A Filha de Cronos escrita por NatyAiya
Notas iniciais do capítulo
Obrigada a todos que me mandaram nomes.
Em breve alguns estarão na fic.
Agradeço com um capítulo.
Beijos e boa leitura.
No Capítulo Anterior...
"[...]Você passará uma semana com cada um de nós, para tentar ganhar nossa confiança. - disse Zeus. - Héstia, Hades e Samantha, também contarão. Veremos depois se iremos ou não aceitá-la aqui como uma Olimpiana. - finalizou ele."
Capítulo 7
POV Apolo
Logo depois que Zeus deu sua palavra final, os outros deuses ficaram calados, cada qual com seus próprios pensamentos.
Aghata se virou para Samantha, e elas sairam da sala, mas antes ela olhou para mim, como se desculpasse. Sabia que Samantha teria que explicar para a filha sobre nossa aposta. Pois Aghata ficaria em seu palácio, e ela teria que continuar no meu.
Pouco a pouco, cada deus foi voltando para suas tarefas. Logo eu voltei para meu palácio e fiquei esperando que ela voltasse.
Precisaríamos ter uma conversa.
POV Samantha
Depois que Zeus deu sua palavra final e os outros deuses ficaram absortos em seus próprios pensamentos, Aghata se virou para mim, me levantei e saí da sala lançando um olhar cheio de desculpas para Apolo.
Eu sabia que teria que explicar sobre a aposta que que fiz com Apolo para Aghata. Afinal, ela dormiria em meu palácio e ficaria lá sozinha.
– Aghata, querida. Tenho que te contar uma coisa. - comecei. - Eu e Apolo fizemos uma aposta e empatamos. Estou pagando minha parte, tendo que dormir no mesmo quarto que ele. Por isso, você ficará sozinha em meu palácio. - expliquei.
– Tudo bem mãe. Mas qual dos deuses lá dentro era esse Apolo? - perguntou ela.
– O loiro bronzeado com olhos amarelados. - respondi.
– Ele parece ser legal. Qual a função dele aqui? - perguntou.
– Ele dirige o carro do sol, é deus das curas, líder das musas e mais umas coisas. - respondi.
– Tudo bem mãe. Mas se vocês precisam dormir no mesmo quarto, vocês poderiam vir as vezes dormir no seu palácio. - ela falou.
– Não havia pensado nisso. Vou falar depois com Apolo. - disse abrindo a porta do palácio.
Ela entrou e disse:
– Lembra um pouco o palácio que você tinha em Ótris. - ela comentou.
– Meu gosto não mudou tanto nesses dois mil anos. - brinquei.
Comecei a explicar para ela onde ficavam as coisas e indiquei seu quarto.
Ela entrou e disse.
– Mãe, você já tinha o meu quarto arrumado. Como sabia que eu viria? - ela perguntou.
– Eu conheço você, e um dia sabia que você viria até aqui. - respondi. - Agora querida, preciso ir.
– Tudo bem. Boa noite mãe. - ela disse antes que eu saisse do quarto.
– Boa noite querida. - respondi.
Saí do meu palácio e fui para o de Apolo, sabendo que teria que responder várias perguntas. Só foi eu entrar e várias perguntas caíram sobre mim.
– Então era isso que você estava escondendo ontem? Por que você simplesmente não me falou que tinha uma filha com Cronos? Não seria mais fácil? - ele perguntou tudo de uma vez.
– Se acalme Apolo. Sente-se. - disse me sentando e o puxando para se sentar ao meu lado. - Agora respondendo as sua perguntas, na ordem. Um - Sim, era isso que eu estava escondendo ontem. Dois - Porque você simplesmente teria um ataque como Zeus e estaria fazendo mais perguntas do que agora. Três - Não, não seria mais fácil. - respondi.
– Mas pelo menos você já teria alguém do seu lado. Defendendo a mesma causa que você. - ele retrucou. - Você teve que explicar tudo sozinha, se eu já estivesse sabendo eu poderia ter te ajudado. E talvez você não tivesse que discutir com Zeus e Poseidon como você fez. - ele disse.
– Eu tive medo Apolo. Na noite em que resolvemos a aposta, você se lembra de como eu acordei em seus braços? - perguntei de cabeça baixa.
– Sim, eu me lembro. - ele respondeu. - Então, você havia sonhado com algo que envolvia a Aghata? - ele arriscou.
– Sim. Eu sonhei exatamente com o que aconteceu ontem no Mundo Inferior. Aghata estava amarrada, amordaçada e machucada. Hades e as fúrias... - não consegui terminar de contar.
Comecei a tremer só de lembrar e ele me abraçou.
– Acho que sua filha já ganhou a confiança do Hades. - Apolo disse no meu ouvido.
– Como você sabe? Ele te disse alguma coisa? - perguntei me separando dele.
– Só uma opinião. Parecia que ele estava preocupado com ela. - falou ele. - Mas você deveria ir dormir agora. Amanhã começará os 'testes' da Aghata.
– É, eu sei. Você sabe quem ela terá que convencer primeiro? - perguntei.
– Sim. Será Zeus. Depois será Poseidon, Hades, Deméter, Hera, Héstia, Athena, Ares, Hefesto, Afrodite, Ártemis, Dionísio, Hermes, você e eu - respondeu ele.
– Por que eu e você seremos os últimos? - perguntei.
– Eu pedi para ser o último e você... Bom você eu sinceramente não sei - respondeu ele rindo.
