Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 30
Condensar


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos! Cá estamos em mais um capítulo, e eu estava super ansiosa para postar ontem, mas meu computador só liga quando quer... Então, houve um atraso de algumas horas hahaha. Bom, eu fiquei muito feliz com os leitores fantasmas que começaram a dar as caras, e mais alguns leitores novos, muuuuito obrigada! E perdão por ter assustado alguns de vocês dizendo que eu finalizaria a história, mas avisei antes que pretendo não passar dos 40 capítulos!Mas eu não tenho certeza, é só uma estimativa, e eu que sou o tipo de autora que escreve na hora se enrola as vezes nas contas de capítulos. No mais, boa leitura a todas! s2



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Misa Mercenary

Condensar

Aquela maldita sirene já apitava! Provavelmente Watari trazendo algum doce estranho pra me mimar. “Pff como se eu fosse me render a essas delícias.” Abri os olhos preguiçosamente, vi o inglês em frente ao portão da cela, estava de costas para mim, usava apenas o jeans velho, mexia em algo que eu não podia ver, na certa mudando a senha.

— Fugindo de mansinho, é? - Forcei uma voz manhosa, pff a quem estou tentando enganar?

O garoto virou-se para mim, sem a camisa eu podia ver. Magro, maravilhosamente magro. Cheguei a salivar, um milhão de pensamentos sujos passaram em minha cabeça. “Acalme-se Misa, é apenas um peitoral desnudo”. Ah mas não era ele ali quase, mas quase pelado (na verdade, nem tanto) que me fazia salivar, e sim a boca corada, os olhos atentos, os cabelos rebeldes, a pele pálida. Tudo formava um conjunto encantador, e a expressão séria, era a cereja do bolo, bolo este que eu teria o maior prazer em provar e me lambuzar.

— Será se a senhorita poderia devolver a minha camisa? - Estendeu a mão.

Foi então que eu percebi, vestia a sua camiseta, camiseta esta que parecia mais um vestido em mim. Tentei lembrar o que aconteceu na noite passada. Corei.

— Claro… - Corei mais um pouco enquanto tentava forjar uma Misa sexy. - Mas você quer agora mesmo?

— De preferência, sim. - Pôs as mãos nos bolsos, estávamos a menos de dois metros de distância.

Aproveitei para ficar em pé na cama, mesmo assim, L ainda poderia me alcançar, ele era tão alto. Seus olhos negros me perseguiram, a expressão imbatível. Sua camisa batia no meio das minhas coxas, segurei a barra dela e comecei a subir pelo meu corpo. Subi, subi e subi um pouco mais até ela atravessar a minha cabeça e eu ficar completamente nua. Eu deveria estar parecendo um tomatinho de tanta vergonha.

— Aqui está. - Estendi a mão que continha a camiseta, o inglês pressionava o polegar direito entre os dentes.

— Pensando bem, eu quero outra coisa. - Veio rápido em minha direção, quando percebi estava em seu colo. Éramos dois bobos rolando sobre uma cama de solteiro.

O inglês me beijou a boca, parecia faminto. Era de manhã, eu deveria estar de mau hálito, mas ele pareceu não se importar. Sua língua vasculhava toda a minha boca, o que ela procurava, afinal? Suas mordidas me arrepiavam, seus chupões no meu pescoço me levavam a loucura!

— Você tá me saindo uma garota muito má… - Comentou entre mordidas. - Vou ter que te castigar. - A rouquidão da sua voz me deixava acuada. E aquelas palavras eriçaram todos os pelos do meu corpo.

Eu realmente não conseguia reconhecer o inglês, o meu inglês tímido que ficou praticamente paralisado na nossa primeira vez. Agora ele era outro, mas ativo, mas… Selvagem.

Suas mãos apertavam forte o meu corpo, seus beijos e mordidas iam da minha boca para o resto do corpo, a sensação que eu tive (além do prazer indescritível) era que ele adorava fazer aquele percurso até a minha intimidade.

