Misa Mercenary escrita por plemos


Capítulo 14
Near


Notas iniciais do capítulo

O nome, óbvio, foi em homenagem ao pequeno albino mais querido da série *-* Amo aquela criança, e acho que o que mais me decepcionou é nunca saber o que aconteceu com ele ao fim da série, após o caso Kira, mas pelo que parece, ele continuou solucionando casos no mundo todo, substituindo assim, o detetive mais querido no mundo >



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"Near é um bom nome. Você sempre vai estar por perto quando alguém for salvo. Ache sua felicidade, Near."

L change the WorLd

Misa Mercenary

Near

Ainda não havia caído a ficha de que eu estava fazendo o que inglês pedira com tanta insistência, ficar ali, com ele, comendo bolos e falando da gente, como se fôssemos amigos, mas vai ver era isso mesmo que éramos naquele momento. Bons amigos...

— Sabe de quem eu lembrei esses dias? - perguntei bebendo um gole daquele chocolate quente que so Wataria sabia fazer.

— Quem? - perguntou curioso.

— Near, o pequeno gênio construtor da Wammy's House...

— Você tem visto as crianças desde que lhe dei o notebook?

— Na verdade não, ando com preguiça de decifrar o super-espetacular-sistema-de-satélites que tem la...

— Você não sabe é mexer... Watari, venha aqui, por favor.

Watari chegou tão depressa que por um momento pensei que ele estava atrás da porta ouvindo nossa conversa, aí lembrei, que em cada canto daquela casa poderia ter câmeras e escutas.

— O que foi Ryuzaki?

— Traga o notebook diretamente ligado a Wammy's aqui, por favor.

— Sim senhor. - saiu depressa retornando em 5 minutos com um pequeno computador e mais alguns chocolates.

— Misa-san, sente-se aqui ao meu lado. - Pediu L, pondo um pequeno puff próximo a sua poltrona.

Mexeu alguns instantes no seu notebook, e logo uma tela branca, com a letra "L" apareceu, então ouviu-se uma voz do outro lado.

— L, que prazer! Aconteceu alguma coisa? - uma voz conhecida.

— Olá Roger, não aconteceu nada, só estou fazendo esta chamada porque quero uma reunião com as crianças. Lembra-se da minha amiga loira que foi esses dias comigo até aí visitá-las? Pois é, ela está com saudades delas...

— É isso mesmo, Roger-san... principalmente de uma em especial...

— De quem a senhorita sente saudades?

— Near... o garoto albino.

— Bom, ele acabou de sair de minha sala, parece que teve mais uma briga com outra criança, mas o chamo agora mesmo e você pode falar com ele.

— Obrigada, seria muito bom.

Passaram-se alguns minutos, L devorava o restante do bolo com uma cara tediantemente-tediada. Até que Roger chamou do outro lado e avisou que Near estava ali. Podíamos ver quem estava lá na Inglaterra, mas por algum motivo L não se permitia filmar. Depois de muita insistência, ele ligou a câmera para que eu aparecesse para o pequeno. Ele estava em pé ao lado de Roger com uma bonequinha loira na mão, seria eu?

— Olá pequeno, lembra-se de mim?

— Sim, Amane Misa... - falou enrolando uma mecha de seu cabelo no dedinho indicador, e fitando-me na tela.

— Como está voce? L está aqui do meu lado, comendo um bolo maior que ele, aliás, ele que fez questão de ligar praí e falar com você.

— Deixe-me vê-lo. - pediu esperançoso.

— L venha até aqui. - puxei-o pela mão, porém L era mais forte, e a reação da minha ação fez com que nós dois caíssemos no chão, meu corpo sobre o dele, os rostos próximos.

Meio que inconscientemente olhei-o fundo nos olhos, grandes olhos negros. Impressão minha ou ele corou de leve? Não importa, levantei-me depressa, arrumei minha roupas e voltei a tela do computador. Near parecia confuso, os olhos atentos a minha imagem.

— Desculpe Near, L não quer aparecer...

— Imaginava, posso ouvir a voz dele?

— Estou aqui! - falou o inglês aparecendo ao meu lado na tela, chupando um pirulito. Onde ele achou um aliás?

Near encarava surpreso, então, pela primeira vez na sua vida, conhecia o homem que sempre admirou [por algum motivo que eu desconhecia], sorriu de uma forma bizarra e mostrou os dedinhos, que contiam bonecos, um deles era eu, e os outros pareciam ser ele e ... L.

— Pensei que poderia ser perigoso mostrar sua verdadeira face para mim?

— Se Misa-san confia em você... E depois, não tem motivos para eu me precupar com alguém que me admira tanto, não é?

— Perigoso? Qual é o perigo em se mostrar pra uma criança L? - perguntei, pois estava visivelmente perdida com o assunto deles.

— Não sou qualquer criança, Amane Misa... E depois, se mostrar para mim não é o perigo, mas sim para qualquer pessoa...

— Ainda não entendi, L, o que significa isso?

— Near-san, tenho que sair aqui, Misa-san e eu temos umas coisas para fazer. Depois faço uma reunião com você e as outras crianças, ok? Até.

— Ta... - Near parecia aborrecido e triste. A chamada de vídeo foi desativada.

