From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 28
Ah, mas que droga!


Notas iniciais do capítulo

Agradecimentos a Shimiko por betar FTI e por me dar uma indicação *o*

Galera nós vamos fechar o primeiro ciclo de FTI agora no cap 30, então nova vida a Mellody!



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            A tremenda confusão estava de pé, eu estava perdida então fiz o que eu podia fazer, fui para a luta. Pulei em Jesse e dei uns três socos nele. Então a mãe dele veio desesperada e me puxou pelos cabelos dele, eu cravei as unhas no pescoço de Jesse o mais forte que podia e ela não conseguiu me tirar - eu sentia a pele dele ceder abaixo de minhas unhas. O pai dele percebeu o que eu fazia pelos gritos, então ele soltou Luan e veio com tudo em minha direção. Senti uma dor lancinante na barriga, minha visão ficou turva e tudo ficou escuro.

            Fiquei na esperança de Luan estivesse bem e mesmo que eu ficasse ruim eu esperava que Luan se recuperasse e fosse livre de todo aquele inferno chamado família. Minha mente se esvaziou aos poucos... Tudo começou a ficar... Branco.

-

            Eu sabia que estava no hospital, mas não ligava eu queria saber onde o Luan estava. Tentei me levantar, mas a dor voltou como uma facada. Uma enfermeira entrou dizendo que era pra eu ficar bem quietinha, mas eu não queria! Queria meu Luan!

            Gritei tanto que Noah apareceu na porta para ver o que estava acontecendo, ele estava desesperado e assustado; veio lentamente até mim até se certificar que estava bem.

            − Cadê o Luan?!

            − Calma ferinha, ele também ta aqui. Acho que ficou tão nervosa que não olhou pro lado. − Disse ele apontando para meu lado, foi quando percebi que lá estava meu Luan.

            Imóvel como uma mosca morta, ele dormia como um anjo - só que parecia mais um anjo que se estatelou no chão ao cair -, ele estava com vários hematomas roxos em diversas partes do corpo, mas seu lindo rostinho estava intacto. Uma lágrima desceu pelo meu rosto. − Ele vai ficar bem?

            − Ah é claro que sim. Ele rachou três costelas, está com muitas feridas e um braço quebrado. Só isso, no mais tudo bem. - Dei um sorriso. Só isso?

            Fiquei olhando pra ele. O que aconteceu ontem à noite após eu desmaiar?

            Fechei os olhos e fiquei quieta, estava confusa e com muita dor, pra que ficar acordada quando eu posso dormir até tudo se arrumar. Mais tarde eu acordaria...

-

            Alguém me chamava uma voz conhecida! Eu queria abrir os olhos, mas pareciam pregados. Com preguiça fui tentando abrir, enfim só consegui abrir o olho esquerdo. Virei-me e tive uma surpresa.

            − Acordou? − perguntou Luan curioso pra falar comigo.

            − Acho que você me chamou tanto que não tinha como não acordar.

            − Ah, é que queria te ver assim, acordada. Estou muito feliz que você esteja bem, fiquei com tanto medo de que algo lhe acontecesse... Eu podia estar quase perdendo a consciência, mas precisava saber que você estava bem. Quando ouvi seu grito e percebi que depois disso você tinha parado de falar ou qualquer coisa eu pirei. Eu ainda não acredito que eles te machucaram, não deviam ter feito isso. Você está sentindo dor?

            − Muito pouco, me preocupo mais contigo do que comigo mesma.

            − Eu to sentindo um pouco de dor, mas ela já passou agora que estou te vendo bem.

            Ele sorriu. Amava Luan, ele era tão fofo...

            − O que aconteceu ontem depois que eu desmaiei?

            − Não sei bem, também estava meio sonso. Só sei que policiais bateram na porta verificando o barulho de gritos ou algo assim e acabaram prendendo meu pai e minha mãe, mas o Jesse ta livre... Disseram que ele também vai ganhar um tempinho de detenção ou sei lá como chamam isso. Eu queria arrebentar ele, mas me machucaria ainda mais e não queria sair de perto de você. E ainda não quero.

            − Você vai demorar a se curar, você está todo quebrado!

            − Eu melhoro rapidinho, me dê duas semanas e você vai ver.

            − O que vampirão? Agora você pode se regenerar rapidamente?

            − Sim, mas preciso de sangue! − Disse ele fazendo carinha de mal me fazendo soltar um risinho.

            − Pode tomar o meu, mas primeiro preciso saber que tipo de vampiro você é. É um Edward ou um Nosferatu?!