Até a minha intimidade?! Droga, lembrei que não tomava banho desde ontem! E lá estava o danado, deixando um rastro de saliva e mordidas do pescoço até a minha barriga, logo ele chegaria ali. Eu estava extremamente excitada, não havia dúvidas, mas a gente havia feito amor na noite anterior e não usamos proteção. Juntando o suor e resquícios da nossa última travessura, um banho era o que eu precisava mais que tudo naquela hora. Mas como parar o endemoniado em cima de mim?

— Amor… - Levantou a cabeça repentinamente, seus olhos se arregalaram, a boca (deliciosamente) entreaberta.

— Você… Você me chamou de que?

— Ah, isso… - JURO QUE FOI INVOLUNTÁRIO! - A-Amor… - Virei rosto tentando esconder a vergonha.

— Sim, amor. - O garoto saiu de cima de mim acomodando-se ao meu lado. Caramba, o que foi que eu fiz? Eu o irritei? Por que ele havia parado?! Espera, eu queria que ele parasse, não era mesmo? Mas então por que eu estava me sentindo estranha?

Seus braços magros, porém firmes rodearam a minha cintura. O garoto forçou a minha cabeça em seu peito. Fechei os olhos instintivamente, o aroma da sua pele, açúcar mascavo invadiu todo o meu ser, a vergonha por estar ali totalmente nua agarrada a ele simplesmente desapareceu. Vai ver isso também é amor, quando a gente se deixa levar pelo outro.

— Você não gostou? - Mas que pergunta idiota, Misa! Se ele me abraçou daquele jeito foi porque ele gostou, né?

— Claro, é a primeira vez… Que você me chama assim. - Que delícia aquela vozinha rouca.

— Mas também, é a única haha!

— Como é?! - Começou a fazer cócegas em mim, rimos como se não houvesse o amanhã.

Depois daquela travessura (e um castigo que ele disse que iria me dar, mas acabou ficando só nas palavras mesmo), Watari me levou até o banheiro e eu finalmente pude tomar o meu banho. Será se eu teria de sofrer sempre que tivesse de tomar banho pra tirar o cheiro dele de mim?

Estava entretida fazendo espumas no meu cabelo quando escuto o box abrindo. Nem deu tempo de reagir e já senti o garoto agarrado às minhas costas.

— Seu louco! O que você está fazendo aqui?! E sem roupas!

— Como assim, Misa Amane? Está com vergonha de mim agora? - Virou-me de frente para ele. Apesar de diferença de altura, nossos olhos estavam praticamente colados uns nos outros.

— Não é vergonha, é que… - Desviei o rosto. - Aqui tem câmeras, não é?

— Lá na sua cela também tinha e nem por isso você deixou de tirar a minha camisa. - SEU IDIOTA! Agora sim eu era oficialmente a miss vermelhidão do ano.

— Ah, mas…

— Não seja boba, só quem vai ficar com essas filmagens… - Mordeu o lóbulo da minha orelha. - Sou eu.

Eu já podia sentir o seu membro ereto roçando o interior da minha coxa. Acordem-me! É algum sonho? Nunca na minha vida que eu imaginaria que um dia estaria aqui, agarrada nua a um garoto que até um dia desses era a pessoa que eu mais odiava no mundo. Mas por que eu não percebi antes, naquela época? Por que eu não conseguia enxergar esses olhos gigantes e negros que parecem me tirar de órbita? Por que eu não me atraía pela delícia do seu cheiro açucarado? Então o amor é isso? Quando eu sinto que a gravidade é apenas uma força que já não exerce impulso algum sobre o meu corpo? Quando ela perde totalmente a sua função já que não consegue mais me segurar no chão… Não existe gravidade quando estou com L. Não existe dor, não existe o Depois, não existe preocupação, só uma vontade estranha de ta sempre perto, ser parte daquele ser.

Tentei limpar a cabeça dessas dúvidas acerca do amor, elas sempre me levavam ao mesmo lugar, os braços quentes daquele garoto.

