Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 6
Missão nível A


Notas iniciais do capítulo

E o que vocês fariam se acordassem em um lugar totalmente diferente da sua casa... E com um inglês que você odeia?



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Misa Mercenary

Missão nível A


Era sábado de manhã, madrugada para falar a verdade. Ainda não tinha conseguido pregar os olhos, ficava rolando na cama na dúvida sobre o que o L estava planejando para este final de semana. Levantei um pouco e fui até a cozinha (ou pelo menos procurá-la), antes de entrar percebi a presença de alguém, era L. "Legal, vou brincar um pouquinho." Arrumei o cabelo loiro que caia sobre os meus ombros e aproveitei que havia uma tesoura por perto, cortando um pouco curto a calça do meu pijama. E pra finalizar, abri os três primeiros botões da camisa pra realçar o decote. "LEGAL, agora eu to fatal." Entrei na cozinha como se não quisesse nada e percebi que àquela hora, o inglês ainda comia doces sobre um balcão. E advinha como ele se sentava?

— Não acha que está tarde pra ficar até essa hora comendo doces? – Encostei-me ao balcão ficando de frente para ele.

— Está tarde é pra você, que fica perambulando pela casa. – Lambeu os dedos melados de chocolate.

— Estou sem sono. – Subi no tal balcão e me sentei.

O inglês me observou de cima a baixo, após um gole de uma bebida que eu não identifiquei, disse:

— Já estragou a roupa de dormir nova, pelo jeito você só gosta de mulambos... – Lambeu os lábios, provocativo.

— Na verdade, prefiro dormir sem roupas, lá onde eu moro é bem quente. E depois... – Também o observei de cima a baixo. – Você é a última pessoa no mundo que deve falar da roupa de alguém.

O garoto encheu um pedaço de massa de chocolate e morango preparando um mini rocambole, simplesmente começou a ignorar a minha presença ali. Foquei olhando ele fixamente por uns instantes, até que o garoto levantou-se da posição que estava e foi até a porta da tal cozinha com as mãos nos bolsos, daquela forma curvada e entediada. Saí do balcão e corri até a porta, antes de ele atravessá-la, impedindo a sua saída.

— Vai me dar nem um beijinho de boa noite? – Tentei [TENTEI] fazer um olhar sexy, mas fracassei totalmente. O garoto apenas suspirou e me deixou ali, sozinha.

Fui até o meu quarto pensando em toda aquela babaquice, aquele inglês é frio, calculista, maldoso. Como eu, claro. E se ele tentasse me seduzir, acho que eu vomitaria risos na cara dele. Por que se seduziria por mim, afinal? Foda-se. Aproveitei que a madrugada estava fria e adormeci.

Sábado, mais tarde. O dia já estava ensolarado. Tomei um banho frio feliz por não haver câmeras no banheiro [eu acho]. Sequei meu cabelo e o prendi em um rabo de cavalo alto. Vesti uma meia-calça negra e um vestido vermelho. Estava triste por minhas roupas não estarem por perto. Calcei um tênis leve e finalizei tudo. O velho que me flagrou numa situação constrangedora com o inglês bateu a minha porta chamando para o café da manhã. Mais tarde fiquei sabendo que seu nome era Watari. Havia uma mesa bem grande no centro da sala, L estava na ponta devorando seus doces. Uma jovem mulher sentava ao seu lado esquerdo. O inglês acenou por mim.

— Misa-san, sente-se aqui. – Parecia até que gostava de mim, sorrindo.

Fui até ele e me acomodei em um lugar ao seu lado.

— E então, dormiu bem? – Perguntou.

— Perfeitamente. – Olhei ao redor, aquela casa realmente era belíssima. Havia quadros famosos nas paredes, poderiam ser cópias, não sei. Eu conhecia alguns, gostava de artes. Também havia muitas peças artesanais interessantes.

— Que bom. Misa Amane, esta é Naomi Misora. – Gesticulou para a moça.

Apertei a mão da jovem mulher, possivelmente japonesa. Naomi afirmou ser tia de L e estar de passagem pela Inglaterra naquele final de semana. Conversamos um pouco até o L levantar-se da mesa. Pediu perdão a Naomi e disse que precisávamos nos retirar. Despedi-me da mulher gentilmente e disse que estaria ansiosa para um próximo encontro e a mulher sumiu na imensidão da casa.

Após seguir o inglês, entramos em um carro escuro que logo se pôs em movimento. L sentou-se ao meu lado de maneira tradicional e chegou a me observar por alguns segundos.

— Misa-san, algum problema?

— Não, é que... – Começava a suar frio.

— O que houve? – Aqueles olhos negros e grandes só me deixavam mais nervosa.

— Bom, esse carro é muito escuro... Eu sou...

— Você é? – PARA DE OLHAR PRA MIM CARALHO!

— Sou claustrofóbica. – Afundei o rosto nas mãos tentando esconder a vergonha.

— Sério? – Pelo tom de voz, parecia tentar conter uma risada. – Bom, eu nunca imaginaria que alguém como você tivesse medo de lugares fechados... Vou mandar Watari abrir as janelas.

As janelas foram abertas como o inglês pedira e finalmente pude conhecer a Inglaterra, o lugar dos homens mais pontuais do mundo e para onde eu fora sequestrada. Era uma cidade linda, encantadora até. Pessoas bem vestidas, grandes lojas e aquela atmosfera de noites de inverno, dias de verão. Sorri maravilhada.

— Uau, não sabia que a Inglaterra era tão bela...

— Sério...? – Pareceu desinteressado.

Não me importei com o que ele falara, queria apreciar cada momento daquele passeio pela cidade. Watari dobrou uma esquina, ate chegar a um grande local, parando na porta, onde um senhor esperava. O mordomo de L e o senhor coversaram um pouco, até que L resolveu sair do carro, puxando-me pela mão. O senhor olhou L e eu maravilhado e então disse:

— L, que grande prazer revê-lo.

— Quem é ele, L? – Sussurrei na esperança de apenas o inglês escutar.

— Um amigo, ele que cuida do lar.

— Lar?!

— Sim, bem vinda ao Lar Wammy's. – Esfregou o pescoço com os finos dedos.


Continua...




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Notas finais do capítulo

Owl amores, está pequeno ne? Mas o próximo será muito maior, e garanto surpresas u.u
BEIJOS ♥