Blackwhite escrita por carol_teles


Capítulo 20
Mais uma chance.


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, finalmente consegui tempo para postar esse capitulo. Está bem menor do que o normal, mas espero que gostem.
Já está bem tarde e eu ainda tenho que estudar, então boa leitura e continuem a acompanhar Blackwhite, ok?
Obrigada!



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…:Normal POV:…

- Você só pode está brincando com a minha cara! – Ikuto fala, frustrado. O que diabos havia de errado com aquela garota? Por que ela era tão teimosa?

- Eu disse que eu vou! – Amu responde, fuzilando o garoto com seu olhar e batendo o pé no chão. Por um momento ele a achou fofa como uma criança, fazendo birra e biquinho, mas logo expulsou aquele pensamento de sua mente.

- E por que eu levaria você?

- Você só pegou ele por minha causa!

- Não foi não! Eu ia pegar ele mesmo que você não estivesse no meio! – ele responde imediatamente, ignorando os olhares de divertimento dos seus amigos.

- Ah ta, conta outra! Você estava perseguindo ele com uma moto e essa gente toda, e mesmo assim ainda não tinha conseguido pegar ele!

- Ele corre rápido, só isso. Eu ia pegar ele.

- Não ia! Você tem sorte de eu estar no meio e de ele ter batido em mim!

- Hã… Pessoal? – Nagihiko tenta chamar a atenção dos dois, que estava brigando como um casal.

- O que?! – os dois se viram, tornando-o alvo de seus olhares irritados.

- Não importa quem pegou quem. Não deveríamos estar mais preocupados em quem é ele?

- Hmph. – Ikuto vira a cara, ignorando o olhar indignado de Amu em sua direção e anda até o garoto que estava no chão, olhando ao seu redor como um coelho assustado.

- Não sei por que, mas eu esperava que ele fosse ao menos tentar lutar contra a gente. – Kukkai sussurra para Tadase, que concorda, sem saber o que dizer.

Blackwhite não era exatamente o que eles esperavam que fosse. Assim que Ikuto havia tirado ele de cima de Amu, ele tinha esperneado feito uma criança, gritando por ajuda e quando o rapaz havia finalmente soltado ele, ele simplesmente se encolheu ali e ficou olhando para eles, como se estivesse cara a cara com seu maior medo.

Então começou a briga. Ikuto declarou que estavam indo para a base e levariam o Rei, e quando viu Amu seguindo-o para a moto, perguntou o que ela estava fazendo. Obviamente ela disse que estava indo com eles, afinal ela havia pegue o mascarado. E ai eles começaram a discutir como duas crianças sobre quem tinha pegado ele de verdade, enquanto Ikuto se negava a leva-la com ele e ela se revoltava com a atitude do rapaz, dizendo que ela começaria a gritar no meio da rua e chamar a atenção de todo mundo se ele não levasse ela com eles.

E é claro que, enquanto isso, os componentes da gangue de Ikuto só encaravam os dois, perguntando-se se eles realmente haviam terminado o namoro, por que para qualquer um que olhasse, os dois pareciam um casal completamente apaixonado e totalmente teimosos.

- … você não vai!

- Ah é? – Amu sorriu malignamente – Tudo bem então.

- Eh? – Ikuto recua, assustado com a desistência da garota, mas satisfeito que ela finalmente tinha percebido que ele era o único que ganharia aquela briga.

- Então acho que você não vai se importar se eu fizer isso. – ela sorriu.

Colocando a mão nos ouvidos, ela abriu a boca e gritou o mais alto e o mais estridente que pôde, fazendo todos ao redor tapar os ouvidos com força e olhar ao redor, com medo de alguém ter escutado.

- Socorro!! Esse menino está me assediando! Socorro!!! – Amu gritava, fazendo um drama digno de novela, enquanto Ikuto a encarava boquiaberto, sem saber o que fazer.

- Amu! – ele tentou segurá-la, mas a garota lhe deu uma cotovelada, continuando a gritar algo sobre pervertidos. – Cala a boca!

Enquanto isso, Nagihiko e Kukkai tentavam explicar para os que passavam que aquilo era só um mal entendido. Que os dois eram namorados e que estavam só brigando. Alguns acreditaram, mas outros continuaram olhando, perguntando-se se deveriam chamar ou não a policia.

- Eu te levo! Eu te levo! Amu, por favor, cala a boca! – Ikuto gritava, tentando segurar a garota contra si e colocar a mão em sua boca.