— Pensa que eu esqueci? Você ainda não recebeu a sua punição…

— Punição pelo que? - Tentando fazer charminho.

— Por ser uma garota má…

— Então, recebo a minha punição humildemente, detetive L. - Beijei a sua boca, mas uma deliciosa batalha entre nossas línguas se iniciara. Batalha esta em que nós dois saíamos vitoriosos sempre.

O garoto foi bem rápido, mas gentil. Virou-me de costas para ele, beijou a minha nuca e pediu para que eu me curvasse um pouco. A água fria do chuveiro caía, mas por algum motivo a sensação térmica ali estava muito alta. Devido ao vapor, as paredes do box estavam opacas com a água condensada. Pude sentir o seu membro pulsante indo vagarosamente de encontro a minha intimidade, eu ainda podia sentir dor, mas era mínima comparada a todo prazer que aquela sensação me proporcionava.

L era delicado, fazia movimentos gentis e firmes ao mesmo tempo, nossos corpos se moviam como um indo e voltando ritmicamente. A água permanecia caindo sobre nós, e o vapor subia à medida que meus gemidos se intensificavam. L não chegava a gemer, apenas respirava profundamente. Eu estava de costas para ele e não pude ver como era o seu rosto sentindo prazer. Não que eu não tivesse visto, eu apenas adorava olhar pra ele. Com uma mão apoiada na parede e a outra livre para alisar sua nuca, nós aproveitávamos o máximo que aquele momento poderia nos proporcionar, até que pudemos chegar ao ápice juntos.

O garoto permaneceu em mim ainda um instante até se separar e me virar para ele. Nos beijamos como se fosse a primeira vez.

Algumas horas depois naquele dia...

— Nhá, por que eu não posso ficar por aqui? Aquela cela já ta me enchendo… - Fiz beicinho na tentativa que convencer o garoto.

L ainda mantinha a toalha na cabeça, mesmo os cabelos já secos. Usava o jeans e (após muita insistência minha) uma camisa xadrez que eu havia dado há alguns dias. Eu usava uma roupa “fofa”, escolhida a dedo por Watari. Claro, L nunca compraria aquilo para mim, na certa foi o velho mesmo que escolheu. Ah, vocês sabem como eu sou, não gosto tanto de coisas fofas, mas aquela roupa era fresca e me deixava super confortável.

— Você precisa voltar para a sua cela… E colocar a outra roupa, pela noite vem um delegado ver como está, já que amanhã teremos nossa primeira audiência… - Por alguma razão, o garoto corou.

— L, você não gostou de me ver assim? - Segurei a barra da saia e dei um rodopio.

— Não, é que… Quer dizer, bom… - Corando e virando o rosto. QUAL É, EU JÁ PERCEBI!

— Eu sei que sim! - Pulei em seu colo agarrando-o pelo pescoço. O garoto apenas retribuiu o carinho com um beijo em meu ombro. Olhei de soslaio para o velho que sorria timidamente. Impressão minha ou ele TAMBÉM corou?

— Agora vamos almoçar, sim? - Falou com aquela deliciosa rouquidão, me puxando pela mão em seguida.

O almoço estava maravilhoso, há dias não comia bem daquele jeito. Foi só voltar a me alimentar que a pele, o cabelo e até meus dentes pareciam mais radiantes. Espera, será que aquilo que dizem que a mulher fica mais bonita quando está apaixonada é verdade? Vai saber…

Depois fomos para o jardim que ele disse que havia preparado com Watari. O garoto acomodou-se em uma poltrona (POLTRONA NO JARDIM?!) enquanto eu passeava entre as flores. Ele estava belíssimo mesmo, parecendo aqueles jardins gigantes da Inglaterra.

— Cuidado com as rosas, esqueci de comentar com o Watari que preferia as sem espinhos… - Mordia um pedaço gigante de bolo.

