Inimigos do Olimpo escrita por Jereffer


Capítulo 29
Capítulo 29: No Oceano (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Ae gente, digitei correndo, mais tarde eu verifico os erros, mas comentem para motivar, porque o proximo cap vai estar cheio de ação



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Annabeth POV’s

 

Durante a viajem até o acampamento, fomos contando a Quíron sobre a nossa missão, quando terminamos ele começou a contar algumas bem ruins que estavam acontecendo.

 

- Um enxame de monstros antigos está rondando dia e noite o acampamento – ele disse amargamente – As defesas mágicas estão resistindo até agora, mas não sei se isso vai durar muito.

 

- Então como você e Argos conseguiram sair do acampamento para virem nos buscar? – perguntei.

 

- Foi necessário grande esforço: Os chalés de Apolo e Ares se colocaram e combate com um drakon gigantesco que barrava a passagem enquanto o chalé de Hefesto o bombardeava o monstro com uma catapulta que lança potes de cerâmica cheios de fogo grego, enquanto isso nós saímos sorrateiramente.

 

- E o que aconteceu depois?

 

- Graças aos deuses, o drakon acabou sendo derrotado, mais foi necessário um esforço enorme para isso, creio se recebermos mais ataques assim, poderemos ficar presos no Acampamento.

 

Era um pensamento assustador, mas outra parte do meu cérebro se perguntava por que o chalé de Atena não se dispusera a lutar, mas quando nós nos aproximávamos da colina meio-sangue, descobri o motivo, apesar de não dar para enxergar bem de longe, era um mostro horrível: Parecia um crocodilo, só que coberto de escama prateadas e tinha mais ou menos o tamanho de dois trens juntos e a altura de uma casa.

 

Quando fomos nos aproximando um pouco, deu para se notar que um grupo de guerreiros tentava afugentar o monstro, mas não pareciam estar tendo grandes sucessos.

 

Foquei os olhos para tentar enxergar os rostos ma o que eu vi não fazia sentido: Uma figura alta e musculosa que vestia um elmo em formato de javali me lembrou um pouco a Clarisse, e tinha alguém lutando próximo a essa pessoa...parecia... espera não parecia, era o LUKE!

 

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Percy POV’s

 

Eu caminhava pelos Campos Asfodélos, escolhendo os guerreiros esqueletos que me acompanhariam até o fundo do Oceano, eu estava disposto a ajudar meu pai a vencer o cerco que Oceanus estava aplicando com perfeição.

 

- Você é muito rigoroso no quesito soldados – disse Hades estalando os dedos, 50 soldados franceses da "guerra dos cem anos" surgiram.

 

- Não é porque estão todos mortos que eu vou utilizar seres fracos – eu disse enquanto analisava o lugar – Você teria uns legionários romanos?

 

- Claro – ele disse estalando os dedos mais uma vez – Quantos você vai precisar?

 

- Uns 300 – eu disse calculando mentalmente – E eu só vou precisar de uns 50 atiradores de machados, nórdicos ou Troianos se for possível.

 

- Acho que nórdicos são melhores – ele comentou, fazendo mais soldados fantasmas surgirem – Isso é tudo?

 

- Acho que sim, agora é melhor eu ir, se rompermos o cerco rapidamente, poderei voltar a tempo da batalha no Olimpo.

 

- Quer chegar a tempo de ver meus parentes serem surrados?

 

- Quando você diz “meus parentes” eu devo presumir que você não está se incluindo na luta?

 

- Porque eu lutaria? Quando eu os avisei que algo estava errado fui taxado como paranóico mentiroso – ele soou como uma criança birrenta, o que me fez suspirar e imaginar o porquê os Olimpianos tinham que serem uma família tão briguenta.

 

- Ok, não vou nem perder meu tempo – eu disse estendendo a mão em um aceno de despedida – Caso o mundo Ocidental sobreviva, espero te ver em alguns dias.

 

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Thalia POV’s

 

O que eu estava vendo não fazia o menor sentido, então olhei para o lado para ver a expressão dos outros, e a expressão de confusão/choque também estavam estampadas no rosto de Quíron e Annabeth mostravam que eu não estava vendo demais, até mesmo alguns olhos do Argos se estavam arregalados de espanto.

 

Um parada brusca feita por Argos me fez retomar a presença de espírito, e apesar de ainda chocada, consegui fazer um raio despencar do céu, esse acertou a boca escancarada do drakon, o isso pareceu fazer os dardos e bronze celestial que estavam presos na gengiva do mostro afundarem, fazendo ele começar a se desintegrar em areia.

 

Argos parou a van a uns 800 metros do limite do Acampamento, provavelmente porque o asfalto nas proximidades fumegava um pouco por causa do fogo grego.            

Continuamos o pequeno percurso a pé, Luke e Clarisse ficaram parados, nos esperando se aproximar, a perplexidade coletiva ainda era demais para qualquer um de nós falarmos quando Clarisse esclareceu tudo:

 

- O nome tem 5 letras, tem tendências sanguinárias, é sarcástico o tempo todo e dessa vez resolveu furtar a foice de Tânatos.