- Eh, okay então! – ela parou de gritar subitamente, sorrindo para o rapaz como se nada tivesse acontecido. – Vamos lá! – ela chamou, subindo na moto dele, ignorando o olhar de todos assim como seu coração pulsante. Não conseguia acreditar que realmente havia feito aquilo. Era surpreendente que ninguém havia reconhecido ela, e era mais surpreendente ainda o fato de ela e Ikuto terem se falado como se fossem velhos amigos, brigando por alguma coisa.

- Pelo amor de Deus… - o garoto suspira, passando a mão pelos cabelos e ignorando o olhar de surpresa e diversão nos olhos dos amigos. – Vamos logo. Quero acabar com isso. – ele resmunga, subindo na moto.

Amu olha para as costas do garoto, perguntando-se se deveria se segurar nela ou não. Se bem que se ela não se segurasse, era bem capaz de ela acabar caindo da moto em uma curva ou algo assim.

Ela abaixa a cabeça, sorrindo suavemente. Antes, não teria hesitado por um segundo. Teria se agarrado a ele, e usando a desculpa do perigo de cair se não se segurasse, teria abraçado-o com força, ficando o mais próximo dele possível. Além disso, mesmo que tivesse hesitado, o que aconteceu algumas vezes no começo do seu namoro (apesar de a palavra parecer errada, era assim que ela ainda se referia ao período que passaram juntos, pois mesmo que ele não tenha tido nenhum sentimento verdadeiro por ela, ela havia sentindo algo por ele. Algo muito forte), Ikuto teria virado o rosto, dado um sorriso malicioso e pego sua mãos, colocando-as ao redor de sua cintura, tudo isso enquanto fazia algum comentário que a deixaria completamente embaraçada. Provavelmente algo a ver com sua perversão incurável.

- Não vai se segurar? – ela levanta o rosto, surpresa - Você vai acabar caindo e eu não vou me responsabilizar.

- Hm… o-okay. – ela sussurra, alto o suficiente para ele escutar, mas ao invés de colocar os braços ao redor dele, simplesmente segura forte na camisa dele, temendo ser rejeitada caso o tivesse feito.

- Estou dizendo que você vai cair. – Ikuto repete, suspirando e segurando os dois pulsos da garota, coloca seus braços ao redor de seu corpo, segurando-os ali por um momento até ter certeza de que ela não soltaria – Sabe, não é mais tão divertido agora fazer isso. – ele comenta, olhando o rosto da garota pelo retrovisor – Antes você ficava toda vermelha… Ah. – ele para ao ver o rosto da garota adquirindo uma coloração rosada e ri.

- N-não é engraçado! – ela resmunga, virando o rosto de modo que ele não pudesse vê-lo pelo espelho.

- Ah é, e muito! – ele diz, ainda rindo e não percebendo o sorriso feliz que tinha no rosto.

- V-vamos logo! – Amu reclama, enquanto o garoto ria e dava partida na moto.

Secretamente, ela sorriu. Ela quase havia esquecido como era a face sorridente do rapaz. Era bom saber que, apesar de tudo que havia ocorrido, ele ainda sorria daquele jeito para ela. Era… agradável e reconfortante.

Não demorou muito até chegarem no clube da gangue dos Tigres do Norte. Assim que a moto parou, Amu pulou para o chão, sendo surpresa ao ver Kei e Kakeru.

- O que você está fazendo aqui, Amu-chan? – os dois perguntas, tão surpresos quanto ela.

- Eu peguei o Blackwhite pra vocês.

- Há. – Ikuto bufa, ganhando um olhar irritado da garota e respondendo com um seu.

- Vocês dois… voltaram? – Kakeru pergunta hesitantemente, sentindo um clima estranho entre os dois.

- Hã? Não. – Amu responde calmamente, enquanto Kei lança um olhar furioso para o amigo e outro para Ikuto, que dá de ombros, ignorando.

- Ahh é, você ta namorando aquele famosinho. – Kakeru fala, lembrando-se de todas as revistas que sua namorada tinha lhe mostrado.

- O que?! Isso é verdade? – Kei exclama.

- Ah por favor, será que dá para parar de discutir sobre minha vida amorosa? Eu poderia já ter dormido com metade de Tokyo e vocês sequer saberiam.

- O que?!! – agora os dois gritam.

