From The Inside escrita por lol_mandy_o_o


Capítulo 27
Como ganhar um belo problema de presente!


Notas iniciais do capítulo

Galera agora estou com uma super beta reader: Shimiko! Ela ta me ajudando tanto que estou pensando seriamente em transformá-la em co-autora... kkkkk
(rindo mas n brinco)

ps: foi ela que achou e fez nossa nova e encantadora nova capa!



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Eu voltei tarde da noite pra casa naquele dia, John parecia não ligar para o que estava acontecendo e isso me assustou e de certa forma magoou. Luan estava triste por ter que voltar para casa e eu estava triste por deixá-lo ir assim.

            John estava estranhamente calado e eu resolvi deixá-lo assim mesmo, apesar desse não ser o normal dele. Claire e Noah estavam no maior Love. Estava todo mundo um pouquinho melhor, a vida começava a voltar ao normal de pouquinho em pouquinho. Aquilo era difícil, mas era preciso. Os outros podiam morrer, mas nós estávamos vivos e não íamos nos fingir de mortos para tentar acompanhar o desespero ao redor. Mas parece que John ainda não estava muito bem, então fiquei a noite ao lado dele; estava me sentindo uma puta.

            Deitei-me, mas não consegui dormir, estava me sentindo estranha, estava mal realmente muito mal. Tudo ao meu redor estava confuso, eu estava morando com meu tio que eu ainda nem conhecia direito; falando nele essa segunda ele começaria a trabalhar como professor em uma escola próxima daqui. Fiquei feliz quando ele contou isso, pois meu tio parece amar dar aulas.

            O ano estava acabando! Só fui me lembrar disso agora, até mesmo porque eu nem estava ligando para isso. Eu já havia perdido o ano, disso eu sabia... Ao menos eu tenho a desculpa que estou em período de adaptação aqui no Brasil. Amanhã eu tenho prova, nem estudei porque eu realmente não estava ligando pra isso. Só queria tentar resolver meus problemas.

            Entediada liguei o computador e abri o meu e-mail. Tinha uma mensagem do Luan lá, abri e era a letra de Not Alone do Linkin Park, eu chorei nem sabendo por que, a letra era linda e vinda de Luan se tornava mais bonita ainda. Luan era um fofo.

            Por fim o sono chegou e eu fui me deitar, mas meus sonhos não foram tranquilos.

                                                                       -

            Eu estava no parque com Luan, estávamos conversando sobre músicas e fomos nos aproximando, por fim ele me beijou, aquele conhecido beijo doce e perfeito.

            Então fomos interrompidos por John.

            − Eu sabia que você estava com esse idiota, Mel logo agora que eu precisava de você! Você me deixou sua vadia!

            − Eu... Eu...

            − Cala a boca. − Uma voz conhecida soou ameaçadora.

            Virei-me e lá estava Tim. Ele estava com os olhos fixos em mim, um calafrio me percorreu, eu estava com dois garotos e Tim resolveu aparecer logo agora. O desespero me invadiu e comecei a chorar.

            − Não! Não é isso! É isso, mas Tim! Tim você se foi... Eu...

            Ele estava furioso

            Eu deixei Tim furioso, oh não. Não!

                                                                       -

            − NÃO! – Gritei.

            − Mellody acorda!

            Noah me empurrava para que eu acordasse. Grudei nele num abraço apertado; eu chorei, chorei e chorei mais, eu realmente estava mal. E com esse sonho agora... Não ajudou em nada.

            − Com o que sonhou?

            − Tim.

            Noah ficou calado, ele só me abraçou e era o que eu precisava. Onde estava John quando eu precisava? Ele nem tinha chegado dizendo um “oi”. Olhei na porta e lá estava ele com os olhos arregalados, John estava estranho.

            Mandei Noah embora e fui ao banheiro, tinha algo estranho acontecendo. Eram duas da manhã, mais eu conhecia alguém com quem provavelmente eu poderia conversar e desabafar, ele provavelmente nem estava dormindo, Matt pouco dormia.

            Peguei o telefone e o número dele, liguei e ele atendeu, sua respiração estava ofegante.

            − Oii?

            − Oi Matt.

            − Mel!

            − Está ocupado?

            − Ahaaaam! Mas eu mando meu amor embora.

            − Você tava fazendo aquilo? − perguntei horrorizada.

            − Ué qual o problema de eu estar fazendo aquilo com meu namorado?

            − Nenhuum!

            Ouvi-o expulsar seu novo e fofo namorado e começamos a conversar, Matt estava achando tudo aquilo estranho, não todas as mortes, mas o comportamento de John. E era ele que estava voando o tempo inteirinho e ficava quietinho escondido dentro do próprio mundo, às vezes seus olhos ficavam fixos em um ponto e ele parecia ir a outro mundo. Que raiva, estava tudo estranho.

            Depois que desligamos voltei para a cama e acabei dormindo novamente.

                                                                       --

            Acordei correndo para ir para a escola, ao chegar lá dei de cara com Victorio.

            − Olá Mellody.

            − Oi Victorio. Estava sentindo sua falta. – Ele arregalou os olhos.

            − Hum sério? Que legal saber que você se preocupa se eu estou vivo ou morto.

            − Hay claro que eu me preocupo.

            Fomos indo em direção das salas.

            − Porque você e o Noah parecem se odiar?

            − Uma longa história, não quero falar sobre isso.

            − Ok.

