Anjo da Noite escrita por MsWritter


Capítulo 23
Capítulo 23. Compreensão


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial do dia do Post.


A música de hoje é "Mad World" de Gary Jules. Espero que gostem do capítulo, eu fiz com muito carinho e preocupando-me em não fazer algo simplesmente vulgar. Se ficar alguma dúvida, não deixem de perguntar, responderei ao longo da hist ou pessoalmente. Espero que gostem!'



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All around me are familiar faces
Worn out places
Worn out faces
Bright and early for the daily races
Going no where
Going no where
Their tears are filling up their glasses
No expression
No expression
Hide my head I wanna drown my sorrow
No tomorrow
No tomorrow
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles its a very very
Mad world
Mad world

Celas estava vigiando, postada do lado de for a da mansão, quando ouviu alguns passos trêmulos na sala. Espiou, desconfiada, por cima do ombro. Tudo o que ela não queria na “vida” era incomodar uma Integra com insônia. Foi quando reparou que era Vlad, outra vez. Já lhe era tão comum ver o rapaz passar pela sala no meio da noite, geralmente indo até a biblioteca buscar um livro novo, porque NO MEIO da madrugada ele terminou o que estava lendo e precisava de um novo.

A policial nem se importava mais em averiguar o que estava acontecendo. No início ele olhava para fora da janela, cumprimentava-a, o que era legal, e às vezes ia falar com ela, o que ela sentia falta; em raras ocasiões ele ficava lhe fazendo companhia, o que era reconfortante. Mas nada disso acontecia mais, o que só era frustrante.

Na verdade ele parou de fazer aquilo porque, com o tempo, Vlad percebeu duas coisas: que ele estava atrapalhando Celas e que ficava melhor sozinho nesses momentos. A primeira ele não sabia que era mentira, a segunda ele jamais diria para ela. O mundo fica tão complicado quando se pensa sobre ele e se coloca um poucos dos próprios conceitos deturpados na linha de raciocínio...

Mas Vlad nem percebeu, ou se lembrou que Celas estava de vigia lá fora. Tudo na cabeça dele girava em torno de decepção, vergonha, auto-destruição e... Integra.

Os passos eram trêmulos, contidos. Sua expressão estava congelada, mas seu coração batia acelerado. Sua mente trabalhava mais rápido do que ele podia acompanhar.

Afinal de contas, o que ele devia fazer? Como ele deveria agir? E o principal: Céus, por quê?

Ele se aproximou da mesinha com as bebidas, enchendo um copo de whisky  - um hábito que já estava começando a ficar ordinário quando ele precisava se acalmar – mas assim que cuidadosamente fechou a garrafa e ergueu o copo mais ou menos na altura de seu ombro, ele o atirou na janela, acertando seu reflexo que tão ridiculamente lhe lembrava de Alucard... Alucard... Vampiro, Monstro, Rei...Ele mesmo, e quem Integra realmente desejava... não, o problema não era o desejo de Integra, era o amor de Integra.

            Céus, como ela podia amar um homem morto há quase seiscentos anos?

            Vlad olhou novamente para a janela, feliz que seu reflexo não estava mais lhe vigiando, somente para descobrir agora que se prestasse muita atenção, veria vários olhares âmbares lhe encarando do chão.

            Não, o problema nem era o amor de Integra, ele constatou enquanto se abaixava no chão para recolher os cacos. O problema era que ele estava aos poucos deixando de existir. Seu nome não mais existia, sua vida não mais existia. Não tinha mais obrigações, não tinha pelo que lutar... Já fazia algum tempo, desde o início na verdade, quando caminhava pelas ruas ensangüentadas e esfumaçadas de uma Londres pós-guerra, que ele percebeu que tudo e todos que lhe importavam já não existiam mais. Só não fazia mais tempo do que quando ele percebeu que todos que se importavam com ele já não existia mais, essa epifania específica ficou em 1452. Seu lugar no mundo tinha sido apagado pelos anos, séculos que o separavam de lá.