- O que? – Amu levanta uma sobrancelha, entrando no clube – Só porque o Ikuto acabou comigo não significa que vou virar freira. Agora, vamos logo. Eu tenho um trabalho daqui uma hora e quero saber quem é que está detrás dessa máscara.

- Assim como eu. – Ikuto fala, passando na frente e largando sua ‘presa’ no chão, tendo certeza de bloquear qualquer saída, em caso de ele tentar escapar.

- Você não precisa ser tão bruto com ele, Ikuto. Só porque perdeu umas lutas para ele, não significa que tem que tratar ele desse jeito. – Amu fala, ignorando o olhar ofendido e irritado do garoto.

A garota anda até Blackwhite, agachando-se na frente dele e o encarando por alguns instantes, como se tentando adivinhar quem estava ali debaixo. Ela observa enquanto Ikuto se aproxima, e arranca a máscara da cabeça dele, revelando um rosto apavorado, que a olhava com os olhos pretos arregalados, ofegando.

- Por favor, n-não me m-machuquem. Eu n-não fiz n-nada! – o garoto pede, olhando para Amu, pensando que se fosse conseguir alguma compaixão ali, com certeza viria da garota.

- Você é só um pivete. – Ikuto comenta, como se estivesse decepcionado. – Toda essa perseguição para isso? – ele balança a cabeça – Não posso acreditar que perdi meu tempo nisso. Como é que ele conseguiu me vencer?

- Ikuto, calma. – Nagihiko fala, ao lado do rapaz. Entretanto, nem ele conseguia acredita no que estava na sua frente.

- Bom… Pelo menos a gente pegou ele. Agora é só o Ikuto derrotar ele e a gente vai ser a Gangue-Rei! – Kukkai fala, sorrindo.

- Eu não luto! – o garoto no chão fala rapidamente, olhando com medo para Ikuto. Se ele fosse lutar com ele, provavelmente morreria. Ah Deus, por que ele foi inventar de fazer isso…

- Meu nome é Amu. – ele levanta o rosto ao escutar a voz da garota, sentindo uma sensação de calma se apoderar de si.

- Eu… Meu nome é Takashi. Shibuya Takashi.

- Esse garoto emburrado aqui é o Ikuto, e aquele ali é o Nagihiko. O de cabelo marrom é…

- Por que você está dando os nossos nomes para ele? – Ikuto pergunta, impaciente.

- Porque eu sou educada. – ela rebate, calando-o no ato e fazendo alguns garotos darem uma risadinha. – Ignore ele, ok? – ela sorri para o garoto no chão, que sorri de volta, corando. – Agora, eu vou fazer uma questão e quero que você responda com sinceridade, ok?

- S-sim.

- Você é mesmo o Blackwhite?

- …Não.

- O que?! Você pegou o cara errado, Tsukiyomi! – Kei olha para o outro líder.

- O que diabos… Então por que você ta usando essa máscara?! – Ikuto pergunta, olhando furioso para Takashi, que se encolhe, escondendo-se atrás de Amu.

- Você ta assustando ele! – Amu reclama.

- Assustando?! Não, assustar ele é o que eu vou fazer quando enfiar essa máscara na goela dele e…

- Ikuto! – Amu se levanta – Se tudo que você vai fazer é se irritar, é melhor sair daqui!

- Esse é o meu clube! Minha gangue! Quem deveria sair é você!

- Você me deve essa.

- Devo?! Desde quando eu te devo alguma coisa?

- Quem foi que falou para você sobre a droga? Se não fosse por mim, você não saberia de nada e estaria entalado, tentando descobrir alguma coisa, o que não aconteceria tão cedo. Agora, senta ai e fica calado. – Amu empurra o garoto, que cai no sofá, olhando para a garota estupefato. – Bom garoto. – ele pisca, ao sentir ele dando tapinhas em sua cabeça, como se ele fosse um cachorro.

- Bem, mesmo não sendo namorados, ela é a única que trata ele assim e se safa. – Kukkai sussurra para Tadase, que sorri, concordando.

- Takashi-kun, já que você não é o Blackwhite, pode me dizer por que está usando essa máscara?

- E-eu… só queria agradecer.

- Agradecer?

- Teve uma noite que eu estava voltando para casa e uns caras me encurralaram e começaram a me bater. Eles não era ladrões, porque não pediram dinheiro nem nada. Eles só me batiam para… se divertir. Ai do nada, chegou esse garoto todo encapuzado, com essa máscara esquisita e me salvou. Ele derrotou os quatro.

- Bom, parece que esse ai é o nosso Blackwhite.

