Um amor improvável escrita por Tianinha


Capítulo 5
Noivado de Amora




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/812060/chapter/5

Assim que chegou a São Paulo, Fabinho se hospedou em um hotel barato. E a primeira coisa que fez foi ir à residência dos Campana. Sabia onde era, havia se informado. Sabia também que era o dia do noivado de Amora. Deu um jeito de invadir a casa. Conseguira driblar a vigilância dos seguranças, aproveitando-se de um momento de descuido e distração deles. Até esqueceram o portão aberto. Ao parar no jardim da mansão, retirou o capacete. Logo reconheceu Bento e Amora. Ela, pelo visto, também o reconheceu na hora.

— Fabinho? — surpreendeu-se Amora.

— Agora o reencontro tá completo. — disse Fabinho.

— Que marginal é esse invadindo a minha casa? — reclamou Bárbara. — Seguranças, por favor, tirem esse sujeito e essa moto daqui já!

Bárbara estava indignada, pois não conhecia Fabinho. Era um estranho para ela, além do mais, ele entrara com tudo, destruindo seu jardim. 

— Mãe, mãe, eu conheço ele. É o Fabinho. — disse Amora.

— Como assim Fabinho? — estranhou Bárbara.

— Olha, perdão pela invasão. — disse Fabinho, descendo da moto. — É que eu cheguei de Londres ontem e eu vi no jornal que ia ter o noivado. Eu não aguentei. Eu quis matar a saudade da minha amiga.

Sabia que estava sendo cara-de-pau. Aproximou-se.

— Você não vai dar um abraço no seu velho amigo?

Notou que Amora hesitou. Olhou para Bárbara. Ele e Amora nunca foram assim tão amigos, tão próximos, nem mesmo quando eram crianças. Ela não parecia estar morrendo de felicidade ao vê-lo. Mas ela acabou dando um abraço nele, por educação.

— Você continua igual, né? — murmurou Amora.

— E você está cada vez mais linda. — elogiou ele.

— Escuta, vocês se conhecem de onde? — perguntou Bárbara.

— O Fabinho morou na mesma casa que eu. — explicou Amora, e olhou para Bento. — Ele e o Bento.

— Então o florista é o... Ah, não, meu Deus! Isso não pode estar acontecendo. — disse Bárbara.

— Olha, gente, eu sei que eu não fui oficialmente convidado, mas eu...  Mas eu... Mas... — disse Fabinho, sem jeito.

— Não. Não. Imagina. Seja bem-vindo. — disse Maurício, cumprimentando-o.

— Obrigado. Prazer. — Fabinho sorriu.

— Você também. — disse Maurício, indo cumprimentar Bento. — Amigo da Amora é amigo meu também. Vocês não precisam de convite, não. Fique à vontade.

— Bento, me desculpe a demora. — disse Verônica, chegando com o cheque. — Aqui está. Não tenho como agradecer mesmo. 

— Bom, precisando, a senhora já sabe. — disse Bento.

— Mãe, você viu que coincidência? — perguntou Maurício, aproximando-se da mãe. — O Bento é amigo da Amora.

— Ah, é? — disse Verônica, olhando para Amora. — Pois então, Amora, agradeça a seu amigo essas lindas flores. Ele salvou a sua festa.

— Pena que ela não possa chegar muito perto, porque ela é alérgica, ela pode espirrar, não é Verônica?  — disse Bárbara. Dirigiu-se à filha. — Amora, por favor, os convidados estão chegando. Faça as honras da casa.

— Giane, você me ajuda a terminar de organizar as flores lá dentro, por favor? — pediu Verônica.

— Sim senhora. — disse Giane, entrando na mansão com Verônica.

— Bom, você me dá licença? — disse Maurício a Bento.

Aproximou-se de Fabinho. Deu uma olhada na moto.

— Maneiríssima a sua moto. — elogiou.

— É legal, né? — disse Fabinho, tratando de retirar a moto. — Mas ainda não tá do jeito que eu quero. Eu quero customizar ela.

— Se quiser, te apresento um pessoal da Califórnia pra fazer um trabalho e depois pode mandar até ali pra oficina do Gui...— disse Maurício.

Fabinho levou a moto até o estacionamento. Os convidados foram chegando, e a festa começou. Até a imprensa estava em peso na festa. A festa estava cheia de jornalistas, de fotógrafos. Amora mandou expulsar Sueli Pedrosa da festa. Estava furiosa por causa do programa sensacionalista que explorou sua infância na Casa Verde. Fabinho, que estava por perto, o tempo todo observando Amora, ouviu uma conversa entre o cabeleireiro, tio Lili, e a mãe do noivo:

— Olha lá. A amora parece um amor, mas tem um gênio todo trabalhado no capeta. — disse tio Lili, e Verônica sorriu.