            Aquela noite, entretanto, foi a pior, porque embora ele já suspeitasse, ou soubesse mas não quisesse admitir, ele sentiu na pele o quanto ele estava lá apenas como um eco do passado, tentando em vão ocupar o lugar de uma outra pessoa, enquanto aqueles a sua volta alimentavam a esperança ignóbil de que ele aos poucos se tornassem aquele que realmente lhe importavam.

            Céus, sua existência estava aos poucos sendo apagada, e ele estava contente com isso. Não que contente seja a palavra correta, mas ele já não tinha mais forças para lutar essa guerra, então, tudo bem...

            Se era sua presença, indiferentemente do conteúdo que elas queriam, era isso que ele ofereceria. Se tudo o que esperavam dele era seu rosto pela casa então...

            De repente um caco de vidro um pouco maior que estava na palma de sua mão lhe pareceu extremamente tentador. Quão fundo deveria ser o corte para deixar uma cicatriz grande o suficiente para acabar com a semelhança entre ele e... Vlad desistiu da ideia assim que a formulou. Era bobagem, insensatez, ele sabia. Acabou deixando todos os cacos de vidro amontoados a sua frente, sentando-se no chão. Levou a mão à testa, ainda sentindo um ou outro farelo de vidro nos dedos. Sentiu uma mão fria tocar seu ombro, e se assustou com a perspectiva de ser Integra (que estava com as mãos particularmente frias naquela noite), que provavelmente teria acordado com o barulho do copo se estilhaçando contra o vidro. Mas não era, era Celas, olhando-o apreensiva com seus grandes olhos vermelhos.

            –Hey. – Ela disse, simplesmente.

            – Hey... – Ele repetiu, não sabendo bem o que responder.

            Celas se sentou um pouco afastada dele, puxando-o para longe dos cacos de vidro. Aos poucos eles se aproximaram. Celas pensou em puxar algum assunto, mas se conteve em puxar o rapaz sobre si e passar as pontas dos dedos pelos cabelos dele. Ele não parecia precisar ser reconfortado, só acolhido. Às vezes a vampira acerta...

            A certeza de que Celas, como Integra, só estava ali pela lembrança de Alucard, e não por ele ainda perambulava entre seus pensamentos, mas ele não soube, não pode evitar se deixar ser abraçado. Se deixar ser protegido de seus próprios demônios.

            A vampira apenas ouvia os batimentos e a respiração dele se acalmarem aos poucos, até perceber que ele tinha dormido naquela posição absurda. Se não estivesse de ressaca emocional no dia seguinte, com certeza teria uma bela dor no pescoço se ela não o tirasse dali. Mas dormia tão tranquilamente agora, tão diferente do homem que ela observou descer as escadas, estilhaçar uma vidraça e depois debilmente recolher os cacos... Que ela preferiu se manter exatamente daquele jeito mais alguns minutos.

            Olhou para o topo das escadas, deixando Integra saber que ela estava ciente de sua presença, os observando há vários minutos, muda, apenas analisando a cena.

            Integra não sabia o que era aquilo entre Vlad e Celas. De fato, era pra ela que ele se abria a maioria das vezes. Até mesmo Sir Hellsing já tinha percebido isso. E no fundo ela sabia que era apenas Celas que tinha a habilidade de confortar Vlad. Integra sabia que esse tipo de... Compaixão era algo que ela não tinha muito bem definido em sua personalidade. Ela simplesmente não fora ensinada a cuidar de outras pessoas, na verdade ela nunca conheceu ninguém que precisasse ser cuidado. Ou pelo menos, nunca percebeu as necessidades de outra pessoa antes. Traço em sua personalidade que ela estava decidida a mudar. Mas o momento não era aquele. Algumas feridas de ambos, dela e de Vlad, deveriam cicatrizar primeiro. Talvez amanhã, com alguns chocolates e uma boa variedade de sorvete... quem sabe? Deu à vampira um cumprimento suave com a cabeça, e voltou para seu quarto. Já tinha aprendido desde muito jovem que tempo e sono, se não curam amenizam a maioria das dores.