- Eu tentei agradecer, mas ele já tinha sumido quando percebi. Eu tentei procurar por ele, mas nunca achei.

- Ok. Mas onde se encaixa você se vestir igualzinho a ele? – Nagihiko pergunta, curioso.

- Eu pensei que se ele escutasse que tinha alguém imitando ele, ele viria atrás de mim e ai eu poderia me desculpar. O problema é que toda vez que eu saia, eu encontrava com um grupo de garotos e eles sempre me perseguiam, querendo lutar comigo.

- Ai você fugia. – Amu completa e o garoto concorda.

- Você corre bem rápido. – Kukkai comenta.

- Sou do clube de corrida do colégio.

- Bem, isso é decepcionante. – Kakeru comenta, suspirando.

- Pois é. – Kei cruza os braços – Mas garoto, você deveria parar com isso. Tem um pessoa bem perigoso por atrás do verdadeiro Blackwhite e se eles te pegassem, bom, vamos dizer que eles não seriam tão legais quanto a gente.

- Mas eu realmente quero agradecer a ele!

- Deixa isso com eles. – Amu sorri, olhando para o grupo de rapazes atrás de si – Eles são tão teimosos que só vão parar quando pegarem o verdadeiro. Ai eles dão o recado.

- Não sou garoto de recados. – Ikuto resmunga.

- E você quer o que? Uma medalha? – Amu o olha, irritada.

- Você está bem atrevidinha, não é? O que foi? Tá com o ego inflado porque é famosa agora e ta namorando aquele otário do Kazuma?

- Primeiro, eu sempre fui assim. Se você foi idiota o suficiente para não perceber antes porque estava tentando me levar para a cama, o problema é seu.

- Ouch! – aguém comentou, ganhando risadinhas dos outros.

- Segundo, o único que tem o ego incrivelmente inflado é você. E por último, Kazuma-kun não é otário. – ela se levanta, ajeitando a saia – Agora, se vossa senhoria me dá licença, ó grande dono do clube e líder da gangue, eu e o Takashi-kun vamos embora. – ela puxa o garoto pela mão, parando para lançar um olhar furioso a Ikuto e empurrá-lo novamente em direção ao sofá. Parando na porta, Amu olhou para trás, vendo ele lhe olhando com um misto de surpresa e irritação – Ah, e não precisa agradecer. Até mais… bobão! – ele lhe dá língua, correndo para fora e deixando Ikuto completamente sem palavras.

- Que casal mais lindo, não é? – Nagihiko comenta sarcasticamente, recebendo um olhar assassino de Ikuto.

- Cala a boca. – ele resmunga, para simplesmente receber um sorriso de canto do amigo.

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…:Amu POV:…

Eu não acredito que estou fazendo isso. Eu sou a pessoa mais estúpida que existe na face da Terra. Por que eu fui me apaixonar por aquele idiota do Ikuto? Por que eu não consigo esquecê-lo? Eu tenho o melhor amigo que alguém poderia ter na minha frente, que se importa comigo, me ajuda, me faz rir, me conforta, cuida de mim; e por que eu não consigo…amar ele?

- Amu-chan, por favor, não chore. Eu quem deveria estar chorando aqui. – eu levanto a cabeça, olhando para o namorado mais perfeito que poderia existir e o que eu acabei de rejeitar.

Eu não consigo entender. Já vai completar 3 meses desde que eu e o Ikuto nos separamos. Um mês eu passei chorando pelos cantos e me culpando. O 2º mês eu me recuperei. Parei de me culpar por uma coisa que nunca foi minha falta, ergui a cabeça e segui em frente. Mas parece que foi só na minha cabeça que eu consegui . Meu coração ainda insiste em bater apenas pelo garoto de olhos e cabelos safira, com a mente mais pervertida do mundo, mas com o coração mais gentil e amoroso que eu já vi.

Nós meio que nos aproximamos de novo depois daquele fiasco com o falso Blackwhite. Lógico que não como antes, mas agora acho que podemos pelo menos nos chamar de amigos. Se nos vemos no corredor, sorrimos um para o outro, já nos falamos sem ter aquele clima tenso ou aqueles silêncios estranhos quando acaba o assunto. Apesar de que seu eu fosse mesmo definir a nossa relação, eu iria considerá-la mais uma relação entre irmãos que ficam se provocando do que amigos. É bem estranho na verdade. A gente começa se falando normal, ai do nada começamos a discutir alguma besteira e do nada estamos rindo um da cara do outro. Uma palavra: Es-tra-nho.

