Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 19
Mas que vida complicada!


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal! Finalmente consegui um tempinho para postar um capítulo novo. Ele ta meio pequeno, mas espero que ainda assim gostem. Eu ia desenvolver mais o final, mas preferi deixar uma tensão no ar. Aposto que no final do capítulo vou frustrar muitos que estavam cogitando em quem seria o BlackWhite. kkk
Bom, queria me desculpar pela demora. Como já disse, esse ano está meio complicado para mim, pois estou estudando demais. Eu até falei com alguma (desculpa, não lembro o nome) leitora aqui do Nyah no facebook e tinha prometido postar esse capitulo no final de semana. Mas teve um problemema na internet da minha casa e ontem, quando fui tentar postar, o site não aceitava de jeito nenhum.
De qualquer jeito, leiam e aproveitem.
Não faço promessas para quando postarei o próximo capítulo, mas tenham certeza de que não desistirei dessa fic!
Brigadão por continuarem lendo e boa leitura! ^^



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…:Akira POV:…

– E então? Estamos de acordo? – pergunto, olhando para um dos lideres das pequenas gangues. Ele não é bem o que eu procurava, mas vai servir. Um idiota manipulável.

– Sim. Mas preciso de uma garantia.

– Acredite, assim que fizer sua parte, vai ser muito bem recompensando. – Com a morte. Sorrio. Ele não precisava saber disso.

– Muito bom. – ele ri – Farei o planejamento e quando conseguir, avisarei.

– Ótimo. Muito bom fazer negócios com você. – sorrio, observando ele sair pela porta, sem levar em conta que se eu quisesse, poderia mata-lo agora mesmo. Idiota. Olho para o lado. – Fez o que mandei?

– Sim, aniki.

– Ótimo. Tudo está indo como planejado. A única coisa que falta é… - fecho minhas mãos em punhos – Tsukiyomi.

…:Amu POV:…

– Kazuma-kun! Aqui! – agito meu braço, sorrindo ao ver ele. Desde que eu e o… Ikuto terminamos, ele tem me apoiado. Sempre me liga, me chama para sair, me manda mensagens. Ele tem sido um ótimo amigo. E eu sou realmente grata por isso.

– Amu-chan! – ele sorri, me abraçando com força – Como você está? – ele pergunta, me soltando. Então eu olho para o disfarce dele e rio. Ele sempre fica engraçado de peruca. – Aww, você está rindo de mim de novo!

– A sua peruca é engraçada! – continuo rindo.

– Shh! – ele chega mais perto, olhando ao redor furtivamente – Se alguém nos descobrir aqui, estamos perdidos!

– Ahh, desc…

– Além disso, minha identidade de super espião não pode ser descoberta. – ele olha para os lados e pisca para mim, me fazendo rir mais ainda.

– Kazuma-kun! Você é o melhor amigo que alguém poderia ter! – sorrio, segurando o braço dele e o puxando para dentro do cinema.

– Eu sei! – ele sorri todo orgulhoso de si mesmo e eu sorrio.

– Que filme você quer ver?

– Hmm… Não sei. Que tal ‘Detona Ralph’?

– Não sabia que você gostava de desenhos animados.

– Minha irmã mais nova sempre gostou disso e me obrigava a ver com ela. – ele sorri e eu levanto uma sobrancelha, sorrindo maliciosamente.

– Aposto que isso é só uma desculpa. Você gosta de filme de criança!

– Ah! Fui descoberto! – ele faz uma cara de espanto, colocando a mão no rosto.

– Vamos!

– Eh? Você quer ver?

– Claro, eu também adoro filme de desenho animado! – sorrio, puxando a mão dele para irmos para a bilheteria.

...:Kazuma POV:…

Ai ai, ela está tão linda nessa roupa. Eu queria tanto poder dizer a ela o quanto eu anseio por esses momentos, nos quais somos apenas eu e ela. Eu disse a ela que ligaria pra ela todo dia para ela esquecer daquele estúpido Tsukiyomi, e apesar de ser verdade, eu só queria na verdade ter uma desculpa para falar com ela, escutar a voz dela e fazê-la rir. Toda vez que ela sorrir é como se tivesse um anjo na minha frente.

