Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 18
Sam


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM A DEMORA AMORES, tava querendo postar só depois de reeditar os primeiros capítulos, mas ainda faltam três D; Então resolvi atualizar logo. Neste, como prometido, um pouco mais de Sam. Tem momentos com Raito, e lá no finalzinho, com L também. O próximo será bem mais especial, um momento íntimo entre Misa e L, e [SPOILER] pode rolar até beijo, hein? [/SPOILER] Hahaha quero reviews u.u, tô ficando triste porque ando recebendo quase nada. ♥



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Misa Mercenary

Sam

Os dias pareciam voar. Depois do convite de L, ficamos mais próximos do que imaginávamos. Mas eu bem que esperava isso. Queria mesmo conhecer a vida do inglês de perto, ver o que ele fazia quando ninguém mais olhava. Pela manhã eu ia para o Campus, encontrava colegas, realizava alguns serviços babacas, marcava de fazer outros, via Raito [meu único e melhor amigo], e quando as aulas terminavam voltava para casa caminhando. Pela tarde passava na casa de L [que ficava bem perto do meu apartamento], resolvia alguns casos pequenos com ele [era incrível a capacidade dedutiva do inglês]. Fiquei sabendo que L só pegava os casos que lhe interessavam, mas de uns tempos para cá, ele começou a pegar casos menores quando eu estava por perto, estava sempre me observando atentamente, vendo como eu me saía diante deles. Os casos grandes e mais complexos, ele quase nunca compartilhava comigo. Pela noite, Watari me deixava em casa, foi assim durante as duas últimas semanas.

Dia desses Raito veio visitar o meu apartamento, depois de umas reformas, claro. Pintei as paredes do meu quarto de azul claro, já que continham umas cores amarronzadas, as paredes da cozinha e do banheiro receberam um alaranjado, enquanto que a principal parede da sala foi pintada totalmente de preto, pintei minhas mãos de branco e marquei na parede. Sempre quis ter uma casa para fazer isso, e agora que tinha meu próprio apartamento, aproveitei. Ah sim, não comprei muitas coisas, só umas almofadas e travesseiros personalizados [não parece, mas adoro tudo que seja fofo!]. Resolvi não mexer mais no dinheiro do último serviço grande do Misa Mercenary, guardei tudo na minha conta bancária, para um investimento futuro. A primeira impressão de Raito pareceu positiva, ele disse estar bem a minha cara, principalmente o meu quarto que ainda recebeu vários pôsteres de games [já falei que amo?] e bandas, além das diversas almofadas. Ele sentou no pequeno sofá da sala que já veio com o apartamento, suspirou profundo e falou um desconfiado “Belo PlayStation 3...” como se pressentisse que aquilo fora presente do inglês. Servi-lhe uma dose de vodka [agora tenho dinheiro pra comprar uma bacana!] e me sentei ao seu lado no sofá.

— Vamos uma partida de Guitar Hero...

— Prefiro futebol. - Respondeu-me, dando um gole na vodka em seguida.

— Não tenho futebol ainda aqui... Vamos Guitar Hero e vamos apostando.

— Modo Hard! - Animou-se.

— Beleza! Mas quem ganhar tem direito de pedir algo que não seja dinheiro.

— Bota aí, são cinco partidas, ok? Pode escolher a primeira música.

Coloquei o jogo no PS3, Raito deixou o copo de lado, pegou um controle e se ajeitou no sofá assim como eu. A primeira música era “The Rock Show”, do Blink 182, claro que eu ganhei. A segunda era “Ring of Fire”, do Johnny Cash, mas uma vez eu ganhei. A terceira era “Wolf Like Me” do TV on the Radio, Raito ganhou. A quarta era “Hungry Like The Wolf”, do Duran Duran, Raito novamente ganhou. Pedi um tempo para ele, antes de tocarmos a última música. Sabe como é, ir ao banheiro, beber um copo d’água, embora eu quisesse mesmo a vodka, e claro que me preparar psicologicamente, odiava perder, principalmente no videogame. Nem Matt perdia para mim. Fiz uma piadinha com o Raito, “Os semelhantes se entendem!”, pelo fato de ele ter ganhado só musicas que levassem ‘lobo’ [Wolf] no nome. Raito de certa forma era como se fosse um lobinho para mim, meu lobinho. A última música foi ele quem escolheu, “You and Me”, da banda Attack! Attack! Foi uma batalha bastante árdua, eu estava muito nervosa, isso era óbvio. Cheguei até a suar, mas Raito não, ele parecia tranquilo e calmo, como se pressentisse que ia ganhar. E o lobo imundo ganhou! Por pouquíssimos pontos, nos últimos segundos da música, soltei o controle um segundo pra tirar a franja dos olhos, errei uma nota e o nojento me passou na pontuação. É, contemple o seu fracasso Amane Misa. Fiquei bastante irritada, decepcionada na verdade. Larguei o controle no sofá e fiquei olhando para o chão, como um perdedor deve ficar. Raito se aproximou de mim, prendendo uma mexa do meu cabelo atrás da minha orelha.