            O sinal tocou e tive que correr, mas como eu odiava escola. Hoje seria a entrega do boletim, hoje eu saberia que eu tinha reprovado. Quando cheguei à sala a professora já tinha chegado e todo mundo estava serio olhando para ela, eles estavam tremendo de medo. Sentei-me na minha carteira e esperei; Matt começou a puxar assunto e eu fui falando minhas coisas, a professora começou a entregar os papeis.

            Ela me olhou com desdém e entregou à folha, eu estava reprovada.

                                                                       -

            Cheguei em casa e caí no sofá. Peguei o telefone e liguei pro Luan.

            − Lu você pode se encontrar comigo?

            − Aham, se ta tão tristinha, o que aconteceu?

            − Nada, só fui reprovada.

            − Sinto muito, o John vai estar ai daqui a pouco, então vem pra cá e a gente conversa aqui. Vamos nos encontrar no shopping no meio do caminho e te trago pra cá.

            − Ta.

            Troquei de roupa e fui andando, ao chegar lá Luan estava todo fofo me esperando, ele me abraçou com carinho, mas não me beijou; ele me respeitava e era isso que eu amava nele. Fomos abraçados até chegar a casa dele, ele ficou quieto, mas seu abraço já me fazia muito bem, ele sabia que me fazia bem.

            − Você está muito triste?

            − Ahn não, eu já imaginava.

            − Mel... Eu... Eu posso te beijar?

            Me virei assustada, dei um sorriso feliz; por um acaso ele era perfeito? Se não fosse eu juro que não sabia o que era perfeição.

            − Pode.

            Ele se aproximou e suas mãos foram parar na minha cintura, nossos corpos se encaixavam perfeitamente. Seu beijo era o mesmo, delicado, mas agressivo... Era o beijo mais mágico que já tinha provado. Ele parou o beijo bruscamente.

            − Acho melhor irmos...

            Assenti e continuamos a andar. Não estava me sentindo mal como sempre.

            Quando chegamos perto da casa dele fomos diminuindo a velocidade, estávamos conversando quando Lu parou olhando para um ponto, parei também e procurei ver o lugar para onde ele estava olhando; era o irmão dele sentado perto do muro fumando algo, seus olhos estavam vermelhos pra caramba. Luan correu na direção dele.

            − Caralho o que você ta fazendo seu filho da puta!? − ele gritou meio que já se preparando para brigar, ali no meio da calçada.

            − Ué to só me divertindo vei...

            − Velho é seu cu! Isso é maconha?

            Eu arregalei os olhos entendendo a raiva de Luan, senti o cheiro (repugnante) de maconha.

            − É sim, quer puxar um pouco? − perguntou Jesse.

            Luan jogou o cigarro de maconha longe.

            − Calma aí maninho...

            − Calma nada! Você ta louco Jesse!!!

            − Olha que você ta assustando tua amiguinha gata... Olha a carinha dela. − Disse Jesse apontando pra mim. − Me deixa usar o que quero e vai levar essa putinha gostosa pra tua cama.

            Luan deu um super soco na cara de Jesse, o sangue escorreu pela boca dele. Fiquei assustada de verdade. Luan levantou Jesse pela gola e rosnou:

            − Nunca mais se atreva a chamar a Mel de puta seu drogado vagabundo!

            Jesse colocou a mão na boca.

            − Luan você arrancou meu dente!

            Luan se assustou com a raiva do irmão, Jesse se soltou dos punhos de Luan e ameaçou.

            − Seu desgraçado! Você vai ver! Vai pagar caro por isso filho da puta! − Gritou ameaçador.

            Luan se afastou então Jesse correu e desapareceu. Luan ficou meio estático.

            − Ele é louco, nem ligue!

            − Ta né.

            Entramos e ele colocou música como sempre fazia; hoje estávamos ouvindo AC/DC, ah como era maravilhoso ouvir rock de verdade com Luan. Fomos fazer um lanche e depois acabamos ficando, eu amava tanto o beijo de Luan; só fiquei triste em saber que estava traindo John, mas ele nem estava ligando para mim mesmo...

            Eu não sabia como, mas Luan conseguia me excitar sem ficar passando a mão no meu corpo; ele só às vezes dava beijos no meu pescoço, e só isso já bastava pra me deixar louca.       

            A porta se abriu bruscamente, olhei e lá estava Jesse, acompanhado provavelmente dos pais de Luan, que por acaso eu não conhecia. Mas espera aí ele não tinha pais?!

            − LUAN! EU NÃO ACREDITO QUE FEZ ISSO! − O pai de Luan gritou e eu me encolhi de medo.

            − Eu não fiz nada! – Ele parou por um segundo. - Afinal que merda você acham que eu fiz agora?

            − Seu irmão me contou que usou drogas com sua amiga que é prostituta! Não adianta fugir ou se esconder, hoje você irá se arrepender por todos seus erros garoto. Nós já suportamos demais. E sua mãe irá delatar essa prostituta para a polícia, afinal ela que consegue as drogas.

            Ele estava falando de mim.

            O pai de Luan o pegou como se ele fosse uma folhinha de carvalho e jogou Luan no chão e o chutou com força. A mãe dele ligou pra polícia e Jesse ficou só vendo a confusão. Luan gritava e eu estava estática, pasma com a situação.

            Fui tentar falar com a mãe de Luan e ela me deu um tapa tão forte que caí no chão, eu podia estar de certa forma acostumada com isso, mas ela não tem direitos de me bater! Fiquei sem atitude, Luan apanhava como um cão de rua por seu pai brutamonte; se eu fosse tentar ajudá-lo ia acabar sendo morta. A mãe dele faltava me matar com o olhar e Jesse ficou só olhando e rindo. O que eu ia fazer agora?


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