            De tudo o que ele podia perceber naquele lugar, é que estava escuro. Tentou se acalmar, acostumar os olhos com a ausência de luz, mas foi ineficaz. Quanto mais tentava controlar a respiração, mais forte era a percepção que não havia ar para ser respirado. E o pior, que não lhe fazia falta.

            – Então é assim não é? É assim que acaba para nós dois? – Uma voz fria e grave lhe chamou a atenção.

            Virou-se para encarar a fonte do som, mas pode ver apenas o contorno de uma poltrona alta de costas para uma lareira, provavelmente com um homem sentado de pernas cruzadas. Um movimento do homem e pode identificar uma taça em sua mão, refletindo a luz fraca da lareira, já quase se apagando.

            Perguntou-se por que a lareira não iluminava o lugar, ainda tão escuro, para depois em seguida querer saber quem era o homem a sua frente, desta vez identificando apenas os olhos vermelhos que brilharam apesar do negro das sombras. Virou-se para tentar entender novamente onde estava, quando trombou em alguma coisa fria de dura. Piscando os olhos, percebeu onde estava, em seu antigo castelo na Romênia, e em que tinha batido, num caixão negro e fechado sobre um móvel escuro.

            Pousou os dedos sobre os escritos na madeira, achando certa graça.

            – Majestade? – A voz se fez presente outra vez, mas foi possível identificar um sorriso na fala.

            – Quem está aqui? – Vlad perguntou, finalmente, sentindo-se muito mais calmo do que deveria.

            – O senhor, Milord.

            – Fecharam o caixão? – Estava calmo, sim é verdade, mas subitamente triste em ver a falta de reverencia para com seu corpo sendo velado, longe da vista das poucas pessoas presentes: sua mãe, parada, estática olhando pela janela, e um criado já dormindo ao seu lado, provavelmente o responsável por manter o fogo aceso, falhando miseravelmente.

            Vlad se aproximou da figura indiferente de sua mãe, de cabelos já brancos, debilitada, apenas olhando pela janela. Ficava triste por ela, mas ao mesmo tempo sentiu algo se aquecer suavemente em seu coração por tê-la ali. Há anos estava louca, não reconhecia mais ninguém, não ficava mais em lugar nenhum, não permitia um único fiapo de luz em seu espaço. Talvez não soubesse que era o próprio filho quem estava sendo velado, talvez não estivesse triste, nem feliz; mas estava lá. Sabia que era lá que devia estar e lá estava, fazendo companhia para o corpo solitário de seu filho.

            Olhou atentamente para a expressão cansada e tão envelhecida de sua mãe, e tentou, em vão, segurar sua mão. Percebeu o crucifixo dourado que usava preso nos dedos enrugados dela, e nada pode fazer além de se perguntar por que estavam cheios de sangue.

            – Foi decaptado. É por isso que o caixão está fechado, meu senhor. – A voz disse novamente, e como que lendo os pensamentos de Vlad, continuou. – O crucifixo caiu e ficou abandonado perto da guilhotina, um de vossos servos o encontrou e trouxe até sua mãe.

            – Ela ainda se lembra de mim? – Vlad perguntou, olhando para os olhos âmbares e vazios de sua mãe.

            – Não. – A voz disse, outra vez.

            Vlad se afastou dela, agora pousando a mão sobre a madeira negra do caixão.

            – Quantos anos eu tinha?

            – Vinte e oito.

            Vlad sorriu. Era irônico pensar em três anos a sua frente já que sabia que aquilo tudo tinha acontecido há séculos.

            – Radu? – Ele perguntou, fechando os olhos.

            – Sim.

