Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 3
Declarando Guerra


Notas iniciais do capítulo

E aí gente, o que estão achando da história hein? Enfim, espero reviews senão vou ficar bastante triste e LARGO TUDO. Brinks, esse cap ficou pequenininho, mas prometo no próximo, um muito melhor u.u kkk BOA LEITURA!



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Misa Mercenary

Declarando Guerra


Era estranho acordar todos os dias com calafrios e suando, pelo menos motivo de sempre: um sonho muito estranho. Eu, sozinha, em um mundo totalmente devastado. Raito me falou uma vez que talvez o meu subconsciente me dizendo que o meu maior medo era justamente ficar sozinha, a solidão. Fui para o banheiro, tomei um banho bem frio, aquilo me acalmava. Vesti uma camiseta, mas quando fui caçar um jeans...

—Mãe, cadê o meu jeans? - Nem precisei gritar, nossa casa era tão pequena que ela veio imediatamente até a mim.

—Aquele pano de chão? Joguei no lixo, não servia mais para nada... - Respondeu-me pensativa, ela sabia o quanto eu amava aquela calça. E depois... Era a única.

—NÃO ACREDITO! Você jogou meu jeans favorito no lixo?!

—Misa, não estamos tão ruins assim, você tem roupas melhores. Vista outra calça e não fale mais nisso.

—Mas mãe, aquele era minha ÚNICA calça. - Percebam a ênfase na palavra ÚNICA.

—Então vista um short ou uma saia, agora me deixe... - Saiu do quarto, emburrada.

Eu odiava saias mais que tudo no mundo, odiava tanto que parei de usá-las aos 12 anos, quando já podia escolher sozinha o que vestir. Sei lá, me deixava mulherzinha demais, e bom, vamos encarar os fatos, não tem nada a ver comigo. O pior de tudo era que minhas saias estavam velhas também, velhas no sentido de ficarem num canto sem uso. Acabaram ficando curtas demais... Mas era o jeito, peguei a menos imoral, que batia na metade da minha coxa, calcei meu tênis e saí de casa. Raito não ia me buscar naquele dia, eu iria sozinha e a pé para a escola. É bom que eu perderia umas calorias.

No caminho para a escola foi bem difícil caminhar com aquele pedaço de trapo. Alguns garotos me provocavam, jogavam piadinhas. Amarrei a jaqueta na cintura pra tentar tapar pelo menos a parte de trás. Finalmente cheguei onde queria, o portão da casa da Minata-san. Toquei duas vezes a campainha, ela veio abrir.

—Misa-san, bom dia! O que faz aqui a essa hora? -  Sorriu amigavelmente.

—Ah oi Minata-san, vim trazer seu poema... - Fui retirando a folha de papel onde continha o poema em latim que eu havia traduzido no dia anterior e entreguei a ela.

—Ah... Bom... Não preciso mais Misa-san, já traduziram para mim... -  Mais uma vez sorriu, entregando-me de volta o poema.

—Hm... Sério? Quem traduziria um poema em latim, além de mim? - Maus pressentimentos...

—Foi aquele aluno novo, o Eru... Ele foi bastante gentil, se ofereceu para traduzir de graça, não sabia que ele manjava tanto dessas línguas estrangeiras... - Passou a fitar o chão pensativa.

—Ah... Eu imaginei. Falei baixinho, ela voltou seu rosto para mim, retribuí com um sorriso contido. Bom, tudo bem, qualquer outra coisa que precisar, me contate. - Saí do portão dela, tentando não transparecer a minha raiva.

—Ei, escuta Misa-san... - Chamou-me. - Quer uma carona, podemos ir juntas para a escola...

—Não, obrigada, prefiro ir caminhando mesmo. Mas obrigada mesmo assim. - Como se um dia ela pudesse ser minha amiga...

A garota falou algo como Você quem sabe dando de ombros e entrou na sua casa. O que me preocupava mesmo era o inglês, o que ele queria agora? Quebrar os meus negócios? Cheguei atrasada, segundo horário na verdade, era biologia. A professora me olhou de cima a baixo com os pequenos óculos na ponta do nariz e autorizou a minha entrada. Todos me observavam de uma forma estranha, Ah claro, a saia! Rapidamente me ajeitei na minha carteira, ponto a bolsa no colo. Mikami como sempre, soltou uma piadinha. Raito apenas perguntou o motivo do meu atraso, lhe expliquei a história. Agora sim, ele parecia tão preocupado quanto eu, se o inglês topou ajudar a Minata-san, então ele já tinha conhecimento do que fazíamos, poderia representar uma ameaça. A professora interrompeu nossa conversa [sendo que nós que interrompíamos a aula dela] e nos calamos.

Recreio. Raito, Mikami, Mello, Matt e eu nos sentamos em uma mesa na lanchonete. L estava em uma mesa do canto, comendo doces, claro, com seus dedinhos ingleses. Que raiva eu estava, tiveram de me segurar para não voar nele no momento que o vi. Ficamos um tempo quietos, mas aí não pude me segurar.

Foda-se. Ele que declarou guerra primeiro.

—O que vai fazer Misa? - Raito me encarou preocupado.