— Ei, você é a melhor, não fique assim não... AGORA CADÊ O MEU PRÊMIO?! - Perguntou entusiasmado, me irritando ainda mais.

— O que você quer? - Perder no Guitar Hero era uma das maiores demonstrações de fracasso que alguém poderia dar.

— Hm... O que eu quero? Quero muitas coisas... - A voz rouca que amoleceu meu coração.

— Vamos Raito!

O garoto se aproximou de mim, dando-me um meio abraço e sussurrou no meu ouvido.

— Quero um beijo seu.

Olhei para ele nervosa, será se eu ouvi direito?

— Eu ganhei, não ganhei? - Sua voz no meu ouvido arrepiava-me da cabeça aos pés.

Virei meu rosto para o dele, encontrando seus lindos olhos castanhos. Ele ria serenamente, e então o beijei. Não um beijo profundo, mas um selinho, onde a língua dele, escapando da boca logo pediu passagem entre meus lábios, encontrando assim a minha língua. Ficamos naquele beijo por aproximadamente 30 segundos, eu acho. Então me afastei dele, abri os olhos encontrando novamente os seus. Raito parecia aborrecido.

— Por que parou, não estava gostando? - Perguntou provocativo.

— Você pediu UM beijo, bom, acho que a minha dívida está paga. - Retribuí no mesmo tom.

— Não está não! Vem cá. - Me puxou pelo braço dando-me outro beijo, dessa vez um beijo mais selvagem, valendo até mordidas, por parte dele nos meus lábios, e por parte minha também. Seus lábios macios era uma delícia de morder.

O garoto foi mais ousado nas carícias. Desceu seus beijos até o meu pescoço, dando leves chupadas. Sua mão esquerda estava na parte de trás do meu pescoço, exercendo certa pressão como que para me impedir de escapar dele desta vez. Enquanto que a mão direita ia descendo pelas minhas costas, até chegar ao meu quadril. Raito entao subiu esta mão, trazendo consigo a minha blusa e já descobrindo a pele pálida de minha barriga e costas. O toque da sua mão quente naquela região do meu corpo [bastante sensível] me fez soltar um gemido. E tal gemido o fez intensificar o beijo. Tudo estava caminhando prazerosamente bem, até escutarmos o barulho da porta da sala destrancando. Paramos o beijo imediatamente, Raito olhou confuso para mim, eu apenas tentava me ajeitar porque todo aquele amasso me ‘desmontou’. Voltamos nossos olhares para a porta, e então eu me toquei [depois de recuperar a consciência] de que ninguém além de mim morava naquele apartamento!

Qual não foi a minha surpresa ao ver que quem entrava no meu Lar Doce Lar era o inglês pálido e CARA DE PAU?

— Oláááá. - Pronunciou entediado.

— L?! Mas o que diabos...?!

— Ah, olá Misa-san, olá Raito-kun. - Sorriu corando, AQUELE SORRISO CÍNICO.

— O que você faz aqui? - Raito aproximou-se do garoto, olhando-o de cima a baixo para ter certeza que era mesmo o inglês que ele tanto odiava.