            − Eu te garanto que não brilho como uma fada, mas eu sou bonito! – Eu ri um pouco alto. − Nosferatu é feio, então... Eu sou Lestat!

            − Agora você pode me morder!

            Ele veio sorridente em minha direção, mas quando foi se movimentar deu um grito abafado.

            − Tem como você vir ser mordida? É que o vampiro aqui ta todo enfaixado e dodói.

            − Acho que é por isso que você não brilha como o Edward. -           Ele fingiu estar triste. - Ah para seu Vamviado!

            − Vamviado? – A sobrancelha esquerda dele se ergueu.

            − Mistura de Vampiro com Viado, acho que isso é meio óbvio Luan.

            Ele começou a sorrir como uma criança, então acabou gritando de dor de novo.

            − É melhor você parar de tentar me matar Buffy!

            Dessa vez eu caí na gargalhada. Ah como eu amava aquele vamviado.

            O médico entrou no quarto sério, mas logo se descontraiu. Ele disse que Luan estava bem, mas que teria que ficar bem quietinho se quisesse melhorar - ri da cara dele. Eu que não queria estar no lugar dele...

-

            Pela tarde Claire veio nos ver. Ela tinha um sorriso lindo estampado no rosto, adorava ver que ela estava bem. Claire já estava com quatro meses de gravidez, o tempo tava passando rápido, pelo menos para mim estava... Logo teríamos um novo membro para a família. Logo depois tio Daniel entrou preocupado, ele me abraçou e verificou se eu estava bem.

            − Ficamos tão preocupados! − Tio Daniel disse parecendo preocupado mesmo. − Que bom que você está bem.

            − Hum, é estou.

            − O que aconteceu com meus pais? – Perguntou Luan.

            − Estão na cadeia, quando vocês estiverem melhores a polícia vai vir aqui falar com vocês sobre o ocorrido. Mellody você tem uma visita. − Disse tio Daniel sorridente.

            Então Victorio entrou pela porta, ele estava meio estático e Noah estava logo atrás dele de cara feia. Claire parecia entorpecida e ficou calada. O ar estava tenso de repente. Percebi algo errado e não ia ficar quieta até descobrir o motivo de tudo aquilo! Se eu apanhasse novamente e morresse eu ia morrer sem saber o motivo da briga deles.

            − Tio Daniel o senhor podia sair?

            Ele me olhou estático.

            − Sim.

            − Preciso que Victorio, Noah e Claire fiquem. Luan tem que ficar de qualquer jeito.

            − Certo, estou indo.

            Então tio Daniel saiu e o ar ficou um pouco mais tenso.

            − Então, por que estão brigados? − Perguntei olhando nos olhos de todos eles um por vez.

            − É uma longa história.

            − Encurtei-a. - Noah me olhou nervoso.

            − Mel o filho que a Claire espera não é meu, é do seu amiguinho Victorio.

            Olhei pasma para o Victorio.

            − COMO?!

            − A Claire e eu tínhamos brigado, foi coisa pequena e resolvemos tão rápido que ninguém percebeu. Mas enquanto estávamos brigados ela dormiu com ele, e ela engravidou.

            Sem palavras. O silêncio pairou no ar, eu não espera por aquilo.

            − Entende?

            − E... E por que mesmo assim está assumindo a criança e voltou com a Claire?

            − Porque a amo, Victorio foi só um passatempo noturno. − Disse ele olhando com desdém para Victorio. − Eu a amo, e amo esta criança; ela admite que foi um erro e ela pediu desculpas. Eu a perdôo porque a amo.

            Estava pasma demais para raciocinar, as palavras de Noah eram lindas, mas... Mas era algo tão impressionante que eu não podia acreditar. Não conseguia entender.

            − Uau... − Luan disse também estático.

            − E porque está com raiva de Victorio? − Indaguei.

            − Porque de qualquer forma a culpa de toda a confusão é ele.

            Olhei para Victorio, ele estava claramente envergonhado. Tive pena dele.

            − Vão embora, Victorio fique. Vamos conversar.

            Victorio deu um sorriso.

            Passamos um bom tempo conversando os três juntos, aquilo era tão legal.

            Já eram seis horas da tarde quando Victorio teve que ir embora. Antes de sair ele veio até mim, chegou perto de meu ouvido e disse:

            − Obrigada por não me esquartejar quanto à história de eu ser o pai do filho da Claire... Achei que fosse querer me matar ou algo do estilo.

            − Claro que não. − Disse sorrindo. − Agora é melhor você ir antes que sua mãe resolva te matar realmente.