— É, mas o penteado que você fez, Lili, ficou perfeito. — ela disse.

— É, tá bonito, né? Mas eu também adorei os arranjos de flores, amei as pencas, viu? — elogiou tio Lili.

— Ai, um ser abençoado me salvou. Não é à toa que o nome dele é Bento.

— O Bento? — surpreendeu-se tio Lili. — Ué! Ele é meu vizinho lá na Casa Verde.

— Jura? — surpreendeu-se Verônica.

— Não estou te falando? A Renata não te contou sobre a nossa cooperativa de flores?

— Dei folga pra Renata. Pra ver se ela providencia de vez o vestido de casamento. — disse Verônica.

A uma certa hora, Fabinho resolveu se aproximar de Bento, que estava o tempo todo de olho em Amora. Amora estava em uma sessão de fotos com Maurício, e não dava a menor atenção ao namoradinho de infância.

— Então quer dizer que aquele lance de plantar florzinha virou tua profissão? — disse, e bebeu um gole da bebida.

Fabinho achava ridículo o antigo colega do lar ficar plantando flores para ganhar a vida. Bento continuava enfurnado naquele mundinho pequeno e mesquinho. Também, sempre foi um otário. Prova disso é que, no passado, não quis ser adotado por uma família rica, preferindo continuar no lar. 

— Qual o problema de cultivar flores, Fabinho? — perguntou Bento.

— Grande Bento! Sabe que viajei um ano, né, cara? Conheci cada coisa, cada lugar, cada país. E você na Casa Verde ainda plantando flor? Legal. Legal. Achei legal.

Giane aproximou-se e ficou ao lado do Bento.

— Você deu mesmo sorte de ter sido adotado pela família rica que queria adotar o Bento, né, Fabinho? — ela disse.

Fabinho ferveu de raiva por dentro. Por que aquele pivete tinha de se meter na conversa, e jogar na cara dele que ele foi a segunda opção dos pais adotivos? O que aquela garota, aquela maloqueira, molambenta, pensava que era? Ela lhe pareceu familiar. Ah, sim, ele se lembrava. Sabia que a conhecia. Era da vizinhança do lar de adoção. Como ela se chamava mesmo? Jane?

— Ela é a famosa quem mesmo? — perguntou ao Bento.

Giane abriu um sorriso irônico.

— Ela é a Giane, Fabinho, você está cansado de conhecer. — disse Bento.

— Ah... — Fabinho sorriu, olhando para ela. Até que não era feia a favelada. Só que não fazia a menor ideia de como se arrumar. Continuava se vestindo como se fosse um menino. Tinha os cabelos curtos e se vestia de um jeito despojado e masculinizado. 

— É que a última vez que eu vi ela era um moleque. — riu. — E, pelo visto, continua sendo, né?

Viu que Giane ficou furiosíssima. Ele sabia que havia tocado no ponto fraco dela. Ela detestava ser tratada como um moleque.

— É? E você continua sendo o mesmo filho de uma... — ela descontrolou-se.

— Vambora, vambora. — disse Bento, arrastando-a.

Então a garota continua cheia de marra. 

Fabinho decidiu se aproximar de Bárbara Ellen. Precisava ganhar a confiança da bruxa e, de alguma forma, conseguir arrancar dela informações sobre Plínio e Irene. Por isso ficou de olho nela. Viu quando ela saiu de dentro da mansão, acompanhada por Natan, o pai do noivo. Ele havia trocado de camisa.

— Pronto, Verônica. — disse Bárbara à esposa de Natan.

— Tá dando pra ver que o defunto era menor? — Natan perguntou à esposa.

— Natan, eu não acredito que você teve coragem de vestir esta roupa. — riu Verônica. De fato, a camisa que ele usava era brega. 

— Nem eu, mas não ia dar tempo de voltar em casa, né, meu amor? — disse Natan. Ele e Verônica saíram andando.

Fabinho aproveitou para se aproximar de Bárbara.

— Esse casamento está com os dias contados. — ouviu ela dizer.

— Você disse alguma coisa? — perguntou Fabinho. Ela se assustou.

— Ai, que susto! — ela exclamou.

Então a perua estava dando em cima do pai do noivo. Nem bem enviuvou, já estava de olho em outro. Era mesmo uma safada. Ele, Fabinho, de alguma forma, tiraria proveito disso.

Resolveu ser o mais encantador possível. Usar da bajulação. Isso funcionava muito bem com pessoas vaidosas como Bárbara Ellen.

— Desculpa, é que eu tô emocionado. Tô na casa de uma das maiores atrizes do Brasil. — disse Fabinho.

O rapaz sabia que era exatamente o que ela gostaria de ouvir. Aquela cobra se achava uma grande diva. Mas era uma atriz decadente.

— Que isso? Também não é assim. — disse Bárbara.