Impressão minha ou vai haver um assassinato no meu apartamento hoje? Imaginem o que os vizinhos vão pensar, eu mal me mudei e já estou arrumando confusão! Era mais que perceptível que Raito estava muito irritado, embora tentasse transparecer calma [ele sempre parecia calmo!], por algum motivo desconhecido ele odiava muito o inglês. Mas eu não o culpava, por algum outro motivo desconhecido EU TAMBÉM ODIAVA MUITO O INGLÊS. E por mais outro motivo desconhecido, o tal inglês sempre dava um jeito de atrapalhar os meus momentos com Raito, ATÉ NA MINHA PRÓPRIA CASA!

— PORRA L QUE PORRA TU FAZ COM A PORRA DA CHAVE DO MEU APARTAMENTO HEIN PORRA?! - Simplesmente explodi.

— Ah sim Misa-san, esta é apenas uma cópia, claro. Achei na minha escrivaninha, e deduzi que poderia ser do seu apartamento. - CÍNICO.

— Que papo estranho é esse, Misa?! - Raito agora se virou para mim, L e o seu dom de me pôr em situações difíceis com meu melhor amigo. - Escrivaninha? O que você fazia na casa dele, e ele já conhecia seu apartamento antes de mim?! - Pronto, AGORA A PORRA FICOU SÉRIA.

— Bom... Er... L, melhor você ir embora...

— Ah não, Misa-san, acabei de chegar, e não comi nada antes de sair de casa. Além do mais, - olhou-me terrivelmente sério - tenho que lhe mostrar algo.

— Cara, tu não escutou o que ela disse? ELA TE MANDOU IR EMBORA! - O grande gênio japonês agora segurava a gola da camisa do grande gênio inglês, que tentava se livrar dele segurando em seu braço, SIM VAI HAVER MORTE!

Por algum motivo, aquela situação me excitava. Dois grandes gênios brigando por... Mim? Mais excitante que isso era saber que as três mentes mais geniais do Japão estavam reunidas naquele humilde [e querido!] apartamento, o meu apartamento.

— Calma Raito... – Tentei segurar o braço dele que já estava rasgando a camiseta de L – Er... Melhor vocês dois irem embora. – Fala sério, não da pra escolher!

— Misa-san, qual a parte do “Tenho que lhe mostrar algo” você não entendeu? – Falava massageando o pescoço depois da quase agressão de Raito.

— Se esse merdinha não sair daqui, eu mesmo é que não saio! – Provocou Raito sentando no sofá e cruzando as pernas, sério.

— Caramba, então ta, eu saio! – Que absurdo, eu tendo que sair da minha própria casa.

— Tudo bem, eu vou... Não queria atrapalhar o casal... Watari mandará uma mensagem minha, Misa-san. Até. – O inglês parecia aborrecido, não, na verdade ele estava mesmo. Voltou-se para a porta e quando quase saíra do apartamento, pedi a cópia da chave, pois não queria que ele andasse com algo meu assim. Contrariado, e mais aborrecido do que nunca, me deu.

Raito ainda me olhava desconfiado. Aproximei-me dele e comecei a desabafar.

— Hmm ta, algumas tardes eu passo na casa de L, numa dessas situações vai ver, esqueci a cópia da minha chave em alguma mesa lá e Watari, o mordomo, achando que pertencia a ele, guardou em seu quarto. E bom, ele conheceu sim meu apartamento antes de você, pois um dia voltávamos da escola e ele perguntou sobre minha mãe... O que ela achou da maldita viagem à Inglaterra, essas coisas. Aí eu falei que estava morando sozinha agora... E então ele perguntou como era a minha casa e se poderia conhecer... Veio aqui, mas só pra tomar o meu café, realmente um desperdício. É isso Raito-kun. – Voz manhosa pra ele acreditar nas baboseiras todas.

— E por que vai a casa dele?

— É que... O professor passou um trabalho extra para nós, por conta do “fracasso” do último. – Todos sabem que não foi fracasso algum, o professor até nos elogiou pacas.

Eu estava receosa de Raito não acreditar em nada, ele era um garoto esperto, e bom, tudo que eu falei vocês sabem que é mentira, não é? Primeiro que eu nunca tive nem cópia da minha chave e o inglês mentiu pra mim também, se eu bem o conheço, ele mesmo roubou a minha chave e tirou uma cópia só para ter liberdade a minha casa. E a primeira vez que ele veio aqui, não foi por conhecer minha mãe ou coisa do tipo, mas só pra se meter na minha vida mesmo.