            Vlad se virou para encarar o homem novamente, desta vez podendo enxergar distintamente sua feições nobres, a camisa de seda branca que vestia por baixo do colete negro, a taça de vinho em sua mão, o crucifixo ensangüentado em seu pescoço, refletindo no ouro as chamas da lareira, e nos rubis o mesmo vermelho dos olhos dele.

            – Já faz tempo. – Vlad disse simplesmente, observando o vampiro que morava dentro de sua alma, ainda tão humano naquela circunstância.

            Alucard sorriu. Não, naquele tempo ele ainda não era Alucard, não era conde, era Vlad, o rei da Valáquia.

            Apesar de nunca ter acontecido, Vlad sabia o que era aquele momento. Era naquele instante que uma promessa de séculos seria feita, que ele se entregaria a ser um novo alguém, que se permitia ser acolhido nos braços protetores de alguém muito mais poderoso e que, já cansado de lutar, deixaria se refugiar no canto mais recluso da alma daquele homem, que vestindo-se da noite e sangue vingaria a própria morte e a da esposa.

            – Se eu morro aos vinte e oito, por que guardou a imagem que eu tinha aos vinte e cinco? O que aconteceu depois?

            – O último sentimento legitimamente humano que teve foi quando Doamnei morreu. Sua vida seguiu sem se permitir sentir o que quer que fosse depois, até os vinte e seis, quando um novo ataque se mostrou a sua oportunidade de vingança.

            – Quando Doamnei morreu eu tinha vinte e dois. Por que não guardou aquela imagem? Antes da dor dela partir?

            – Por que essa dor lhe fez humano.

            Vlad olhou novamente para o caixão, sendo desperto de seus pensamentos ao perceber que sua mãe ria na janela, achando graça de algum floco que neve que caia no inverno romeno.

            Acordou estranhamente mais assustado do que estava no sonho, dando um salto na cama. Quase que imediatamente após descobrir que estava em sua cama, no seu quarto, mais precisamente no século XXI, sentiu uma mão deitando-o novamente contra os travesseiros. Virou um pouco o rosto, para encontrar Celas sentada em uma cadeira, ao lado de sua cama.

            – Hey. – Ela disse, sorrindo ao afastar alguns fios de cabelo da testa dele.

            – Hey. – Ele repetiu, achando a situação ao mesmo tempo estranha e ligeiramente cômica. Depois que alguns segundos de um silêncio muito entediante se passaram, ele voltou a falar. – O que aconteceu?

            – Você teve um pesadelo.

            Vlad ficou olhando para os olhos vermelhos da vampira, imediatamente entendendo como elas deveriam se sentir quando ele fazia aquilo, respondendo sem prestar muita atenção no real significado da pergunta.

            Celas deu um sorriso suave. É, ela estava fazendo de propósito:

            – Você dormiu no chão da sala, eu te trouxe pra cá há algumas horas.

            Vlad fechou os olhos, forçando um pouco a cabeça contra os travesseiros. Em parte para ter certeza que estava mesmo na cama, em parte para afastar alguns pensamentos que começavam a se formar.

            – Vlad-san... Eu não sou muito boa nisso mas... Se você quiser me contar o que está acontecendo quem sabe eu...

            – Integra. – Ele respondeu, simplesmente.

            – Hã... – Aquilo pareceu ser o suficiente para encerrar o assunto.

            – É um pouco difícil aceitar que quem ela quer de verdade tem o meu rosto, mas não sou eu.

            Celas pensou por alguns segundos. Ela tinha realmente a tendência de estragar tudo quando tentava ajudar, e depois, não tinha experiência quase que nenhuma naquele tipo de assunto. Mas Pip estava em sua alma agora, e aquilo às vezes lhe conferia alguns impulsos estranhos.

