Anjo da Noite escrita por MsWritter
Notas iniciais do capítulo
Ooooooooooooo! Cumprindo uma promessa aleatória, está aqui um novo capítulo. Curto eu sei, mas tenho meus motivos (piada interna, desconsiderem ou leiam a nota final).
Estou especialmente feliz porque esta fic chegou aos 50 reviews! Sim, o fechamento de um ciclo daqueles! Especialmente dedicada a Bellaloveless e a CaRoL_Xp, que foram respectivamente o review nº 1 e o nº 50. A todos os outros que fizeram parte desta contagem, meu sincero muito obrigado!
Sei que fica repetitivo, mas estou reescrevendo o título no texto mesmo, tenho planos malignos...
Corrigindo um problema de padronização, musica tears in heaven.
Capítulo 12. Inadequação
Would you hold my hand
If I saw you in Heaven?
Would you help me stand
If I saw you in Heaven?
I'll find my way
Through night and day
'Cause I know I just can't stay
Here in Heaven
Time can bring you down
Time can bend your knees
Time can break your heart
Have you begging please
Begging please
Beyond the door
There's peace
I'm sure
And I know there'll be no more
Tears in Heaven
Would you know my name
If I saw you in Heaven?
Will you be the same
If I saw you in Heaven?
Levou o charuto novamente aos lábios, dando uma tragada lenta. Soltou a fumaça com os olhos fechados, aspirou a fumaça, sentindo o cheiro do charuto caro. Cheiro de tabaco e um leve aroma de flores. Flores?
Integra abriu os olhos com certo susto. Naquele exato momento viu um vaso de vidro azul cheio de rosas amarelas caminhando a sua frente. E o vaso andarilho tinha pernas, pernas finas revestidas de um jeans negro muito justo e levemente surrado. Muito peculiar. Prestou mais atenção, e quando o vaso fez a curva do hall até "sentar-se" sobre a mesa, reparou que as pernas não eram do vaso, e sim de Vlad, que carregava o objeto porta adentro, escondido sob as flores amarelas.
O rapaz olhou para Integra, depois para o vaso. Pegou um bilhete que estava preso em uma das flores, e fez menção de entregá-lo à jovem. Integra não sabia se estava mais irritada com o rapaz, já que tinha acabado de se lembrar do beijo que viu e toda a satisfação de ter demitido Rose tinha ido por água abaixo, ou se por ter recebido flores naquele dia tão distante do de seu aniversário. Tinha uma séria suspeita de sobre o que se tratava.
Não queria falar com o rapaz, mas queria menos ainda ler o tal bilhete. Balançou a cabeça com raiva e começou a subir as escadas.
– Não é elegante menosprezar flores, Milady. - Vlad disse, com um ar estranhamente repreendendor. Integra parou na escada, irritada com a intromissão dele. Porque claro que o rapaz tinha toda a moral do mundo para lhe dar lições de etiqueta. Afinal, ele era um poço de elegância, e seria extremamente deselegante não agarrar uma empregada dentro dos limites da mansão em horário de serviço.
– De quem são, então? - Cuspiu as palavras, sem se virar para o rapaz.
Vlad demorou alguns segundos perdido nos cabelos de Integra, quando abriu o papel com os dedos e começou a olhar para o conteúdo.
– So...To...Jo...se...Ale...Chul...
Integra foi obrigada a se virar e fitar o rapaz, com um olhar completamente perdido, virando o cartão em várias posições para entender seu significado.
– Vejo que não sabe ler muito bem, Milord. - A última palavra dita com muita força, despejando toda a irritação e sarcasmo que estava sentindo.
– Devo admitir que, de fato, são símbolos que desconheço. - Vlad ergueu os olhos, admitindo o fato com pesar.
Integra estendeu o braço, ordenando que lhe entregasse o maldito cartão. Vlad subiu dois degraus, e depositou o papel sobre os dedos da mulher.
Ela abriu o cartão com certa agressividade, passando os olhos pelas linhas irregulares escritas a caneta preta no cartãozinho bege. Aquelas letras tortas e rabiscadas... conhecia perfeitamente bem aquele garrancho, e só se deu ao trabalho de decifrá-lo porque teve sua curiosidade atiçada pelo fato de as linhas estarem agrupadas em versos. Será que aquele imbecil tinha lhe escrito um poema?
Atrás da porta
Lá há paz
Tenho certeza, e estou certo
Não haverá mais lágrimas no paraíso.
Você saberia meu nome
Se eu a visse no paraíso?
Seria você a mesma
Se eu a visse no paraíso?
Lhe aguardo ansiosamente na sexta-feira, e espero até lá ser capaz de tomar coragem para ter a honra de uma dança
Joseph Alexander Mitchell
Integra respirou fundo, tentando conter o asco após ler o cartão para Vlad. Ao abrir os olhos, encontrou o rapaz pensativo.
– O que foi? - Perguntou, contrariada.
– São palavras interessantes para se utilizar durante a corte. Muito peculiares de fato.
Integra revirou os olhos. Aquele dia já era o suficientemente desagradável, com a corte antecipada de alguns moleques e a proximidade do baile, e a mulher estava especialmente impaciente com Vlad aquela manhã. Por que será?
– É só a cópia do final de uma música. Chama-se Tears in heaven, do Erik Clapton. Isso nem pode ser chamado de corte. Fora esses malditos erros...
Vlad percebeu a hostilidade na voz da mulher e encolheu um pouco os ombros. A olhou com certa estranheza e Integra percebeu os lábios dele entreabertos.
– Pelo menos este tal Joseph se esforçou para...
–ISSO NÃO É DA SUA CONTA! - Integra vociferou, o dia já estava o suficientemente ruim para que um jovem qualquer lhe dissesse que devia ser condescendente com aqueles moleques. Um jovem qualquer que devia ter sido criado nos mais rígidos costumes, mas enfim...
Vlad baixou a cabeça, e desceu os dois degraus que o aproximavam de Integra. Definitivamente, algo havia acontecido entre os dois. Ele tinha feito alguma coisa errada? Ele faltou com respeito com a mulher em algum momento e não percebeu? Ou era apenas mais uma pessoa não o aceitando?
– Desculpe se a ofendi ou importunei de alguma forma. Vou buscar o resto das flores. Com licença. - E saiu.
O coração de Integra pesou ao perceber uma pontada de tristeza na voz de Vlad, mas não disse nada. Apenas apurou os ouvidos até ter certeza de que ele deixara o hall, provavelmente indo buscar mais vasos no portão da mansão. Respirou fundo, terminou de subir as escadas e apagou o charuto em um pequeno cinzeiro de cristal, que estava sobre um móvel perto do corrimão. Voltou para o escritório, agora mais para escapar das malditas flores do que do rapaz em si. Rapaz, aliás, que provavelmente não se aproximaria o suficiente para ser evitado por muito tempo.
"I must be strong, and carry on. 'Cause I know I don't belong here in heaven."
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ooooooooooooo! Curto eu sei, mas foi proposital (era pra ser uma continuação do anterior... não me perguntem por que não foi que eu não sei responderPessoas, o próximo tá escrito, assim que chegar a 60 reviews eu posto (como se uma chantagem besta dessa fosse funcionar...¬¬'Bjus, e até!