— Ok ok… - Afastei-me do garoto indo para uma região mas distante da entrada da casa, os fundos para ser mais específica.

Caminhando por ali pude ouvir um “psiu”, aquilo me assustou por um instante, mas logo fiquei curiosa para saber o que era.

— Lourinha, aqui! - Matt!

— O que você ta fazendo aqui?! - Tentava ser discreta enquanto me aproximava do garoto.

— Eu vim ver como está, que sorte você estar por aqui, pensei que ia ter que meter algum truque sujo para invadir a segurança e poder ver seu sorriso… - COREI!

— Ah, claro que não… Era só pedir para o L que ele…

— L?! Esse é mesmo o nome dele?

— Eu não sei, mas eu o chamo assim. - Me agachei próxima a grade que nos separava. - Todos os chamam assim…

— Sei… - Segurou minha mão entre as suas, mas antes acendeu um cigarro. - Raito não pode vir, mas ele mandou isso.

— Um bilhete? - Desembrulhei o pequeno pedaço de papel.

No bilhete não havia nada que eu não soubesse. O que me chamou mais atenção, no entanto, foi ele ter pedido desculpas por não ter me visitado mais vezes, pois o inglês simplesmente o proibia. Ele também falava que outras pessoas, como Mello, Matt e até Mikami haviam ido também. Por fim, me explicava que amanhã era o dia da minha audiência e que se dependesse dele, tudo daria certo amanhã mesmo, mas em troca, eu teria que pagá-lo. “Oportunista”, pensei.

— No fim das contas, esse Raito nunca muda… - Rimos como dois idiotas. Eu amava a presença de Matt. Deve ser por isso que de certa forma também amava Sam. Eles eram idênticos para mim (mesmo muito diferentes, estou sendo idiota?)

— Acho que está na hora de voltar, Misa… - A voz rouca surgiu por trás de mim, olhei de canto de olho, o inglês e sua pose imbatível. (Olhos arregalados, corpo curvado, mãos nos bolsos)

— L, abra o portão, quero convidar o Matt para entrar. - Levantei-me, segurando logo sua mão.

— Não, é bom que ninguém veja outra pessoa entrando aqui além de mim ou Watari, e seu horário de visitas acabou.

— Que bobagem é essa? Não há ninguém nessa rua, a casa mais próxima está a não sei quantos metros de distância…

— Acho melhor o rapaz ir embora, o delegado pode chegar antes, se ele lhe ver conversando com outra pessoa e ainda por cima sendo tratada como uma hóspede normal, vai complicar para mim e para você…

O encarei irritada. Acho que nada que eu dissesse iria mudar a situação. No fim, Matt pediu perdão para mim e disse que voltaria amanhã “quando você estiver livre”, e ainda aproveitou para provocar o inglês.

— Não se esqueça de pagar o Raito depois… - Sorriu e acenou, partindo em seguida. Um sorriso malvado surgiu em meu rosto quando vi a expressão irritada do inglês. Eu o ignorei e entrei.

A pedido meu, Watari permitiu que eu voltasse para a cela, assim pude trocar de roupa e agir como o inglês desejava. Francamente, eu tinha mesmo que ficar aturando os ciúmes infantis dele?

— Você só me trata assim porque sabe que não existe nenhuma outra garota na minha vida além de você… - O inglês retirou-se do local (na verdade, eu nem imaginava que ele estava lá).

A tarde caiu e por fim veio a escuridão. O tal delegado veio me ver. Aprovou o fato de eu estar em perfeita custódia, e por mais estranho que pareça ainda me encorajou.

— Amanhã será um bom dia para você. Uma garota bonita como a senhorita não fica presa para sempre… - Saiu do lugar rindo como retardado. Watari o acompanhou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí queridos, próximo capítulo vai ser a tal audiência (AMO O L, MAS QUERO QUE O RAITO CONSIGA A LIBERDADE DA MISA HAHAHAHA). E pelo jeito, vai rolar intrigas né... Até õ/