extrapolavam sobre a pele e um sorriso sádico e afiado era esboçado com prazer.

A espiã levou a mão trêmula à boca, enquanto seu rosto se convertia em uma lastimosa expressão de horror.

- J... John? – gaguejou.

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