Angels By Chance - Destino Traçado - HIATO escrita por Juffss


Capítulo 6
Medos --> Parte II


Notas iniciais do capítulo

Gente só para contar as fobias desses 4 são:

Renée: Batracnofobia - medo de anfíbios (como sapos, salamandras, rãs etc.)
Jasper: Motorfobia - medo de automóveis
Elena: Claustrofobia - medo de espaços confinados ou lugares fechados
Scott: Criofobia - medo de frio intenso, gelo ou congelamento (Não resistir a ironia de fazer isso... Titanic é tudo )



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Eu estava assustada, depois da “missão” de Jullie seria a minha vez de superar a fobia. E bem, Jullie havia superado a sua há alguns dias, e Mia também... (Nota mental: deveria ter jogado a Mia de um precipício há mais tempo, quem sabe ela não descobrisse seu lado radical antes?) Eu já estava em uma sala esperando tranquilamente, mas essa espera era agonizante. Meus olhos vagaram pelo vidro a minha frente e eu vi Jasper sendo posicionado em outro ambiente.

- Se não é mais uma prova!_ A voz de Carlisle soou preocupada, porém divertida_ Essa vai ser divertida e simples, é só vocês se salvarem_ ele riu_ do quê?_ ele perguntou por nós_ descubram vocês mesmos.

Sua voz desapareceu e as luzes se apagaram causando uma atmosfera de medo. Eu não me senti mais sozinha, mas também não sabia por quem estava acompanhada. Luzes do lado em que o Jazz estava se ascenderam e eu vi carros tentando atropelá-lo. Eu o via saltando de um lado para o outro se desviando dos carros com a agilidade de Jullie.

Senti uma coisa fria e úmida se encostar a minha perna e congelei quando olhei para baixo. Sapos, rãs e salamandras me rodeavam pulando de um lado para o outro. Eu estava atordoada com isso. Minhas mãos começaram a tremer e a suarem frio. Sacudi minhas pernas tentando afastar quaisquer coisinhas dessas de chegarem perto de mim.

- Esqueci de avisar que só um pode salvar o outro_ Carlisle voltou a falar_ ou seja, o Jazz vai ter que achar os carros pretos com os faróis apagados que são nove e a Renée vai ter que colocar o mesmo número de anfíbios em cada caixa escondida em seu ambiente.

 

 

Meu corpo se desviava dos carros com agilidade. Eles eram muitos e encontrar os nove carros pretos seria um pouco difícil. Eu não entendia ao certo o meu apavoramento com carros, quer dizer eu gosto de vê-los, dirigi-los e essas coisas... Mais se eles estavam se movendo longe de mim, ou perto, como esses, eu entrava em desespero interno.

Minha mão soava-frio e dificultavam as acrobacias que fazia para cair de ponta cabeça. Eu não havia saído do lugar em nenhum momento só tentava me manter vivo por ali. Tentei ao máximo bater em todos os carros que encontrava tentando achar o preto.

Eu caí em cima dos carros e juntamente um colapso me arremessou para trás. Tentei alcançar alguma coisa para me segurar e uma luz no centro da sala, que me separava da Re, se ascendeu quando encontrei barras em movimentos.

Reparei e notei estar sobre o capô de um carro preto. Então quer dizer que nem os carros sabem onde os pretos se escondem? E que os pretos estão em movimento pelo local? Tomei a maior quantidade de coragem que consegui e meus olhos abaixaram para os faróis ligados. Eu tive calafrios em fazer isso, mas mantive meu medo sobre controle. As luzes iam passando revelando movimentos imperceptíveis de veículos escuros. O que faltava era alcançá-los nos momentos certos.

Uma luz do lado da primeira se ascendeu e eu entendi o significado delas: cada luz acesa significava quantos objetos encontramos. Olhei para Renée e ela sorriu confiante. Levantei-me e continuei a desviar dos carros fazendo acrobacias e movimentos que mamãe me ensinou. Só me restava encontrar os carros pretos.