 

O enigma era fácil, apenas da ultima parte eu não estava sabendo, mas antes que eu pudesse pensar com clareza, recebi um mega-abraço-de-urso do Luke, então depois de me soltar ele disse:

 

- A historia é meio longa, então é melhor contarmos ela no lado de dentro do Acampamento.

 

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Percy POV’s

 

Enquanto conduzia minha quadriga puxada por hipocampos, eu imaginava se Charles, Luke e Clarisse já haviam chegado ao Acampamento Meio-Sangue, e só de imaginar as caras surpresas dos outros já era o suficiente para eu começar a rir.

 

Quando mais próximos chegávamos da Cidadela de Poseidon, mas fácil ficava ver a destruição que as batalhas causaram: Alguns pontos nas muralhas ardiam em chamas verdes e em chamas azuis, varias torres de combate foram reduzidas a pó, enormes recifes estavam sendo usados como barricadas improvisadas, e dezenas de trincheiras foram escavadas rente aos muros.

 

Caso você esteja se perguntando o porque existem muros, já que os inimigos podem nadar por cima, então eu explico: Toda a corte de Poseidon e seus arredores são protegidos por uma espécie de cúpula invisível, isso impede qualquer um entrar de entrar furtivamente no local, tem que se passar pelos portões para entrar lá.

 

Uma única fileira de guerreiros sereianos malignos tentava se aproximar dos portões, mas eram retardados por dardos atirados por Ciclopes que estavam protegidos nas trincheiras, então resolvi dar uma ajudinha a eles:

 

- Legionários, ataquem! – eu ordenei, e todos os esqueletos romanos atacaram com suas lanças e escudos, então só precisamos 60 segundos para não restar nada a não ser uma pilha de armaduras partidas.

 

- Auto! Quem vem lá? – perguntou um tritão, provavelmente o que estava liderando as defesas.

 

- Percy Jackson, filho de Poseidon – eu disse erguendo minha espada em saudação, o tritão pareceu relaxar.

 

- Lorde Perseu – disse o tritão com uma reverencia, achei isso estranho, geralmente ninguém me respeitava embaixo da superfície, graças a campanha criada por Amphitrite de caçada ao semideus – Peço desculpas, e que os ataques tem deixado todos muito nervosos.

 

- Sem problemas – eu disse fazendo sinal para ele se levantar – Minhas tropas poderiam ficar posicionadas aqui?

 

- Certamente senhor, cuidarei para que o local seja desocupado – ele disse fazendo uma pausa – Mas antes disso, o Senhor Poseidon deseja velo.

 

Segui o tritão por estradas sinuosas nas cidadelas, enquanto andava pude ver os estragos que a guerra estava causando: Lugares onde originalmente  eram anfiteatros e mercados ao “ar livre” haviam se tornado arsenais e hospitais improvisados, mas por sorte não tive que andar por toda a cidadela, pois meu Pai estava em um templo que havia se tornado um QG  bem próximo das muralhas.

 

Assim que passei pelas portas ladeadas de sereianos, encontrei meu pai com uma largo sorriso, o que raramente significava boa coisa.

 

- Percy, que bom ver você! – ele disse com uma voz estranhamente animada.

 

- Soube que quer falar comigo, diga – eu disse desconfiado.

 

Percebi que Amphitrite estava sentada ao lado dele, ela me olhava de modo estranho... seria pena?

 

- Bom, eu tenho um presente e um favor a te pedir...

 

- Comecemos pelo presente – eu sugeri.

 

- Tudo bem – ele disse fazendo uma aceno com as mãos, um Ser que eu não pude ver direito por causa de uma mesa surgiu ao seu lado – Esse é um animal que a muito tempo não se reconstitui, desde que um filho de Zeus o matou, e como você gosta de seres exóticos, achei que poderia querer esse.   

 

A criatura saiu de trás da mesa e eu vi que era um leão: Era enorme, do tamanho de uma zebra, respirava em baixo d’água e tinha um lindo pelo dourado, também vi que ele tinha um tridente negro “tatuado” no flanco, o que me fez exclamar maravilhado:

 

- O leão de Tróia!

 

- Sim – ele concordou sorrindo – Usei esse leão para punir os troianos por não pagarem a muralha que eu havia construído para eles, mas deixando a historia de lado, vai querer ele?

 

- Mas é claro – eu exclamei, foi quando meu cérebro percebeu algo – Espera aí... Os sereianos estão me tratando bem, Amphitrite ainda não tentou me matar, e você está me dando presentes... Qual é o favor que você quer me pedir?

 

O sorriso dele murchou, então ele disse com a voz mais séria e calma:

 

- Tem um trabalho que eu não confiaria a mais ninguém, por isso eu preciso da sua ajuda....