– Acho que foi Zeus que me colocou em penúltimo. - falei também rindo.
– Quer ficar por último? Eu não me importo. - falou ele.
– Não tudo bem. Eu ficarei em penúltimo. - respondi. - Só acho que Zeus sendo o primeiro, Aghata pode ficar nervosa.
– Você realmente se preocupa com ela, não é? - perguntou ele.
– Você quer dizer, mesmo falando que ela foi um erro e tudo o mais, você a ama. Não é? - perguntei para ele.
– Sim, é mais ou menos isso que eu queria dizer. - falou ele sorrindo.
– Sim e não. - falei. Logo vi seu olhar confuso e comecei a explicar. - Bem, eu criei ela sozinha. Minha mãe, Réia, as vezes me ajudava, mas ela não gostava da Aghata, e sempre deixou isso bem claro. Cronos sempre gostou dela, mas só via ela como um tipo de máquina. Por isso é o sim. Quando a guerra começou, queria com todas as minhas forças que minha filha ficasse bem, e que ela viesse para o meu lado. Mas ela resolveu ficar do lado de meu pai. Mesmo eu tendo cuidado dela, criado ela e tudo o mais. Eu desejei com todas as minhas forças, quando ela disse que iria ficar ao lado de Cronos, que ela morresse ou coisa pior. Por esse motivo é o não.
"Mas ela sempre será minha filha, não importa o que eu fale. O amor, o instinto materno, vai sempre falar mais alto. Ela poderá me odiar, me querer morta, eu também posso desejar isso, mas no fundo, sempre a amarei, sempre irei querer protegê-la. Afinal ela é minha filha. Meu sangue, minha carne. - finalizei.
– Acho que deveríamos ir dormir. Já está tarde. O conselho demorou mais do que imaginávamos. - ele disse se levantando. - Você vem? - perguntou estendendo a mão para mim.
– Claro. - disse aceitando sua mão.
POV Apolo
Ela aceitou minha mão, e eu nos guiei escada acima, até meu quarto. Ficamos calados o tempo todo. Quando entramos no quarto perguntei a ela:
– Você quer ir tomar banho primeiro?
– Não, pode ir primeiro. - ela respondeu se sentando na sua cama.
Quando entrei no banheiro, comecei a pensar em tudo que tinha acontecido hoje.
Todos os Olimpianos descobriram que Samantha tinha uma filha com o próprio pai, e tínhamos conhecido esta. - confere.
A menina tinha ficado do lado do pai na guerra, e agora estava arrependida. - confere.
Queria o perdão da Samantha, e também queria recomeçar como uma Olimpiana. - confere.
Zeus decidiu que Aghata teria que conquistar os Olimpianos, inclusive a própria mãe, de que estava arrependida e que tinha mudado. - confere.
Conversei com Samantha sobre tudo isso calmamente. - confere.
Depois de pensar nisso tudo, já estava saindo do banho relaxado.
Saí do banheiro com a toalha enrolada na cintura.
Encontrei Samantha dormindo, com um livro em cima da barriga. Sinceramente, não faço a mínima idéia sobre o que é esse livro.
Me troquei e achei melhor acordá-la.
– Samantha... Samantha. - disse próximo ao ouvido dela.
– Hum.. - ela resmungou.
– Você vai tomar banho? - perguntei.
– Vou. - disse abrindo os olhos e se sentando.
– O cochilo foi bom? - perguntei rindo da cara dela.
– Foi. Obrigada por me acordar. - ela disse se levantando e pegando as coisas, que só agora fui reparar, que estavam do seu lado.
Depois de uns minutos ela já estava ali, com uma camisola azul-céu que ia até seus pés.
– Boa noite Apolo. - ela disse bocejando e indo se deitar.
– Boa noite. - respondi me deitando também.
POV Aghata
As semanas foram passando e do verão, mudou para outono e agora estava mudando para o inverno. Hoje é o dia que eu teria que convencer o último deus, Apolo.
Durante o tempo que passou, descobri que minha mãe teve filhas ou filhos, com os outros deuses. Uns não foram muito com a minha cara.
Alguns deuses menores, conversavam comigo normalmente agora. Antes eles só conversavam comigo porque tinham medo.
Estava no jardim, quando me chamaram:
– Aghata!!! - disse, melhor, gritou Apolo.
– Sim, meu senhor. - respondi educadamente. - Não precisava ter gritado. Não sou surda, sabia? – pensei.
– Sim, eu sabia que você não é surda. Mas eu já estava te chamando faz tempo. - ele disse respondendo minha pergunta mental.
– Desculpe meu senhor. - disse com medo que ele ficasse bravo com meus pensamentos.
– Tudo bem. Agora vá falar com sua mãe. Ela lhe dará sua tarefa. - ele disse sorrindo maroto e saiu de lá.
– Ai estou ferrada.– pensei. - O que a Lyra disse mesmo? Ah é, 'Quando meu pai sorri maroto é que vem bomba.'.– me lembrei do que minha meia-irmã disse sobre o pai.
Fui até o palácio de Apolo, e encontrei minha mãe e Lyra conversando.
– Bom dia mãe. Bom dia Lyra. - falei. - Apolo disse que você iria dar minha tarefa. - falei me dirigindo à minha mãe.
– Bom dia Aghata. E sim seria eu que daria a tarefa. Mas estou ocupada com assuntos semideuses agora. Quem dará sua tarefa será a Lyra. - disse ela.
– Tudo bem. - respondi. - Então Lyra, o que será a minha tarefa? - perguntei.
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