By Your Side escrita por aegyo nad, G_G


Capítulo 8
Namoro Falso


Notas iniciais do capítulo

Roxy POV *--*



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Roxie POV

 

 

 Meu Deus! Que horror! Eu não sabia que a Hayley era tão “mano” assim. Estou com dó do professor, ele é tão legal! E merece respeito!

 Quando chegou o intervalo, Hayley já era amiga de todo mundo. Mas quando ela rejeitou convites para ficar com outras pessoas, para ficar comigo, e disse que eu era sua melhor amiga, as pessoas meio que me olharam torto.

 Vou explicar: pra eles, eu sou a queridinha dos professores e diretores do colégio. Por isso, ninguém gosta de mim. Quer dizer, até a hora da prova! Na prova, só ouço “Roxiezinha do meu coração, passa a resposta da quarta questão?” E eu, como não consigo dizer não, passo! Idiota!

 Ficamos na mesma mesa que eu, Gustav e Georg costumávamos ficar. Tom ficou um pouco com a gente, até que uma menina passou, empinou a bunda na nossa cara, e ele foi correndo atrás.

 Estava um clima estranho. Quer dizer, Hay e Bill conversavam super animados, mas não rolava nem um vento entre eu, Georg e Gustav. Gustav me olhava de um jeito meio tristonho, mas tentava disfarçar. Georg me olhava de um jeito malicioso, mas aí, via o olhar de raiva de Gustav sobre ele e virava pra conversar com Hay e Bill. Posso jurar que o vi olhando pras minhas pernas umas duas vezes.

 Resolvi conversar com Gustav a sós e ver porque ele estava triste. Levantei, dei a desculpa de que queria ir na biblioteca e pedi pra ele vir comigo. Quando estávamos perto da lanchonete, empurrei-o para um corredor vazio e o prensei contra parede, deixando-o assustado.

 - Roxanne, o que você tá fazendo?- Tirei a mão dele e encostei na parede ao seu lado.

 - Ah, Gust... Só que... Você é meu melhor amigo e eu sempre sei quando você está triste.- Ele olhou pra baixo.

 - Não sei do que você está falando.

 - Ah, Gustav Klaus Wolfgang Schäfer! Você nunca mentiu nem escondeu nada de mim, porque fazer isso agora? Me conta, ou você não sai daqui! Você sabe que eu falo sério.

 Ele ficou um tempo em silêncio, então decidi irritá-lo. Eu sei que ele tem aflição de quando passam a unha na parede, assim como eu. Aproveitei que minhas unhas estavam grandes e arranhei a parede com elas. Ele ficou irritado e, rápido demais pra que eu pudesse ver, prendeu meus braços acima da minha cabeça e me prendeu na parede.

 Eu fiquei assustada. Nunca ficamos tão próximos assim. Ele olhava fixamente nos meus olhos, irritado, triste e espantado ao mesmo tempo. Eu não sabia o que fazer, nem falar, por isso fiquei quieta.

 Ele continuou prendendo meus pulsos com uma só mão, e desceu a outra para a minha cintura. Eu fiquei arrepiada, e tentei conter um tremor.

 - Você está imaginando. Não há nada de errado comigo, Roxie.- E sorriu daquele jeito fofo e angelical, mas não me soltou.

 Eu já tinha percebido que ele era forte, mas não sabia que era tão forte a ponto de machucar meu pulso. Eles já estavam formigando, eu já estava ofegante e ele estava perto demais. Eu só tinha consciência de sua mão na minha cintura e de seus olhos me encarando.

 - Huum...- Ouvi uma vozinha, seguida de risadinhas.- Acho melhor a gente voltar, galera! A biblioteca está MUITO bem ocupada.

 Hayley riu, e Bill acompanhou. Gustav me soltou. Olhei para Georg, que nos olhava meio perdido, sem saber o que pensar, e fiquei vermelha. Decidi acabar com a putaria.

 Que horror! Estou falando que nem a Hayley e o Tom!

 Arrumei minha saia, fiz cara de indiferente e disse, séria:

 - Georg. Precisamos conversar.- Ele me olhou assustado, mas assentiu com a cabeça.

 Mostrei a língua para Hayley, que me olhava maliciosa, e sorri tímida para Gustav.

 Georg me seguiu até outro corredor vazio. A putaria só rola no pátio dessa escola!

 Ele cruzou os braços, encostou na parede e olhou pro teto.

 - Olha, eu não sei o que está acontecendo com a gente, mas eu quero que isso pare.- Comecei.- Você é meu melhor amigo, eu não quero que tudo fique estranho entre a gente só porque a gente se pegou uma vez.

 Ele riu.

 - Do que você tá rindo?

 - Você disse “se pegou”, Roxie. Você nunca diz gírias!

