No dia seguinte, acordei tarde. Hoje, tinha os meus três filhos comigo. Eu e o Jasper decidimos deixar a Amber ficar, hoje em casa, para recuperar totalmente e só amanhã iria à escola. Quando me levantei, eles ainda estavam os três a dormir, então aproveitei para comer e depois para estudar a matéria que tinha perdido ontem, visto que não fui à universidade. O tempo passou rápido e quando dei por isso, a Amber e a Ali já estavam acordadas. Preparei-lhes o pequeno-almoço e depois elas foram para a sala brincar uma com a outra. Estranhei, o Will ainda estar a dormir. Normalmente ele acordava cedo. Decidi ir ver como é que ele estava. Subi as escadas lentamente e entrei de seguida no quarto dele. Ele ainda estaca aconchegada no seu berço e com os olhinhos fechados. Ele tinha de acordar, senão não dormia de tarde. Cheguei-me ao pé dele cuidadosamente e acariciei a sua bochecha carinhosamente.
- Will, tens de acordar, amor! – Disse baixinho dando-lhe um beijo na testa. Ele começou a resmungar um pouco e foi abrindo os seus olhinhos. Peguei nele ao colo. Ele ainda estava ensonado. Desci com ele e dei-lhe de comer. Ele acabou por despertar aos poucos e depois fui pô-lo na sala para poder brincar com as irmãs. Fiquei a estudar mais um pouco mas desta vez ao pé deles e depois quando chegou perto da hora do almoço, fui começar a prepará-lo. Depois de almoçarmos, fui um pouco com eles para o jardim, para a Amber e a Liv brincarem um pouco no parque. O Will começou a ficar manhoso e rabugento. Estava na hora de ele dormir a sua sesta. Sentei-me num banquinho que tínhamos no jardim e que estava à sombra e adormeci-o ao meu colo. Sabia que ele adorava dormir aconchegadinho a mim. Quando a Amber e a Liv se fartaram de brincar no parquinho e quiseram ir lá para dentro ver televisão, fomos para dentro de casa. Coloquei o Will no seu berço e depois fui estudar mais um pouco, enquanto elas se encontravam entretidas. Não demorou muito para que fossem seis horas e o Jasper chegasse.
- Olá. – Disse ele abraçando-me por trás e beijando a minha nuca. – Como foi o vosso dia? – Perguntou.
- Foi bom. E o teu?
- Cansativo, mas nada melhor do que chegar a casa e beijar a mulher mais bonita no mundo. – Disse ele unindo os nossos lábios. Sorri entre o beijo. – Como é que a Amber passou, hoje?
- Bem. Não se queixou de nada e esteve bem o dia todo.
- Ainda bem. – Respondeu ele sorrindo.
- Ficas com elas, enquanto vou tomar um banho rápido? – Perguntei.
- Claro, vai descansada.
Subi as escadas e dirigi-me à casa de banho. Tomei um banho bem demorado e depois arranjei-me para ir para a universidade. Assim que me despachei, peguei nos meus livros e nos meus cadernos e depois de me despedir de todos, meti-me dentro do carro e dirigi até à universidade. Já estava bastante gente quando cheguei, visto que já era um pouco tarde também. Tinha-me atrasado um pouco. Sentei-me num lugar e a aula começou de seguida. Quando acabou a primeira aula, fui até ao bar da universidade para comer algo. Ainda não tinha comido nada durante a tarde. Sentei-me numa mesa depois de ter a minha comida e passado um bocado, um homem que frequentava as mesmas aulas que eu, veio-se sentar ao pé de mim. Achei-o um pouco nervoso.
- Olá. – Começou ele. Apenas sorri, visto que estava de boca cheia. – Reparei que ontem não vieste à universidade, por isso, tomei a liberdade de tirar fotocópias dos meus apontamentos para te dar. – Disse ele. Ele deveria ser mais novo que eu. Tinha os cabelos num tom de loiro acastanhado e tinha a pele meio bronzeada. Os olhos dele, era um castanho profundo e tinha um sorriso tímido e pequenino.
- Obrigada! – Respondi sorrindo. – Foi muito simpático da tua parte. – Continuei. Ele tirou bastantes apontamentos, deve-se ter esforçado imenso.