— Misa, estou indo. – Suspirou, enquanto olhava as horas no relógio. Não me deu beijo de despedida nem nada, apenas saiu. – E ah, quando quiser falar a verdade, me avise. – DROGA, ELE NÃO ACREDITOU!


Mais tarde naquela noite, tentei ligar para Watari, ele atendeu, mas disse que L não queria conversar. Liguei também para Raito, o telefone chamou cinco vezes e então desligou. Ótimo, nenhum dos dois quer papo comigo. “Pensa pelo lado bom, Misa, esses loucos vão te deixar em paz!” Que se dane, voltei a jogar.

Fazia três dias que L nem me olhava no Campus, tentei falar com ele algumas vezes, perguntar o que ele queria me mostrar naquele dia, mas em todas as ocasiões me dispensou, dizendo estar ocupado. Com Raito era a mesma coisa, nem perto de mim mais sentava, se bandeou para o lado da Takada, uma garota metida que sempre me odiou por ser a mais esperta da turma e melhor amiga de Raito. Aliás, ela já me denunciara algumas vezes para o diretor, mas sem provas, foi ignorada totalmente. Bom, eu estava mais solitária que o último dente em boca de velho.

Era noite de sexta-feira, eu queria muito sair, mas sair com amigos, tipo Raito, Mello, Mikami e Matt. Matt... Lembrei-me de algo que acontecera há um mês, fui até a estante do meu quarto e abri a última gaveta. Um papelzinho amassado no canto dela. O telefone de Sam. “Haha, acho que não estou tão só assim!” Liguei e imediatamente, a voz gentil me atendeu, disse que esperava que eu não ligasse mais, mas que estava surpreso em saber que me lembrei dele. Perguntei se ele estava disponível e me falou que só estava terminando de arrumar as coisas na loja que já ia sair, estava faminto e me convidou para um lanche. Bom, não dispenso comida.

Esperava o garoto no balcão. Sam me contou que desde a primeira vez que cruzei seu caminho, lhe trouxera muita sorte. Nas últimas duas semanas, conseguiu dinheiro suficiente e comprou a loja para si. Fiquei bastante feliz, agora ele era dono do próprio negócio. Um pequeno empresário, diria.

— Tome, é apenas um agradecimento. – Me entregou uma pulseira com alguns pequenos pingentes prateados: Uma guitarra, uma palheta, um All Star, uma estrela e um trevo de 4 folhas.

Aceitei de bom grado, não é todo dia que se ganha um presente tão bom. Depois fomos a uma lanchonete, eu mesma que escolhi, perguntei se ele queria ir a um lugar mais “refinado”, mas me disse que não, odiava lugares sérios demais. Comemos hambúrgueres e sorvetes a noite toda, conversamos muito, foi legal. Assim como eu, morava sozinho, tinha 23 anos. Era do interior do Japão, de um lugar que não lembro o nome, veio pra Tóquio com a sua banda, tentar a sorte grande. Tocava nos finais de semana em pequenos bares, alguns imundos, alguns bem frequentados, estava esperançoso que um dia um olheiro os encontrasse. Até me convidou para um de seus shows, falei que iria, com certeza! Depois bebemos um pouco, nada que nos tirasse da consciência, me deixou em casa. O convidei para subir, o que aceitou de primeira. Servi-lhe mais um pouco de vodka e ele recusou, disse que ainda iria pegar três ônibus até chegar em casa. Não insisti. O garoto deu um pulo quando viu meu PS 3 em uma estante, digamos, cheia de jogos. Perguntou se poderia jogar um pouco, óbvio que eu deixei. Disse que um PS 3 seria sua próxima compra. Sam era muito divertido, até meio infantil, eu diria. Totalmente diferente da primeira imagem que tive dele, quando me vendeu aquelas roupas há um mês: um garoto tatuado que parecia meio revoltado e sério, mas não, era engraçado, divertido, um meninão. Já era quase duas horas da manhã, quando ele teve de ir embora. Despediu-se com um beijo na minha testa e disse estar feliz em saber que finalmente conheceu alguém que valeria a pena sair nas noites de sexta-feira. Senti-me da mesma forma em relação a ele. Depois de tudo, fui dormir.