 

- Estou ouvindo.

 

- O seguinte é: Não temos força para derrotar Oceanus, ele tem um exercito maior e também está contando com a ajuda de Ceto, você se lembra dela?

 

- Claro que sim – eu disse – Tal beleza não se apaga de nenhuma memória, mas continue – eu incentivei.

 

- Quero propor um desafio a Oceanus: Um contra um, um duelo único, e com sorte poderei vencê-lo sem que meu exercito tenha maiores perdas, mas alguém tem que levar a proposta....

 

- Traduzindo: Você quer expor meu pescoço a um risco que não deixaria Triton, Rhoda, ou Bentesicima correrem?

 

- Essa é a idéia – disse Amphitrite.

 

- Não é isso... - ima dizendo meu pai desconcertado, mas eu o cortei.

 

- Poupe me da sua falsidade – eu rosnei – Escreva a mensagem, levarei ela para Oceanus.

 

- Isso significa... – ia dizendo Poseidon quando eu emendei.

 

- Mas aceito o leão.

 

Enquanto meu pai escrevia o desafio em um pergaminho que parecia ser feito de alga marinha ( e provavelmente era) Algumas nereidas vieram me bajular, em situações normais eu teria as afastado, mas dessa vez permiti, e bom ter o ego massageado depois de tentarem literalmente te comprar, e em dez minutos Poseidon terminou a mensagem, junto a mim iria um ciclope segurando uma bandeira branca, e um arauto, para anunciar minha chegada e intenções.

 

- Onde Oceanus esta? – eu me lembrei de perguntar antes de sair, enquanto guardava o pergaminho no bolso.

 

- Acampando a 4 milhas daqui, é só seguir reto assim que passar pelos portões da muralha.

 

- Ok – eu disse me virando e indo em direção a porta.

 

- E, Percy... – ele ia dizer alguma coisa quando eu interrompi.

 

- Relaxa, caso algo de errado, não irei fazer nenhuma grande diferença mesmo – eu disse saindo e fechando a porta.

 

Montei na minha Quadriga e sai a toda velocidade rumo ao acampamento inimigo, o ciclope ia agitando a bandeira branca, e em pouco minutos já estávamos chegando no local onde começavam as defesas do posto avançado dos Titãs.

 

- Abram espaço – ia gritando o Arauto a frente – Príncipe do mar passando, ele requer uma audiência com o Senhor Titã Oceanus.

 

Eu não sei de onde ele tirou essa historia de príncipe do mar, mas pelo menos os soldados inimigos nos deixando passar, até chegarmos ao trono onde o Titã estava.

 

Oceanus parecia de certo modo um sereiano, só que tinha pelo menos três metros, e a pele acima da cintura era azul-celeste e escamosa, tinha um rosto fino e orelhas pontudas, ele vestia um manto verde-mar no corpo.

 

Ao lado dele havia uma figura que eu tinha vaga lembrança: Era Ceto, Titã dos monstros marinhos, mas algo que eu nunca entendi era como uma divindade Titã dos monstros poderia ser tão bonita.

 

- O que te trás aqui, herói? – Perguntou Oceanus, ele carregava uma cobra viva em uma das mãos, eu sabia que ele podia a usar como espada.

 

- Tenho uma mensagem de Poseidon – eu disse com a voz firme.

 

- Leia para mim.

 

Eu Poseidon, por graça de Zeus, por conquista e aprovação, rei dos mares, senhor dos oceanos, praias e recifes, portador das tempestades, pai dos cavalos, causador dos terremotos, A Oceanus, divindade Titã do Mar, saudações!

 

Para evitar o abominável derramamento de sangue e outros adventos que são inevitáveis em tempos de guerra, sugiro que arrisquemos nossas divinas pessoas em um combate individual.

 

A luta será até a desistência ou incapacidade de um de nós, deixo a cargo do meu mui estimado filho Perseu, herói imortal, Lorde das águas, que acerte os termos e regras do combate, que deverá ser realizados em 48 horas, a recompensa será rendição parcial ou total

 

Que a gloria acompanhe os da sua casa, Poseidon.

 

“Quanta ladainha” eu pensei.

 

- Me diga, Lorde Perseu... – disse Oceanus com suavidade – Porque eu arriscaria tudo em um combate, se minhas tropas iram destruí-los em poucas semanas, mas provavelmente seus deuses insignificantes caíram antes, então isso nem será necessário.

 

- Então tem pouco a temer – eu disse resoluto.

 

- Não é questão de temer, e só... – ele disse com a voz mais aguda, ele estava caindo na minha.

 

- Então quer dizer que você evitará um combate que provaria sua honra, com um deus que você acabou de acusar ser insignificante?

 

Todos olhavam para ele agora, minha armadilha havia dado certo.

 

- Então está feito filhote de deus – ele disse apontando para mim, seus olhos brilhavam com fúria – Só torça para o tridente do seu pai seja mais poderoso que seus discursos.

 

 


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