– ..kun! Kazuma-kun! – olho para ela, confuso. Ela tinha falado alguma coisa? – O que foi? Você ficou pensativo por uns minutos. Aconteceu alguma coisa? – ela me olha com aqueles grande olhos dourados cheios de preocupação e eu me contenho para não abraça-la com força.

– Hm, não, desculpe. Só lembrei de uma coisa.

– Hm… Então? O que você quer fazer agora?

– hmm, na verdade Amu-chan, você poderia me ajudar com algo?

– Claro que sim! Você já me ajudou tanto, fico feliz em poder retribuir.

– Amu-chan, você sabe que eu ajudei porque você é minha amiga. Não precisa me dar nada em troca.

– Bem, então como sua amiga vou lhe ajudar! – sorrio, feliz pelas palavras – Então? O que você precisa?

– Na verdade… Tem uma garota que eu gosto.

– O que?! – ela grita, surpresa e eu tampo sua boca, com medo que alguém nos escute.

– Shh!

– Ah, desculpe. Me pegou de surpresa. – ela sorri sem graça – Que bom! Essa garota é muito sortuda de ter alguém como você gostando dela.

– Pois é… Bem, eu combinei de me encontrar com ela mais tarde. Eu pensei em dar um presente a ela e então confessar meus sentimentos.

– Que legal! Se eu fosse ela, com certeza aceitaria!

– Pois é, só que eu estive tão ocupado essa semana que não deu tempo de comprar o presente. Você pode me ajudar com isso?

– Claro! O que você quer dar a ela?

– Bem, eu vi uma loja nessa rua que tinha várias dessas coisas que garotas gostam.

– Okay, vamos logo! – ela puxa meu braço com força e eu respiro fundo. Como essa garota tem tanta força está além de mim.

– Okay, okay, calma. A loja não vai sair correndo.

– Você não quer chegar atrasado pro seu encontro, não é? – ela olha para mim, sorrindo.

Espero que ela goste. Eu sei que ela não sente o mesmo por mim, mas mesmo assim, quero deixar bem claro que eu gosto dela como mais do que uma amiga. E quero que ela passe a me ver como um possível namorado, não só como seu melhor amigo.

Foi muito estranho quando percebi que gostava dela. Nós estávamos no intervalo das gravações e ela estava comendo um sorvete, quando do nada ela espirrou e deu de cara com o sorvete dela. Eu me lembro de ter olhado para o rosto dela, que estava surpreso, completamente embaraçado e principalmente sujo e ter pensado ‘É com ela que eu gostaria de passar o resto da minha vida’. Foi um pensamento bem profundo e durou só alguns segundos, porque logo depois eu estava rindo tanto que minha barriga doeu. Naquela época ela ainda namorava o Tsukiyomi, então eu decidi ficar na minha, já que ele parecia fazer ela bastante feliz. Agora que penso nisso, normalmente, garotos da minha idade ao gostar de alguém e perceber, eles não pensam que querem passar o resto da vida com ela. Acho que eu sou muito profundo, já pensando no futuro e em casar e… Meu deus, eu pensei nisso mesmo? Casamento. Que droga, eu amo ela mais do que pensei.

– Hm? Por que está me olhando assim, Kazuma-kun?

– Nada. Oh, o que é isso ai? – olho para o pequeno livrinho na mão dela.

– Hm? Ah, fofo, não é? É um diário. Vem até com a caneta e um cartão com adesivos.

– Você gostou? Devia comprar então.

– Eu estou tentando economizar um pouco.

– Para que?

– Comprar uma moto nova.

– Hm… Então? Você viu alguma coisa legal?

– Ah, sim! – ela sorri, colocando o diário de volta na prateleira e me puxando até uma outra, apontando para um gatinho de pelúcia que estava enrolado ao redor de um coração com o dizer ‘I Love You’.

