Inimigos do Olimpo escrita por Jereffer


Capítulo 30
Capítulo 30: No Oceano (parte 2)




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Annabeth POV’s

 

Quando passamos pelos limites do acampamento, fomos para a Casa Grande, onde encontramos Beckendorf também, mas ele e Silena pareciam muito ocupados em matar as saudades, então ficou a cargo de Luke e Clarisse nos contarem a historia.

 

Quando eles chegaram a parte em que o Percy faz referencia a estar fazendo aquilo por diversão e não por bondade, fiquei pensando se Percy foram sincero sobre isso, apesar de eu não poder dizer que realmente o conhecia, qualquer um podia notar que ele não gostava de ser tratado com herói.

 

- Então... foi simples assim? – perguntou Quíron perplexo depois que eles terminaram de contar a historia.

 

- Pelo visto, é – respondeu Luke meio sem graça, eu tinha impressão que todos nós o encarávamos com total perplexidade.

 

- Bom, fico feliz que vocês estejam novamente vivos – disse Quíron, quando conseguiu sair do seu estado “super surpreso” – Mas eu acho que é melhor eu ir alertar o Olimpo sobre esse monstro primordial.

 

Dizendo isso, ele assumiu sua forma de centauro e ao passar pela porta, saiu em alta velocidade a galope.

 

- Bom... – eu disse também saindo do meu estado mega surpresa – Bem vindos de volta.

 

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Percy POV’s

 

Depois de acertar as regras com o Titã, parti a toda velocidade para a fortaleza de Poseidon, eu não gostava de ficar perto de exercito inimigo, mesmo sabendo que eles não iam me ferir, para que eu pudesse voltar e entregar a mensagem para o meu pai.

 

Ele me esperava na primeira fortaleza depois da muralha, o que mostrou que ele estava muito ansioso para ouvir a resposta.

 

- Você está vivo! – ele exclamou ao me ver entrar pela porta.

 

- Sério? Não tinha notado – eu disse sarcasticamente – Nem precisa demonstrar sua decepção.

 

- Eu...

 

- Poupe seu fôlego, você vai precisar dele para a batalha – eu resmunguei.

 

- Ele aceitou?

 

- Deixa eu ler para você:

 

Eu, Oceanus, por graças de Cronos, por direito hereditário, rei do oceano, atualmente exilado, a Poseidon, deus dos mares, saudações.

Vendo pelo ponto de apresentado por sua senhoria, concordo em arriscar nossas divinas pessoas em combate, e deixo a cargo de seu mui estimado filho para lhe informar as regras estipuladas para o combate, mas peço que as batalhas não se cessem até a hora do nosso combate.

 

Que a glória acompanhe os da sua casa, Oceanus.

 

- Porque vocês têm que falar com tanta ladainha nos comunicados oficiais?

 

- Tradição – ele explicou com tédio – Mas me diga, quais são as regras?

 

- Vocês devem usar seus símbolos de poder como arma, e não podem ter mais de 5 peças de armadura, deverão se enfrentar em dois tipos de combate: Montados em bigas ou quadrigas e um clássico combate comum, poderão ser acompanhados por três escudeiros.

 

- Escudeiros?

 

- Servem como médicos, juizes e ajudantes em um combate – eu respondi impaciente – Se não tem mais nenhuma pergunta, precisam de mim nas trincheiras.

 

- Percy...

 

- Até mais – eu disse fechando a porta.

 

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Não vou descrever aqui os dois dias de batalha, então um resumo geral serve: Oceanus pelo visto queria nos liquidar antes do combate, pois legiões de monstros nos atacaram o tempo todo, e sempre que conseguíamos derrotar um exercito inimigo outro surgia para nos enfrentar.

 

A batalha estava tão intensa que meus poderes auto-curativos nem conseguiam acompanhar a velocidade em que eu era ferido, e depois de 45 horas eu já tinha sido: transpassado por 15 lanças, ferido por 18 flechas, recebido 49 golpes de espada, e levado uns 10 golpes de machado, então quando finalmente as tropas de Oceanus se retiraram, provavelmente pela proximidade da hora do combate.

 

Então como era de se esperar, eu tive que ser literalmente carregado por umas nereidas até uma maca num dos hospitais improvisados.

 

Enquanto uma nereida me ajudava a tirar minha armadura, eu ia mastigando alguns pedaços de Ambrósia, e eu já estava me sentindo muito bem quando ouvi a voz que eu menos queria ouvir no momento:

 

- Percy?

 

- Ah, por favor, vá arranjar outro para encher o saco.

 

Minha intenção era ofender, mas infelizmente não funcionou.

 

- Eu só queria avisar que o duelo é daqui a duas horas – disse Poseidon.

 

- E o que eu tenho a ver com isso?

 

- Você será um dos escudeiros.

 

- A fala sério – eu disse me levantando – Você tem um zilhão de filhos, será que poderia designar outro apara tarefas perigosas, só para variar?

 

- Err... não.

 

- Ta – eu resmunguei.

 

Apesar de estar desmaiando de cansaço,não valia a pena dormir pouco tempo, então resolvi ir afiar a minha espada, meu sexto sentido de meio-sangue me dizia que eu usaria ela antes que o esperado.

