Angels By Chance - Destino Traçado - HIATO escrita por Juffss


Capítulo 5
Medos --> Parte I


Notas iniciais do capítulo

Gente só para contar as fobias dos 4 primeiros sao:

Mia: Abissofobia - medo de abismos, precipícios.
Matthew: Talassofobia - medo do mar
Julieta: Automatonofobia - medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animadas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível)
Ben: Acrofobia - medo de altura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/83037/chapter/5

 

Eu estava vendo tudo se aproximar aos poucos. À medida que o carro subia o precipício eu sabia que meu medo estava mais perto do que nunca. Eu estava subindo o meu medo, literalmente. Tentei olhar para outro lado e me concentrar nas árvores que passavam, mas não dava.

Assim que o carro parou tivemos que sair e passar pelo projeto de floresta que tinha ali.

- Eu não dou um passo a mais!_ falei quando as árvores acabaram e vi apenas pedras à minha frente.

- Anda Mia... Temos que superar isso_ Matt falou estendendo a mão para mim.

- Vamos... _ disse prendendo a respiração e a soltando em um ritmo descompassado e medroso. _... Logo, então._ terminou minha frase.

- Vamos_ Matt sorriu me encorajando.

Chegamos bem próximo a beirada do precipício e eu olhei de cima para o mar nervoso que se estendia por lá. Matt também teria problemas. Comecei a cantarolar uma música inaudível enquanto pulava para segurar a barra de aço que me penduraria no precipício.

Matthew fez os mesmos movimentos que consegui fazer e se posicionou do meu lado olhando para frente enquanto meus olhos procuravam o mar. Não encarávamos o nosso verdadeiro medo.

- Está tudo bem?_ ele me perguntou preocupado.

- Agüenta quanto tempo mais?_ perguntei em resposta.

- Vai chover, e se chover vai ficar escorregadio, tirando isso... Você está bem?_ ele voltou a perguntar.

- Tirando que eu estou pendurada em um precipício, eu estou bem_ sorri sinicamente.

- Tem um mar revoltado aí em baixo, então fique caladinha que eu não vou pular pra te salvar_ ele falou chamando meu olhar de fúria.

 

 

Mia me olhou nervosa, ela achava que eu estava falando sério? Sorri em resposta pra minha irmã medrosa. Se ela realmente achava que estava falando sério eu ficaria feliz em dar um motivo para ela parar de acreditar nisso: se a deixasse morrer aqui, quando chegasse lá, o Scott iria me matar!

- Idiota_ ela murmurou.

- Eu?_ falei brincando.

- Matt quando eu sair daqui terei o prazer de te bater e dessa vez não vai ter Ethan que me segure._ jogou.

- Mas haverá Scott!_ eu ri.

- Você esta me provocando!_ ela falou movendo a perna numa tentativa de me chutar.

- Fica quieta se não você vai cair_ mandei. Mas desde quando a Mia obedece alguém? Para piorar a situação começou a chover._ Mia eu estou falando sério.

- Não, não está, tudo pra você é uma brincadeira? Existem sentimentos, sabia?_ lágrimas começaram a cair de seus olhos.

- Mia, você está com medo, suas emoções estão misturadas e você não está raciocinando bem, para de se mover_ pedi e dessa vez ela parou, porém seu rosto continuou baixo deixando as lágrimas pingarem no mar junto com as gotas da chuva.

Minhas mãos começaram a escorregar e eu sabia que as dela também escorregavam, mas ela parecia tão absorta em pensamentos que nem se dava conta que ela estava caindo.

- Mia, se concentra_ pedi enquanto deixava meus olhos voltarem para as pedras, mas poucos minutos depois escutei o baque de um corpo contra a água. Olhei para o lado procurando estar escutando coisas, mas Mia havia caído.

Lutei contra me próprio medo quando ergui minhas pernas e soltei minhas mãos da barra, me deixando cair entre as ondas. Não deixaria minha irmã sozinha.

 

 

Minutos de tensão se fez quando o corpo de meu Matthew afundou nas águas. As ondas revoltadas não ajudavam. Foi quando vimos dois corpos submergirem e eu soltei um suspiro de alivio. Porém meu medo de perdê-los voltou quando as ondas voltaram a soterrá-los.

- Não temos tempo para vocês verem o desenrolar dessa situação_ Carlisle falou quando senti braços me puxarem para fora da sala e a imagem das ondas quebrando em cima dos Hale desaparecer.

Eles nos levaram até uma sala de treinamento, no próprio prédio da ASM e nos fizeram subir em uma plataforma qualquer. Assim que nós chegamos ao topo eu fechei meus olhos desejando não ver o que via.

- A missão de vocês é fácil_ a voz de Esme soou no comunicador_ terão que atravessar até a próxima plataforma e usaram os ventríloquos e as estátuas de cera para fazer esse trajeto.

Eu apostava um bom dinheiro de que ela estaria rindo agora sobre isso. Talvez já fosse a hora de superar minha fobia em ver tocar essas formas que representam falsamente um ser sensível. Mas não adiantava eu falar que era “a hora” se eu não conseguia me mover e agarrar um pé ou braço disso, e era estranho fazer tudo isso. Ben também não se movia.

Naquele momento os nossos medos estavam mais fortes do que nossa vontade de dar um passo a frente e garantir a nossa “promoção”.

- Temos que fazer isso_ eu murmurei quando a imagem do meu marido pulando no mar para salvar a irmã vagou pela minha cabeça.

 

 

Não que Julieta fosse orgulhosa de mais para não admitir que um homem superasse seu medo e ela continuasse parada frente a sua fobia, mas esse homem em questão era seu marido e ela sentia a necessidade de dar seu melhor para orgulhá-lo assim como ele a orgulhava.

Mas eu era orgulhoso de mais para vê-la superar a sua fobia a minha frente enquanto eu estava parado na plataforma com medo da altura.

- Vai precisar de ajuda para avançar?_ perguntei em dúvida se ela conseguiria saltar para a primeira boneca.

- Não_ ela falou concentrada em um lugar qualquer. Seus pés pareceram concordar quando ela saltou e segurou em um ventríloquo e fechou seus olhos, provavelmente imaginando que fosse outra coisa.

Eu segui seu exemplo voando em algum daquelas coisas penduradas. Minha mente gritava para não olhar para baixo, mas nunca fui bom em me obedecer. Era estranho, é, eu sei, mas eu deixei meus olhos vagarem para o chão contradizendo minha mente.

- Ben_ a voz de Jullie soou apavorada.

Meus olhos a procuraram com urgência e a vi agarrada aos pés de um boneco. Provavelmente havia escorregado, e se que em condições normais ela voltaria para o lugar com facilidade, mas ela estava com medo.

Era a Jullie e eu precisava salvá-la. Pouco me importei de onde ou como estávamos, eu só me aprecei em segurar sua mão e não deixá-la cair.

- Os pés desse boneco são... Repulsivos_ ela falou com cara de nojo e eu ri.

- Está preocupada apenas com os pés do boneco?_ perguntei enquanto nos movíamos para o final do nosso desafio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Cade meus reviews?

Gente voocs notaram que já mudei o nome né?

Isso significa que já reli e concertei os erros da antiga "Como é Bom ser Espião" que passou a ser chamada "Anges By Chance - Amor sob Medida"...

Entao até viu gente...

Beijoooos

Juuh



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Angels By Chance - Destino Traçado - HIATO" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.