Eu olhei para ela, levantando uma sobrancelha.

– Fofo, não é?! Toda garota gosta de ursinhos de pelúcia!

– Okay, se você diz que ela vai gostar… - sorrio, pegando o urso da mão dela – Por que você não dá uma olhada por ai enquanto eu pago?

– Okay! – ela sorri, virando-se e indo olhar as outras estantes.

Eu fico observando ela até ter certeza de que ela não está mais perto e corro de volta para a prateleira onde a encontrei, pegando o diário e sorrindo. Ela com certeza iria gostar. Mesmo que recusasse minha confissão, eu a faria feliz com isso.

Vou para a fila do caixa, olhando sempre para baixo para que ninguém me reconheça. Espero alguns minutos até ser atendido e dou a caixa os presentes, pedindo que ela embale. Percebo ela sorrindo para mim.

– Sim?

– São para sua namorada, certo? Vi ela olhando esses mais cedo. Ela tem muita sorte de ter um namorado tão atencioso como você.

– Ela não é… - começo a negar, então paro. – Obrigado. Realmente espero que ela goste.

– Boa sorte. – ela sorri para mim, me entregando as sacolas.

– Obrigado. – sorrio, me virando e indo até a Amu-chan, que me esperava na porta.

– Tenho certeza que ela vai adorar! E se ela não gostar de você ainda, com certeza vai depois disso! – ela sorri para mim, toda alegre.

Me incomoda um pouco o fato de ela estar tão feliz sobre eu gostar de alguma garota, mas tudo bem. Vamos andando devagar, ou melhor, eu vou tentando andar devagar, já que ela está quase correndo de tão excitada que está. Quando chegamos na praça, olho ao redor, vendo dezenas de pessoas, todas sorrindo, conversando ou simplesmente passeando. Vejo casais, crianças, famílias. Nossa, se alguém nos reconhecesse quero nem imaginar o que aconteceria.

– Bem, Kazuma-kun, acho que eu já vou embora. Não quero que a garota que você gosta me veja aqui com você e entenda errado.

Olho para o rosto dela por alguns segundos e respiro fundo.

– Está tudo bem, ela não vai entender errado.

– Hã? Bem, não quero arriscar. É melhor eu ir antes que ela chegue.

– Não precisa. Ela já está aqui. – sorrio.

– Eh?! Onde?

– Na minha frente. – ela me olha confusa, então olha ao redor e de repente para, virando lentamente para mim, com os olhos confusos. – Isso mesmo, Amu-chan. A garota que eu gosto é você.

Ela abre a boca para falar algo e rapidamente a fecha quando eu ergo as sacolas na frente dela.

– Uma amiga minha me disse que você gostaria disso. Ela disse que todas as garotas gostam de ursinhos de pelúcia. Espero que você também goste. – tiro o gatinho da sacola, mostrando a ela e sorrindo – Assim como esse gatinho, eu amo você. – me aproximo e a beijo suavemente, mas mostrando todos os sentimentos que escondi por tanto tempo.

Escuto gritos ao meu redor, mas parecem tão distantes que ignoro. Sinto ela me empurrar e abro os olhos, vendo seus olhos arregalados e suas mãos cobrindo sua boca.

– Kyaaa!!! É a Amu-chan e o Kazuma-kun! – eu olho ao redor ao escutar meu nome e me espanto ao ver que quase todas as pessoas na praça tinham parado e estavam nos observando, formando um circulo ao nosso redor e tirando fotos.

Olho para a Amu-chan, e ela me olha de olhos arregalados. Sorrio.

Poderia ter sido bem pior.

…:Amu POV:…

– Oh Meu Deus! Amu! – reviro os olhos ao escutar o grito da Utau.

– Utau, eu juro por deus, que se você me mostrar mais uma revista comigo e com o Kazuma-kun na capa, eu nunca mais falo com você.