— Licença. — disse o moço, pegando duas taças que champanhe que estavam sendo servidas por Bolívar, o mordomo. Resolveu brindar.

— À maior estrela do país. — disse, sorrindo.

— Você é muito agradável, Fabinho. — disse Bárbara, batendo sua taça na dele. Fabinho sabia que ela iria cair como uma pata.

— Bárbara, eu sei que você não gosta muito de falar sobre si mesma. Mas qual foi o seu trabalho preferido na TV? — perguntou o moço.

— Ah, imagina! É um enorme prazer conversar com um rapaz tão culto, tão bem informado como você. — disse Bárbara. — Você é muito simpático.

— Obrigado. — disse Fabinho.

— Ah, o trabalho que eu gosto mais... — ia dizendo Bárbara.

Conversou mais um pouco com Bárbara. Depois, pegou umas flores e foi atrás de Amora, que havia entrado na mansão. Cobriu os olhos da garota.

— Bento? — disse Amora, virando-se.

Com certeza ela estava pensando em Bento e se esquecera de que ele tinha ido embora. Decepcionou-se ao ver Fabinho.

— Errou por pouco. — disse Fabinho. — Você não vai aceitar as minhas flores?

— Eu sou alérgica. — disse Amora, afastando-se.

— Mas quando você era pequena você vivia cuidando de flor com o Bento.

— Eu desenvolvi essa alergia depois que eu saí do lar, tá bom?

— E ao Bento? Você também ficou alérgica? — perguntou Fabinho.

— Pergunta mais imbecil. — disse Amora, já indo embora.

— Calma aí, calma aí, Amora. — disse Fabinho, segurando-a pelo braço. — Conversa comigo. Viajei meio mundo pra te ver, sabia?

— Nossa, que nostalgia é essa, Fabinho? — disse Amora. — Eu não era sua amiga, eu era amiga do Bento. E você, por sinal, só azucrinava a gente, né?

Fabinho sabia estar forçando uma intimidade que nunca teve com Amora.

— Eu era criança, tinha ciúme da amizade de vocês. — disse Fabinho. — Mas eu tenho muita saudade. Tenho ótimas lembranças também, suas e do Bento. Você lembra dessa foto aqui? — pegou a fotografia que ele havia tirado ao lado de Amora e Bento. — O tio Gilson deu uma pra você, uma pra mim e uma pro Bento quando fui adotado. Lembra?

— Nem lembrava mais disso. — disse Amora.

Pelo visto, Amora não gostava de lembrar da época em que viveu no lar, assim como ele. Preferia esquecer, fazer de conta que o passado não existia. 

— Que pena! Foi um belo momento. Mas claro, hoje você tem riqueza. Você tem glamour, luxo. Você prefere isso, né? — ironizou Fabinho. Amora riu.

— O seu humorzinho cínico pelo visto continua igual, né?

— E é mentira? Você vivia dizendo que queria ser adotada por uma família rica. Aconteceu. Aliás, aconteceu pra mim também. — disse Fabinho. — Hoje nós pertencemos à mais alta classe do país, né? Está vendo, Amora, com a quantidade de diferença que a gente tinha quando criança, a quantidade de coisa que a gente tem em comum hoje? Amigos?

— Amora, os Ventura chegaram, vamos dar um oi pra eles — disse Maurício, entrando na sala.

— Amor, desculpa, eu estou com uma dor de cabeça muito forte. — disse Amora. Dirigiu-se a Fabinho. — Fabinho, vai lá fora. Vai se divertir, pode ir.

— Tá. Tá bom. — Fabinho sorriu.

— Desculpa. — disse Amora a Maurício. — Você me dá cinco minutos?

— Claro. — disse Maurício, e ganhou um selinho da noiva. Amora afastou-se.

— Se precisar de alguma coisa, avisa. — disse Maurício.

— Maurício! Maurício, isso aí é coisa de menina. Sempre teve isso aí, esse geniozinho dela. — disse Fabinho, tentando parecer íntimo de Amora.

— Vocês eram bem ligados, Fabinho? — perguntou Maurício.

— O quê? Eu, Amora e Bento, a gente falava que era os três cavaleiros do Apocalipse. — Fabinho riu. — Nessa época ninguém achava que a Amora fosse virar essa it-girl. O Bento, esse grande florista que ele é. E eu, publicitário.

Não podia deixar passar a oportunidade de conseguir um trabalho na agência de publicidade do pai de Maurício. Claro que o playboy caiu na conversa.

— Publicitário? Trabalha em qual agência? — perguntou Maurício.

— Não, não estou trabalhando agora porque assim que eu me formei, eu tirei um ano sabático pra curtir, pra estudar. E agora tô querendo emprego em São Paulo. — disse Fabinho.

— Olha só, Fabinho, meu pai é dono da Class Mídia, irmão.

— Da Class Mídia? — Fabinho se fez de surpreendido.