            − Verdade! Tchau Luan, foi ótimo conversar com você!

            − Igualmente! − Luan disse sorrindo.

            Victorio saiu e me virei para Luan e ele deu um sorriso.

            − Quer dizer que o filhote da Claire não é do Noah. Amor que babado! − disse ele todo gay.

            − Eu disse que você brilhava!

            Caímos na gargalhada.

            O legal de Luan é que ele não tinha vergonha de brincar com certas coisas, acho que é por isso que amo ele. Ou não.

            Uma lembrança veio em minha mente.

            − NOAH! − Comecei a espernear chamando ele.

            Ele entrou assustado e veio até mim.

            − Mel você ta bem?

            − Sim. Cadê o John?

            Ele me olhou ainda triste.

            − Ele... Ele sumiu Mel. Desde ontem que não o vemos... A Claire disse que ele provavelmente estava na casa de uma... Amiga. − Na palavra amiga ele baixou a voz.

            − Não estamos mais juntos.

            − Terminaram quando?

            − Precisa terminar?

            Ele ficou calado.

            − Ei mano! Faz um favor pra mim?

            − Sim...?

            − Compra chocolate.

            Ele me olhou entediado.

            − Ta certo... – Ele respondeu hesitante.

           

            Noah saiu e Luan e eu ficamos conversando. Quanto tempo será que teríamos que ficar lá dentro do hospital? O médico já havia dito que eu seria liberada bem antes dele, mas eu também já havia dito que não sairia dali sem que Luan viesse comigo; eu ia ficar até ele ser liberado também. Luan estava todo machucado então provavelmente passaria um bom tempo aqui; ia ficar até estar completamente curado.

            − Luan eu vou dormir...

            − Dorme meu anjo, boa noite.

            Fechei os olhos e não demorei a dormir um sono tranqüilo sem sonhos ruins... Mas também sem sonhos bons.

-

            Fui acordada pela voz do médico. Tentei me levantar assustada.

            − Calma Mel. – Disse Noah.

            − Oi doutor, é... Alguma novidade? − Disse virando para o lado, lá estava Luan dormindo como o anjinho que era.

            − Sim, seu... Amigo não vai demorar a sair. As rachaduras nas costelas foram bem superficiais ao contrário do que eu tinha pensado antes. As feridas irão sarar com um cuidado especial que eu sei que vocês vão dar pra ele em casa. Já o braço vai ficar engessado.

            − Ah... Em quanto tempo ele vai ser liberado?

            − Uma semana.

            − Ah que bom que vamos para casa rápido.

            − Vamos? − O medico perguntou abaixando os óculos.

            − Hum... É?

            − Nana nina não. A senhorita vai passar um mês aqui.

            − Er, ãn?

            − Mellody você quebrou quatro costelas e ficou em coma induzido por uma semana com o risco de órgãos internos serem perfurados.

            Olhei para baixo, só vi as talas envolvendo todo o meu tronco agora. Senti uma pequena dor no lugar. Como pude não perceber que estava toda acabada? Não deveria ter rido do Luan.

            − Acho que você se preocupou tanto com Luan que não percebeu que você estava em pior estado que ele. − Disse Noah abaixando a cabeça. − Tive medo de que você não voltasse...

            − Acho que vou melhorar... Já to bem, ou pelo menos quase. − Disse sorrindo.

            − Ainda bem. Olha seu chocolate. − disse Noah entregando meu chocolate.

            − Eba! − Peguei e fui abrindo rapidamente. − Luan acorda! − Disse empurrando ele.

            − Hã?

            − Chocolate, você quer?

            − Sim. – Disse sonolento.

            − Ei! Por que não me avisou que eu estava toda enfaixada?

            − Achei que você soubesse que tava feita uma múmia.

            Olhei irritada pra ele e ele caiu na gargalhada.

            − Doutor Marcio o senhor quer? E você Noah?

            − Eu não quero não, obrigada. − disse Dr. Marcio.

            − É claro que eu quero dã! – Ele disse fazendo uma cara estranha, mas ao mesmo tempo muito engraçada.

            Caímos os três na gargalhada com a cara que Noah fez.

            Depois da bagunça com o chocolate eu voltei a dormir. Agora só faltavam três semanas para ir embora. Três semanas era muito tempo, mas tudo bem, Luan disse que ia ficar ao meu lado até que eu saísse; fiquei feliz em ouvir aquilo. Afinal ainda faltavam três longas semanas dentro daquela merda de hospital.


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Notas finais do capítulo

reviews? bjim bjim



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