– Aww, qual é Amu, isso é a fofoca do século. – Rima diz, sorrindo e folheando uma das revistas – Eles até mesmo colocaram aqui que isso era um pedido de casamento, não de namoro.

– O que?! – olho para ela, aterrorizada.

– Olha para o tanto de revista. Eu sequer sabia que o Japão tinha tantas revistas assim. E você está na capa de todas.

– Por que será que isso não me fazer sentir melhor? – pergunto ironicamente.

– Ah, Amu, deixa de ser tão chata. É o seu primeiro escândalo.

– Aruto-san vai me matar. Com certeza. – murmuro, batendo minha cabeça contra a mesa e suspirando.

– Isso se as fãs dele não te matarem primeiro. – faço uma careta ao escutar isso. Desde que entrei no colégio, todo mundo está me olhando e comentando sobre a fofoca do século como diz a Rima. Ta todo mundo me parabenizando e tudo, apesar de que não estar namorando com ele e eu fiz questão de deixar bem claro para quem quer que me perguntasse, mas teve umas garotas que estavam tão ocupadas falando mal de mim por ter ‘roubado’ o ‘futuro namorado’ delas, que nem sequer escutaram eu falando.

– Bem, tente olhar pelo lado positivo, ao menos agora o Ikuto vai ficar sabendo que você não ta mais nem ai pra ele. – Utau comenta e eu gemo.

– Como se ele fosse se importar com isso.

– Ele não, mas parece que tem alguns que se importam. – Rima comenta e eu levanto a cabeça, se entender. Então vejo Nagihiko, Tadase-kun e o Kukkai entrando na sala com toda a elegância possível.

– Hey, Amu-chan, isso é verdade? – Nagihiko me pergunta, olhando para as revistas na mesa da Utau.

– Parabéns, Amu-chan. – Tadase sorri.

– Yeah! – Kukkai sorri, apesar de ele não parecer realmente feliz com aquilo.

– Até vocês? – suspiro, deixando minha cabeça cair de novo em direção a mesa – Argh, o que eu faço?

– Aceita é claro.

– Huh? – olho para a Rima.

– Aceita ele. Ele disse que gosta de você. Você gosta dele também. Não tem nada a perder.

– Mas ele é meu melhor amigo! Eu gosto dele, mas não desse jeito.

– Então recuse. – Nagihiko diz, sorrindo – O melhor é sempre ser honesto com seus sentimentos.

– Cala a boca Nagihiko. Você so ta falando isso porque você ainda acha que aquele idiota, mesmo depois de tudo o que ele fez, ainda gosta dela.

– Rima-chan… Por favor, eu sei que você está brava com ele, mas ele… - Nagihiko suspira, passando a mão pelo cabelo – Eu conheço ele. Sei quando tem alguma coisa errada com ele e nesse momento, tem alguma coisa muito errada com ele.

– Só porque tem alguma coisa errada não signifique que ele goste da Amu. – Utau rebate.

– Isso ai!

– Vocês não entendem! Eu…

…:Normal POV:…

– Parem. – Amu interrompe, calando o garoto, que a olha com um misto de surpresa e curiosidade – Não importa se ele gosta ou não. Ele deixou claro que não quer ter mais nada a ver comigo, então pronto.

– Mas Amu-chan!

– Nagihiko! – Amu o olha, seus olhos dourados brilhando com lágrimas que ela não queria deixar cair – Eu não posso passar o resto da vida esperando por ele. Não quero isso. Eu também tenho o direito de ser feliz. Achei que seria com o… - ele respira fundo – …com o Ikuto, mas não. Então eu vou esquecer. Vou achar um garoto e vou me apaixonar e fazer tudo que eu sempre quis fazer com meu namorado. Se não der com ele, tento de novo. E de novo, de novo e de novo.

– Amu… - seus amigos a olham, sem saber como reagir. Utau e Rima estavam felizes, entretanto, não podiam deixar de pensar que talvez Amu nunca seria tão feliz quanto como fora com Ikuto. Fora um curto espaço de tempo juntos, mas fora um amor intenso e puro, pelo menos por parte dela.