Apenas me levantei, e fui em direção do cara mais odiável deste planeta. Tentaram me conter, mas não deixei, naquele dia não. Fui ate a mesa de L, onde comia solitário e sentei-me em frente a ele. Tentei encará-lo como no dia anterior, seus olhos negros e com enormes olheiras me fuzilaram pensativos.

—Bom dia, Misa-san. - Boca cheia de doces.

—Garoto, quem você pensa que é? Está tentando ferrar com a minha vida?! - Tentei ser paciente.

—Não sei do que está falando... - Bebericando chocolate quente.

—Não se faça de tonto, você sabe muito bem...

—A senhorita Minata apenas me pediu um favor, e bom, quando ela disse que você traduziria em troca de dinheiro, me senti mais motivado a ajudá-la.

—COMO É QUE É?!

—Não pude negar, ela me pediu... E eu a ajudaria de qualquer forma, mesmo sabendo que não influenciaria os seus esquemas. Você pode achar que eu sou bobo, mas eu sei de muitas coisas Misa-san. - ESSE GAROTO FALA DEMAIS!

—Você não sabe de nada, estou aqui pra pedir educadamente... Não se meta com isso. - Tentando manter a calma...

—Não adianta, não vou fazer nada que você queira. - Beleza, vejam as bombas explodirem.

Não havia saída. Eu estava tomada pelo ódio, queria mais que tudo na vida mata-lo ali mesmo. Até tentei voltar para mesa, onde os outros garotos me esperavam apreensivos. Mas não deu, eu tentei me controlar, vocês viram. Mas aquele maldito inglês me tirava do sério.

Atravessei a mesa de L em um só pulo, lhe acertando um soco no rosto. Caímos os dois no chão, começamos a rolar até que eu ficasse sobre o seu corpo. Ninguém, absolutamente ninguém, poderia declarar guerra a Misa Amane. Acabei me esquecendo também de que estava de saia, então ele meio que se distraiu comigo ali por cima. As pessoas começavam a se juntar em torno da gente, algumas torcendo, outras tentando separar, Raito era uma dessas. Eu não sairia de modo algum ali, só quando fizesse um olho roxo em L. Então... O maldito diretor chegou.

Sala do diretor.

—Então, podem começar a explicar o que aconteceu. - O diretor estava sério, olhava fixamente para mim e para o inglês ao meu lado sentado daquela sua forma. Fiquei revoltada ao perceber que esta maneira de sentar dele não incomodava o velho homem a nossa frente.

—Senhorita Amane me atacou. - SIMPLES E RÁPIDO, MALDITO INGLÊS.

—O que?! Você que me provocou! - Tentei me defender.

—Misa-san, eu estava quieto no meu lugar, você veio até mim e me bateu. Agressão física, tenho testemunhas. - IDIOTA.

—Mas eu não bateria sem motivo, não é diretor?!

—É. Pelo jeito vou ter que cuidar logo disso. Escutem, não gosto de brigas na minha instituição, muito menos de alunos se estranhando. Se não se gostam, pelo menos se respeitem... Posso contar com vocês ou terei de tomar medidas para isso? - Olhar de reprovação.

—Nunca vou gostar de alguém como L... - Falei.

—Nunca vou gostar de alguém como Misa Amane. - L olhava para o diretor, mas era óbvio que aquela acusação era para mim.

—Que seja, mas que pelo menos se respeitem.

—Só vou respeitá-lo quando ele finalmente morrer. - Tá, concordo, fui meio grosseira. Eu diria até maldosa.

—Senhor L? - Perguntou o diretor.

O inglês apenas continuava sentado a sua maneira, o polegar no lábio inferior. Passou a fitar o chão, ignorando qualquer ruído ao seu redor.

—Pois bem, passarei uma atividade conjunta.

—O QUE?! - HOJE NÃO É O MEU DIA, definitivamente.

—Sim, é isso mesmo Misa Amane. Um trabalho de tema livre, façam algo que me surpreenda, preparem um relatório e me tragam até o final do mês. Senão...

—Eu trabalhando com ele?! Pff...

—Vai trabalhar sim, quem me trás problemas, tem o dever de leva-los de volta. Espero que esse tempo junto unam um pouco vocês dois. Estão dispensados.

O professor mal nos liberal e o inglês desapareceu porta a fora.

Ao passar pela cantina, o reparei comprando alguns doces. Vai ver se estressou com aquele papo todo de trabalharmos juntos. Aproximei-me do garoto, quieta. Ele olhou para mim e com as mãos nos bolsos, falou:

—Teremos de nos submeter a isso por culpa sua, Misa-san.

—Claro que é culpa sua também, se meteu no meu caminho primeiro.

—Eu apenas tentei ser justo...

O garoto me ignorou, e caminhou de volta a sala. Eu fiquei ali pensando, meio chateada. Vai ver a culpa era mesmo minha, eu estava sendo injusta, julgando-o antes de conhecer... CLARO QUE NÃO, QUE SE LASQUE O L, EU QUERO É SER A MELHOR! Sim, serei sempre a melhor...

Continua...



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Notas finais do capítulo

Eita, surpresas estão vindo hein! Mas e aí, mereço reviews? *-*