- Desculpa, se vou ser indiscreto, mas está tudo bem contigo? – Perguntou. Olhei para ele, confusa. – Como faltaste, ontem, pensei que te teria acontecido alguma coisa. – Explicou ele de seguida.
- Ah, sim! Está tudo bem comigo. Mas ontem ligaram-me da escola da minha filha a dizerem que ele teve uma crise de asma grave e que estava no hospital. Só saí do hospital tarde e preferi ficar com ela, em vez de vir. – Expliquei. Ele parecia um pouco surpreso por saber que eu tinha uma filha.
- Tens uma filha? – Perguntou ele surpreendido.
- Sim, tenho. – Respondi sorrindo. – E tenho mais dois filhos, uma menina com quase três anos e um menino com sete meses. Aquela que teve uma crise de asma, tem seis. – Expliquei. Ele pareceu-me ainda mais surpreendido.
- Então suponho que tenhas um namorado ou algo do género. – Comentou ele um pouco abatido. Ele estava a namoricar-me! Ele queria algo comigo. Coitado, mal sabia ele que eu já era uma mulher comprometida e muito bem comprometida.
- Sim, ou algo do género! – Respondi, sorrindo. – Tenho um marido.
- És casada? – Exclamou ele.
- Sim, porquê?
- Simplesmente pareces muito nova para teres três filhos e seres casada. – Comentou ele. – Não estava nada à espera.
- Pois, eu não sou propriamente velha, mas devo ser mais velha que a maioria de vocês. Tenho quase vinte e cinco anos. 
- Sim, mas mesmo assim acho que pareces muito nova para ter três filhos. – Comentou ele. – Deixa-me adivinhar. Adolescente grávida em que o pai não aceitou o bebé, encontraste outro homem, um carinhoso e amável, e deu-te mais dois filhos. – Disse ele sorrindo.
- Só acertaste na parte da adolescente grávida e já não era bem adolescente, tinha dezoito anos. A minha história é mais bem complicada que isso. – Disse-lhe. – Já agora, não me apresentei. Sou a Alice.
- Prazer, Alice. Sou o Derek. – Disse ele sorrindo tímido. – Bem, acho que está na hora da nossa próxima aula. – Disse ele levantando-se da cadeira. Olhei para o relógio e era verdade, estava mesmo na hora. Fomos os dois em direcção à sala e sentámo-nos nos nossos lugares, o Derek foi ter com os seus amigos. A aula passou num instante e depois, desta aula acabar fui para casa, mas antes de me ir embora, o Derek ainda se veio despedir de mim. Eu não sei, mas eu tinha a sensação de ele querer algo mais de mim, mas ele não tinha quaisquer hipóteses contra o Jasper. Ao lembrar-me dele, sorri automaticamente. Meti-me no carro e dirigi o mais depressa possível para casa. Assim que entrei, subi para o piso de cima, visto o meu pijama e deitei-me aconchegada ao Jasper. Ele acordou comigo.
- Olá. – Disse ele ensonado. – Chegaste cedo. – Comentou.
- Estava cansada e com saudades. – Disse manhosa. – Sabes que houve um rapaz lá na universidade que tentou namoriscar comigo? – Perguntei. Sabia que ele iria ficar todo ciumento, mas queria apenas provocá-lo.
- O quê? – Exclamou ele. - Quem é ele, que vou já ter um conversa séria com ele! – Disse ele cheio de ciúmes.
- É um rapaz que tem as mesmas aulas que eu. – Disse sorrindo para ele. – Coitado, assim que soube que eu era casada e que tinha três filhos, ficou deprimido.
- Hum… se ele voltar a tentar alguma coisa contigo, tem de se haver comigo! Ninguém se mete com a minha mulher. – Disse ele ainda um pouco irritado apertando-me nos braços dele.
- Jasper, não te quero assim! Sabes que só amo um homem e esse homem és tu. – Disse-lhe. – Daqui para a frente, não quero crises de ciúmes, só estava a tentar provocar-te mas reagiste pior do que estava à espera. – Comentei. – Sabes que te amor e muito.
- Sim, eu sei disso. – Disse ele agora mais calmo. – Também te amor. – Disse ele beijando-me de seguida.
- Bem, agora vamos dormir, que estamos os dois cansados. – Disse-lhe, depois de nos separarmos do beijo. Aconcheguei-me melhor nele e adormeci com a cabeça encostada ao seu peito.