L voltou-se para uma torta de chocolate, pediu para que Watari guardasse o notebook, e depois, como se nada tivesse acontecido, disse:

— E então, podemos continuar nosso encontro?

— Claro, mas antes me diga, por que mostrar seu rosto parece ser tão perigoso?

— Nenhum motivo especial Misa-san, sou apenas tímido...

— Ok, vou indo... - levantei do pequeno puff e me dirigi a porta, L tentou protestar.

— Espere Misa-san, não fique aborrecida com isso.

— Eu acho que conheço você um pouco, pelo menos o básico pra imaginar quando você está me escondendo alguma coisa... tudo bem, eu até entendo, suas relações com as pessoas são distantes e não confia em ninguém e blá blá blá... mas certas coisas me irritam, tipo isso...

— Você é uma garota muito perspicaz, talvez a sua vantagem seja enxergar o lado subjetivo das pessoas... Não quero que pense que não confio em você, so tenho os meus segredos, assim como todos tem. - coçou o olho direito com a manga da camiseta branca e sorriu, disfarçando o nervosismo.

— Tem toda razão, desculpe se invado os seus segredos dessa forma... então, é melhor eu ir mesmo, tenho que ----

— Sou um detetive. - Interrompeu-me.

— O que?! - perguntei atônita, agora mais essa, L era um detetive e escondia a sua aparência por medidas de segurança?

— Sou o detetive mais influente do mundo, L.

— Ja ouvi falar desse L, algumas vezes, mas sei lá, é você?!

Eu ainda não acreditava... Então o maior detetive do mundo, era... aquele inglês? Então por isso tão esperto, estranho, e rico. Sim, era ele mesmo. Mas eu ainda tinha que ter certeza absoluta.

— Como pode o maior detetive do mundo estar no Japão fazendo o ensino médio numa escola qualquer e comendo doces enquanto o mundo ta lá, cheio de casos para se resolver?! Você so pode estar sonhando...

— Misa-san, não insista em duvidar... Você queria saber o que eu escondia de você, não é? Lhe contei, agora por favor, fique mais um pouco para o nosso "encontro." - pediu calmamente, enfatizando a última palavra.

— Ok... Vou acreditar em você...

Estava meio confusa, até tentava acreditar, mas não dava...

— Escuta L, vou ter que ir mesmo.

— Mas eu ja lhe contei meu segredo! - aborreceu-se.

— Aff eu sei, eu sei... Mas ta tarde, olha, vamos fazer o seguinte, lhe conto um segredo meu, para ficarmos quites.

— Não precisa... - olhou devagarinho para o lado, tentando fazer charme, porque no fundo eu sei que ele queria...

— Mas eu quero contar... vamos la... sabe a pessoa que eu disse que havia me decepcionado no início da nossa conversa?

— O que tem? - olhava-me curioso.

— É meu pai... ele deixou a mim e minha mãe quando eu era bem pequena... Nunca mais tive notícias, e quer saber, nem faço questão...

— Entendo... - Enchia a xícara com cubos de açucar.

— Bom, vou indo... - Vesti o meu casaco e me dirigi até a porta.

— Espera Misa-san... Quero te fazer uma pergunta...

— Faça!

— O que somos? Digo, o que você é minha ou eu sou seu? ... Hm... Nossa relação...

Eu ri com a pergunta, meio zuando ele por dentro "Que relação?". Mas ele parecia sério, me encarava com seus olhos profundos e negros, esperava uma resposta bem rápido. Antes de respondê-lo o observei um pouco. O cabelo desgrenhado e negro, as bochechas, o pescoço, a pele ao todo, pálida e lisa... E as roupas meio surradas, a posição característica dele de sentar-se na cadeira, as mãos nos joelhos, os lábios e dedos finos, aqueles olhos... grandes e curiosos... Não sei porque, mas naquele instante tive certeza de que ele era mesmo, o grande detetive L...

— Relaxe... Ainda é cedo pra pensarmos nisso, não acha? - Ri de canto de lábio, L bufou um "Aff" e mordeu um espetinho de morangos com chocolates. Antes de sair porta afora, dei uma última palavra no inglês, também me perguntando, o que éramos um para o outro?


Quando cheguei em casa ja estava escuro. Aquele dia foi bem cansativo. Falei para minha mãe que havia jantado na casa de Raito, ela também não insistiu em mais nada. Subi para o meu quarto rapidamente, e me joguei na cama, estava exausta. O telefone toca, era o Raito.

— Aff Misa, até que enfim me atendeu! - Estava irritado.

— Foi mal, cheguei agora...

— Ainda estava lá?!

— Não, cheguei agora da rua, eu e L nem saímos mesmo... Aí eu prefiri sair sozinha... - Para evitar mais confusão.

— Entendo, escuta Misa, mudanças de planos. Parece que o magnata vai dar a festa amanhã mesmo, tudo de última hora, apareça aqui bem cedo, temos que decidir as últimas coisas e então, ja sabe né?

— Sim sim, não precisa repetir. Se for pelo Misa Mercenary, eu estou disposta...


Continua...



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Notas finais do capítulo

Planejava acelerar um pouco a história nesse capítulo, ja com a açao da Misa, no seu momento Mercenary, mas acho tão legal as partes dela com o L *-* Então no próximo, não perca, o retorno da nossa genia!