— É. E se você quiser eu posso falar com o seu Natan e você já começa a trabalhar amanhã. — disse Maurício.

— Claro, seria incrível. Eu só não quero que pareça que...

— Olha só, Fabinho, eu vou te abrir uma porta. O resto tá com você.

— Caramba! Incrível! — disse Fabinho.

— Tá bom? — disse Maurício, estendendo a mão.

— Obrigado, obrigado mesmo. Não sei nem como agradecer. — disse Fabinho, apertando a mão de Maurício.

— Não, imagina. — disse Maurício.

O celular de Fabinho tocou dentro do bolso.

— Pode atender aí. Não tem problema. Fica à vontade, tá? Vou ver a Amora. — disse Maurício, indo atrás da noiva.

— Obrigada, Maurício. — disse Fabinho.

Olhou o celular. Era a mãe quem estava ligando. Não quis atender. Na certa, a mãe só iria encher o saco. Ele não estava a fim de ficar ouvindo sermão, nem ficar dando satisfações. A mãe anda muito chata ultimamente. Em poucos minutos, já estava conversando com a Bárbara novamente. Precisava descobrir mais a respeito de Plínio.

— Champanhe? — ofereceu Bárbara.

— Mais champanhe.  — disse Fabinho. — E o Plínio Campana, não vem? Ele é pai adotivo da Amora, né?

Fabinho achou que encontraria Plínio ali na festa. Foi um dos motivos pelo qual resolveu aparecer no noivado de Amora. Tudo bem, Plínio não havia adotado Amora, mas nada o impedia de aparecer por ali. Mas o fato de Plínio não comparecer à festa só podia significar uma coisa: que ele não gostava da Amora, nem da Bárbara. Mas Fabinho ainda não diria à Bárbara qual era o verdadeiro interesse dele no Plínio. Por enquanto, Bárbara nem podia desconfiar de coisa alguma, então fingia nem saber de nada. Por isso perguntara a Bárbara se Plínio era pai da Amora. Assim, Bárbara não desconfiaria e pensaria que o interesse que ele tinha no Plínio era por achar que era pai da Amora, sua amiga de infância. 

Para Bárbara, Plínio podia não ser pai adotivo da Amora, porque não a adotara legalmente. Bárbara já estava separada de Plínio quando adotara Amora. Mas Plínio era quase como se fosse um pai. Afinal, Plínio vira Amora crescer. Ela, Bárbara, e Plínio foram casados por dez anos, ele era o pai da Malu, e Amora não deixava de ser irmã da Malu. Mas nem assim Plínio tinha alguma consideração por ela ou por Amora. 

— É. Imagina que aquele desnaturado vem abençoar a filha. Ele não tem a menor consideração pela Amora, nem por essa família. — disse Bárbara. — O Plínio só pensa nele, nos documentários horríveis que ele faz pra agradar os críticos, porque o público mesmo odeia aquela chatice. — riu. — Mas vamos falar de coisas mais amenas. Você sabia que o Gilberto Braga se inspirou na minha vida pra escrever aquela novela Celebridade?

— Eu não acredito! — Fabinho se fez de incrédulo.

— Uhum! — disse Bárbara, bebericando o champanhe. — Inclusive, ele insistiu muito pra eu ser a protagonista.

— E você não topou por quê? — perguntou o moço.

— Naquela época, todos os autores me queriam como protagonista. — disse Bárbara. — Brigavam tanto entre si, era tão cansativo. Aí eu desisti dessa coisa de fazer novela e fui pra África fazer o bem.

Neste momento, Kevin, um dos filhos adotivos de Bárbara, aproximou-se.

— Ah! Foi quando eu adotei o Kevin. — disse Bárbara. — Eu o resgatei de uma mina de carvão no Zimbábue e o adotei. Aliás, você era mais escurinho quando eu adotei, não, Kevin?

Fabinho ficou pasmo. O garoto tinha a pele bem clara. Estava na cara que o garoto não tinha vindo da África. A perua mentia descaradamente. Kevin disse:

— Ela insiste que eu sou afrodescendente.

— Mas é claro que você é, meu querido. — insistiu Bárbara. — Qualquer um pode ver, não é?

Mais tarde, Fabinho estava em seu quarto de hotel, com o notebook ligado. Ficou horas olhando as fotos da festa, que haviam sido publicadas na internet. Ele havia sido fotografado ao lado de Bárbara, de Amora e Maurício. Estava dando tudo certo. Melhor do que imaginava.

— Comecei bem. — disse. — A vadia já confia em mim, o playboy tá meu amiguinho. Vai ser mais fácil do que eu pensava.

Olhou para uma fotografia de Amora na festa de noivado.

— Depois que eu conseguir tudo que é meu por direito, você vai ser a cereja do bolo, Amora Campana.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um amor improvável" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.