Quebrada. Foi a forma que eu acordei na manhã seguinte. E eu nem sei por que, fiz nada de estranho na noite anterior. Também sentia uma dor de cabeça aguda, por conta da ressaca. Deitada na cama fiquei olhando para o teto alguns minutos. Para aquele sábado eu não tinha planos. O que iria fazer então? Não queria visitar a minha mãe, e se eu chamasse Sam para sair de novo, ele iria me achar insistente. “Já que não há planos, vamos arranjar alguns.” Fui tomar um banho daqueles que tiram até a sua má sorte, vesti uma das minhas calças jeans nova, uma camiseta roxa sem estampas e a minha querida jaqueta que comprei na loja de Sam. “Ainda corto esse cabelo.” O prendi em um rabo de cavalo discreto, não pude evitar a franja caindo sobre os meus olhos. Peguei o celular na estante ao lado da cama e disquei alguns números. Chamou três vezes, Mikami atendeu.

— Ah Olá Misa-chan! – Garoto irritante.

— Cadê o Raito? – Seca e objetiva.

— Bom, mandou dizer que não está disponível, mas ele está sim, viu? – Tive a impressão de ouvir um “Mikami, seu imbecil!” ao fundo. Era a voz de Raito.

— Eu imaginei, pode por no viva-voz pra mim, Mikami?

— Já está, diga que ele vai ouvir. – “Mikami, seu imbecil!” Repeti as palavras de Raito mentalmente.

— Escute Raito, sei que você está aí, quando parar de bancar o infantil metido a vítima venha falar comigo, ok? Essa sua postura só me deixa mais irritada. – Desliguei o telefone, bom, espero que ele entenda o recado.

Peguei uma maçã na geladeira e comecei a mordiscá-la, discando novos números no telefone.

— Olááá... – A voz entediada do inglês.

— Ah, oi L. É a Misa.

— Sabia que era você, não sei se lembra, mas sou o melhor detetive do mundo, imaginava que você ligaria, pra falar a verdade, havia uma probabilidade de 42% de isso acontecer. – Pausa para morder alguma coisa. - E claro, meu telefone tem identificador de chamada.

— Aff, como você consegue ser tão chato?

— Também há a probabilidade de 6% de você me chamar para sair neste exato momento, apesar de eu não acreditar muito nela.

— Droga, é exatamente isto. Vamos sair, comer doces, beber pra porra, gastar dinheiro a balde.

— Misa-san, ainda são 10 horas da manhã, o sol está forte e quase nenhuma loja de doces abre agora, só depois do almoço.

— L, você sabia que eu também sei calcular probabilidades? – Sentei-me no sofá alongando o papo com o inglês.

— Imagino que saiba sim, levando em consideração que já está quase terminando o seu ensino médio. Mas vamos, conte-me suas probabilidades.

— Bom... Há 98% de você aceitar sair comigo, mesmo eu não insistindo, pois mesmo com 6% de certeza de que eu lhe chamaria para sair, você preferiu acreditar nela do que nas demais porcentagens que poderiam ser muito maiores...

— Pra falar a verdade, eu tinha 66% de certeza de que você me ligaria apenas para me esculachar pelo fato de eu ter lhe ignorado a semana toda.

— Mas não, mesmo com apenas 6% de certeza, você preferiu escolher esta opção, de que eu lhe chamaria para sair. E você tem razão, assim como eu espero ter razão nos meus 98% de certeza de que você vai sair comigo sim. Apesar de eu ainda achar, com 74% de certeza, que você vai preferir ficar sentado esperando uma das lojas de doces abrir que caminhar comigo, que com 85% de certeza, vou querer fazer compras, gastando o dinheiro que eu não tenho.

— Misa-san, há um dado errado em uma de suas porcentagens...

— Corrija-me, por favor.

— Não há 98% de chances de eu aceitar sair com você... – Longa pausa, provavelmente bebendo algum café atolado de açúcar – Na verdade, há uma chance absoluta, 100%. Passo aí em alguns instantes. – Fim da chamada.


Continua...



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Notas finais do capítulo

Criarei logo um capítulo TOTALMENTE do Mello, haha. Ele anda tão apagadinho na história e, acho que vocês perceberam, ele não conhece Near... Mas garanto surpresas. Se gostarem ou se odiarem, podem falar aqui, ok? u.u