Agora que eu penso nisso talvez seja por isso que eu não consigo seguir em frente completamente. Ficar perto do Ikuto desse jeito, vendo ele rir e me tratar como antes, me faz lembrar muito de como a nossa relação era e, algumas vezes, eu me pego desejando que as coisas voltem a ser como era antes. Quando ele me abraçava, me beijava e eu ficava vermelha, para então ele rir de mim e me beijar de novo.

Talvez… Talvez se eu me afastasse dele. Se eu parasse de falar com ele e mantivesse uma distância, eu conseguiria esquecer dele completamente e só pensar nele como um amigo. Quem sabe assim eu conseguiria aceitar a confissão do Kazuma-kun. Mas eu não consigo me forçar a isso. Não dá. No começo eu tentei, mas é mais forte do que. Em um momento eu estou andando pelo colégio, tentando evitar o meu fã-clube (eu tenho um agora. Muito esquisito, na verdade. Eles ficam me perseguindo para tirar fotos de mim. O que eu faço? Corro feito uma condenada, tentando me esconder.) e no próximo estou indo em direção a sala dele.

E a única conclusão em que posso chegar é: sou uma masoquista. Sem dúvida alguma.

- Eu sinto muito, Kazuma-kun. – murmuro, fungando.

- Está tudo bem, Amu-chan. Eu sabia que havia uma chance de eu ser rejeitado. Apesar de eu não saber como você consegue resistir ao meu charme e carisma. – ele fala, como se tivesse realmente pensando sério sobre isso. Sorrio. Mesmo agora ele não quer que eu me sinta mal. Mesmo quando eu estou rejeitando o coração dele, ele ainda tenta me proteger.

- Mas Amu-chan? Você me rejeitou porque realmente não tem nenhum sentimento de amor por mim, ou por que ainda tem sentimentos pelo Tsukiyomi?

- Eh…? – hesito, sem saber o que responder. Então eu percebo que ele já sabe a resposta e só me perguntou para confirmar e abaixo a cabeça, me sentindo pior ainda – Sinto muito.

- Bem, ao menos eu sei que ainda tenho uma chance.

- Eh?! – arregalo os olhos, surpresa. Como assim?

- Bom, se você tivesse me rejeitado por não gostar mesmo de mim, eu saberia que não tenho mais chance. Mas já que é por que você ainda gosta daquele… hã, ser com mentalidade tão subdesenvolvida que foi capaz de rejeitar você, isso significa que eu ainda tenho uma chance de fazer você se apaixonar por mim!

- Kazuma-kun… - olho para ele, sem saber o que dizer.

- Não se preocupe. Seu príncipe encantado aqui vai desfazer o feitiço do mago mal. – ele sorri.

- V-você não entende. Eu juro que já tentei de tudo para esquecer ele. Até fiz aqueles feitiços ridículos que tem nas revistas para garotas, mas… é mais forte do que eu. Eu simplesmente não consigo e não… não acho que eu queira… esquecer ele.

- Não quer, hã? – ele murmura, seus olhos perdendo o brilho de alguns instantes atrás.

- Por favor, Kazuma-kun, não quero machucar você. Se eu pudesse escolher, com certeza já estaria namorando você, quem é que não iria querer ter você como namorado?! Mas eu… Eu não acho que meu coração esteja pronto para esquecer do Ikuto ainda. Ainda tem alguma coisa… alguma coisa que me impede de seguir em frente.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, simplesmente olhando para mim.

- Não importa. Não me importa se você ainda gosta dele. Eu gosto de você. Eu quero que você seja minha namorada.  E eu vou fazer de tudo para conquistar o seu coração. Eu quero ao menos tentar.

- Mas Kazuma-kun!

- Por favor, Amu-chan. Me deixe tentar. Só isso. Eu quero saber que eu fiz de tudo que podia, para que eu não me arrependa no final. Por favor.

- Mas eu não quero machucar você!

- Você só vai me machucar se não me deixar tentar. Hum? – ele sorri, segurando minha mão por cima da mesa – Por favor? Por favor, por favorzinho? Pelo seu melhor amigo do mundo inteiro, que é o mais fofo e lindo que existe? – ele sorri, imitando uma criança e me fazendo rir.

- Okay…

- Yay!

Sorrio. Só espero que isso não machuque a nós dois.


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Notas finais do capítulo

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