 

Fui até um dos arsenais, e como todos lá estavam ocupados, resolvi fazer isso eu mesmo, mas eu devo ter dormido em pé, porque o que me pareceu minutos na verdade foram horas, e logo um ciclope veio me chamar, para avisar que meu pai já ia para a arena, então vesti minha armadura apressadamente e fui para os portões.

 

Consegui chegar a tempo, cheguei aos portões no exato momento em que a carruagem de Poseidon passava por lá.

 

- Achei que tivesse morrido – disse Amphitrite, que também seria uma “escudeira”.

 

- Desculpe desaponta – lá – eu disse com um sorriso de sarcasmo.

 

A arena de combate havia sido montada a uns 500 metros do acampamento inimigo, era basicamente uma área de 15 metros cercada por estacas e cordas.

 

Assim como o nosso, o exercito inimigo comparecera para assistir o combate, e algo me dizia que eles não agiriam de forma pacifica caso Oceanus perdesse.

 

Oceanus já estava lá quando chegamos: Montado em uma biga puxada por lagostas gigantes e armado com a sua cobra.

 

- Cumprimentem - se – pediu um dos escudeiros do Oceanus.

 

Poseidon e Oceanus fizeram uma curvatura forçada um para o outro e montaram em seus respectivos veículos.

 

- Comecem – eu anunciei, já que ninguém tomava a iniciativa.

 

Os dois veículos começaram a andar, indo de frente um contra o outro, Oceanus começou a brandir a sua cobra e meu pai levantou seu tridente, os dois passaram quase relando um no outro, mas não se atingiram, depois fizeram uma curva e partiram para um novo ataque.

 

Quando se encontraram novamente, Poseidon conseguiu acertar a biga de Oceanus, isso a desestabilizou, mas Oceanus conseguiu acertar um dos Hipocampos que puxavam a quadriga de Poseidon, fazendo ele perder um pouco de velocidade.

 

Eles investiram em mais um ataque, foi ai que as coisas deram errado: A biga de Oceanus pareceu travar ao passar por cima de uma ondulação e os Hipocampos pareceram se enroscar nas rédeas, e então as duas carruagens bateram uma na outra com um estrondo.

 

Um nuvem de poeira se ergueu, então nós e o escudeiros o Oceanus fomos ver se eles ainda estavam inteiros.

 

- Querido, você está bem? – perguntou Amphitrite assim que chegamos perto da carruagem, que havia sido convertida em um monte de metal retorcido.

 

- Estou, mas estou meio preso aqui dentro - ele disse, enquanto isso eu ia procurando a porta.

 

- Saía de perto da porta – eu avisei antes de enterrar minha espada nas laterais da porta, cortando as travas.

 

Com ajuda de Triton, conseguimos puxar ele para fora dos destroços, e foi bem a tempo, pois Oceanus também já havia conseguido sair do sua carruagem.

 

- Agora a luta vai ser do modo convencional – eu disse enquanto ajudávamos Poseidon a ficar de pé.

 

- Me desejem sorte.

 

- Vá sonhando – eu disse enquanto ia para trás das estacas que demarcavam o limite da arena.

 

- Comecem! – anunciou alguém.

 

Poseidon foi o primeiro a investir dando um golpe lateral com o tridente, golpe que foi aparado por Oceanus, sua cobra/espada cuspiu algo que parecia suspeitamente com acido.

 

E assim se estendeu a batalha, que ficava mais sangrenta a cada minuto, os dois já vertiam muito icor quando eu sugeri:

 

- Pausa?

 

- 5 minutos? – pediu Oceanus.

 

- Três – rosnou meu pai, e então abaixaram as armas e foram cada um para um lado.

 

Amphitrite e Triton foram o ajudar fazendo alguns curativos, enquanto isso eu observa os procedimentos com tédio.

 

- O que acha dele? – perguntou Poseidon apontando para Oceanus.

 

- Ele é bom – eu admiti – Mas tem uma defesa primitiva, ataque menos e observe mais que você derrota ele em um instante.

 

Quem sabe eu estivesse subestimando as habilidades de Oceanus, pois assim que a batalha se reiniciou, Oceanus mostrou ter recuperado o fôlego, pois atacava com impressionante velocidade.

 

Mas como eu previ, durante um grave descuido, Oceanus foi atingido por um golpe vertical que o acertou por baixo da armadura, o fazendo cair.

 

Poseidon recuou, esperando que ele se levantasse, foi ai que algo estranho aconteceu: A água pareceu fervilhar sobre Oceanus, e então uma espada de bronze se materializou transpassando Oceanus.

 

- Traição! – gritou um escudeiro inimigo – Atacaram nosso senhor enquanto ele estava imobilizado, ao ataque!

 

Então me ocorreu que aquele exercito não estava ali só para assistir, e que provavelmente Oceanus nunca teve a intenção de se render caso perdesse.

 

Em segundos aquele lugar foi tomado pelo caos, as duas tropas se chocaram com ferocidade, armas se chocavam dos dois lados, tornando quase impossível se mover sem ser fatiado em pedaços.

 

Minha mente estava no piloto automático: Desviar, cortar, defender, golpear, e se na fosse por isso, eu teria acabado morto, já que tudo estava em uma confusão de estrondos, brilhos e sons, eu tentava me manter lúcido, mas havia recebido pelo menos 5 pancadas na cabeça.

 

De repente tudo começou a ficar silencioso, e mesmo estando meio desnorteado, consegui perceber: havíamos vencido.


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