 

 

- Elena_ chamou Esme, a olhei prontamente_ você pode pegar uma caixa de insetos no último andar pra mim?

- Pego sim_ falei com um sorriso.

- Scott, vá ajudá-la_ Ela completou e fiquei congelada com minha respiração descompassada.

- Esme..._ chamei com a voz falhada_ a chave_ ela sorriu pegando alguma coisa em sua gaveta e mandando para mim_ anda Scott, vai ficar parado ai?_ perguntei ao ver seus não-movimentos.

- Você é louca_ ele murmurou se levantando e soltando a mão da esposa.

- Não sou louca, só tenho uma aposta a ganhar_ sorri em direção ao Ethan que caminhava para se sentar ao lado da Mia. Emmett gargalhou entendendo o que quis dizer.

Olhei mais uma vez na direção da tela e a vi ser dividida em duas partes: uma com as acrobacias de Jazz e os anfíbios da Renée; e outra com o elevador.

A subida foi simples e não aconteceu nada, mas eu sabia que uma hora ou outra eu iria ficar presa de um lugar fechado. Meus pés relutaram a voltar para o elevador, mas eu controlei-os. A descida também ia bem até um baque que fez meu corpo ser arremessado ao ar e cair cortando a minha testa.

- Isso só acontece comigo_ reclamei me levantando e colocando a mão sobre o ferimento. Scott me olhou preocupado e caminhou em minha direção.

- Me deixa ver_ ele pediu colocando as suas mãos em meu rosto e o abaixando para olhar melhor.

- Ok, papai._ zombei_ sabe que um cortezinho não vai me impedir de nada._ disse me soltando de suas mãos e chegando para trás.

Talvez um corte não fizesse nada, mas a claustrofobia faria. Deixei meu corpo escorregar sob a parede e não me senti acolhida quando cheguei ao chão.

 

 

Respirei sentando ao lado da Lee e esperando que meu corpo começasse a congelar, porém nada aconteceu, nos primeiros minutos, comigo. Ao meu lado havia um ataque claustrofóbico em forma de pessoa. Lee já tinha os olhos marejados e tentava parecer calma.

- Tenta a respiração cachorrinho_ sugeri enquanto fazia a mesma.

- Eu não estou grávida_ ela me olhou_ isso é pra grávidas, Scott.

- Então coloca a cabeça entre as pernas_ mandei.

- Pra tontura_ contou.

- Você é muito difícil_ reclamei._ o que se faz, então, para claustrofobia?

- Nada_ ela riu.

Ficamos conversando por um tempo até ela se acalmar e se acostumar com o ambiente. Devo ter levado alguns minutos para fazer isso, mas, aos poucos, ela foi se soltando e agora ela já cantava para passar o tempo, completamente calma. Um quadrado no teto se abriu e um líquido extremamente frio nos molhou me trazendo a realidade.

- Acho que temos que sair por ai_ Lee falou e eu me levantei. Estava decidido a fazer isso. Saltei e segure a beirada do quadrado me levando para cima.

- Me dá a caixa_ pedi e ela estendeu o objeto para mim. A coloquei ao meu lado e me arranjei para puxar Elena para cima_ agora vem você._ ela segurou minha mão e eu a trouxe para cima._ Agora é subir_ olhei para cima e uma luz lá em cima se ascendeu.

Uma coisa branca começou a cair e quando ela se aproximou eu percebi ser neve. Senti a mão de Elena segurar a minha e a conduzi para uma corda. Ela sorriu e eu fiz o mesmo para ela.

- E então, vai querer falar sobre o que?_ perguntou tentando me distrair dos flocos de neve que caiam esfriando intensamente o local.


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Notas finais do capítulo

Gente desculpa, mas nao resistir a colocar o medo de frio para o Scott, é, Titanic na veia!

Bom, mas entao eu quero saber de voocs...

Gostaram?

Até os reviews...

Beijoooos

Juuh