Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 27
Amor II


Notas iniciais do capítulo

Todo o meu amor pra vocês ♥



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Entre um beijo e outro, ele parava, pedia para recuperar o ar. Não tinha tanta prática e se eu continuasse tão rápido, acaberia devorando-o. O que ele não sabia é que eu também não tinha prática alguma, e sim, eu irei devorá-lo mais cedo ou mais tarde. Parou um momento, disse que só queria ficar ali olhando o rosto “dessa menina que um dia me tirou tanto do sério”, queria saber se tudo era verdade, se realmente havia encontrado a pessoa certa. “Você encontrou, meu inglês.” Estranhamente, percebemos que a pessoa certa, é justo a mais errada, aquela que um dia nos faz tão mal, mas em outro já nos traz o sol. Essa é a pessoa certa, a que um dia foi a errada.

— L… Eu acho que amo você. - Comentei mais vermelha que os “morangos para sempre” de meus sonhos, o rosto escondido na dobra de seu pescoço.

— Achar é um verbo que não existe no vocabulário dos detetives… Mas vai ver é isso mesmo, vai ver eu também te amo…

— Então… Acha que… Podemos avançar? - Sim, meu coração parecia uma bomba relógio.

— Se você estiver comigo, acho que podemos tudo…

Misa Mercenary

Amor II

As palavras pronunciadas por sua leve rouquidão provocavam reações em cadeia indescritíveis no meu corpo. Oh céus, desde quando ele passou a exercer tanto poder sobre mim? Isso não importava mais. Assinei esse contrato de alma assumindo todas as responsabilidades e consequências que ele me traria. Agora eu me sentia propriedade dele, assim como o sentia propriedade minha também. Nada que pudesse acontecer daqui para frente iria mudar nossa condição, pelo menos não agora.

Mas faltava algo: a concretização. E o que seria essa concretização, afinal?

— Misa-san, eu não sei como falar isso… - Calei seus lábios com o meu indicador, eu sabia bem o que ele falaria. Naquele dia isso não importava, porque no final das contas éramos dois iniciantes nessa coisa de amor.

— Por favor, você pode esperar um pouco aqui? - Falei aflita, o nervosismo dominou meu corpo. Aquela era uma Misa que eu desconhecia. L apenas acenou a cabeça.

Corri até o banheiro e retirei o camisão de algodão em frente a um grande espelho no armário, espelho este que o meu complexo de inferioridade me impedia de usá-lo. Procurei defeitos por todo o corpo, uma cicatriz um pouco abaixo do umbigo e uma depilação recém-feita foi o que eu encontrei. Sorri de canto, ainda bem que cuidei da depilação recentemente. Procurei gordurinhas também. “Pff estou parecendo aquelas patricinhas idiotas de filmes americanos”, sorri do pensamento. Agradeci também por toda a péssima alimentação que me dava aquele corpo esguio e quase anoréxico.

Tomei um banho rápido, queria usar pelo menos um óleo aromático, sequei os cabelos mais rápido ainda e vesti uma espécie de lingerie rosa-bebê que a minha mãe havia me dado há alguns dias. Agradeci secretamente por isso também.

Todos os músculos do meu corpo estavam em constantes vibrações, naquele dia não sabia se era medo ou ansiedade ou os dois juntos.

Cheguei acanhada na sala, o inglês ainda estava sobre o sofá, mordendo levemente o polegar enquanto seu olhar vago ia em direção ao piso amadeirado. Quando percebeu a minha presença, virou o rosto levemente na minha direção. Seus grandes olhos negros pareciam mais cintilantes do que nunca naquele instante e um leve corado tomou conta de suas bochechas. Gaguejou um pouco antes de tomar ar e falar o que queria:

— Nunca em toda a minha vida pensei que um dia… Isso iria acontecer…

— Foi um elogio? - Tive de corar também, me sentia seminua com aquela roupa. Mas pouco importava, uma hora eu estaria sem nada mesmo.

— Foram pensamentos em voz alta. - Levantou lentamente do sofá, eu estava me acostumando ao seu ritmo, sempre tranquilo. Dessa vez as mãos não vinham no bolso do jeans, o fino polegar coçava levemente a bochechas, seus olhos nos meus. Pensei em desviar o rosto naquele instante, mas pensei que não deveria perder detalhe algum daquela noite.

