Fiquei boquiaberto.

                Carros que voavam lotavam o ar em rodovias voadoras muito organizadas.Era tudo realmente enorme.A cidade era enorme. Havia tudo que você pudesse imaginar lá.Lembrei-me do Cassino Lótus.

                Vi um grande parque de diversões mais ao longe. Crianças corriam despreocupadas nas ruas. Estávamos passando por uma grande rua com lojas de alto estilo. Todas com vitrines cheias e muito bem arrumadas. Vi um senhor vendendo algodão doce rosa para algumas crianças que depois voltaram a pular corda.

                Tudo era realmente perfeito.

                E no meio da cidade estava um enorme castelo, todo trabalhado em cristais e vidro. Apressamos o passo e fomos nos aproximando do castelo.

                Olhei para cima e vi a mesma bola azul flutuando sobre o castelo, na torre mais alta. Ela tinha umas pedras com alguns rostos voando em movimento circular ao redor da bola que brilha.

                Tudo piscou.

                _Não. Está piorando a cada momento. Devemos nos apressar. – a Rainha disse e entramos no castelo.

                _O que está piorando? – Annabeth tomou frente.

                _Já vão saber. Vamos. – subimos num grande elevador de vidro panorâmico, no salão de entrada do castelo. Várias pessoas estavam trabalhando e não deixaram de fazer a reverência ao passarmos.

                O elevador subiu até um andar de reuniões, descobri isto pelo circulo de mesas com uma cadeira maior na extremidade dela, devia ser a da Rainha.

                A Rainha fez um circulo com a mão, e plaquinhas com nossos nomes surgiram nas mesas. Tomei meu lugar. Era ao lado da Rainha e ao lado de Annabeth, estávamos do lado esquerdo. Grover estava ao lado de Annabeth. Nico e Tyson estavam do outro lado. Nico era o mais próximo da Rainha. Vïny estava se posicionando ao lado de Tyson.

                _Vamos começar. O assunto é muito sério. – A Rainha começou. – Há muito tempo nós povoávamos as ilhas do Caribe. Na Terra. Mas os Deuses nos invadiram por inveja à nossa nação perfeita. Então afundamos.

                Ela levantou a mão esquerda e a balançou calmamente. Uma luz azul brotou dos seus dedos e formaram o mesmo círculo que as pedrinhas formaram no sótão. Só que maior, ocupando todo o espaço das mesas em círculo. E nos mostrando as imagens da época.

                Pessoas brincando, e andando em ruas limpas, outras andando em motos e cumprimentando os outros que encontravam. Sempre sorrindo.

                Então mostrou o castelo e uma mulher parecida com a Rainha, só que mais velha, uns 26 anos, eu acho. Ela olhava a janela, como se soubesse que algo ia acontecer. Então tudo escureceu. E os Deuses, Zeus e Poseidon na frente, com seus 40 metros de altura e pisoteando tudo. Iam destruindo tudo a seu caminho. Então a mulher parecida com a Rainha saiu voando pela janela e os mandou parar.

                _Por que fazem isso conosco? Só queremos um lugar para viver. Vocês sabem que não podem nos matar, somos fonte de seu poder.     

                _Não são. Somos mais – Zeus retrucou .

                _Por isso vamos afogá-los, vocês preocupam nossa existência. – Poseidon disse . Eu não podia acreditar, meu próprio pai, destruindo uma civilização que não fez nada.

                _Medo. Se quiséssemos já tínhamos acabado com vocês. Mas não vamos fazer isso. Vão descobrir por si só.

                Então meu pai invocou enormes ondas que engoliram a cidade.

                Mas então a mulher ergueu as mãos sobre o colar de cristal que brilhou mais forte e a puxou para a bola brilhante. Ela se transformou na bola, tomando sua forma e então gigantes de pedra levantaram em cada canto da cidade e batendo as mãos construíram um campo de força. E afundaram no mar.

                _Minha mãe nos salvou da destruição deles. Mas então os humanos começaram a procurar nossa cidade, achando restos de cristais dos que se perderam no oceano. Então invocamos grande parte de nossa força e montamos um mundo, muito maior que a terra, umas 4 vezes maior. Para abrigar os seres mágicos que sofriam na terra e poderiam ser descobertos. Abrimos portais em que eles entraram para se salvarem aqui no Mundo Emerso.

                _Mas, se já está tudo bem... Por que nos chamaram? – Grover perguntou.

                _Porque não está. Os Deuses estão ficando muito mais ignorantes e soberbos. Querem a magia de dentro para eles. A que não podem encontrar. Exatamente por que eles a negam existência.

                _E qual é? Podemos achá-la para eles. – Tyson juntou confiança e sorriu para a Rainha.

                Ela sorriu de volta.

                _Ela está dentro de cada um de nós. No coração. Na pureza da alma. E eles acham que a tomamos deles. Querem mais poder. Não se conformam por não mandarem aqui no Mundo Emerso como mandam na terra, sozinhos. Sem outras opiniões. Aqui eles fazem parte do Conselho de Grande Terra, nossa principal metrópole. Uma Washington D.C. da terra de vocês.

                _Bom, quando vai ser? Podemos convencê-los, somos filhos deles. Já falamos com eles antes. – eu disse.

                _Amanhã o Conselho se reunirá, não em Grande Terra, mas aqui. Irão votar sobre nossa destruição ou pela vida. A maior parte do Conselho vota pela vida, mas quando votam pela destruição, eles empatam. Estamos na sorte.

                _Não podem fazer isso. É toda uma nação! Eles não podem - Nico se levantou e bateu a mão na mesa.

                _Podem, isto já vem sendo adiado. Estávamos aguardando vocês. Seus votos e opiniões serão úteis. Melhor descansarem, amanhã o dia será cheio.

                Então fechou a mão esquerda que ainda passavam as imagens.

                _Espera. Se eles ainda vão decidir sobre vocês. Por que a luz da bola sumiu no mapa e as luzes piscaram? –Annabeth disse quando já estávamos saindo.

                _Porque talvez o povo esteja ficando desacreditado, sem esperanças. Precisamos de ajuda. De heróis. Como vocês. Tragam esperança para nós.

                Então Annabeth olhou para o chão e depois de volta para a Rainha, sorrindo e assentiu com a cabeça.

                Fomos levados aos quartos. Tudo era muito belo, mas com tudo aquilo que foi dito... O ar estava mais pesado e imaginávamos o amanhã.

                Eu dividia o quarto com Nico. Que caiu no sono assim que chegamos.

                Minha cama ficava encostada na parede, com uma grande janela. Fiquei olhando para a janela e logo me levantei. Eu já tinha visto aquilo. Meu sonho. Antes de Devian mergulhar. Os mesmos campos floridos na encosta de um penhasco, tudo aquilo rodeado de cachoeiras de água salgada, lindo.

                A mesma brisa quente de verão enchia o ar.

                A moça que vi. Ela estava lá! E vinha em minha direção. O olhar triste na face.

                Então, como flash, ela estava na minha janela.

                Agora eu estava encostado na janela, me apoiando levantado com as mãos.   

               Aproximou mais seu rosto do meu.