– Tudo bem. Se é assim que você pensa Amu-chan, não vou mais interferir. – Nagihiko sorri – Mas não significa que minha opinião mudou.

– Estou com o Nagihiko. – Kukkai sorri.

Eles ficam em silêncio por alguns segundos, ninguém sabia o que dizer exatamente, até que Tadase cria coragem o suficiente e pergunta.

– Hã… Amu-chan? O que você vai fazer a respeito do Kazuma-kun?

A resposta é o barulho surdo da cabeça de Amu batendo contra a mesa e um grande suspiro ecoando pela sala.

…:Kei POV:…

Hoje seria um excelente dia. Maravilhoso na verdade, se não fosse pelo pequeno fato do meu pai ter me pego com aquela droga de saco cheio de droga e ter achado que eu estava me drogando. Passei 1 hora escutando o sermão dele, e logo depois veio minha mãe. O pior de tudo é que eles sequer me escutaram, a não ser quando eu meti um grito e disse que não era meu. Claro que eles acharam que eu estava tentando me safar. O pior é que meu pai é policial, o chefe de um dos mais importantes departamentos da polícia nacional, então ele surtou completamente, pelo menos até a minha mãe conseguir acalmar ele o suficiente para me escutar.

– Então me deixe ver se entendi, Kazuma. – meu pai me olha friamente e me sinto como um criminoso sedo submetido a interrogatório – Isso aqui – ele aponta para o saco na frente dele – não é seu.

– Não. – concordo.

– Isso é de um dos seus amigos da gangue…

– Não! – interrompo – Não é de um amigo meu! Eu to dizendo, pai, tem umas coisas muito esquisitas rolando e eu estou tentando descobrir o que é. E essa droga ai é o centro de tudo!

Meu pai em olha sem sequer mudar a expressão e eu amaldiçoou essa maldita habilidade dele! Isso dá muito medo!

– Tudo bem. Então como conseguiu isso?

– Eu já disse! Essa coisa ai ta rolando solta pelas gangues menores e ta todo mundo virando obcecado por ela. Tem alguém traficando isso para todo mundo e ta dando a maior confusão! Teve amigo meu que já morreu porque alguém que se injetou com isso ai e pirou!

– Kazuma, o que eu vou dizer agora é muito importante e quero que você escute com bastante atenção. – aceno com a cabeça, observando pelo canto de olho a minha mãe sair do quarto para dar privacidade pro meu pai – Como é um assunto confidencial da policia…

– Como é?! Então é sobre isso que o senhor está investigando?!

– Kazuma!

– Foi mal…

– Como eu estava dizendo, isso é um assunto confidencial e bastante delicado. Há mais de 10 anos estamos investigando sobre esse sistema de tráfico e finalmente estamos no caminho certo. Já perdi meu melhor amigo por causa disso, então você vai me prometer que não importa o que aconteça, vai ficar de fora disso.

– Mas pai! Eu posso ajudar o senhor! Eu e meus caras podemos descobrir mais para o senhor e nós…

– Kazuma! – ele me olha seriamente, então suspira, massageando suas têmporas – Olha filho, eu sei que você quer ajudar e eu sei que já pedi sua ajuda antes, mas é perigoso. As suas briguinhas de colégio são nada se comparadas a todo o sistema por trás disso. E como seu pai, não quero que se machuque.

– Mas pai!

– Nada de mas. Por favor, filho. Só prometa que vai ficar a salvo.

– Okay… - suspiro, não podendo dizer não. Por mais que eu queira ajudar, não quero ter que trair a confiança do meu pai para isso. Porém… Sorrio maliciosamente, não significa que não posso trazer ele pro meu lado.

– Bom, já que concordamos, vá se lavar. Sua mãe deve estar preparando o jantar.