Vagarosamente se aproximou de mim, a mão direita afagou minha bochecha esquerda. Mais uma onda de turbulentos calafrios. Cerrei os olhos e correspondi ao carinho me entregando ainda mais àquela quente e macia mão.

— De todas as surpresas do mundo, de todas as coisas belas… Você foi a melhor que me aconteceu. - Falei involuntariamente.

— Não roube minhas palavras… - Abraçou-me fortemente. O cheiro açucarado ofuscou qualquer óleo ou colônia que eu tenha usado naquela noite. Tudo no meu apartamento, tudo em minha vida cheirava a L.

Nossos lábios foram tomados por um beijo diferente. Agora L não estava tão lento como costumava ser. Aquele não era um beijo tranquilo e sensível como sempre fora. Pelo contrário, era um beijo faminto. Deliciosamente único.

Enrosquei meus braços em seu pescoço enquanto as mãos do inglês percorriam cada detalhe do meu corpo. “Covardia” pensei. Quando finalmente nos distanciamos para tomar ar, o puxei pela mão até o meu quarto.

— Não repara na bagunça… - Comentei irônica. Ele apenas sorriu.

Sentamos os dois na ponta da cama, me odiei eternamente por ter me arrumado tanto sem lembrar-me do quarto onde tudo aconteceria. Mas L ignorava totalmente esses pequenos detalhes, ele apenas queria continuar de onde paramos na sala.

Seu beijo me fez perceber. Então era assim que as coisas aconteciam.

Apesar de inexperiente tanto quanto eu, ele nos conduzira naquele processo. Seu corpo curvava-se cada vez mais sobre o meu, quando percebi já estava totalmente entregue àquela cama com o esguio e quente corpo do inglês sobre mim. Tinha algo ali que eu nunca havia percebido até aquele momento, algo ereto entre suas pernas tocava-me o joelho.

Sua mão direita descia até a barra do baby-doll da lingerie enquanto a esquerda afagava-me a bochecha. Tudo enquanto nos beijávamos como dois famintos. A mão subia lentamente, trazendo consigo a camisola, quando chegou ao colo ele parou. Retirar o baby-doll ali significaria que eu estaria por fim só com uma calcinha minúscula enquanto ele ainda estava de jeans e camiseta. Ao percebermos isso, ele afastou seu corpo levemente me permitindo tirar sua camiseta. Depois desabotoei sua calça.

L usava uma cueca box, era preta. Eu queria apreciar aquilo, então subitamente troquei de posição com ele. Agora eu estava por cima, sentada sobre seu ventre, o volume na cueca pressionado pela minha coxa, e aquele olhar assustado. Meu gatinho assustado. Nunca me esquecerei daquela cena, é a melhor imagem que guardo de L até hoje no meu coração.

Sem pronunciar uma palavra, retirei a camisola por completo. Agora sim, estávamos de igual para igual, mas ainda era insuficiente para L. Visivelmente fascinado (e eu altamente corado) ficou quieto por um instante até novamente recuperar o controle da situação. Sobre mim, ele voltou a me beijar. Então aquilo era uma disputa agora?

Seus beijos quentes e molhados foram descendo pelo meu pescoço, deixando leves chupadas. Chegando ao colo, ele parou. Seus negros olhos voltaram-se para os meus como se pedisse para prosseguir. Apenas sorri. Não demorou para que beijasse meu seio direito, meio envergonhado no começo. Mas parece que ele gostou, tanto que começou a intensificar o carinho ali. Tentei me segurar, mas logo os gemidos saíam. Que sensação gostosa, cada vez que ele revezava entre os seios, meus gemidos eram mais descontrolados. Ele se divertia. Logo retornou seu caminho pelo meu corpo, passando pela barriga, lambendo a cicatriz. E então chegou onde queria. Voltou a me olhar, corei como nunca quando ele silabou um envergonhando “eu te amo” e voltou-se para a calcinha.

A sentia meio molhada, mas ele não se importou. Tirou com as mãos e a colocou ao lado do meu corpo. Voltou seu rosto a minha intimidade. Cerrei os olhos nervosos. “O que ele vai pensar, meu Deus?”, ele não pensou nada, apenas lambeu. Uma, duas, cinco lambidas e quando eu percebi já a beijava com vontade. Beijos, lambidas, chupadas. Tudo me enlouquecia. Rezei para que os vizinhos não me escutassem. Eram lambidas sensíveis, iam do clitóris até um pouco abaixo. Que sensação deliciosa. Nunca me senti daquela forma. L se demorava nas partes mais sensíveis, e aquilo me deixara altamente satisfeita. Meu corpo começou a tremer, sentia algo chegando, meus movimentos começaram a acompanhar o ritmo de sua língua. Até que ele parou. “O que?!”. O encarei confusa, ele sorriu. Um sorrido que eu nunca vira antes, um sorriso indecente.

