As semanas seguintes passaram-se tranquilamente, com a mesma rotina. Encontrava-me apenas um pouco cansada devido à universidade que tem ocupado bastante do meu tempo. Já tínhamos trabalhos para fazer para não falar que tínhamos imensa matéria para estudar para as frequências. Era difícil sim, mas eu ainda achava que valia a pena fazer universidade. É uma das melhores experiências que podemos ter na nossa vida e ninguém devia dispensar esta experiência. Hoje, era Sábado, o que queria dizer que tinha o dia todo para ficar com o Jasper e os meus filhos. O Will estava um fofo e já gatinhava um pouco. Era mais uma tentativa de gatinhar, mas mesmo assim ficava tão orgulhosa. A Amber e a Liv não viam a hora de ele começar a andar para elas poderem ir brincar com ele para o parque, cá de casa. Algumas vezes, o Jasper estava com ele, mas para a Amber e a Liv não era a mesma coisa, elas queriam que ele andasse para poderem correr com ele no parque.
Nesta manhã, levantei-me completamente descansada e fui preparar o pequeno-almoço para todos. Já estava um pouco tarde, por isso, não iria tardar que todos começassem a acordar. O primeiro foi o Will. Fui busca-lo ao berço e depois levei-o para baixo, comigo para a cozinha. Preparei o leite para ele beber e dei-lhe uma bolacha para ele se entreter, enquanto o leite não estava pronto. Não demorou muito tempo para que os outros acordassem. Tomámos o pequeno-almoço todos juntos e depois a Amber, a Liv e o Will ficaram no quintal onde havia o parque a brincar sentados na relva. O Jasper acabou por ir ter com eles, enquanto eu arrumava umas coisas que estavam desarrumadas. Quando chegou perto da hora do almoço, comecei a prepará-lo. Liguei a televisão um pouco para ouvir as notícias.
- Estão oito pessoas reféns no Banco local. O Banco encontrava-se quase a fechar quando foi invadido por dois assaltantes armados. Conseguimos apurar o nome de alguns reféns como Daniel Watters, o gerente do banco, Linda Stevens, uma das empregadas e Esme Cullen, a mulher do famoso advogado, Carlisle Cullen. – Mal ouvi isto deixei cair o prato que tinha nas mãos. A Esme encontrava-se refém no banco.
- Alice, o que foi isto? – Perguntou o Jasper entrando na cozinha. Ele olhou para mim e depois olhou para o chão. – O que aconteceu? – Perguntou percebendo o meu estado.
- A Esme…
- O que tem a minha mãe, Alice? – Perguntou ele num tom mais preocupado.
- Ela encontra-se refém num banco. Acabaram de dizer na televisão. – Disse ainda em estado choque.
- O quê? Tens a certeza que ouviste bem? – Perguntou o Jasper.
- Tenho. Eles disseram: “…e Esme Cullen, a mulher do famoso advogado, Carlisle Cullen.” – Expliquei-lhe. – Liga ao teu pai, Jasper. Ele deve saber de alguma coisa.
O Jasper pegou imediatamente no telemóvel e marcou o número do pai. Tocou várias vezes mas ele não atendeu. O Jasper tentou outra vez. Voltou a tocar várias vezes mas o Carlisle acabou por responder.
- Pai! – Disse ele alarmado. – O que se passa com a mãe? – Perguntou. O Jasper meteu o telemóvel no alta-voz para eu poder ouvir também.
- Também já sabes. – Suspirou o Carlisle num tom desesperado. – Ela foi até ao banco depositar um cheque. Era algo tão simples e ela agora encontra-se refém dentro do banco. – Desabafou ele.
- Sabes de alguma coisa que se tenha passado? – Perguntou o Jasper.
- Não. Os polícias ainda não me disseram nada.
- Mas estás no banco?
- Sim, estou. Assim que soube, vim a correr. Acabei de chegar e estive a falar com um polícia, mas ele não me disse nada. Estão a tentar negociar com os assaltantes, mas ainda não conseguiram nada. – Disse ele. Nesse preciso momento, ouviu-se um som como o de uma arma a disparar. Na televisão, vi os polícias a baixarem-se e depois todos a prepararem-se para entrarem dentro do banco. Eu fiquei imediatamente assustada. A Esme estava lá dentro. Eu só pensava nisso, só pensava que a Esme estava lá dentro e que poderia ter sido ela a atingida. De seguida, ouviu-se outra vez o mesmo barulho e foi isso que desencadeou a polícia a entrar dentro do banco. Era arriscado mas ao fim de dois tiros, era o melhor a fazer. – Jasper, vou desligar. Vou ver o que se passou. Avisa os teus irmãos. Quando souber de alguma coisa, eu ligo. – Disse o Carlisle.
- Está bem, pai. Mantem-me informado. – Pediu o Jasper antes de desligar.
- Achas que alguém foi atingido? – Perguntei com medo.
- Não sei, mas espero que não, Alice. Só espero que não! – Disse ele abraçando-me.
- Mamã! Mamã! Estou com fome! – Exclamou a Liv, entrando ofegante na cozinha, despertando-nos assim do estado em que nos encontrávamos. Desencostei-me do Jasper e olhei para ela, sorrindo fraco.
- A comida já está quase pronta. Volta lá para fora que a mãe já chama. – Disse-lhe.
- Está bem. – Concordou ela abanando a cabeça. Concentrei-me em acabar o almoço e depois fui chamar a Amber e a Liv para almoçar e buscar o Will. O Jasper foi ligar para os irmãos para os avisar do sucedido. Voltei para a cozinha com os meus filhos e dei-lhes de comer.
- Não vais comer, mamã? – Perguntou a Amber. – E o papá?
- Não vamos comer já, querida. Vamos comer apenas depois. O pai está a tratar de uns assuntos e a mãe vai ficar à espera dele para comer.
- Está bem. – Disse ele continuando a comer. Continuei a dar de comer ao Will e depois quando ele acabou de comer, fui adormece-lo. Ele estava cansado de ter estado a brincar a manhã toda, conseguia perceber isso pela carinha dele. Comecei a embalá-lo, andando de um lado para o outro e quando ele acabou por adormecer, levei-o para o seu berço. Quando desci as escadas, vi que o Jasper ainda se encontrava a falar ao telemóvel com alguém. Voltei para a cozinha, para dar a sobremesa às minhas princesinhas. Estava preocupada com a Esme, o Jasper ainda não me tinha dito nada e eu tinha desligado a televisão para a Amber e a Liv não verem o que se estava a passar. Elas estavam mesmo quase a acabar de comer, quando o Jasper entra na cozinha apressado.
- Alice, a minha mãe foi para o hospital. Vou para lá, não percebi bem o que se passou, o meu pai estava desnorteado. – Explicou o Jasper. – Ficas bem sozinha? – Perguntou preocupado.
- Mas o que o teu pai te disse? – Perguntei preocupada.
- Ligou-me rapidamente a dizer que a minha mãe foi encaminhada para o hospital e que ainda não sabia bem o que ela tinha, mas encontrava-se a sangrar do braço. – Explicou ele enquanto se calçava e vestia o casaco. – Vou dando notícias, Alice. – Disse ele, dando-me um beijo rápido nos lábios como despedida.
- Tem cuidado, Jasper. – Consegui dizer antes de ele sair de casa.