– Okay. Já que o senhor não quer mais falar sobre isso, vou tomar banho. Acho que o senhor não se interessaria em saber que essa droga não é só uma droga boba, mas também… Ah, desculpa! – me viro, andando para a porta – O senhor não quer mais falar sobre isso.

– Kazuma! – sorrio, sabia que ele ia cair nessa – Volte aqui. Se você sabe de alguma coisa, é bom que me conte agora.

– Mas o senhor não quer que eu me envolva.

– Pelo amor de Deus filho, não estou para brincadeiras agora!

– Muito menos eu. – nos encaramos pelo que parece séculos e quando eu estou quase para desistir, qual é, tenta ficar olhando para a cara do seu velho por mais de 1 minuto sem piscar com ele te encarando como se fosse o demônio vivo; ele suspira e desiste.

– Tudo bem. Você ganhou. O que eu fiz para ter um filho desse? – ele pergunta para si mesmo sarcasticamente e eu sorrio.

– Tudo que eu sou vem de você, pai. Não esqueça disso. – rio ao ver o rosto zangado dele.

– Tudo bem, chega de brincadeiras. Sente-se e me conte tudo o que sabe. E se eu perceber que está escondendo alguma coisa, terão consequências.

– Relaxa. Tenho tudo aqui na cabeça. – sorrio, não sabendo as consequências que essa conversa traria.

~Alguns dias depois~

…:Amu POV:…

Suspiro. Esses últimos dias foram tão complicados. Entre entrevistas, gravações, treinos e muita perseguição por parte dos jornais e repórteres, não tive tempo nenhum, nem mesmo um minutinho, de deitar na cama e ficar lá, sem fazer nada.

Sinceramente, nunca estive tão confusa em toda minha vida. Kazuma-kun se confessou para mim já faz 1 semana e eu ainda não dei resposta nenhuma pra ele. E o pior é que realmente não sei como responder. Quero dizer, eu gosto dele, muito, mas não acho que é o gostar de namorados. Ta mais para melhores amigos para sempre. Mas eu também sei que um grande motivo para eu querer negar a confissão dele é por causa do Ikuto. Mesmo que eu já tenha falado para todo mundo que desisti dele, a droga do meu coração tem mente própria e se recusa a seguir essa ordem. E ainda tem esses encontros super esquisitos da gente na escola, que ele fica me olhando e eu fico olhando ele e quando parece que ele vai dizer alguma coisa, é como se ele lembrasse de outra coisa terrível e desistisse. Não consigo deixar de pensar que talvez, mesmo que só um pouquinho, ele goste de mim.

Mesmo com esses encontros estranhos, nós nos voltamos a nos falar. Pelo menos mais ou menos. Apesar de essa conversa se resumir a um ‘oi’ e ‘tchau’, e, as vezes, a um ‘minha irmã ta te procurando’, ainda me deixa incrivelmente feliz falar com ele. O que é PÉSSIMO!

– Argh, eu deveria era explodir logo tudo. Sem garotos, sem preocupação. – abaixo a cabeça, suspirando pela milionésima vez só naquele dia – É melhor eu ir…

Sinto alguém batendo de frente em mim e caio no chão, gemendo de dor. Mas que droga! Estava tão distraída que não devo ter visto essa pessoa.

– Hãa, sinto muito, eu não est… - paro de falar e encaro boquiaberta a pessoa, ou melhor, o rosto na minha frente. Mas que diabos?!

– Hey, pegamos ele! – escuto alguém falar e finalmente noto as motos ao nosso redor. Caramba, será que me meti numa luta de gangue?

– Amu-chan?!

– Eh? – olho para cima, ainda com esse desconhecido em cima de mim, e vejo o Kukkai. E ao lado dele o Tadase-kun e o Nagihiko. Ah não, não, não, isso só pode significar uma coisa.

– Peguei você, fujão. – o peso em cima de mim é tirado e eu encaro surpresa o rosto do Ikuto, que parecia triunfante segurando pela gola do tão falado BlackWhite.


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Notas finais do capítulo

Reviews?? ^^
o que acharam? Chocados?? kk