— Ainda não. - Com maestria e rapidamente retirou a sua box e veio por cima de mim. Seu rosto tão próximo do meu, o calor, nosso suor, tudo misturado. - Você é doce… Por que isso não me surpreende? - Ele falou divertido.

Nos beijamos novamente. Ele ficou meio confuso, pensando que eu o rejeitaria depois de provar da minha intimidade. Mas não, se eu era doce e se ele gostava então eu também gostava. E L tinha razão. Vejam que ironia: Misa Mercenary, a azeda Misa Mercenary, é doce.

Nosso beijo foi interrompido para que déssemos continuação ao ato. L afastou minhas pernas com a sua. Olhos nos olhos, ele sério, eu meio aflita. Se aquilo era uma disputa, então eu iria ganhar.

Com a mão direita toquei o seu pênis. Era uma sensação nova. Tão quente e ereto. L gemia baixinho, a respiração no meu rosto, nossos corpos colados pelo suor. Mas não era em minhas mãos que ele queria estar. Então gentilmente o guiei até a entrada de minha vagina, suspirei profundamente, era a hora. Quando tirei minhas mãos, L voltou o controle. E mais uma vez, lentamente, entrou sem pedir licença. Primeiro na minha vida, agora… Ali. Soltei um gemido alto e dolorido, dor que rapidamente foi substituída pelo prazer. Ele esperou até que eu me acostumasse com a nova sensação, e então começamos. Leves movimentos que logo foram substituídos por rápidos e selvagens. Agora éramos um. Delicioso, quente, molhado e doce. Era tudo que eu conseguia pensar. Ele me beijou e então eu entendi realmente o que era amor.

Um filme de toda a nossa história passou pela minha cabeça. Desde o primeiro dia, desde o primeiro sentimento ruim até finalmente nos tornarmos um.

A medida que a minha memória avançava, os beijos e movimentos se intensificavam. Estava chegando o momento, o prazer nos controlava totalmente. Até que tudo foi substituído por… Amor? Como descrever para vocês? A melhor sensação do mundo, um prazer único e estranho, calafrios, suor, gemidos. Algo quente e intenso escorrendo de L e de mim. Amor evaporando de todos os nossos poros.

Quando aquela sensação passou, L caiu de canto, suas mãos ainda no meu corpo. Ele olhou pra mim, sorriu e pôs a cabeça sobre minha barriga, me agarrando em um abraço. Meu corpo tentava se recuperar, não existia mais dor, apenas prazer. Naquela noite, pouco depois eu chorei. Era único para nós dois. Rezei para que L não percebesse, em vão. Voltou a me beijar, lambendo as minhas lágrimas.

— Se Deus realmente existir, lembre-me de agradecê-lo um dia… - Nos abraçamos.

— Então é assim que as coisas acontecem? - Ele me olhou confuso. - Você conhece alguém, não, você odeia alguém antes de conhecê-la, e então quando percebe já estão assim?

— Eu acho que não… Não, tenho certeza que não. - Falou baixinho.

— Quero ouvir sua teoria. - O alfinetei. Qual é, eu ainda sou a insuportável da Misa.

— A gente se amou desde o primeiro momento… Mas como desconhecíamos este sentimento, confundimos com outra coisa… Algo como ódio, você entende?

— Não me pergunte se eu entendo algo, eu sempre entendo tudo… - Virei o rosto aborrecido, por que ele sempre sabia de tudo mais do que eu?

— Você fica linda irritada.

E como último ato, subi sobre seu corpo. Nu, quente e ainda suado. Ele me olhava curioso, o olhar que eu amei desde o primeiro momento, de acordo com a sua teoria.

— Quero te mostrar uma coisa… Melhor que campos de morangos para sempre.

— Tudo o que você quiser. - Sorriu, e eu o beijei.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Um aviso: não sei escrever hentai tão bem... Espero que entendam.
O Baby da Misa: http://image.dhgate.com/albu_327321109_00/1.0x0.jpg