 Sorri um pouco, mas logo retomei a expressão séria.

 - É sério, eu não quero que nossa amizade acabe. Eu te amo muito, Chapinha, você sabe disso.

 Ele riu mais uma vez, só que agora, descruzou os braços e me olhou de um jeito estranho, meio... sedutor.

 - Eu pensava que o Gustav era seu melhor amigo.

 - Vocês dois são meus melhores amigos, só que o Gustav é...- Fechei a boca antes que eu pudesse falar algo mais.

 - Olha, por mim tá tudo certo. Eu também não quero deixar de ser seu amigo. Só que...

 - Só que...

 - Ah, sabe como é. Eu tava bêbado, você também... Então, eu queria provar uma coisa...

 Ele veio andando na minha direção, e eu dei dois passinhos pra trás, desesperada, e encostei na parede. Sem saída. Minha intenção era virar o rosto, mas quando fui virar, já era tarde demais.

 Ele já estava me beijando.

 Seus lábios eram macios apesar da pressão que ele fazia, que de um certo jeito, deixava o beijo melhor. A língua dele percorria a minha boca, e eu já estava ficando meio sem ar. Fui pega completamente de surpresa!

 Quando senti a mão dele descendo nas minhas costas, fui tratando de afastá-lo. Ele me olhou, ainda sorrindo maliciosamente e voltou a cruzar os braços na parede.

 - Porque não forçamos o Gustav a confessar logo?- Ele disse.

 - Confessar o que?

 - Ah, Roxie... Você realmente não percebeu que ele também gosta de você? Fala sério!

 - Ele gosta de mim?- Eu sorri.

 - Gosta. Mas olha, podemos... A gente pode fingir que namora, aí ele vai confessar rapidinho.

 Pensei no assunto. É, seria um modo. Mas o Gustav é nervoso, ele poderia bater no Georg e brigar comigo. Olhei pro Georg e ele ainda estava sorrindo...

 - E você vai se aproveitar da situação, né!

 - Ah, claro! Temos benefícios. A gente pode se pegar um pouco, enquanto o Gustav morre de ciúmes.

 - Ah, tá bom! Até que é uma boa!- Concordei, e nem dei tempo pra ele aumentar o sorriso. Peguei sua mão e já o puxei para o pátio de novo.

 Gustav, Bill, Tom e Hayley já estavam sentados conversando no mesmo lugar. Quer dizer, Tom e Hayley fazendo palhaçadas e os outros dois rindo.

 Quando botaram os olhos na gente, e viram a mão de Georg em minha cintura, já ficaram com aquela carinha maliciosa. Menos Bill e Gustav. Bill ficou preocupado, olhando pra Gustav e Gust... Ficou mais triste ainda.

 - É o seguinte, estamos namorando!- Anunciei, quando chegamos perto, em voz alta.

 Todas as bocas se abriram. E quando eu disse todas, foram TODAS mesmo! Não só nossos amigos, mas o pátio inteiro parou pra ver a gente. As vadiazinhas patricinhas que ficam passando a mão no braço do Georg durante a aula, ficaram horrorizadas e correram para o banheiro, de tanta raiva.

 - Namorando?- Perguntou Gustav.

 - Sim.- Georg respondeu, sem olhar pro Gust.

 Ficou todo mundo em silêncio por um tempo, até que o Gust levantou e disse:

 - Eu vou matar aula, não to a fim de ficar aqui.

 E virou epidemia! Eita, povo que gosta de estudar, viu!

 - Eu vou também!- Disse Tom.

 - Eu topo, claro!- Concordou Hayle.

 - Bom, eu não quero aula de sociologia, então...- Até o Bill!

 Georg abriu a boca pra concordar, mas eu o calei só com o olhar.

 - Eu não vou ficar sozinha nessa escola!- Falei. Todos riram e foram pra parte de trás da escola, onde tem o muro sem câmeras nem seguranças. E dá pra pular.

 Gustav nem olhou na nossa cara, quando passou. Acho que ele ficou realmente chateado. Ele deve estar se sentindo como se tivesse levado um soco no estômago, um tapa na cara e um chute no saco.

 Kit Porrada! Vem completinho, é super barato e você ainda leva a Culpa de graça!

 Georg sentou e me puxou. Eu caí no colo dele.

 - Ele vai te bater. E Vai ficar muito bravo comigo.

 - Relaxa! Roxie, o Gust nunca brigou com você! Ele ficou bravo, mas sempre disfarçou. Ele nunca ia fazer isso com você.

 Sorri. Era verdade, ele nunca brigava comigo. Nunca.

 Georg puxou meu rosto e começamos a nos beijar. De novo.


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Notas finais do capítulo

TOKIO HOTEL NO BRASIL [AAAA] ~morre
Gente, deixem reviews!
Beijão :*