            Vagarosamente, e nunca abandonando os olhos apreensivos de Vlad, ela se inclinou em direção a ele, pousando os lábios frios sobre os dele, vagarosamente pedindo espaço em sua boca com a língua. Relutante, aos poucos ele cedeu. Quando sentiu as mãos da vampira descer de seu rosto para dentro de sua camisa, a parou, uma das mãos impedindo que a dela fosse mais longe, a outra a afastando suavemente.

            – Celas eu...

            Foi interrompido por outro beijo de Celas, mais intenso desta vez. Não pode negar que a intensidade do toque era inebriante, e mesmo não sendo aquilo que sua razão e alma pediam, era o que o corpo queria, e sem muito raciocínio, ele correspondeu, até perceber o que estava fazendo, e numa tentativa de afastá-la com mais força acabou cortando a parte inferior do lábio em uma das presas de Celas.

            A vampira se afastou, passando a língua no canto da boca para sorver o sangue que respingou nela. Definitivamente, o sangue de Vlad era o mais saboroso que ela provara, e o gosto só melhorava agora que estava novamente puro, e não contaminado com aquela porcaria imunda da outra vez.

            Vlad levou uma das mãos ao lábio, tentando conter o filete de sangue que escorria dali, olhando assustado para os olhos de Celas, agora de um vermelho muito mais intenso e faiscante que o normal.

            – Você não me deseja. Sabe que está errado. Mas ainda sim, foi bom, não foi? – Celas perguntou, mirando-o intensamente.

            Vlad não encontrou forças, nem palavras na verdade, para responder. Mas não podia negar, seu corpo quis aquilo, ainda queria aquilo. O que era só estranho na verdade...

            – Na sala, mesmo relutante, foi bom ser abraçado, acolhido, ter companhia. Não foi?

            Celas se abaixou novamente, limpando o sangue que escorria do queixo dele com os lábios. Ergueu um pouco a cabeça, de forma que pode sussurrar mais perto do ouvido dele:

            – Eu te amo Vlad-san. Por quem você representa, é verdade, mas por quem você é também. Não tem como separar as duas coisas. Integra é a mestre do meu mestre, mas não é a minha mestre, de forma alguma. O que me mantém na Hellsing é o fato de ele ter me posto aqui. Eu gosto do trabalho, até gosto de Sir Hellsing, mas o que me prende aqui é a lembrança dele. O fato dele ser parte de você faz você ser parte de mim, uma ligação de verdade com alguma coisa real. Você consegue entender a dimensão disso? – Vlad novamente não respondeu, atento demais nas palavras de Celas, tentando entender onde ela queria chegar com aquilo. Apesar das palavras, não parecia uma declaração, não parecia que ela queria nada em troca. – Mas mesmo te amando Vlad-san, mesmo sendo capaz de dar a ‘vida’ por você, ainda sou completamente apaixonada por um homem morto, que vive apenas na minha alma agora.

            Celas afastou o rosto do dele, e ele entendeu finalmente o que aquilo tudo significava com a última frase de Celas, antes de sair do quarto:

            – Sir Hellsing também deve precisar de companhia.

            Vlad passou a mão novamente aos lábios quando percebeu Celas fechar a porta, constatando que o ferimento já estava seco.

            Do jeito mais inesperado de todos, a vampira abriu seus olhos. Existem formas diferentes de amor e elas poderiam coexistir. Desistiu de ficar na cama, levantando-se e começando a planejar o que faria dali para frente, principalmente ao constatar que o céu começava a dar indícios de que iria chover nos próximos dias, o que não podia significar algo bom, em absoluto.

Children waiting for the day they feel good
Happy birthday
Happy birthday
And I feel the way that every child should
Sit and listen
Sit and listen
Went to school and I was very nervous
No one knew me
No one knew me
Hello teacher tell me what’s my lesson
Look right through me
Look right through me
And I find it kind of funny
I find it kind of sad
The dreams in which I’m dying are the best I’ve ever had
I find it hard to tell you
I find it hard to take
When people run in circles its a very very
Mad world
Mad world
Enlarging your world
Mad world


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Notas finais do capítulo

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